O episódio ocorrido dias atrás entre um executivo da empresa Locaweb e sua paixão futebolística serve de exemplo para muitos outros setores. Vamos lá:
A Locaweb, no último clássico Corinthians X São Paulo, patrocinou as mangas do time do Morumbi. O jogo marcou a vitória por 4×3 para a equipe do Parque São Jorge. Alex Glikas, diretor da empresa Locaweb e corinthiano, gozou os sãopaulinos atavés do Twitter. A empresa, descontente com a ação do seu funcionário, demitiu-o alegando “incompatibilidade com a filosofia corporativa da empresa”.
De certo modo, a empresa mostrou coerência: patrocino uma agremiação para divulgar minha marca e na derrota meu próprio diretor ironiza o perdedor ao qual me associei? É claro que um executivo precisa ter cuidado para não cometer uma gafe como essa. Até onde o “amor clubístico” extrapola o profissionalismo?
Inocente brincadeira mal interpretada, vacilo corporativo ou fanatismo à flor da pele?
É comum nos meios corporativos essas saias justas. Funcionários da Ambev tomando guaraná Kuat? Publicamente, esqueça. Executivos da Volkswagem andando com carros da Fiat? Nem pensar.
Lembrei-me de um filme recente, baseado numa história real, cujo nome era (salvo engano) “É permitido fumar”, onde um executivo da indústria do fumo se via num dilema em desincentivar o uso do cigarro devido ao seu filho (o qual não queria que fosse fumante) e manter seu emprego.
Quantos e quantos casos não acontecem por aí e a grande mídia nem fica sabendo. Sobre esse epísódio Locaweb, você pode acessa a matéria e o ‘twitter da discórdia’ em: LOCAWEB E SCCP x SPFC
