– 20 Anos do Plano Collor

Quando vi essa matéria lembrando do aniversário do Plano Collor, deu até frio na espinha! Lembro-me como se fosse hoje… a ministra Zélia Cardoso dizendo que se tivesse dinheiro, aplicaria tudo na poupança. E na surdina… PUM! Confiscaram tudo!!!

Nenhuma suadade de Collor e sua turma. Mas alguns eleitores não pensam assim. Afinal,  ele voltou como Senador da República!

Extraído de: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201003160301_RED_78824688

PLANO COLLOR TEVE PONTOS BONS E RUINS, DIZ ESPECIALISTA

por Luciana Cobucci

Há 20 anos, em 16 de março de 1990, um plano econômico surpreendeu boa parte da população brasileira com uma medida que ficou conhecida como “confisco da poupança”. Sob a promessa de estabilizar a inflação, que naquela época batia na casa dos 2.000% ao ano, o Plano Brasil Novo foi lançado no dia seguinte à posse de Fernando Collor como presidente da República.

O conjunto de ações teve como mentora a ministra da Economia de Collor, Zélia Cardoso de Mello, e mais um grupo de economistas, e ficou mais conhecido como Plano Collor. O presidente sofreu o impeachment dois anos depois, mas o plano e o seu confisco ficaram marcados na memória dos brasileiros.

Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) e cientista político João Paulo Peixoto, porém, é possível tirar pontos positivos do Plano Collor.

“Havia a crise fiscal, a economia era débil, a inflação ia às alturas. Por outro lado, lá fora o clima era outro: em dezembro de 1989 caiu o Muro de Berlim, o que proporcionou o fim do comunismo e dos sistemas centrados na prevalência do estado, abrindo caminho para regimes econômicos de natureza liberal ou neoliberal. O Plano Collor vem na esteira desses dois ambientes – o externo propício à liberalização da economia e o interno exigindo medidas drásticas”, diz.

Entre as medidas adotadas, a menos popular, de longe, foi o confisco de todas os ativos econômicos – poupanças, contas correntes e overnight (operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte) – com mais de NCZ$ 50 mil (cruzados novos). Em contrapartida, a promessa era devolver, após 18 meses, o valor corrigido pela inflação acrescido de 6% ao ano. Mas, poucos conseguiram reaver o dinheiro, pelo menos integralmente.

A ideia do plano era reduzir a quantidade de dinheiro em circulação. Com menos recursos, a população não teria como comprar, os preços cairiam e, automaticamente, a inflação também.

O professor João Paulo Peixoto diz acreditar que os idealizadores do Plano Collor aprenderam com os erros do Plano Cruzado, de 1986. No entanto, o confisco dos ativos econômicos foi uma medida incompatível com a realidade brasileira.

“Houve um congelamento de ativos, que aconteceu de forma violenta e improcedente. Se por um lado diminuiu a liquidez (quantidade de dinheiro em circulação) drasticamente, foi uma medida radical, que não funcionou, principalmente porque isso só funciona se for mantida uma rigidez absoluta, o que, obviamente, não aconteceu”, afirma.

O professor da UnB diz que apesar da aparente eficácia do plano, o governo afrouxou o aperto e, aos poucos, foi liberando o dinheiro retido para diversos setores da economia. Segundo João Cláudio Peixoto, em pouco tempo o cenário econômico brasileiro era igual ao pré-Plano Collor.

O cientista político afirma que, como todo plano econômico, a tentativa do Plano Collor era de estabilizar o cenário e equilibrar as contas do País. Mas, segundo Peixoto, o plano não se ateve somente a isso.

“Reinava uma intenção forte de liberalizar a economia. Por isso, começaram as privatizações, a abertura de espaço no mercado interno. A ideia era fazer com que o mercado tivesse atuação maior na economia, que fosse mais independente e menos vinculado às vontades do governo”, afirma. Por isso, na época, houve uma redução gradual de impostos de importação (o que forçaria os produtores nacionais a baratear seus custos e melhorar a qualidade para competir com produtos importados).

Outras medidas adotadas pelo plano foram: a substituição da moeda, o Cruzado Novo, pelo Cruzeiro; congelamento de preços e salários posteriormente corrigidos pela inflação; e demissão de funcionários públicos, como medida para reduzir a dívida pública. Hoje, a Secretaria de Recursos Humanos, do Ministério do Planejamento, possui uma comissão especial que julga os processos de retorno à administração pública desses funcionários demitidos no governo Collor.

No entanto, o cientista político diz que o Plano Collor também teve resultados positivos. “Uma coisa boa que o plano fez foi introduzir no Brasil uma agenda neoliberal, continuada no governo Fernando Henrique Cardoso e que está até hoje na agenda política brasileira, para ser implementada. De um modo geral, houve uma mudança da visão do governo em relação ao papel do Estado na economia. Por tudo isso, acredito que do ponto de vista da abertura econômica e da modernização da economia, o plano foi positivo”, diz.

O professor da UnB, no entanto, não arrisca uma opinião sobre o que deu errado no Plano Collor. “Ainda não está muito claro se foi um erro político ou econômico. Mas certamente, o confisco das poupanças e contas correntes foi uma surpresa”, afirma.

– Controlando as Emoções no Ambiente de Trabalho

Em tempos de Assédio Moral em alta, ter equilíbrio emocional na vida profissional é fundamental para a qualidade de vida não só no trabalho, mas também na vida pessoal. Assim, reproduzo interessante entrevista da pedagoga Rosana Spinelli dos Santos, realizada à jornalista Ellen Fernandes do Jornal de Jundiaí (edição de 03/01/2010, caderno Comportamento, pg 4) sobre esse importante assunto.

COMO CONTROLAR AS EMOÇÕES NO TRABALHO

“Se soubermos conduzir os pensamentos, poderemos direcionar nossas emoções”. É com essa definição que a pedagoga Rosana Spinelli dos Santos, professora da Contmatic Phoenix enfatiza que em um mercado corporativo cada vez mais competitivo, conhecer e dominar os sentimentos são condições essenciais para o sucesso profissional e pessoal.Segundo ela, todas as emoções  surgem por meio dos pensamentos. Dessa forma, quando se pensa em algo triste ou irritante, as emoções imediatamente sentidas são de tristeza e raiva. A emoção pode ser definida, de acordo com a psicologia, como uma reação orgânica de intensidade e duração variáveis, de grande excitação mental e, geralmente, acompanhada de alterações respiratórias, circulatórias, entre outras.

Vale ressaltar que, se não dominadas, as emoções consideradas negativas colocam em risco a saúde física, o equilíbrio emocional e, consequentemente, podem diminuir a produtividade e a assiduidade no trabalho.

A pedagoga diz que os indivíduos emocionalmente inteligentes são os que usam a razão para compreender e lidar com as emoções, que recorrem a elas para interpretar o meio envolvente e tomar as melhores decisões. “Os que não conseguem exercer controle sobre a própria vida emocional, travam batalhas internas, não se concentram no trabalho e, assim, perdem a capacidade de pensar com clareza”, afirma.

Vida profissional – A inveja e a raiva estão entre os sentimentos que mais atrapalham a vida profissional, independente da área de atuação. Rosana diz que a inveja faz com que a pessoa queira algo que é do outro, como um cargo. “Esse sentimento faz com que as pessoas se tornem cegas ao ponto de não perceberem que têm as mesmas condições que o outro para alcançarem seus objetivos.

Ao invés de lutar por esse objetivo, os invejosos passam a falar mal do profissional ou até mesmo tentam puxar o tapete”, explica. Na opinião da profissional, a raiva é considerada o pior sentimento porque destrói a própria pessoa. Ela alerta ainda que a mágoa profunda e o rancor podem resultar na raiva, muitas vezes desencadeada no ambiente profissional por coisas que podem ser superadas como o adiamento de uma promoção, o tratamento diferenciado por parte de um colega de trabalho.

“O grande problema é a pessoa ficar minando esse sentimento pelo outro por muito tempo ou até mesmo após se afastar da pessoa ou sair da empresa. Uma das consequências desse sentimento são as doenças emocionais. A raiva só faz mal para a pessoa que sente. Ela acaba se tornando vítima porque o nosso corpo não foi treinado nem adaptado para ter emoções extremas. Nosso corpo e nossa mente foram feitos para ter equilíbrio. Com raiva você não alcança esse equilíbrio de forma alguma”.

A professora enfatiza que o Q.I. elevado (Quociente de Inteligência), pode gerar um bom emprego, mas é o Q.E. (Quociente Emocional), que garante uma promoção, pois quem sabe lidar com as próprias emoções tem mais facilidade de resolver problemas e encontrar soluções. “Indivíduos providos de Q.E. sabem gerir um conflito, impor autoridade, prestar atenção aos outros e ao que se passa à sua volta.”

 

– A Educação Domiciliar Condenada no Brasil

Nesta semana, uma família do interior de MG foi condenada por abandono intelectual dos filhos. Motivo: resolveram educá-los em casa, ao invés de levá-los à escola.

Tão comum e aceitável nos EUA, a prática de educar em casa é rejeitada pela Justiça Brasileira, que alega que o ambiente escolar é melhor.

Abaixo, extraído da Revista Época desta semana (15/03/2010), Coluna Primeiro Plano, pg 30, por Camila Guimarães, uma matéria sobre os prós e contras da prática do home schooling:

DÁ PARA EDUCAR FILHOS FORA DA ESCOLA?

Insatisfeito com a qualidade do ensino da rede pública de sua cidade, no interior de Minas Gerais, o casal Cléber e Bernadeth Nunes decidiu tirar os filhos mais velhos da escola e educá-los por conta própria. Há quatro anos, Davi, de 16 anos, e Jônatas, de 15, aprendem as disciplinas escolares sem sair de casa. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Timóteo condenou os pais pelo crime de abandono intelectual: a lei brasileira obriga os pais a matricular os filhos na escola. A família também perdeu um processo cível, no ano passado. As multas chegam a R$ 5.600. Os pais se recusam a pagar – ou a matricular os filhos na escola.

A educação domiciliar acontece quando os pais assumem a educação formal dos filhos. Os Estados Unidos aceitam a prática (home schooling): 2,2% da população de 2 a 17 anos é educada em casa. Sem ir à escola, as crianças recebem a mesma carga curricular, fazem as mesmas avaliações e recebem o mesmo diploma dos ensinos fundamental e médio. O atual ensino domiciliar é herdeiro da antiga prática das famílias ricas de educar seus filhos em casa, com governantas e tutores. Um dos melhores presidentes do país, Franklin D. Roosevelt, que governou da Depressão à Segunda Guerra Mundial, foi educado assim.

Os motivos para desistir da escola não mudaram muito: insatisfação com o ensino público, preocupação com o ambiente escolar e princípios religiosos. Ou, mais recentemente, dificuldade de se adequar à rotina normal, no caso de viajantes, artistas e atletas. Por trás dessa questão há um embate de visões de mundo. De um lado, está a posição liberal, segundo a qual as famílias têm amplo direito de escolher como levar a vida. De outro, está a função do Estado como formador e disciplinador dos cidadãos – uma visão preconizada pelo filósofo Platão, que pregava inclusive a retirada dos filhos de casa.

Em países como França, Reino Unido, Canadá e México, a educação domiciliar é aceita. Na Alemanha e na Espanha, é proibida. No Brasil, a lei diz que a educação é responsabilidade do Estado. Daí a decisão da Justiça de punir os pais-educadores. “Até 1988, a legislação dava prioridade à decisão da família”, diz Luciane Ribeiro, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). “A Constituição de 1988 passou esse poder para o Estado.”

Além dos Nunes, outras famílias tentaram explorar interpretações da legislação para garantir o reconhecimento do ensino em casa, sem sucesso. “A lei é clara. O Estado tem de zelar pela matrícula das crianças em idade escolar e exige a frequência de, no mínimo, 75% das aulas”, afirma João Roberto Alves, presidente do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação.

A proibição tem o apoio de especialistas na área. Eles dizem que o convívio social é fundamental para o processo de aprendizagem, para formar cidadãos capazes de se relacionar entre si. “A educação é uma prática social, os alunos dentro da escola aprendem uns com os outros”, diz Benigna Villas Boas, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB).

– Apenas Relaxar

Hoje é domingo, dia de relaxar e cuidar da saúde do corpo, da alma e da mente. Enfim, um domingo de folga!

– A B2W Ampliando sua Liderança no Mercado

A B2W é a empresa formada pela fusão entre Americanas.com e Submarino, os dois maiores vendedores da Internet (inclua Shoptime, o terceiro maior vendedor, integrante da empresa). Apesar da liderança nos negócios on-line, a empresa quer agora conquistar consumidores que têm por hábito a compra em lojas físicas, além de um novo ramo a ser explorado: o mercado de ingressos de cinema.

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/negocios/b2w-quer-aumentar-participacao-varejo-2010-539883.html

B2W QUER AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO NO VAREJO

A B2W, empresa resultante da fusão entre Americanas.com e Submarino, vai priorizar a otimização de suas operações este ano, com o objetivo de aumentar sua participação no varejo total.

No demonstrativo de resultados do quarto trimestre e do ano de 2009, divulgado nesta sexta-feira, a companhia afirma que vai operar a partir de dois centros de distribuição distintos em 2010, com estoques integrados entre si e atendendo suas três marcas –Americanas.com, Submarino e Shoptime.

