– Pulseirinhas da Discórdia

Tempos atrás, uma moda surgiu na Inglaterra e tomou conta do mundo: as pulseirinhas coloridas com significados sexuais.

A moda veio, passou, mas persistiu em algumas regiões interioranas do Brasil. E essas crianças e adolescentes que insistiram se depararam com alguns doentes que levavam ao extremo o apelo sexual. Conclusão: vieram os estupros…

Algumas cidades proibiram o uso dessas pulseiras. Estudiosos do comportamento, professores e adolescentes foram ouvidos sobre tal situação. Compartilho abaixo (Extraído da Folha de São Paulo, 11/04/2010, Página C5):

PULSEIRINHA DO BARULHO

Enfeites associados a jogos sexuais foram proibidos em algumas cidades após crimes envolvendo adolescentes que usavam o adereço

Elas apareceram no Brasil há cerca de dois anos e ficaram conhecidas como as inocentes pulseiras da amizade. Usadas para selar o afeto entre colegas, os acessórios coloridos de silicone viraram febre entre crianças e adolescentes.

Até que os boatos sobre jogos sexuais começaram a circular na internet. De acordo com esses relatos, cada cor teria um significado. Ao ter uma pulseira rompida, o dono deveria “pagar uma prenda” para aquele que a arrancou. A roxa, por exemplo, vale um beijo de língua; a preta, sexo.

“Eu achava bonito e distribuía para as minhas melhores amigas, como uma prova de amizade. Mas não sabia do significado das cores”, diz a estudante Micaela Sanches, 11, que parou de usar o enfeite.

No mês passado, a escola em que a garota estuda, em Sorocaba (interior de São Paulo), enviou um e-mail pedindo que os pais impedissem os filhos de usar o acessório.

Os casos recentes de violência contra mulheres que usavam o acessório -duas foram mortas em Manaus e uma, estuprada em Londrina- ajudaram a enterrar de vez a modinha, que teve seu auge em São Paulo no fim do ano passado.

Fim da febre em SP

Professora do ensino fundamental da rede pública, Viviane Sanches, mãe de Micaela, conta que viu de perto a ascensão e queda das pulseirinhas. “No começo do ano passado era uma febre. Agora elas sumiram”, diz.

No colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais da capital paulista, embora também em desuso, a notícia de que um aluno estaria vendendo pulseiras na escola chamou a atenção da direção, há cerca de dez dias.

“Tivemos uma conversa com os alunos porque é proibido vender qualquer produto aqui dentro”, afirma o diretor pedagógico Lauro Spaggiari, que aproveita para criticar a ligação dos crimes de Manaus e Londrina com o uso do acessório. “Esses casos não têm nada a ver com a pulseira. [Fazer essa relação] é uma forma de justificar a violência”, afirma.

Para ele, o polêmico jogo do sexo é uma espécie de lenda urbana, que não faz parte do cotidiano dos alunos.

Mesmo assim, as notícias têm assustado os jovens que, temendo ser vítimas de violência ou de discriminação, aposentaram os enfeites coloridos.

Vendedora de uma banca na r. 25 de março, Maria viu a procura pelo produto cair drasticamente no último mês. “As garotas perderam o interesse”, afirma a ambulante, que oferece o acessório há dois anos.

Em cidades como Navegantes (SC), Maringá (PR), Manaus (AM) e Sertãozinho (SP) o uso do acessório foi proibido em escolas da rede pública.

Em São Paulo, foi protocolado na Assembleia Legislativa um projeto de lei que proíbe o uso do enfeite em escolas públicas. Outro projeto, protocolado na Câmara Municipal, pretende banir a venda dos acessórios na cidade.

Jogo do sexo

Voz dissonante entre seus colegas, que garantem nunca ter usado as pulseiras para atrair garotas, o estudante André, 16, conta que usou o acessório para paquerar nas férias no Guarujá. “Resolvi fazer o teste. Acho que funcionou”, diz.

