Que a cidade de Jundiaí é reconhecida pela qualidade de vida, não se discute. E parte do princípio “do que é qualidade de vida” diz respeito à saúde física e mental. Não apenas dos serviços de saúde, mas sim da prevenção. E uma dessas formas é o incentivo à prática esportiva.
Chegamos nessa lógica para falarmos desde a prática esportivo-amadora na cidade até o futebol cambaleante do nosso Paulista. Então vamos lá: para o pedestrianismo amador, Jundiaí está preparada para essa atividade. Há bons e prazerosos espaços para se correr, como a Avenida Nove de Julho, Ferroviários, Parque da Cidade, Bolão, Estrada da Serra do Japi, entre outros. Ao mesmo tempo, para aqueles que almejam o profissionalismo no esporte, a situação é diferente. Não temos uma pista de atletismo realmente adequada! A do Bolão ainda não é de tartame, e não há outras opções. Como tornarmos uma referência também no esporte profissional se somos ainda principiantes em investimentos mais ousados?
Saiamos do esporte individual e partamos para o coletivo: poderíamos falar do voleibol ou basquetebol, mas vamos de futebol, que é mais apelativo. Como anda a saúde do Paulista Futebol Clube? Vivemos um momento diferente no futebol profissional: temos os tradicionais grandes clubes (São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos), equipes-empresas que emergem com muita vitalidade e competência administrativa (Red Bull, Desportivo Brasil, Pão de Açúcar) e outras com assistência financeira pública (Santo André, Grêmio Prudente, entre outros). Sobraram os históricos clubes que vivem independente de parceiros, como Guarani e Ponte Preta. Por fim, há outros tão tradicionais como o nosso próprio Paulista, que tem que passar o chapéu para sobreviver.
Pela força econômica e social de Jundiaí, não era momento de termos um time mais forte, com investidores locais? Há cidades de menor importância com clubes de saúde financeira mais estável. Há exemplo piores, claro. Veja Limeira, onde a Inter e o Independente amargam a 4a. divisão de São Paulo. E outros merecendo uma “reinvenção”: Sorocaba, por exemplo. Será que os 2 clubes não poderiam se fundir numa agremiação mais forte? Imagine um clube com a torcida do Bentão e o poderio de dinheiro do Atlético… Em Araraquara, a universidade local, a empresa Lupo e uma gama de pequenos e médios empresários assumiram a Ferroviária, sanaram as contas, arrumaram o time e reconstruiram a Fonte Luminosa.
E aí, forças-vivas da cidade. Que tal um ‘pool’ em prol do renascimento independente do Paulista de Jundiaí, por jundiaienses?