Com isso, a B2W planeja “minimizar os riscos da operação, além de possibilitar a otimização dos estoques e contribuir para melhoria do capital de giro”.

No quarto trimestre de 2009, a empresa teve um lucro líquido de 14,1 milhões de reais, crescimento de 386 por cento sobre o mesmo período em 2008 (2,9 milhões de reais). Já no acumulado do ano passado, os ganhos da companhia recuaram 23 por cento, para 47,6 milhões de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 174 milhões de reais no trimestre encerrado em dezembro, volume 49 por cento maior na comparação anual. A margem Ebitda sobre a receita líquida ficou em 15,2 por cento.

Em 2009, o Ebitda foi de 488,7 milhões, alta de 20 por cento, com margem de 12,9 por cento.

No último trimestre do ano passado, a B2W. apurou uma receita líquida 31 por cento maior, de 1,145 bilhão de reais. Em todo o ano, a receita cresceu 22 por cento, para 3,793 bilhões.

“Para 2010, a expectativa é que o patamar de crescimento de venda da B2W seja superior ao apresentado em 2009”, afirma a empresa.

Além da otimização das operações, a B2W informou que vai iniciar este ano a expansão da venda de ingressos online para a rede Cinemark no país, após realizar um projeto piloto na Cidade do México.

“Iniciamos também a prospecção de novos países na América Latina para replicar o modelo de negócio e continuar a expansão internacional do serviço de venda de ingressos online”, acrescenta a companhia.

– Escola Anti-Corrupção para Árbitros e Treinadores

Na última semana, um escândalo no futebol da China resultou na denúncia envolvendo 4 árbitros de futebol. Ao longo da mesma semana, foram presos dois vice-presidentes da Federação Chinesa de Futebol, o presidente da Comissão de Árbitros da China e 3 árbitros de futebol (incluindo o árbitro que apitou a Copa de 2002).

Como medida corretiva, as autoridades locais criaram dois campos para reeducação. Um que servirá para árbitros (200 oficiais) e outro para os treinadores. Neles, segundo o presidente da Federação Chinesa de Futebol, Wei Dei, os “alunos” em regime de concentração poderão ter a “oportunidade de redenção dos seus problemas”. Em outras palavras, a chance de confessar crimes, desistir da carreira ou provar sua lisura.

Extraído de: http://www.lusa.pt/lusaweb/user/showitem?service=310&listid=NewsList310&listpage=1&docid=10797888

ÁRBITROS E TREINADORES EM REEDUCAÇÃO PARA CONFESSAREM DELITOS DE CORRUPÇÃO

Pequim, 13 mar (Agência Lusa) – As autoridades chinesas decidiram concentrar centenas de árbitros e treinadores para reeducação e para que confessem os seus delitos, na sequência de um escândalo de corrupção a todos os níveis na liga de futebol.

O diário South China Morning Post revela hoje que foram criados dois “campos de retificação de educação anti-corrupção”, um nos arredores da capital chinesa, para onde foram enviados 200 árbitros de futebol, e outro no sul da província de Cantão, onde se encontram treinadores da maioria das equipas da liga de futebol chinesa.

Segundo o jornal, estas concentrações são “a última oportunidade para confessarem os seus delitos em troca de sanções menos duras”.

O novo presidente da federação chinesa da modalidade, Wei Di, afirmou que o campo de retificação é “uma oportunidade de redenção para os que têm problemas” e advertiu que aqueles que confessem os delitos depois de passado o “período de graça” serão duramente punidos.

O mundo do futebol transformou-se numa área de experimentação na luta contra a corrupção na China, depois de o presidente Hu Jintao expressar no ano passado a sua preocupação com o mau estado institucional daquela modalidade e com os péssimos resultados internacionais da seleção chinesa de futebol.

Desde então, rara tem sido a semana em que não há notícias sobre treinadores, jogadores, dirigentes ou árbitros envolvidos em redes de manipulação de resultados desportivos e em apostas ilegais.

A campanha anti-corrupção já levou às prisões do país dois ex vice-presidentes da federação de futebol chinesa (Nan Yong e Yang Yimin), de Zhang Jianqiang, diretor do comité de árbitros e três conhecidos árbitros de futebol, um dos quais apitou no campeonato mundial de futebol de 2002.

FVZ.

– Deus e o Diabo dentro da Igreja: um relato interessante!

Aqueles que compartilham da fé cristã sabem que o mundo não é dividido em forças do Bem e do Mal, de maneira igualitária. Diferente de algumas outras crenças que acreditam no equilíbiro de forças do Universo, os cristãos, sejam eles católicos, protestantes ou quaisquer outros, crêem que o Bem é infinitamente superior ao Mal.

Depois desta introdução catequética, compartilho uma interessante entrevista do Padre Gabriele Amorth, Exorcista-Chefe da Igreja Católica e que polemiza alguns assuntos, tais como: o Diabo agindo no Vaticano, bispos descrentes e confusões entre possessões demoníacas e doenças psicológicas.

Extraído de Ig (clique ao lado para a citação)

EXORCISTA-CHEFE DA IGREJA DIZ QUE HÁ BISPOS LIGADOS AO DIABO

Em entrevista ao diário La Repubblica, o padre Gabriele Amorth, que comanda o Departamento de Exorcismo em Roma há 25 anos, disse que o ataque ao papa Bento XVI na noite de Natal e os escândalos de pedofilia e abuso sexual envolvendo sacerdotes seriam provas da influência maléfica do Demônio na Santa Sé e “é possível ver as consequências disso”.

O sacerdote, de 85 anos, disse ainda que há, na Igreja, “cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao Demônio”.Amorth, que já teria realizado o exorcismo de 70 mil possuídos, publicou um livro no mês passado, chamado “Memórias de um Exorcista”, em que narra suas batalhas contra o mal.

A série de entrevistas que compõe o livro foi realizada pelo jornalista Marco Tosatti, que conversou com o programa de rádio Newshour da BBC.

Tosatti disse que o Diabo atua de duas formas. Na primeira, a mais ordinária, “ele te aconselha a se comportar mal, a fazer coisas ruins e até a cometer crimes”.

Na segunda, “que ocorre muito raramente”, ele pode possuir uma pessoa. Tosatti disse que, de acordo com Amorth, Adolf Hitler e os nazistas foram possuídos pelo capeta.

O exorcista católico conta em suas memórias que, durante as sessões de exorcismo, os possuídos precisavam ser controlados por seis ou sete de seus assistentes. Eles também eram capazes de cuspir cacos de vidro, “pedaços de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas”, segundo o sacerdote.

Guerra contra a Igreja

 

Amorth defende que a tentativa de assassinato do papa João Paulo II, em 1981, assim como o ataque ao atual papa no Natal passado e os casos de abuso sexual cometidos por padres são exemplos de que o Diabo está em guerra com a igreja.Em entrevista ao La Repubblica, o exorcista contou que o Demônio “pode permanecer escondido, ou falar diferentes línguas, ou mesmo se fazer parecer simpático”.

Para Tosatti, não há nada que se possa fazer quando o Diabo está apenas influenciando as pessoas, em vez de estar possuindo-as.

Segundo o exorcista-chefe do Vaticano, o papa Bento XVI apoia o seu trabalho.

“Sua Santidade acredita de todo coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e louvado o nosso trabalho.”

No jornal italiano, Amorth também comentou sobre como o cinema retrata o exorcismo e a magia.

Segundo ele, o filme “O Exorcista”, de 1973, em que dois padres lutam para exorcizar uma garota possuída, é “substancialmente preciso”, apesar de “um pouco exagerado”.

Já a série do jovem bruxo britânico Harry Potter é descrita como “perigosa” pelo sacerdote, pois traça “uma falsa distinção entre magia negra e magia do bem”.

– E ele disse que não sabia…

Capa da Folha de São Paulo de hoje: Lula disse que Roberto Jefferson o havia informado do Mensalão.

E por que mentiu anteriormente, dizendo que não sabia? Só agora que acabou o processo do Mensalão?

Mentir parece não ser cirme em nosso país… muito menos algo condenável.

– Ação Campeoníssima de Kelly Slater

Se você é admirador de Kelly Slater, aqui vai um artigo de grande despojamento: O Surfista Mega-Campeão ajuda crianças pobres de favelas cariocas, esbanjando simpatia, carisma e responsabilidade social. Isso sim é ser esportista e cidadão!

Extraído de: http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/55420_E+CAMPEAO+

(obs: na matéria, ele aparece com a camisa do Flamengo. Não há a foto aqui, só no link).

É CAMPEÃO

por Paulo Lima

Ele não se apresenta como “Imperador” nem ostenta o apelido “Love”. Mas poderia. Que o digam Gisele Bündchen e Pamela Anderson. Mas, “noblesse oblige”, o sorridente camarada da foto ao lado não sai por aí dizendo que “pegou” fulana ou beltrana. Mas poderia. Ele não joga no Flamengo, mas é campeão.

E daria trabalho extra para as costureiras, que teriam que bordar nove estrelas em sua camisa, tomando cuidado para deixar espaço para mais uma que ainda pode surgir. Robert Kelly Slater não só ganhou nove títulos mundiais de surfe como conseguiu a marca improvável de ter sido o mais novo e também o mais velho campeão mundial profissional do esporte que escolheu. Talvez seja mais justo dizer que foi escolhido. Seu dom para ler e se fundir com as ondas é daqueles que cruzam o fio que separa o talento e a competência extrema da genialidade. Aquilo que os americanos chamam de “gift”.

As fotos desta coluna foram clicadas há cerca de três ou quatro semanas, no North Shore da ilha havaiana de Oahu. O autor é um fotógrafo amador esforçado, que vem aprimorando sua técnica enquanto viaja pelo mundo atrás de matérias para seu programa de tevê. Nosso fotógrafo convidado, Luciano Huck, descobriu que Slater havia pedido para seu amigo brasileiro, o fotógrafo profissional Vavá Ribeiro, identificar pessoas e entidades brasileiras que pudessem ser ajudadas por ele, Slater.

Huck acabara de ver o interessante documentário “Rio Breaks”, que acompanha a vida de dois garotos da favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro. Durante o filme, que mostra a forte presença do surfe na vida dos meninos como alternativa à tentação do status e do dinheiro oferecidos pelo tráfico, o sonho de surfar com Slater no Havaí é confessado pelos dois. Feita a ponte, imediatamente Slater se dispôs a receber Naamã, o mais novo da dupla. O outro garoto não foi encontrado. Pode ter se mudado…

Não se engane, Slater não passou dois dias abraçado, brincando e curtindo com Naamã por conta da exposição na tevê. Com a humildade tranquila que os que o conhecem tanto admiram e respeitam, queria só usar seu dom e sua posição para dar um presente a Naamã e mostrar à molecada que vale correr atrás das coisas em que se acredita de verdade. E isso incluiu vestir a camisa do clube do coração de Naamã e de alguns milhões de brasileiros. Quem viu Slater ensinando Naamã a surfar, na praia de Turtle Bay, imediatamente saiu repetindo o bordão da torcida do Flamengo: “É campeão!”.

– O Profeta do Diálogo e da Discórdia

Lula irá a Israel. Um importante jornal local o chamou de “profeta do diálogo”, e faz menção de que ele pode ser um decisivo interlocutor para a paz no Oriente Médio. Entretanto, ao mesmo tempo, o criticou pela excessiva intimidade com o Irã.

Em tempo: Lula pode se candidatar a presidente da ONU em 2011. Curiosidade: seria o primeiro presidente da entidade a não dominar o inglês. E esse detalhe é deveras importante…

– Eike Batista já possui a 8a. Fortuna do Mundo

A Forbes divulgou a lista dos homens mais ricos do mundo. Carlos Slim, megaempresário mexicano (dono da Claro e Embratel) aparece no topo, a frente de Bill Gates. Mas uma curiosidade: o brasileiro Eike Batista, com US$ 27 bi, está a caminho da liderança…

Extraído de Ig (clique acima para citação)

FORTUNA DE EIKE BATISTA É A OITAVA DO MUNDO

O empresário Eike Batista parece estar no rumo de tornar-se o homem mais rico do mundo. Segundo a revista “Forbes”, o dono de empresas de mineração e petróleo deu um salto substancial no ranking dos bilionários. Sua fortuna aumentou US$ 19,5 bilhões, passsando para US$ 27 bilhões, a oitava maior do mundo.

Em 2009, ele aparecia na 61ª posição, com US$ 7,5 bilhões. Nunca um brasileiro alcançou posição tão alta no ranking da revista americana.

Em fevereiro, Eike Batista disse que pretende acumular US$ 100 bilhões nos próximos dez anos, praticamente a fortuna somada dos dois primeiros bilionários da lista da “Forbes”: o mexicano Carlos Slim Helú, da Telmex, e o dono da Microsoft, Bill Gates.

Filho de Eliezer Batista, ex-presidente da Vale, Eike Batista alçou a liderança entre os bilionários brasileiros ao convencer investidores a aplicar em seus projetos de mineração, petróleo, logística, energia. Agora, aos 53 anos, prepara a abertura de sua empresa de construção de estaleiros.