Na primeira noite, em um bar, ele teve a pulseira roxa arrancada por uma garota. Depois, em uma festa, outra garota estourou as três pulseiras que restavam: preta, verde e branca. Nos dois casos, diz André, as carícias se resumiram a beijos comportados.

Para Isabela, 16, a brincadeira é “ridícula”. “É só um enfeite. As pessoas não precisam desse tipo de coisa para paquerar”, diz a estudante, que foi proibida pelo pai de usar o adereço.

– Boas Ações Não Divulgadas

O iatista brasileiro Torben Grael, campeoníssimo, além de esportista de sucesso, se destacou por uma ação heróica nessa semana: no meio das enchentes e deslizamentos na região metropolitana do Rio de Janeiro, salvou uma família na hora do desastre! Conseguiu garantir a vida de uma mãe e de uma filha, vítimas dO soterramento.

As imagens das chuvas e o choro das vítimas passam a todo instante nas TVs. Mas vale a pena ver a reação daqueles que são ajudados e de quem ajuda.

O Portal G1 disponibilizou imagens do salvamento. Simplesmente fantástico! Parabéns a Torben Grael!

Veja a imagem clicando acima: TORBEN GRAEL SALVA FAMÍLIA HEROICAMENTE

– MEC pune Uniban após Acusá-la de Alterar Dados

Veja só: a Uniban foi proibida de se expandir devido a alteração de dados no seu quadro de Docentes, segundo o MEC, não possuindo verdadeiramente professores com dedicação exclusiva no percentual exigido, como divulgado pela instituição.

Entidades de Ensino Superior têm que dar o exemplo. Que coisa feia, dona Uniban…

Extraído de: http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=712927

MEC PUNE UNIVERSIDADE APÓS ACUSÁ-LA DE ALTERAR DADOS

Apuração do Ministério da Educação apontou que a Uniban, sexta maior instituição superior do país, fornecia ao governo dados “irreais”, que informavam erroneamente que a escola possuía ao menos 33% dos docentes em dedicação integral -uma exigência legal.

A instituição, que possui cerca de 50 mil alunos, disse que mostrará ao MEC que cumpre a legislação.

A exigência de docentes em tempo integral é feita para garantir um mínimo de qualidade às universidades, que possuem liberdade para expandir vagas e abrir cursos sem prévia autorização. As que não cumprem podem perder a autonomia.

Por não atendimento à lei, a Secretaria de Ensino Superior divulgou ontem despacho proibindo a Uniban de se expandir até que as falhas sejam sanadas.

A assessoria de imprensa do ministério afirmou que não poderia informar se o erro nos dados foi proposital. Disse apenas que, após denúncia, uma comissão da pasta visitou a instituição e verificou que os dados fornecidos inicialmente “não condiziam com a realidade”.

Pelo sistema do governo, as próprias instituições preenchem as informações enviadas à pasta. Os dados são utilizados para fiscalização e para análise da situação do setor.

Um ex-funcionário da Uniban falou reservadamente à Folha que a universidade incluía falsamente na lista de docentes de tempo integral pessoas que trabalhavam na biblioteca e na imprensa da instituição, entre outros setores.

O ex-funcionário afirma que a prática foi feita após reportagem da Folha em 2008 informar que a instituição possuía só 6% dos docentes em tempo integral. O governo disse que analisava as instituições para o processo de recredenciamento e que exigiria adequação à lei. O Ministério Público Federal também cobrou a escola.

À época, a escola contestou os dados do MEC, mas disse que estava “redimensionando” seu quadro docente.

Um ano depois, o ministério divulgou uma lista de 35 instituições que descumpriam a lei referente ao corpo docente. A Uniban não estava na relação. O ministério recebeu a denúncia após essa divulgação.

No despacho de ontem, a Secretaria de Ensino Superior disse que a expansão de vagas na Uniban “tornaria ainda mais grave a situação de adequação de seu corpo docente”, considerado “deficiente”.