Na segunda posição entre os bilionários brasileiros, Jorge Paulo Lemann, controlador da Anheuser-Busch Inbev, a maior cervejaria do mundo, dobrou o valor de sua fortuna: de US$ 5,3 bilhões para US$ 11,5 bilhões.

Em seguida, aparece o banqueiro Joseph Safra, com US$ 10 bilhões. Em 2009, sua fortuna era calculada em US$ 7 bilhões.

– Quem tem Razão?

A rede de professores do estado de São Paulo anunciou greve. O Estado anuncia que apenas 1% aderiu. O Sindicato, 58%.

Quem está mentindo?

– Madalena, Madalena… O Bem-Querer na Academia Brasileira de Letras

A Academia Brasileira de Letras está com uma cadeira disponível, após o recente falecimento de José Mindlin. E os candidatos são “diferentes” do que os habituais. A cadeira que um dia foi ocupada por Machado de Assis poderá ser ocupada por Fernando Henrique Cardoso ou pelo sambista Martinho da Vila.

O trocadilho é inevitável: “Letra por letra”, prtefiro as do sambas de Martinho. A Vila Isabel agrdecerá!

Extraído de: IG – Último Segundo (clique aqui para citação)

SEIS NOMES LANÇAM CANDIDATURA PARA OCUPAR CADEIRA DE JOSÉ MINDLIN

Agora é oficial: declarada vaga, nesta quinta-feira, a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupada até o último domingo pelo bibliófilo e empresário José Mindlin, seis nomes se candidataram a substituí-lo. Conforme o iG antecipou, Ziraldo, Martinho da Vila, Eros Grau, Geraldo Holanda Cavalcanti, Muniz Sodré e Marco Lucchesi enviaram ao presidente da Academia, Marcos Vilaça, a inscrição de candidato.

Pela liturgia da Casa, as candidaturas são abertas após a chamada “sessão da saudade”, que ocorre tradicionalmente no Salão Nobre do imponente Petit Trianon, no centro do Rio, na primeira quinta-feira após a morte de um membro da ABL. A sessão homenageou Mindlin no fim da tarde desta quinta-feira e abriu oficialmente a corrida eleitoral.

O número de candidatos, porém, não deve se resumir aos seis citados. As inscrições ficarão abertas durante 30 dias. Mas a campanha começou logo depois de anunciada a morte do bibliófilo. Pelo menos um deles não esperou sequer 24 horas da morte de Mindlin para começar a trabalhar na campanha. Outros enviaram aos acadêmicos um “telegrama de intenções”.

O nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também era cogitado para entrar na disputa. Na quarta-feira, no entanto, ele ligou para o presidente da ABL, Marcos Vilaça, avisando que não entraria na corrida. Não agora. “Desejo ser acadêmico, mas não serei candidato agora. Ainda não”, disse-lhe FHC.

Conforme um observador avaliou ao iG, o ex-presidente só entrará numa disputa para uma vaga na ABL se vislumbrar no horizonte uma aclamação por unanimidade. A eleição presidencial deste ano também adia a candidatura de FHC.

 

– Futilidade em Utilidade

Detesto programas como Big Brother Brasil. Mas confesso que uma futil discussão (comentei isso a amigos na última segunda-feira) está tomando um rumo interessante.

Um dos participantes desse programa, Marcelo Dourado, foi acusado de ser homofóbico. Ao mesmo tempo, ele reclama ser vítima de heterofobia.

E não é que isso é algo a ser discutido? Fazer apologia ao homossexualismo não é crime; mas à heterossexualidade é (para alguns) ?

Ser heterossexual não é ser contra o homossexual. São coisas diferentes. E, infelizmente, para alguns, prevalece a “competição da opção sexual”. Que bobagem… Defender a opção heterossexual não implica em desrespeitar os que não a tem; e vice-versa. O problema é um só: INTOLERÂNCIA. E das duas partes!

– Etanol retoma à Normalidade

Enfim, o Etanol voltou a ser competitivo. A queda do preço do açúcar no mercado internacional, a proximidade da safra maior, além do “boicote” de alguns clientes, proporcionaram que os preços se realinhassem.

Extraído de: http://economia.estadao.com.br/noticias/etanol-ja-esta-mais-competitivo-que-gasolina-no-interior-de-sp,not_8117.htm

ETANOL JÁ É MAIS COMPETITIVO NO INTERIOR DE SP.

por Eduardo Mogossi

Os preços do etanol nos postos de combustíveis da cidade de São Paulo já estão tão competitivos quanto os da gasolina. Nas últimas seis semanas, os preços pagos na usina para os produtores já estavam em queda mas este recuo não foi repassado para os postos até este final de semana.

Desde o final da semana passada, as distribuidoras começaram a repassar a queda ao produtor para o preço na bomba de combustível. Neste período, as cotações ao produtor recuaram 22% e os preços nos postos apenas cerca de 2%, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) e da Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No interior paulista, o etanol já está ligeiramente mais competitivo que a gasolina nos postos de combustíveis. Em cidades como Ribeirão Preto, Campinas e Limeira, enquanto a gasolina segue em média entre R$ 2,50 e R$ 2,60 por litro, o etanol é cobrado entre R$ 1,50 e R$ 1,60, o que torna o hidratado mais competitivo que o combustível fóssil.

Na capital paulista, os preços da gasolina estão em torno de R$ 2,40 e R$ 2,35 por litro e os do etanol são praticados entre R$ 1,65 e R$ 1,70 por litro, o que torna indiferente para o bolso do consumidor utilizar etanol ou gasolina no tanque dos carros flex.

Segundo o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Lubrificantes e Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, os produtores estão colocando no mercado seus estoques a preços mais baixos em um momento em que as distribuidoras também estão apresentando estoques um pouco maiores, fruto da recente queda na demanda do etanol hidratado, que perdeu competitividade para a gasolina.

Vaz afirma, contudo, que não sabe quanto tempo esta maior oferta de etanol vai durar e se os preços se manterão em queda. “A queda foi muito rápida e me parece pontual”, disse. Porém, ele afirma que “a luz no fim do túnel” começa no final do mês, quanto a safra de cana do Centro-Sul terá início e a oferta de etanol terá um fluxo contínuo.

– Como se Forma um Bom Aluno

A Revista Época desta semana traz uma oportuna matéria: Como se Forma um Bom Aluno.

São 8 lições interessantes a nós, educadores, pais e estudantes. São elas:

1- O PODER DO INCENTIVO

2- O PRAZER DE APRENDER

3- ORGULHO DOS RESULTADOS

4- RESISTÊNCIA A FRUSTRAÇÕES

5- O GOSTO DA COMPETIÇÃO

6- PENSAMENTO SOLTO

7- A INSPIRAÇÃO DE ALGUÉM

8- PLANOS DE MUDAR O MUNDO

Abaixo, a matéria com os tópicos abordados.

Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI125633-15228-1,00-COMO+SE+FORMA+UM+BOM+ALUNO.html

COMO SE FORMA UM BOM ALUNO

por Camila Guimarães, Juliana Arini, Marco Bahé e Nelito Fernandes.

Não há pai ou mãe que não sonhe com isso: que seu filho vá bem na escola, encontre uma vocação e faça sucesso. É por isso que os pais brasileiros, ouvidos em uma pesquisa do Movimento Todos pela Educação, disseram participar com afinco da vida escolar de seus filhos. Essa participação, porém, tem suas falhas – como mostra um detalhamento da pesquisa de 2009, feito com exclusividade para ÉPOCA. Em alguns casos, há falta de tempo (a queixa mais comum de quem tem filho em escola particular). Em outros, o principal obstáculo é o desconhecimento do conteúdo ensinado (para quem tem filho em escola pública).

A pesquisa também detectou conceitos ultrapassados de como impulsionar o conhecimento. A maioria dos pais presta demasiada atenção às notas e preocupa-se menos em estimular a leitura ou acompanhar se a criança está aprendendo.

Em outras palavras: há mais cobrança que incentivo. É como se os pais considerassem que sua tarefa principal é garantir o acesso à escola – a partir daí, a responsabilidade seria dos professores. Isso é pouco, principalmente num país que não tem avançado satisfatoriamente na área da educação. O nível de ensino das escolas brasileiras, mesmo as de elite, é baixo, na comparação com os países mais avançados. Um relatório do Ministério da Educação, ainda incompleto, mostra que atingimos apenas um terço das metas do Plano Nacional de Educação, entre 2001 e 2008. A evasão escolar no ensino médio aumentou de 5% para 13%. Só 14% dos jovens estão na universidade. Menos de um quinto das crianças até 3 anos frequenta creches.

E, no entanto, há ilhas de excelência. Há alunos brilhantes, curiosos, esforçados, interessados, capazes. Não estamos falando de superdotados. São meninos e meninas comuns, de colégios públicos e particulares, pobres ou ricos, que vão para a escola e… aprendem. Mais: formam-se. Estão no caminho de se tornar cidadãos melhores, pessoas melhores, gente de sucesso. Fazer com que uma criança seja assim não está inteiramente ao alcance dos pais. Pesquisas mundiais mostram que o envolvimento paterno responde por, no máximo, 20% da nota final. O restante seria determinado pela qualidade da escola, a relação com os professores, a influência dos colegas e, claro, seu próprio talento. Mas há, em cada um desses fatores, também uma influência dos pais. Cabe a eles analisar a escola, monitorar os professores, perceber o ambiente em que seu filho vive, estimular-lhe os talentos naturais. Talvez não seja possível fabricar bons alunos. Mas, como atestam as experiências dos garotos e das garotas desta reportagem, há boas receitas para ajudá-los a descobrir esse caminho.

1. O  PODER DO INCENTIVO

O menino Pedro Manzaro seria um personagem improvável para uma reportagem sobre bons alunos. Aos 7 anos, ele começava o 3o ano sem saber escrever direito e com falhas de leitura. Em breve iniciaria aulas de reforço, com pouco resultado. Pedro era um retardatário na turma de alfabetização. Naquele momento, a diretora do colégio, de uma rede particular de São Paulo, chamou seus pais para uma conversa. Era preciso agir. Quando estão aprendendo as letras, as crianças têm um “clique”, um momento muito pessoal a partir do qual a escrita e a leitura deslancham. O “clique” de Pedro estava demorando demais.

Que pai não ficaria apreensivo com uma situação dessas? Foi como Andréia e Sidnei Manzaro se sentiram. Mas logo trataram de agir. A estratégia foi usar a leitura – o menino adorava livros, vivia com eles embaixo do braço, apesar da dificuldade de entendê-los. Na casa da família, já havia a tradição de cada criança (Pedro tem dois irmãos mais novos) ter seu “dia de filho único”, quando os pais ficam só com ele. Durante a recuperação de Pedro, que levou um ano, seus dias de filho único eram sempre passados dentro de livrarias. Andréia passou a ler os livros de aventura, gênero favorito de Pedro, para conversar com ele sobre os vaivéns dos heróis das histórias (ela pegou gosto: está lendo agora o segundo livro da série Píppi Meialonga, sobre uma garota que viaja pelo mundo e odeia a escola).

Hoje, Pedro é considerado um aluno acima da média. Não é um colecionador de notas 10. Mas isso não preocupa ninguém. “O principal é ele gostar do que está fazendo”, afirma Andréia. O sucesso foi resultado de um esforço conjunto. A escola lhe deu atenção especial, com correção cuidadosa dos textos. O hábito da leitura fez outro tanto. Ler estimula a capacidade de compreender um texto, é um hábito fundamental na formação de seres pensantes. Está entre os quatro fatores comuns aos melhores alunos, segundo uma pesquisa feita pelo Ministério da Educação em 2007 (os outros são fazer lição de casa, ter atividades extracurriculares e pais engajados).

O terceiro impulso, crucial, para a recuperação de Pedro foi a torcida dos pais. O incentivo e os elogios deles ajudaram a construir autoconfiança e gosto pelo esforço. “A gente vivia dizendo para ele: ‘Filho, olha o que você conseguiu!’”, diz Andréia. O elogio é capaz de transformar. Mas é preciso ter cuidado com ele. Há uma ciência em seu uso. Segundo pesquisas americanas, crianças que recebem congratulações por seu desempenho e seu talento tendem a ficar mais preguiçosas e menos criativas. Aparentemente, ficam com medo de arriscar, porque um fracasso destruiria a imagem que conquistaram. Crianças que recebem elogios por seu trabalho duro, pelo esforço despendido para chegar àquele resultado têm reação inversa. Tornam-se mais persistentes, desenvolvem gosto pelo risco. E, quando fracassam, atribuem isso a um esforço insuficiente, não à incapacidade. Foi o que aconteceu com Pedro. “Mesmo com os sucessivos erros, nunca ouvi o Pedro se recusar a escrever um texto”, diz Beatriz Loureiro, a professora que acompanhou sua recuperação.

Se os pais não sabem reconhecer as paixões naturais dos filhos, inibem o aprendizado, em vez de promovê-lo

2. O PRAZER DE APRENDER

Guilherme Ortolan, de 9 anos, tem dificuldade de passar para a próxima fase. Não na escola. Essa ele tira de letra. O problema de Guilherme é que, quando joga um de seus games preferidos com o pai, esquece o objetivo. “Ele para o jogo para me dizer que a classificação de um dos bichos na tela está errada: aquele dinossauro não pode ser herbívoro e viver naquela parte da floresta se tem dentes tão pontiagudos, típicos dos carnívoros”, diz o pai, também Guilherme. A paixão do menino pelos dinossauros começou cedo. Ele nem era alfabetizado. Os pais souberam estimular seu interesse. Começaram comprando lagartos de brinquedo. Depois vieram os livros. E as pesquisas na internet. E os recortes de jornais e revistas (muitos deles presenteados pelos professores). A família inteira ficou envolvida pela mania, e Guilherme acabou virando “especialista”. Quando vai brincar com seus dinossauros, ele os organiza por período geológico. Ou por hábitos alimentares.

Esse processo mostra como uma paixão ajuda a estimular a criatividade, ensina a pesquisar por conta própria, tirar conclusões, fazer conexões. Se os pais e professores não sabem reconhecer e estimular as paixões naturais das crianças, se insistem para ela “largar de bobagens e se concentrar no que é sério”, inibem o aprendizado, em vez de promovê-lo. Com Guilherme, aconteceu o contrário. “O repertório dele é superior ao dos colegas”, diz Maria Isabel Gaspar, coordenadora pedagógica da escola em que ele estuda, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Não são raras as vezes em que ele já tem informações sobre o que está sendo ensinado na sala de aula.”

Esse tipo de aluno – capaz de fazer associações e reflexões mais sofisticadas – as melhores universidades do país procuram. Em seus vestibulares, elas evoluíram da cobrança de acúmulo de informações para a capacidade de solucionar problemas. O Enem, a prova unificada de seleção aplicada pelo Ministério da Educação, segue a mesma linha.

3. ORGULHO DO RESULTADO

Nem sempre o prazer de aprender vem da paixão por algo específico. Muitas vezes, trata-se do prazer de fazer bem feito, uma espécie de orgulho de ter realizado algo. Esse perfeccionismo move Gabriela Vergili, de 13 anos. Na primeira semana de aula, no mês passado, ela e a irmã mais nova, Geovana, chegaram em casa, em São Paulo, com a mesma tarefa (embora estejam em séries diferentes, ambas têm um professor em comum). Elas tinham de descobrir em que data cairia o Carnaval deste ano. Como sempre, as duas sentaram no mesmo horário para fazer o dever (a regra, na casa de dona Mércia, sua mãe, é fazer a lição logo depois do almoço). Geovana, eficiente, descobriu logo a data pedida: 16 de fevereiro. E foi brincar. Gabriela demorou mais. Pesquisou na internet, na enciclopédia Larousse, voltou para a internet. E escreveu um longo texto sobre Quaresma, Equinócio, fases da Lua e concílios religiosos. “A disciplina e a organização da Gabriela a ajudam a ‘aprender a aprender’ qualquer coisa”, afirma Luís Junqueira, professor dela no ano passado. “Por isso ela é tão versátil: tem texto redondo, sabe fazer um documentário em vídeo, vai bem na aula de artes e até na educação física.”

Essa disciplina é um ponto de honra para Mércia. Ela sempre foi rigorosa com os estudos das filhas. Além do horário da lição, à noite ela e o marido chegam do trabalho e tiram dúvidas das crianças. Quando a escola passa uma pesquisa, manda ler um livro, Mércia acompanha por telefone se as obrigações foram cumpridas. Essa rigidez – acompanhada do exemplo, senão o efeito pode ser o oposto – cria comprometimento com o estudo. “Quase sempre a criança vai buscar em casa como ela vai se relacionar com a vida acadêmica”, diz Débora Vaz, pedagoga e diretora de um colégio particular de São Paulo. Gabriela é concentrada para fazer seus deveres, cumpre o combinado com os professores, respeita o sinal da escola, devolve o livro da biblioteca dentro do prazo.

Como mostra a pesquisa do MEC de 2007, o dever de casa é outro ponto em comum entre os bons alunos. Vários estudos comprovam que a lição de casa ajuda a assimilar conteúdos. Também é a forma mais fácil de verificar o aprendizado dos filhos. Por isso, os pais devem se envolver – mas não muito. A lição de casa tem de ser feita apenas pelo aluno. “É quando a criança está sozinha para lidar com todo o conhecimento que adquiriu em sala e vai decidir o que fazer com ele”, diz Harris Cooper, um acadêmico da Universidade Duke, Carolina do Norte, que há mais de 20 anos estuda a relação dos pais com a lição de casa (leia suas recomendações).

4. RESISTÊNCIA A FRUSTRAÇÕES

Outra forma de a disciplina se manifestar é na resiliência. O termo designa a propriedade de um corpo de voltar à forma original depois de sofrer uma deformação. Por extensão, passou a ser usado por psicólogos como a capacidade de uma pessoa se recobrar de episódios ruins ou resistir a dificuldades. Em geral, a resiliência é alimentada pela determinação, uma característica encontrada em grande parte dos bons alunos. Um exemplo é Leandro Siqueira, de 16 anos. Ele acorda às 4h30. Pega um trem em Cosmos, Zona Oeste, a região mais pobre do Rio de Janeiro, rumo ao Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Fukow Fonseca (Cefet), uma das melhores escolas técnicas do país. Sai de casa sem tomar café – ou não chegaria a tempo à primeira aula, às 7 horas. Leandro faz a primeira refeição do dia às 12h30, no intervalo do período integral. Chega em casa às 20h30, janta e estuda até as 22 horas. Como seu quarto é pequeno, e a sala geralmente está ocupada, Leandro usa a varanda para ter a concentração de que precisa.

A maratona massacrante se justifica. Quando entrou na escola técnica, numa vaga que disputou com 50 candidatos, Leandro sentiu um baque. Ele sempre havia sido bom aluno, mas o desnível em relação à escola pública de onde vinha era grande demais. Pegar recuperação em três disciplinas não foi o pior. Pelas regras da escola, quem é reprovado duas vezes é expulso. Leandro teve medo de perder sua conquista. “Eu me cobrava muito e ficava pensando no dinheiro que meu pai gasta para eu estar aqui todo dia e almoçar”, afirma, logo depois do almoço num restaurante a quilo, onde gastou R$ 11. Suas notas se estabilizaram acima da média graças à severidade de seu plano de estudos, que inclui mais algumas horas de caderno aos domingos, assistido por uma tia professora de matemática. Os pais de Leandro, um instalador de gás desempregado e uma dona de casa, estudaram até a 8a série. Não conseguem ajudá-lo com os estudos. Mas não poderiam dar lição melhor que o sacrifício que fazem para lhe dar a oportunidade de um bom estudo.

Será possível incutir determinação em alguém? Em termos. A resiliência é, provavelmente, uma característica da personalidade. Mas os pais podem influenciar. Em geral, fazem isso para o lado errado. “Vemos muitos pais lenientes, enchendo seus filhos de facilidades”, afirma Maria Lúcia Sabatella, uma educadora especialista em crianças superdotadas. O resultado são crianças mimadas, com pouca resistência a frustrações. E uma tendência a desistir ante as dificuldades. Por isso, em seu programa dedicado a localizar bons alunos na rede pública, os pais também recebem aulas. Eles aprendem a estimular seus filhos e, especialmente, a não boicotá-los. “Temos de ensiná-los a formar indivíduos autônomos, independentes”, diz Sabatella.

5. O GOSTO DA COMPETIÇÃO

Os trigêmeos Joeverton, Joemerson e Joebert de Oliveira Maia, de 12 anos, foram medalhistas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) no ano passado. Joeverton foi medalha de ouro. Joemerson e Joebert ficaram com o bronze. Não é preciso dizer que eles são o orgulho do pai, José Jorge Maia, chefe da família de classe média baixa que vive na periferia de João Pessoa. Professor de matemática da rede pública da Paraíba, tudo o que José conseguiu até hoje foi com esforço: a casa onde mora e ter criado os três filhos só com seu salário, já que sua mulher, Selma, também professora, parou de trabalhar para cuidar dos bebês. “Sobrevivo com tudo o que aprendi na escola. É só isso que eu tenho e é isso que eu quero garantir para meus filhos”, diz.

Não é só discurso. José e Selma dão aos trigêmeos, todos os dias, três horas extras de aula, além da lição de casa. É como um treino de atletismo, com esforço repetitivo. José copia provas de olimpíadas de matemática antigas e dá como treino para os meninos. A vontade de vencer, atingir metas mais altas, destacar-se é um poderoso incentivo para os estudos. “Os melhores alunos não têm medo do desafio”, fiz Suely Druk, diretora da OBMEP.

As aulas, no terraço da casa simples da família, não são apenas de matemática. Incluem ciências, português e história. Os meninos não se incomodam em suar a camisa. “Sempre foi assim aqui em casa”, diz Joemerson. O reforço ajuda a compensar as deficiências da escola municipal onde estão matriculados no 8o ano do ensino fundamental. “Queria que a escola puxasse mais. Estamos sem professor de história e de inglês”, diz Joebert.

A postura de José faz com que os filhos não enxerguem a escola como um fardo, mas como solução. Os três querem se formar em engenharia da computação. Informática passou a ser a paixão dos meninos depois que Joemerson ganhou um computador num concurso de redação, há dois anos. De lá para cá, têm como passatempo navegar em redes de relacionamento, bate-papo e sites de jogos, como qualquer pré-adolescente. A diferença é que eles só fazem isso depois dos estudos.

6. PENSAMENTO SOLTO

Um caminho alternativo, quase oposto ao da persistência dos trigêmeos Joebert, Joemerson e Joeverton, é a aposta na criatividade. Trata-se de, em vez de perseguir notas, liberar a imaginação. Pode-se construir uma argumentação forte contra a ênfase do sistema de ensino nas notas. Quando uma pessoa (criança, jovem ou adulto) se concentra em demasia no grau que receberá por um trabalho, deixa de apreciar o valor intrínseco dele. Em boa medida, a importância dada à nota é subtraída da alegria de aprender.

Por isso é tão revitalizante observar crianças como Larissa Silvestre, de 9 anos, descobrindo o mundo, formulando conceitos, brincando. “A Larissa sempre foi criativa”, afirma sua professora de artes, Maria Luisa de Godoy. “Se eu pedia para ela recortar uma árvore, numa aula sobre contornos, ela me vinha com um varal cheio de roupas. Se eu ensinava a fazer uma peteca de sucata, em cinco minutos a peteca virava outro brinquedo.”

Sua mãe, Arlete de Epifânia, estudou até a 4a série e é cozinheira há 13 anos em uma casa de um bairro nobre de São Paulo. No ano passado, entrou pela primeira vez em um museu, quando a escola de Larissa convidou os pais a acompanhar os filhos numa visita ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). “Nunca imaginei que existisse um lugar como aquele e que minha filha fosse capaz de fazer o que ela fez ali”, diz Arlete. De lá para cá, quando tem tempo livre, ela tenta fazer programas que envolvam algum tipo de atividade artística. Se não dá, ajuda a filha a costurar roupinhas para suas bonecas.

Parecem atividades que têm pouco a ver com as disciplinas escolares. Não é assim. A sensibilidade de Larissa para as artes faz dela uma criança observadora – o que a favorece na hora de resolver um problema de matemática ou associar fatos históricos. Segundo Maria Lúcia Sabatella, especialista em crianças superdotadas, gente criativa é extremamente concentrada. “Os grandes inventores, os maiores estrategistas, nos negócios ou na guerra, não fazem a sequência lógica de raciocínio”, diz. “Eles são criativos. Seu caminho para chegar à resposta pode até ser mais longo. Mas é singular.”

Esse argumento é contrário à má imagem dos alunos que ficam “rabiscando o papel” em vez de estudar a sério para a prova. “A produção artística exige do aluno um esforço que pode ser maior do que nas outras disciplinas”, afirma Paulo Portella, coordenador do Serviço Educativo do Masp. “A criatividade das artes exige construção de conhecimento – e não a simples repetição deles.” Uma criança com pendor para as artes pode ter um caminho de sucesso até maior que o de um aluno “certinho”, em áreas menos convencionais. Ou pode levar vantagem no próprio campo do estudo. Larissa, por exemplo, diz que não quer ser artista quando crescer. Ela quer ser veterinária.

7. A INSPIRAÇÃO DE ALGUÉM

Todo mundo tem alguém que admira. Pode ser a mãe, um professor, uma personagem histórica. Essa figura nos faz almejar ser melhor. Isso também é verdade nos estudos. Quase todo bom aluno tem um professor inspirador, um parente que quer imitar, um bom exemplo. Felipe Brum, de 10 anos, morador de Brasília, tem dois: seu avô materno, Ribamar Ferreira, e Bruno, seu irmão mais velho. Ribamar é engenheiro e serve de inspiração para Felipe desde que, numa visita à construção de uma pousada da família na Bahia, mostrou-lhe que a matemática serve para construir coisas. “Quero construir robôs para ajudar a salvar a humanidade do desmatamento”, diz o menino. “Para fazer meu robô, sei que vou ter de estudar engenharia.” Bruno, seu irmão mais velho, também segue a carreira do avô. Passou no vestibular com 16 anos. “Eu também quero passar na UnB”, diz Felipe, sem saber direito o que significa a sigla, da Universidade de Brasília. Seu plano para conseguir a vaga já está em prática. Estuda duas horas todos os dias e tem como meta a nota mínima 8.