O professor em período integral possui tempo reservado para fazer pesquisas e atender aos estudantes. Por outro lado, traz mais custos às instituições.

Na última avaliação federal, que considera fatores como conhecimento dos alunos, a Uniban obteve nota 197, numa escala até 500 (o governo reprova as que tiram menos de 195).

– Fim de Mordomia de Boleiros causa Revolta para Alguns

Comer em restaurantes luxuosos e não pagar? Ser VIP em todos os lugares? Paparicado e cortejado? Andar de jatinho? Para alguns jogadores de futebol, esse era o dia-a-dia em suas equipes galáticas. É assustador o relato de Mônica Bérgamo sobre as reclamações dos atletas que vieram das mordomias europeias de volta ao futebol brasileiro. Algo que eles não se conformam: ter que pagar o almoço em churrascarias. Para eles, por serem famosos, é inaceitável!

Extraído da Coluna de Mônica Bérgamo, FSP, 11/04/2010, E2.

MINHA NADA MOLE VIDA

Depois que ganhou o Campeonato Brasileiro, em dezembro do ano passado, o Flamengo foi recebido pelo presidente Lula em Brasília. Jogadores e comissão técnica viajaram juntos a Brasília, em avião de carreira. Mas um deles preferiu fazer um roteiro próprio. “O Adriano chegou lá de jatinho, 15 minutos antes da audiência com o Lula”, conta o ex-presidente do clube, Delair Dumbrosck, umas das pessoas que, em abril de 2009, viabilizaram a contratação do Imperador, apelido do atacante, para a equipe rubro-negra.

Craques que, como o Imperador, ganharam fortunas em temporadas fora do Brasil (ele abriu mão de contrato de R$ 8,5 milhões na Internazionale de Milão) e voltaram ao país -Ronaldo, do Corinthians, Vágner Love, hoje no Flamengo, Robinho, do Santos, Cicinho, do São Paulo, e Roberto Carlos, também no Timão- tentam manter os luxos da vida antiga ao mesmo tempo em que se adaptam à nova vida brasileira.

De volta a São Paulo depois de 15 anos, desde que deixou o Palmeiras rumo à Europa, o lateral Roberto Carlos tenta se acostumar ao trânsito da cidade. Se, nos tempos de Real Madrid, ele morava a “oito, dez minutos” do treino, hoje ele leva uma hora para ir de sua casa, na rua Oscar Freire, até o Parque São Jorge, sede do Corinthians. “Aquela Radial Leste é uma confusão danada”, diz, sobre a avenida que se tornou parte de seu caminho diário. O lateral são-paulino Cicinho faz coro contra o trânsito: “São Paulo não tem mais horário de pico. Pô, o rádio [gravador do repórter] tá ligado aqui, mas vou falar mesmo assim. Em São Paulo horário é tudo pica.”

Outra reclamação dos boleiros é com os donos de restaurantes da capital. No tempo em que era habituê do Asador Donostiarra, churrascaria considerada “point” dos jogadores do Real Madrid, Roberto Carlos não precisava botar a mão no bolso. “Era sentar para comer, levantar, ir embora e dizer “muito obrigado”. Aqui em São Paulo todo mundo cobra, rapaz!”, diz ele, que frequenta A Figueira Rubaiyat, o Gero e a cantina Lellis Trattoria, nos Jardins, e costuma tomar “um cafezinho” nos hotéis Maksoud Plaza e Renaissance.

Cicinho, que voltou ao Brasil em fevereiro, emprestado pela Roma, calcula que, nos primeiros 15 dias em SP, foi oito vezes a churrascarias. “Minha comida na Itália, nos últimos dois anos, era só macarrão, macarrão, macarrão. Não tive problema, mas falta o tempero brasileiro, o arroz, o feijão.”