A rotina de estudos de Felipe foi organizada pela mãe, Isabella, para que o menino superasse suas dificuldades de aprendizado. Há dois anos, ele foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção (TDA). Isabella, que é médica, mudou seus horários para se dedicar aos estudos do filho. O irmão mais velho também ajuda. “Ele me estimula a aplicar os cálculos em tudo o que faço”, diz Felipe. “Nunca imaginei que para construir computadores a gente usava matemática.”

Ter o avô e o irmão como heróis é a motivação de Felipe. “São muitos os casos em que ter um referencial, um exemplo a ser seguido, é determinante para a motivação do aprendizado”, afirma Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. “Estimular isso é válido, mas com o cuidado de respeitar a individualidade da criança.” Porque pode acontecer o contrário: a criança se sentir intimidada pela figura de sucesso e se frustrar ao não conseguir ser como ela.

Não parece ser o caso de Felipe. No ano passado, ele tirou 9,6 em matemática, disciplina em que tinha ficado em recuperação no ano anterior. “Agora só quero boas notas, sei que isso ajuda a passar rápido no vestibular, como foi com o Bruno.”

8. PLANOS DE MUDAR O MUNDO

Para que serve a escola? Em parte, ela é a instituição conformista por natureza. É lá que aprendemos os meios e modos do mundo, as tradições de nossa cultura, o que devemos fazer para ter sucesso, de acordo com as expectativas da sociedade. Mas ela é, também, o lugar do exercício das possibilidades. É nela que aprendemos a pensar por conta própria. Uma boa educação inclui a capacidade de questionar, experimentar, criar. Um traço comum entre maus alunos é que seus interesses estão fora da escola. Mas esse é também um traço comum entre os bons alunos. A única diferença é que os maus alunos perseguem seus interesses em detrimento do estudo. Os bons mesclam suas atividades ao estudo. Com isso, ganham capacidade crítica, vivência, experiência.

No ano passado, Marcelo Monteiro, de 16 anos, dedicou boa parte de seu tempo livre a um projeto especial: recuperar a imagem do grêmio estudantil do colégio onde cursa o 3o ano do ensino médio, em Porto Alegre. Sua função como primeiro secretário era negociar com a diretoria atividades para os alunos e melhorias na escola, tarefa complicada dada a reputação do grêmio até então. As gestões anteriores deixaram a organização quebrada. Ao assumir, Marcelo e seus colegas de chapa encontraram a sede pichada, sofás depredados, computador quebrado. “Tivemos de reconquistar a confiança do diretor e dos coordenadores para emplacar nossos projetos”, diz ele. Para reformar a sede, arrecadou dinheiro com os alunos (cobrando pelo serviço de fazer carteirinhas de estudantes) e pais de alunos (enviou cerca de 1.500 boletos opcionais no valor de R$ 20 para o endereço residencial dos colegas. Mais da metade dos pais depositou o dinheiro).

Também organizou uma campanha para mobilizar o colégio a participar de uma espécie de gincana. O prêmio, dado para a escola com o maior número de inscritos, era um computador. Levou. No final do ano, já com a sede reformada e o prestígio do grêmio recuperado, Marcelo conseguiu autorização da diretoria para fazer um festival de música. Cada convidado levou 1 quilo de alimento, doado para entidades carentes. “Não sei quanto deu no final, mas lotamos a Kombi que a escola nos emprestou para fazer a entrega.”

Mesmo tão ocupado com articulações estudantis e organização de eventos, Marcelo está no topo das notas de sua turma. Vai tentar o vestibular para Direito. “Ele não tem medo de se meter em encrencas”, diz um de seus professores, Ivanor Reginatto, no colégio há 25 anos. “Nem todo bom aluno questiona tanto quanto Marcelo, mas essa sua capacidade o coloca entre os melhores.” De certa forma, Marcelo segue os passos de seus pais, Marisa e Rui. Ambos participaram de grêmios estudantis no colégio e na faculdade. Durante cinco anos, presidiram a Associação de Pais e Mestres onde Marcelo estuda. “Tentamos passar a ideia de que se engajar em atividades fora da sala de aula daria a ele a base que vai definir seu futuro profissional e pessoal”, diz a mãe. “Eles me ensinaram a priorizar o diálogo, a discutir questões que acho importantes”, diz Marcelo. É para isso que serve a educação. Para atuar no mundo.

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– CONAR e Paris Hilton

Inquietante.

O Conar suspendeu a propaganda da Cerveja Devassa, atendendo a Secretaria de Defesa da Mulher, pois esta achou que a socialite Paris Hilton demonstrou uma imagem vulgarizada da mulher, ou seja, tornou-a uma “mulher-objeto”.

E Juliana Paes com a Antárctica, não é a mesma coisa? E outras tantas belas loiras anônimas de outras marcas? E de outros produtos?

Nossa, quanta hipocrisia… No Dia Internacional da Mulher, há dois pesos e duas medidas. Ou a lei serve para todos ou não!

– Presidente Folgado

Lula se incomodou com as críticas feitas às ações de campanha de dona Dilma Roussef. Neste final de semana, a candidata inaugurou um hospital que nem foi construído com verba federal (incrível, os políticos levam os louros da vitória de outros pares, magicamente!). Sobre a chiadeira, disse:

“Se eles pudessem eles cantavam todo dia: um Lulinha incomoda muita gente, uma Dilminha incomoda muito mais”,
presidente Lula,


Tá esnobando… ou melhor, usando uma gíria de periferia: tá “forgando”.

– Taylor Superstar

Para os nossos alunos, compartilho texto a ser trabalhado hoje, a respeito do taylorismo e os dias atuais. Abaixo:

TAYLOR SUPERSTAR

por Clemente Nóbrega (Revista Exame, 24/09/97, ed 645)

A Viking Press lançou em maio passado, nos Estados Unidos, um livro que está sendo cotado para o Prêmio Pulitzer, a maior distinção literária americana: The One Best Way: Frederick Winslow Taylor and the Enigma of Efficiency, de Robert Kanigel, 656 páginas. Trata-se de uma biografia de Frederick Taylor, o primeiro expert americano em racionalização e eficiência no trabalho. O que haveria de tão especial com um ideário de administração do início do século?

É que tendo sido o primeiro “manifesto revolucionário” sobre o redesenho de processos de trabalho visando aumentos radicais de produtividade é, de longe, o mais bem-sucedido de todos até hoje.

As pressões geradas pelo aumento da competição no mundo globalizado do final do século XX fizeram com que a busca frenética de aumentos em eficiência passasse a ser a prioridade número um de todo executivo. No entanto, ao contrário do que dão a entender propostas modernas, supostamente revolucionárias, o tema não é novo: surgiu em 1911 com a promessa de, já naquela época, alterar para valer as concepções predominantes no mundo do trabalho.

Taylor prometeu e cumpriu. E cumpriu de uma forma e com uma abrangência tais, que ninguém poderia ter previsto. Taylor publicou sua idéias em 1911 num livro intitulado The Principles of Scientific Management. Ele era um homem comum. De família rica, mas não um intelectual especialmente brilhante. Sua influência na vida do século XX é, porém, comparável à de Henry Ford ou Thomas Edson. Peter Drucker, o guru supremo do mundo da administração, coloca-o ao lado de Freud e Darwin em importância, atribuindo às suas idéias um peso decisivo para a derrocada da proposta marxista. O taylorismo, ganhando vida própria, se revelou de certa forma uma idéia mais inteligente que o homem que a formulou.

Jeremy Rifkin, autor de O Fim dos Empregos, diz em Time Wars: “Taylor fez da eficiência o modus operandi da indústria americana e a virtude central da cultura desse país… Ele teve provavelmente mais influência que qualquer outro indivíduo sobre a vida pública e privada de homens e mulheres no século XX”.

A idéia taylorista acabou extrapolando o mundo da empresa e penetrando em todos os aspectos da vida do século XX. Como um ácido que dissolve tudo, nada foi capaz de detê-la. A originalidade do livro de Kanigel está na ênfase que dá a essa dimensão pouco notada das idéias de Taylor: elas partiram do “chão de fábrica”, mas alçaram vôo e acabaram condicionando obsessivamente a cultura do século.

Os japoneses devoraram os escritos de Taylor na fase de reconstrução, no pós-guerra. Russos e alemães adotaram suas idéias. Tudo o que tenha a ver com maximização de recursos no tempo, em qualquer domínio, tem algo a aprender com Taylor – da Federal Express (entregas overnight) aos robôs das linhas de montagem informatizadas de hoje. No momento econômico neoliberal-globalizado que estamos vivendo, Frederick Taylor continua atual.

Gerência científica?

Sim, Taylor propôs a criação de uma “ciência da administração”.

Observando o que ocorria no “chão de fábrica” do início do século – aquele ambiente chapliniano de Tempos Modernos – ele teve o insight decisivo: é possível aplicar conhecimento ao trabalho. É possível otimizar a produção descobrindo e prescrevendo a maneira certa de se fazer as coisas – “the one best way” – para atingir o máximo em eficiência. Pode parecer banal, mas revelou-se explosivamente inovador.

Naquela época não havia nenhum pensamento por trás do ato de trabalhar. Trabalho era ação pura; trabalhava-se apenas. Não havia metodologia, só força bruta. Os gerentes limitavam-se a estabelecer cotas de produção, não se preocupavam com processos. Era só “o que”, não “como”.

O taylorismo é o germe de todas as propostas que vieram depois para formatar racionalmente o ato de se produzir qualquer coisa. Gerar resultados por intermédio de pessoas. Administrar.

Pessoas? Taylor era ambivalente com relação ao papel das pessoas, e parte do fascínio e da natureza polêmica de suas idéias vem daí. Ele via a função do gerente como claramente separada da função do trabalhador. Trabalhador faz, gerente pensa e planeja. O manager descobre e especifica “the one best way”; o trabalhador executa, e só.

O executor do trabalho, sendo totalmente passivo no processo, tinha de se submeter ao sistema. Nas palavras do próprio Taylor, o importante era o sistema, não o homem. Ele bem que poderia ter escrito um livro com o título: As Pessoas em Segundo Lugar, Talvez em Terceiro ou Produtividade Através do Sistema, Não das Pessoas.

Taylor é o pai de todos os processos de automação.

Reconheço que isso é meio chocante para nós, acostumados ao discurso “participativo/não hierárquico/sem camadas” dominante em administração hoje, mas não cheguemos a conclusões apressadas. A idéia taylorista revelou outras nuances que acabaram se complementando em um corpo muito sólido. Sua importância decorre de um fato simples: ela dá certo.

Da concepção de operação do McDonald’s para entregar a seus clientes centenas de milhões de Big Macs a cada ano ao advogado que contabiliza aos centavos o tempo que dedica a cada cliente; da universidade ao estádio de futebol; do hospital ao partido político; das igrejas às organizações não governamentais, o taylorismo é algo profundamente entranhado em nossa maneira não só de administrar, mas de viver.

Ao mesmo tempo em que rejeitava qualquer possibilidade de contribuição inteligente por parte do trabalhador, Taylor enfatizava que ele – trabalhador – seria o grande beneficiário do seu sistema “científico”. Sendo mais produtivo graças a esse mesmo sistema, ganharia mais e se engajaria no processo de produzir não só com as mãos, mas também com o coração.

Para Taylor, seria possível construir o melhor dos mundos: capital e trabalho de mãos dadas. Era o oposto do antagonismo marxista; a utopia taylorista é essa. Sua idéia era um experimento com a natureza humana. Tratava-se, na verdade, de uma visão, um estado de espírito aplicável a todos os aspectos da vida.

Sua convicção era a de que todos podiam ganhar e que a colaboração (antítese do antagonismo da luta de classes) surgiria naturalmente, uma vez que estivessem em vigor os métodos de sua administração “científica”. Para Taylor, o trabalhador não precisava pensar, mas teria de participar, senão nada funcionaria.

Assim, no centro da idéia taylorista há uma enfática proposta de participação do trabalhador. Mas participação no resultado, não na formulação dos processos ou das decisões que levariam a esses melhores resultados. O trabalhador para Taylor não precisaria (nem deveria) ser inteligente; só precisaria obedecer. Pensar era para o “gerente científico”.

O paradoxo é o mesmo que hoje atormenta os executivos: funcionários que só obedeçam passivamente não são mais o bastante para a empresa moderna que, de fato, precisa de outro tipo de gente. Apesar disso, não há nenhuma alternativa que torne viável, para além do blablablá habitual, a famosa participação de todos nas decisões, sem distinção hierárquica. Os mais capazes continuam a ser aqueles mais bem pagos, justamente por assumir a responsabilidade de identificar o “one best way”. Um bom “gerente científico” hoje, como sempre, vale ouro.

A “empresa inteligente”, com todo o charme que esse rótulo possa ter, continua sendo em grande medida um ícone retórico, bom para inspirar livros e seminários, mas sem correspondência no mundo real, não por rejeição à idéia em si, mas por absoluta falta de mecanismos práticos para articulá-la e implementá-la.

Assim, com toda carga de rejeição que o paradigma taylorista inspira, o fato é que não conseguimos substituí-lo de verdade por algo melhor. Pelo menos, não por enquanto. Encaremos: o taylorismo, em sua essência, ainda dá resultado. Intuímos que é preciso superá-lo, mas nos faltam ferramentas.

Peter Drucker, numa entrevista à revista Wired (agosto de 1996), falou sobre a idéia, hoje popular, de se encarar a organização como uma banda de jazz, na qual todos escrevem a partitura enquanto tocam. “Soa bonito, mas ninguém realmente descobriu uma maneira de fazer isso”, diz Drucker. Esse é o problema.

Reparem nessa enxurrada de modismos em administração. Da década de 80 para cá são incontáveis as propostas “revolucionárias” que apareceram com a promessa de promover viradas radicais nas performances das empresas. Da qualidade total à reengenharia de processos. Da empresa voltada para o cliente aos times multifuncionais. Tudo isso se originou como reação à devastação perpetrada pelos produtos japoneses nos mercados ocidentais, a partir da segunda metade da década de 70. Mas o sucesso japonês tinha muito mais a ver com Taylor do que com “cliente em primeiro lugar”, se é que o leitor me entende. No seu primeiro momento foi algo muitíssimo mais vinculado a sistemas otimizados de produção (alta qualidade com baixo custo) do que com qualquer outra coisa. Taylor puro.

Pessoas em primeiro lugar? Não, pessoas comprando o meu produto em primeiro lugar. E meu produto é campeão porque é bom e barato, graças ao meu sistema de produção.

As empresas continuam perseguindo um modelo idealizado de gestão participativa que unanimemente todos reconhecemos como essencial: apenas não sabemos como implantá-lo. Supostos exemplos revolucionários acabam se revelando belas ferramentas de autopromoção e marketing pessoal para seus autores, quando examinados sob a lupa fria da lógica do resultado consistente ao longo do tempo. Gestão participativa funciona por espasmos: às vezes dá certo por períodos. Na maior parte do tempo, não dá. Vá à sua estante e pegue o livro Vencendo a Crise (In Search Of Excellence) de Tom Peters e Robert Watermann. Examine a famosa lista das empresas consideradas excelentes em 1980. Parece que nem todas continuaram tão excelentes assim. Muitas passaram por torturantes infernos astrais mercadológicos, e as que conseguiram sair o fizeram graças a um receituário clássico: a busca da eficiência no sentido mais puramente taylorista. Ou será que alguém imagina que as centenas de milhares de demissões nas “ex-e xcelentes” aconteceram por decisão de algum mecanismo de gestão participativa?

Enquanto isso, enquanto não resolvemos nossas culpas, e com as decisões do dia-a-dia a nos pressionar desumanamente, acabamos por esquecer as Qualidades Totais e Reengenharias e voltamos a dar ênfase a um processo muito mais antigo, e também essencialmente taylorista: o planejamento estratégico voltou à moda. Sim, aquele antigo processo em que se usa a inteligência para coletar, processar e interpretar a informação e, em seguida, definir os caminhos da empresa.

Essa inteligência não está no “chão de fábrica”, apesar de poder passar por lá. Seu exercício continua sendo basicamente um processo elitista de responsabilidade de poucos, e esses poucos geralmente transitam por ambientes bem mais acarpetados que o chão da fábrica. Não porque queiramos, mas porque nada se revelou melhor. Executivo é pragmático. Tem de gerar resultado.

Vale a pena enfatizar o paradoxo: reconhecemos a necessidade de um salto para outra dimensão. Gostamos de idéias participativas, elas são modernas e democráticas, mas na prática continuamos com Taylor. A inteligência continua separada da execução. Essa é a nossa esquizofrenia, batizada por Kanigel de enigma da eficiência.

E já que não conseguimos superar nossas culpas com as demissões em massa que a reengenharia prescreve, estamos lendo hoje livros sobre… humm… liderança, o “novo” mantra competitivo das empresas realmente “feitas para durar”.

Liderança, leitor, é aquela capacidade que alguns managers têm de fazer com que seus subordinados se sintam felizes implementando as decisões que eles, managers, tomam sozinhos.

Taylor deve estar dando boas risadas no túmulo. O manager seria o “cientista” que disseca processos de trabalho para otimizá-los. Com todo o simplismo que isso implica (a ingênua visão científica do início do século não se sustentaria por muito tempo), a obsessão de Taylor levou-o a colocar o sistema em prática. Cronômetro e prancheta. Registro e análise de tempos e movimentos. Otimização de processos (quase escrevo “reengenharia de processos”, mas parece que essa denominação é protegida por copyright).

Taylor montou seu sistema mediante o aprendizado na prática. Foi trabalhar como operário para aprender e entender. Elaborou-o por décadas, antes de publicá-lo.

Ficou nacionalmente famoso em 1910 quando um grupo poderoso de estradas de ferro solicitou licença ao governo federal americano para aumentar os preços das passagens, mas teve o pedido negado. A resposta que ouviram foi: “Vocês podem economizar mais que o que vão ganhar com o aumento solicitado, se usarem os métodos de um gênio da Filadélfia chamado Frederick Taylor”.

O New York Times abriu manchete em 10 de novembro de 1910: “Estradas de Ferro podem economizar $ 1,000,000 por dia. Scientific management faz isso. Aumento de preços é desnecessário”.

A América entrava em euforia com a descoberta da eficiência. De repente, Taylor e seus métodos estavam em toda parte mas, apesar dos resultados, a polêmica andava sempre junto. O tayloris-mo sempre foi associado a algo desu-mano, que não levava em conta as necessidades individuais do trabalhador, vendo-o apenas como peça de um sistema em que ele não podia interferir. Empresários o adotavam, mas intelectuais e ideólogos à direita e à esquerda o repudiavam por razões diferentes, identificando demônios opostos na mesma visão. Tampouco no movimento sindical Taylor encontrou apoio. Seja como for, o fato permanece: o taylorismo é uma idéia central de nossa época, um dos pilares do poderio americano no século XX.

O pragmatismo das relações econômicas legitimou-o na prática e deixou as discussões mais intelectualizadas em segundo plano. A produtividade aumentou, a qualidade de vida do trabalhador médio – que passou realmente a participar do resultado do que produzia – hoje não tem comparação com os padrões que vigoravam no início do século.

A “alienação” do trabalhador diminuiu, contradizendo o dictum marxista, que acabou caindo no vazio. Drucker atribui tudo isso explicitamente à influência de Taylor, a quem considera o mais importante e mais injustiçado intelectual americano deste século.

O taylorismo sempre teve um componente paradoxal. Ninguém proporia, hoje, a aplicação literal de seus princípios como solução para os impasses do mundo complexo e plural do fim do século XX. Todos sabemos que temos de superá-lo, só não sabemos o que colocar em seu lugar.

– À Mulher, em seu dia!

Mulher

Mulher…
Mão que segura… Guia…
Desata os nos…
Arranca espinhos…
Borda carinhos…
Branco lençol de linho
Que envolve e agasalha…
Prateada noite de luar…
Areia macia… Lânguido acordar!…

Mulher…
Ventre que abriga…
Protege e guarda…
Colo para toda vida…
Eterno tempo…
Pré-sentimento…
Instante sagrado…
Momento consagrado
Na sua luz disfarçado!…

Mulher…
Árvore frondosa…
Forte… Mas generosa
Raiz profunda…
Fruto que alimenta…
Esteio da vida…
Não foge à lida…
Nem o sonho invalida!…

Mulher…
Não foge à luta…
E na sua diária labuta
Não perde a suavidade…
O mel da sua doce vontade
De fazer feliz…
De ser feliz!…

Mulher…
De mil faces…
Entrelaces de doçura e bravura…
Que costura a vida com paixão…
Mesmo que o mundo seja cão
Que morde a esperança…
Seu puro sorriso de criança
Anestesia a dor…
Aviva da alegria, a cor…
E neutraliza a tristeza
Que quer brotar…
Mas logo murcha como a flor…
Pétalas levadas pelo vento…
Perdidas no infinito tempo…
Sem ferir o amor!…

Mulher…
Que fecunda a semente…
Parteja a vida como nascente…
Água pura… Cristalina…
Que verte de seus olhos videntes…
Lavando tortuosos caminhos
Onde trava lutas… Constrói ninhos…
E entalha a sua marca
De guerreira da paz!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES,

em especial, às minhas mulheres de agora: minha esposa Andréia, minha filha Marina e minha irmã Priscila, além da minha sogra Zabé!

e às mulheres de outrora: minha mãe Maria e minha avó Onolpha!

Nossa Senhora, mãe de todos nós, rogai às mulheres em seu dia. Amém!

– Dia de Recuperação!

Hoje não tem post, é dia de recuperação da saúde física e mental!

Trabalhar parcialmente, rezar, almoçar com a família e curtir a filhinha e a esposa.

Não preciso de mais nada…

– Trabalho Infantil no Brasil

É inacreditável que ainda exista trabalho infantil no Brasil. Tão crescente e crítica, e ao mesmo tempo acomodada e influenciável, a sociedade brasileira convive com essa situação.

Compartilho um interessante material (em áudio) do jornalista Arthur Xexéo, que em parceria com Carlos H Cony, falam sobre o assunto no texto “É vergonhoso o uso de mão de obra infantil no Brasil e revela que a sociedade não presta“.

Clique em: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/cony-xexeo/2009/09/11/E-VERGONHOSO-O-USO-DE-MAO-DE-OBRA-INFANTIL-NO-BRASIL-E-REVELA-QUE-A-SOCIEDADE-NAO-PREST.htm

– Um Equipamento Anti-Falsificação

Há cientistas que realmente colaboram para uma sociedade mais justa, usando seus conhecimentos para produtos e/ou serviços dotados de tamanha inteligência. É a Tecnologia aliada à Responsabilidade Social.

Compartilho com os amigos uma interessante matéria, extraída do Portal R7, a respeito de um equipamento desenvolvido para identificar produtos falsos ou verdadeiros. Que tal uma máquina em que rapidamente você possa descobrir se o Whiski que você bebe é falsificado? Ou se uma nota de R$ 100,00 é realmente válida, e não sendo, qual a impressora que a produziu?

Algo assim já existe, e foi desenvolvido pela equipe do laboratório ThoMSon, uma das inúmeras células de pesquisas da Unicamp.

Em video, clique aqui: http://videos.r7.com/equipamento-mostra-se-produto-e-falso-ou-verdadeiro/idmedia/37f0525c89bf94db202d0b68b5c253f8.html

– O Gol do Vento (Irregular) no Campeonato Alemão

Para aqueles que frequentam cursos de arbitragem de futebol, sabem que há alguns lances folclóricos discutidos que trazem muitas gozações. Um dos mais comuns é o famoso “gol do vento“, onde alguém cobra o tiro de meta e a bola, tomada por uma rajada de ar, entra no próprio gol. Comenta-se que tal lance seria impossível de se acontecer, tamanha a raridade.

Mas tal lance inusitado aconteceu em uma patida na Alemanha. Na partida entre Wimshein 2 X 1 Grunbach, por um campeonato regional, o zagueiro do Grunbach cobra o tiro de meta com um chutão para a frente, a bola sai da grande área, o forte vento a segura no ar, e a bola começa a fazer o caminho de volta até… entrar no ângulo, sem ter sido tocada por ninguém (a não ser pelo “goleador” vento)!

O árbitro validou o lance, ninguém reclamou e o gol foi determinante na vitória do Wimshein.

Apesar de inusitado e engraçado, o lance é irregular.

Vamos ilustrar? Veja o lance clicando no link a seguir, extraído do YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=tYJttBJq6lw&feature=player_embedded.

Sobre o lance:

– É válido um gol por cobrança de tiro de meta, desde que no gol adversário, ou seja, gol contra de tiro de meta não vale.

– Para a bola entrar em jogo após a cobrança de tiro de meta, ela deve ter saído da área penal, seja por terra ou ar. O folclore de que precisa “pingar” não existe. Portanto, a bola entrou em jogo. Se alguém a tocá-la antes de sair da área penal, repete-se a cobrança.

– Se a bola entrar diretamente no gol sem ter sido tocada por ninguém (como o ocorrido), é tiro de canto. PORTANTO, O LANCE FOI CONFIRMADO ERRONEAMENTE. DEVERIA-SE MARCAR ESCANTEIO PARA O ADVERSÁRIO.

O gol só seria válido se qualquer jogador adversário ou qualquer jogador da equipe que cobrou o tiro de meta (exceto o zagueiro que chutou a bola) a tocasse com alguma parte válida do corpo para se jogar. Se o zagueiro a tocasse com alguma parte válida (com o pé, por exemplo) se marcaria tiro livre indireto ao adversário, já que se consideraria que tocou duas vezes na bola na cobrança do tiro de meta. Se esse mesmo jogador colocasse a mão na bola (que é uma parte inválida para se jogar), se marcaria pênalti, pois a mão intencional na bola é uma infração mais grave naquele momento. Não se expulsa o atleta, pois ali ele não impediu uma situação clara e manifesta de gol. A bola entraria na meta, caso ele não colocasse a mão na bola, mas não seria gol… Portanto, não impediu um gol! Se marca pênalti por uso indevido das mãos na bola, mas não se mostra o cartão vermelho.

A regra de jogo é fantástica, não? Pena que o erro do nosso colega europeu foi determinante para a derrota do Grunbach. Talvez por desconhecimento, por desatenção, ou até mesmo pelo susto do ineditismo do lance!

*ATENÇÃO: VEJA A DATA DA POSTAGEM, POIS AS REGRAS MUDAM.