O lateral estreou no SPFC no mesmo dia em que desembarcou em Cumbica. Com o ritmo de concentrações impedindo que saísse para procurar casa, foi morar no centro de treinamento. O quarto número 4 da concentração, na Barra Funda, que divide com o goleiro Bosco, tem televisor com DVD, mesinha com telefone, banheiro e armários. Bem diferente da casa de três andares e quatro quartos em que morava, nos arredores de Roma, onde pagava 6.000 de aluguel.

Os craques voltam ao Brasil já como objeto de cobiça de patrocinadores. Adriano, cuja maior parte do salário de R$ 450 mil é paga pela Olympikus, fornecedora de material esportivo do Flamengo, fechou cinco patrocínios depois de chegar. “Antes ele não queria. Na Copa de 2006, deixou de ganhar cachê de US$ 1,2 milhão do Santander, porque teria que ficar dois dias gravando o comercial. Colocaram o Cafu no lugar dele. Agora o Adriano está mais aberto”, diz Gilmar Rinaldi, empresário do jogador.

Roberto Carlos diversificou os investimentos. Investe cerca de R$ 1,7 milhão por ano na equipe de Stock Car de que é sócio. Tem a grife RC3, reativou seu escritório de agenciamento artístico -onde empresaria a dupla Rionegro e Solimões, a banda de axé Psirico e o grupo Só pra Contrariar, do cantor Fernando Pires, seu padrinho de casamento- e abriu uma empresa para captar patrocínios pessoais. Mas, mesmo com tudo isso e um salário estimado em R$ 300 mil, ele tem saudade de algumas vantagens dos contratos europeus. Quando jogava no Real Madrid, Roberto só circulava de Audi, dado pela montadora que patrocina o clube. “Aqui cada um tem o carro próprio. As empresas poderiam patrocinar não só o clube, mas também os jogadores. O Corinthians poderia ser o pioneiro nessas coisas boas também.”

Eliminado do Campeonato Paulista, ele espera poder se atualizar sobre a noite paulistana comemorando algum título do Timão no futuro. “Na minha época de Palmeiras, a gente ia às boates boas. Lembra da Limelight? Acho até que já fechou.” E quer gastar parte do patrocínio de R$ 35 milhões que a vinda de Ronaldo e a dele ajudaram o Corinthians a faturar. “Se formos campeões, o presidente Andrés [Sanchez] tem que levar a gente para hotéis bons, restaurantes bons, porque agora o Corinthians tá com dinheiro.”

“Jogando na Rússia [no CSKA de Moscou], a visibilidade diminui bastante”, diz Vágner Love, explicando a decisão de voltar. “Em Moscou, eles têm muita estrutura, mas não têm os profissionais corretos para trabalhar. Aqui a preparação é melhor”, diz. Mas é fora de campo que a vida mudou. “Lá eu ficava muito em casa, assistindo televisão. Ia muito em shopping, restaurante, mas não era muito de sair. Aqui você pode ir no cinema, num teatro e curtir um pagode.” Ele diz que os shows de “amigos” do meio, como os cantores Belo e Zeca Pagodinho e os grupos Exaltasamba e Revelação, são seus programas preferidos no Rio. Recentemente, depois de uma noitada, ele teve até que prestar depoimento à polícia por ter participado, na Rocinha, de um baile funk em que apareceu ao lado de traficantes armados.

Era sentar [numa churrascaria espanhola] para comer, levantar, ir embora e dizer “muito obrigado”. Aqui em São Paulo todo mundo cobra, rapaz!”
ROBERTO CARLOS
jogador do Corinthians

“O presidente Andrés [Sanchez, do Corinthians] tem que levar a gente para hotéis bons, restaurantes bons, porque agora o Corinthians tá com dinheiro”
IDEM

“Aquela [avenida] Radial Leste é uma confusão danada”
IDEM

Reportagem DIÓGENES CAMPANHA

– Ufa, Domingo!

Hoje é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nEle exultemos!

Bom domingo a todos!