– A Meritocracia aos Professores

Compartilho com os amigos este interessante material da Revista Veja (citação abaixo), sobre os bons resultados de se pagar bônus aos professores que renderem mais.

Não sei o que os colegas pensam sobre o assunto, mas trago aqui algumas ações:

Extraído de: http://veja.abril.com.br/030310/licao-merito-p-106.shtml

PREMIAÇÃO DE BONS PROFESSORES JÁ DÁ RESULTADOS

por Ronaldo França

As primeiras experiências brasileiras de premiar os melhores professores em sala de aula começam a dar resultado — e sinalizam um bom caminho para tirar nossos alunos das últimas colocações nos rankings mundiais

Com 98% das crianças na escola, o Brasil já ombreia com os países mais desenvolvidos no indicador da quantidade — mas figura até hoje entre os piores do mundo na qualidade do ensino. Nesse cenário de flagrante atraso, é bem-vinda a notícia de que um conjunto relevante de colégios públicos brasileiros começa a implantar sistemas baseados na meritocracia, princípio que ajudou, décadas atrás, a empurrar países como Coreia do Sul e Finlândia rumo à excelência acadêmica. O conceito se espelha em prática comum no mundo das empresas privadas: nas redes de ensino, a ideia é distinguir, com base em avaliações, as boas das más escolas, provendo incentivos financeiros e perspectivas à carreira para aqueles professores e diretores à frente dos melhores resultados. A adoção de mecanismos simples para premiar os mais eficientes e talentosos profissionais em escolas merece atenção por sinalizar, antes de tudo, uma mudança numa velha mentalidade ainda arraigada na educação brasileira: a de que todos os professores devem ganhar o mesmo e sempre mais — à revelia do mau desempenho em sala de aula e também do que mostram as pesquisas científicas. Uma das mais detalhadas, conduzida pelo economista Eric Hanushek, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conclui: “Sem meritocracia, não há como atrair as melhores cabeças de um país para a docência”.

Na educação, os avanços sempre se dão por um conjunto de inovações e políticas — e não por um único fator. Os especialistas concordam, porém, que a implantação da meritocracia numa centena de municípios brasileiros e em estados como São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco começa a reverter em favor do ensino. Avalia o economista Cláudio Ferraz, à frente de um estudo sobre o assunto no Banco Mundial: “A adoção desse princípio significa uma mudança de cultura tão radical na condução de uma escola que, apesar de recente, não é exagero afirmar que já está beneficiando a sala de aula”. Os números mais novos que apontam nessa direção, obtidos por VEJA com exclusividade, vêm de São Paulo, um dos primeiros no país a adotar o bônus nas escolas, em 2008. Segundo o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), ba-sea-do numa prova aplicada aos estudantes, só no último ano 18% dos alunos da 4ª série do ensino fundamental foram alçados, em português, do nível insuficiente para o adequado. Aos 9, eles não conseguiam escrever um bilhete, tampouco compreender o sentido de um texto curto (caso ainda de 22% do total). Em matemática, o grupo dos piores — aquele em que os alunos se paralisam ao tentar resolver um problema envolvendo operações de soma e subtração — encolheu de 39% para 31%. Os últimos dados de Minas Gerais apontam para progresso semelhante na sala de aula (veja os números no quadro).

Bons, porém ainda modestos perto da dimensão do problema a equacionar, os resultados de São Paulo e Minas ajudam a aferir a eficácia de um pacote de boas práticas de gestão que, só agora, passam a ser implantadas em escolas brasileiras. Diz o economista Fernando Ve-loso, especialista em educação: “Os estados e municípios que mais avançam são justamente aqueles que estão conseguindo se livrar da velha cultura corporativista e, pouco a pouco, modernizam a gestão de suas redes de ensino”. No conjunto das 180 000 escolas públicas brasileiras, estima-se que 20% delas começam a se organizar de acordo com metas acadê-micas, estabelecidas com base em avaliações, e já são cobradas e premiadas pelo seu bom cumprimento. É um modelo cuja eficácia foi exaustivamente aferida em outros países e, no Brasil, já se faz notar no dia a dia de colégios como o estadual Leon Renault, de Belo Horizonte. “Sinto pela primeira vez como se estivesse chefiando uma equipe de uma grande empresa privada, tal é a obsessão na escola em relação aos resultados”, resume a diretora Maria de Lourdes Fassy, 50 anos, na função há quatro.

A lição das escolas brasileiras que se modernizam lança luz ainda para a eficácia em ater-se ao básico — e não sair em busca de soluções mirabolantes. Nesse sentido, a experiência reforça a ideia de que poucas medidas têm tanto impacto na qualidade do ensino quanto a formulação de um bom currículo. Um levantamento com base em dados da Prova Brasil, aplicada em escolas públicas pelo Ministério da Educação (MEC), constata que, quando o professor se ancora em roteiros detalhados sobre o que e como ensinar, as notas sempre sobem. Num país como o Brasil, onde o nível geral dos professores é baixo, um currículo se torna imperativo — mas é ainda coisa rara. Apenas seis dos 27 estados contam com um, e isso é recente. Os efeitos já se fazem sentir, ainda que modestamente. Será preciso esperar mais para colher os frutos de outra frente de iniciativas promissoras, estas voltadas para melhorar o nível dos professores — o principal obstáculo ao avanço brasileiro. Na rede estadual paulista, criou-se uma escola com o propósito de dar reforço a professores recém-aprovados nos concursos. Antes de assumir o posto, eles serão treinados a lidar com situações reais da sala de aula, o que não aprendem na faculdade. Os efeitos podem ser imensos. Ao longo de sua vida útil, um único professor atende cerca de 1 000 alunos. A primeira turma dessa escola de professores em São Paulo contará com 10 000 profissionais, com chances, portanto, de ajudar 10 milhões de crianças.

Desde que o nível do ensino começou a ser medido no Brasil, na década de 90, não houve registro de nenhum avanço relevante. Em certos anos, a qualidade chegou até a cair. É verdade que os números pioraram na medida em que mais gente ingressou na escola, mas esse processo de massificação na sala de aula encerrou-se uma década atrás, e nem por isso o Brasil deixou a rabeira nos rankings internacionais de ensino. Enquanto os americanos fazem hoje conversões de unidades e se saem bem em problemas matemáticos de razoável complexidade, os brasileiros se atrapalham ao ler as horas num relógio e penam com a multiplicação — um atraso gritante. O que pode ajudar a mudar isso é o fato de que, pela primeira vez, se vê razoável consenso quanto à direção do caminho a percorrer, independentemente do matiz ideológico. Na semana passada, a meritocracia na educação, que já foi vista com imensa resistência no governo Lula, foi defendida pelo ministro Fernando Haddad: “Ela não desmerece, mas só valoriza os profissionais”. Reconhecer isso é, no mínimo, um bom começo.

– 1 ano da Marina

Nossa… Já faz um ano! Parece que foi ontem que Deus nos presenteou com nossa princesinha Marina!

Ela é linda, saudável, não pára de falar e bagunçar! Sem dúvidas, uma dádiva!

Linda Princesinha...
Linda Princesinha...

 

Hoje é dia de festejarmos e agradecermos a Deus pela vida de nossa filhinha.

– Quanto Custa Mesmo???

Nota de Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo de hoje, pg E2:

Um dirigente partidário já calcula que um candidato a deputado federal deverá gastar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, em SP, só para COMEÇAR a campanha.

De onde vem esse dinheiro? Quanto custará a campanha toda, já que esse valor é para o início? Como se recupera o investimento?

Sinceramente, é difícil acreditar em honestidade de políticos que gastam esse dinheiro em campanha…

– A Teimosa do Trote

Há dias falamos sobre o horroroso comportamento dos veteranos de uma faculdade de Barretos sobre calouros (TROTE EM BARRETOS). Tão condenável ato parece passar batido… Agora, mais imagens tão ridículas quanto as já citadas em relação ao trote da Universidade de Mogi das Cruzes, mostradas pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

Para quem não viu, teve até beijo de aluno em fígado de boi! Por quê tanta idiotice?

As imagens e link aqui: FANTÁSTICO: CALOUROS HUMILHADOS EM TROTE

CALOUROS LEVAM TAPA NA CARA E LAMBEM COMIDA ESTRAGADA EM TROTE VIOLENTO

O Fantástico mostra cenas revoltantes de um trote de estudantes de medicina. Nossas equipes flagraram tudo, desde a saída da faculdade até a chegada da polícia. São imagens de desrespeito, de agressões físicas e morais. Um absurdo promovido por estudantes que, em breve, vão ter um diploma de médico para cuidar da nossa saúde.São cenas de humilhação em um trote na Grande São Paulo. Um jovem que acabou de entrar na faculdade de medicina é obrigado a ficar com um fígado de boi estragado na cabeça. No grupo que aparece na imagem, há quatro veteranos. Um deles, de camiseta branca, enche a boca de cerveja e cospe tudo no calouro. Ele faz isso três vezes.

Nesta semana em que começaram as aulas de muitas faculdades, as equipes do Fantástico registraram a recepção aos calouros em cidades paulistas. Um grupo de alunos de medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, fez pedágio para arrecadar dinheiro para os veteranos. À noite, teve balada no campus com muita bebida.

Para quem entrou na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, unidade da USP em Piracicaba, uma das festas aconteceu em um sítio. Calouros chegaram a lutar na lama.

Mas o trote mais violento filmado pelo Fantástico aconteceu em um sítio em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo. Em um muro na entrada da cidade, o aviso para os calouros, feito pelos veteranos da 37º turma de medicina da Universidade de Mogi: “Se chorar, vai ser pior”.

Desde o começo das aulas, há duas semanas, os veteranos ameaçavam: quem não fosse ao sítio não poderia também frequentar outras festas da faculdade, correndo o risco de sofrer ameaças e constrangimentos durante o curso.

O Fantástico registrou, passo a passo, tudo o que aconteceu na segunda-feira passada (22). Primeiro, os veteranos se reúnem dentro da universidade, que é particular e tem 15 mil alunos. Estudantes do último ano estão de uniforme laranja. Os outros veteranos vestem camiseta branca. E os calouros, camiseta preta e gravata.

Às 11h, todos vão para o centro acadêmico, que fica perto da faculdade.

“Vai, gordão”, grita um veterano.

No caminho, os calouros são obrigados a andar em uma posição incômoda, chamada de elefantinho. Três ônibus foram alugados para o transporte até o sítio, que fica a 17 quilômetros da universidade. Muitos veteranos também chegam de carro.

Até então, o local da festa era mantido em segredo para os calouros. Seguranças controlam a entrada. Às 13h, o trote começa. Uma bomba explode no campo de futebol. Um rapaz dá dois tapas no rosto de um novato. Tudo isso é para forçar os calouros a passar por uma pequena cabana.

Segundo pessoas que estiveram no lugar, os veteranos guardaram comida podre na tal cabana. Há relatos de que os veteranos usaram o fígado de boi estragado em vários momentos do trote.

“Umas cinco pessoas falavam para o cara beijar o fígado de língua. Do contrário, seria arrebentado”, conta uma testemunha.

Mais de 400 pessoas estiveram no sítio. Testemunhas dizem que latinhas de cerveja foram arremessadas na cabeça dos calouros e que, além das agressões, houve muita humilhação.

“Eles cospem na cara. Mandam você ajoelhar e cospem”, descreve uma testemunha.

Um estudante não aceitou beijar os pés de um veterano que, nervoso, jogou caipirinha de limão nos olhos do calouro. Era um dia de sol e até quem não estuda medicina sabe: limão, sob o sol, deixa manchas na pele difíceis de sair.

Os alunos novos ainda pagaram pra participar do ritual de brutalidade. Foram R$ 300 por um kit, que tinha estojo, agenda e a camiseta do trote. Como são 80 calouros, os veteranos do último ano arrecadaram cerca de R$ 24 mil.

Às 17h, policiais são chamados. O caseiro do sítio alugado estava preocupado com a bagunça. Depois de uma conversa com os veteranos, os policiais foram embora. O trote acabou em seguida.

Na quinta-feira (25), o Fantástico entrou no sítio, que foi alugado por R$ 1.150. Foram encontrados vestígios de outro tipo de agressão, que testemunhas relataram ao Fantástico.

No campo de futebol do sítio, os veteranos obrigaram rapazes e moças a ficarem com os braços abertos em uma cruz de madeira. Em seguida, eles foram alvo de um ataque de ovos, farinha e catchup. Alguns deles disseram até que apanharam com peixes apodrecidos.

“Acho legal ter trote, mas não esse absurdo que ocorreu aqui”, diz uma testemunha.

No sitio, foram encontrados vários frascos que, aparentemente, são de soro fisiológico. Mas, segundo testemunhas que estavam na festa, dentro tinha lança-perfume. A droga era consumida livremente.

As imagens do trote foram mostradas para o professor de medicina comportamental José Roberto Leite, de outra universidade, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das mais conceituadas do país na área médica.

“Nós vemos que os veteranos acabam manifestando comportamentos, que eu classificaria até de patológico, doentios, de uma impulsividade, de uma agressividade, que extrapola as normas sociais”, avalia.

O professor diz que a chance de tudo se repetir no ano que vem é grande. “O indivíduo acaba reproduzindo aquilo que sofreu. Ele vai querer subjugar o calouro, sem dúvida nenhuma”.

Dois anos atrás, estudantes da mesma faculdade de medicina sofreram trote semelhante. Na época, pelo telefone, a tia de uma aluna conversou com a TV Diário, afiliada da Rede Globo.

“Tiram a roupa de alguns rapazes, fazem brincadeiras envolvendo coisas como vômito e fezes. Pelo amor de Deus, isso não pode acontecer”, comentou na época.

Esta semana, os pais de pelo menos 40 calouros – metade da turma – procuraram a reitoria da Universidade de Mogi das Cruzes para reclamar. Por causa das humilhações, uma caloura desistiu do curso no dia seguinte ao trote.

O Fantástico foi ao centro acadêmico dos alunos de medicina e também procurou a direção da universidade e os veteranos que organizaram o trote. Ninguém quis gravar entrevista.

Em nota, a Universidade de Mogi das Cruzes disse que todos os anos há reforço na equipe de segurança e que realiza palestras e reuniões contra o trote violento. Alega não ter como se responsabilizar por práticas inadequadas fora do campus, mas diz que os veteranos flagrados podem sofrer de advertência verbal até expulsão.

A mensalidade do curso de medicina de Mogi das Cruzes é cerca de R$ 4 mil. No último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2007, o curso recebeu nota 3, em uma escala de 1 a 5. Três é a nota mínima para que o curso funcione sem intervenção do Ministério da Educação.

“Medicina e medicina veterinária são os cursos onde há maior incidência de trotes violentos. Acabam agindo de um modo completamente agressivo e que não condiz com a profissão que vão exercer”, diz o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.

Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal pediu às universidades do estado de São Paulo que tomassem providências contra os trotes.

“Recomendamos às instituições de ensino que garantam a ampla, total e irrestrita segurança dos alunos, dentro e fora do campus”, adianta Thiago Lacerda Nobre.

Na segunda-feira passada (22), sete calouros do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, no norte do estado de São Paulo, sofreram queimaduras durante o trote. A polícia diz que foram provocadas por uma mistura de tinta e creolina, um desinfetante corrosivo.

“Várias pessoas tiveram sequelas perto do olho. Hoje alguém da nossa turma poderia estar cego”, diz o calouro de engenharia civil Ronier Silva.

Além de expulsos da faculdade, veteranos que promovem trotes violentos podem ser presos e responder a crimes como:

– injúria, que significa ofensa à dignidade da vítima, com pena mínima de um mês de cadeia;
– constrangimento ilegal, com pena mínima de três meses;
– e lesão corporal, que também prevê três meses de prisão pelo menos.

“Só vamos acabar com a prática de trotes no país a partir do momento em que todos os responsáveis forem chamados a suas respectivas responsabilidades”, diz Thiago Lacerda Nobre.

– Escala da Próxima Rodada

Estaremos trabalhando em Franca na próxima rodada do Campeonato Paulista de Futebol, Série A3

Abaixo, as escalas. Torçam por nós!

Rodada: 9
Campeonato: Paulista Categoria: A3 – Profissional


Jogo: 81 – SC Barueri X Itapirense
Data: 03/03/2010 Horário: 20:00
Estádio: Arena Barueri Cidade: BARUERI
Arbitro: Leomar Oliveira Neves
Arbitro Assist 1: Marcelo Moreno Santos
Arbitro Assist 2: Victor Silverio Martini
Quarto Arbitro: Eduardo Cesar Maximiano


Jogo: 82 – Força X Juventus
Data: 03/03/2010 Horário: 15:00
Estádio: Pref. José Liberatti Cidade: OSASCO
Arbitro: James Anderson Moraes
Arbitro Assist 1: Claudenir Donizeti Gonçalves da Silva
Arbitro Assist 2: Maiza Teles Paiva
Quarto Arbitro: Mozart Pucci Vasconcelos


Jogo: 83 – AA Portuguesa X Palmeiras B
Data: 03/03/2010 Horário: 19:00
Estádio: Ulrico Mursa Cidade: SANTOS
Arbitro: Norberto Luciano Santos da Silveira
Arbitro Assist 1: Antonio Prazeres de Barros
Arbitro Assist 2: Leonardo Schiavo Pedalini
Quarto Arbitro: Benilto José de Brito


Jogo: 84 – CA Lemense X Batatais
Data: 03/03/2010 Horário: 19:30
Estádio: Bruno Lazzarini Cidade: LEME
Arbitro: Robinson José Andréa de Góes
Arbitro Assist 1: Edson Rodrigues dos Santos
Arbitro Assist 2: Cassio Maia Almeida
Quarto Arbitro: Winston Thiago Niji Buzzo


Jogo: 85 – XV Piracicaba X Olímpia
Data: 03/03/2010 Horário: 20:00
Estádio: Barão de Serra Negra Cidade: PIRACICABA
Arbitro: Thiago de Oliveira Rosa
Arbitro Assist 1: Claudio Roberto da Costa
Arbitro Assist 2: Rui Gonçalves de Oliveira Junior
Quarto Arbitro: Andre Luiz Santos Patricio


Jogo: 86 – Bandeirante EC X Taubaté
Data: 03/03/2010 Horário: 20:30
Estádio: Pedro Marin Berbel Cidade: BIRIGUI
Arbitro: Uelington Rosa Pereira
Arbitro Assist 1: Alan Bigotto
Arbitro Assist 2: Everaldo Jorge da Silva
Quarto Arbitro: Douglas Marques das Flores


Jogo: 87 – XV Jaú X Atlético Araçatuba
Data: 03/03/2010 Horário: 20:30
Estádio: Zezinho Magalhães Cidade: JAU
Arbitro: Guilherme Lino Porfirio
Arbitro Assist 1: Rubem Guimarães Marcondes Cezar
Arbitro Assist 2: Jose Renato Cabral
Quarto Arbitro: Bruno Cezar Pedroso de Gouveia


Jogo: 88 – Francana X Red Bull Brasil
Data: 03/03/2010 Horário: 20:30
Estádio: Dr. José Lancha Filho Cidade: FRANCA
Arbitro: Rafael Porcari
Arbitro Assist 1: Thiago Rodrigues Schulze
Arbitro Assist 2: Leonardo Lourenço Marchiori
Quarto Arbitro: Marcos Roberto Boiane


Jogo: 89 – Comercial RP X Penapolense
Data: 03/03/2010 Horário: 20:30
Estádio: Dr. Francisco de Palma Travassos Cidade: RIBEIRAO PRETO
Arbitro: Giuliano Dutra Pellegrini
Arbitro Assist 1: Marcio Jacob
Arbitro Assist 2: Ricardo Luis de Souza Bortoluzzo
Quarto Arbitro: Willian Rocha Padilha


Jogo: 90 – Ferroviária X São Carlos FL
Data: 04/03/2010 Horário: 20:00
Estádio: Fonte Luminosa Cidade: ARARAQUARA
Arbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo
Arbitro Assist 1: Fabio Rogerio Baesteiro
Arbitro Assist 2: Raphael Carlos Ferreira da Cruz
Quarto Arbitro: Paulo César Gonçalves da Silva

– Evento do Memofut: o Complexo de Vira Lata

Amigos, lembram-se do evento do Memofut em parceria com o Museu do Futebol divulgado na semana passada (Copas do Pré-Guerra)? Pois é: o evento ocorrido no ultimo sábado foi um sucesso, auditório lotado, com fila para entrar.

Teremos um próximo evento, também de altíssimo nível e gratuito, que está programado para o próximo sábado, dia 6 de março. A Palestra será sobre as Copas do Mundo de 1950 e 1954: O COMPLEXO DE VIRA LATA (1950/1954) e contará com a participação dos jornalistas Roberto Muylaert e Geneton Moraes Neto.

O BRASIL NAS COPAS – O COMPLEXO DE VIRA LATA (1950/1954)

O Grupo Literatura e Memória do Futebol (MEMOFUT) em parceria com o Museu do Futebol está promovendo uma série de reuniões, aos sábados pela manhã, apresentando a participação do Brasil em Copas do Mundo de Futebol Programação: 06 de março, com:

ROBERTO MUYLAERT – Jornalista, editor e escritor. Autor dos livros: “A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar” (1994) e “Barbosa – Um gol faz cinqüenta anos” (2000) e

GENETON MORAES NETO – Jornalista da Rede Globo desde 1985. Escreveu o livro “Dossiê 50 – Os onze jogadores revelam os segredos” (2000).

Horário: 10h às 12h Local: Auditório Armando Nogueira -Museu do Futebol – Praça Charles Miller – Estádio do Pacaembu Entrada gratuita Para mais informações sobre eventos do Museu do Futebol, acesse: Museu do Futebol – <http://www.museudofutebol.org.br/> http://www.museudofutebol.org.br Telefone: (11) 3663-3848

– A Popularização das Pós-Graduações

A Revista Veja São Paulo traz uma interessante matéria sobre o crescimento das Pós-Graduações e grande oferta dos MBA’s. Abaixo, quais são os cursos mais procurados e alguns cuidados necessários, além de programas onde a especialização pode variar de R$ 3.100,00 a R$ 112.000,00.

Extraído de: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2154/mbas-especializacoes-tornam-se-populares

A FEBRE DAS PÓS-GRADUAÇÕES / MBA’S E ESPECIALIZAÇÕES TORNAM-SE POPULARES

por Giovana Romani

“Como vocês escolhem um supermercado?”, pergunta a professora. Sem acanhamento, os alunos passam a enumerar os fatores: localização, variedade de produtos, preço… Dois deles trabalham exatamente em uma rede do setor, o Carrefour. Outros vêm de empresas como Itaú Unibanco, Nestlé, Gerdau e Google do Brasil. Estamos em uma aula sobre posicionamento de marcas (ou ‘branding’, para os iniciados) no MBA em gestão empresarial da Fundação Instituto de Administração (FIA), no Butantã. Lá, os estudantes-executivos discutem questões de seu dia a dia, quase sempre com um olho na lousa e outro no laptop. Cenas como essa tornaram-se cada vez mais comuns nas chamadas escolas de negócio paulistanas. São, entretanto, apenas parte do universo da pós-graduação, cujo crescimento significativo vem sendo apontado por especialistas em educação, consultores de carreira e docentes.

Não há dados oficiais sobre o número de especializações e MBAs existentes no país. Desde que sigam um conjunto de regras definido pelo Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino podem criar cursos sem necessidade de aprovação prévia. E elas não se fazem de rogadas. Para acompanhar a evolução desse tipo de pós, VEJA SÃO PAULO realizou um levantamento em cinquenta das principais escolas da cidade. Há cinco anos, elas ofereciam 1 014 cursos. Hoje, são 2 000. Um aumento de 97%. Só de MBAs, a Associação Nacional de MBA (Anamba) estima que sejam mais de 1 000. “Mas apenas 100 podem ser considerados relevantes”, diz o professor Armando Dal Colletto, conselheiro da associação. “Alguns, apesar da sigla, que significa master in business administration, nem tratam de administração.” A oferta acompanha o crescimento no número de egressos da graduação. Conforme o censo mais recente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao MEC, 88 756 pessoas concluíram a graduação em 2008 na capital. Três anos antes, esse número foi 11% menor.

“Com a chegada de novos profissionais, quem está no mercado há anos sente necessidade de atualização”, afirma José Antônio Rosa, consultor em recursos humanos e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Seja para os recém-chegados ao mercado de trabalho, seja para os mais experientes, é preciso ponderação antes de sentar-se novamente em uma carteira escolar. Um mergulho no mundo da pós exige o conhecimento de suas subdivisões. Os programas stricto sensu (do latim, sentido restrito) são recomendados para quem deseja seguir carreira acadêmica. Avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), englobam os seguintes cursos:

■ Mestrado: é voltado à formação de professores universitários e inicia o aluno na pesquisa acadêmica, além de ser pré-requisito para o início de um doutorado;
■Mestrado profissional: similar ao mestrado acadêmico, mas direcionado ao mercado de trabalho, com conteúdo que mistura teoria e prática, em uma carga horária menos rígida;
■ Doutorado: forma pesquisadores de alto nível. Para concluí-lo, deve-se defender uma tese original e inovadora que colabore para o avanço do conhecimento na área de estudo.

Se a ideia é obter apenas uma formação complementar, que traga novos conhecimentos para a vida profissional (e, consequentemente, uma atualização do currículo), deve-se optar pelos cursos lato sensu (do latim, sentido amplo), categoria em que entram a especialização e o MBA. Em comum, ambos precisam oferecer 360 horas de aula e ter no mínimo 50% dos professores com título de mestre ou doutor em seu quadro. Como é possível notar em qualquer rodinha de executivos, o MBA caiu no gosto da turma do terno e gravata. Deve dar base teórica e treinamento prático a quem deseja administrar uma companhia. Só a Universidade de São Paulo ofereceu 189 especializações nos câmpus da capital em 2009. Na lista atual da Faap constam cerca de 140 opções. É preciso ter cuidado redobrado na hora da escolha (veja dicas no quadro abaixo). “Mas mesmo a má educação é melhor do que nenhuma”, defende o economista Gustavo Ioschpe. “A pós funciona como um diferencial.”

PARA NÃO ERRAR NA ESCOLHA
O que levar em conta antes da matrícula

■É fundamental entender as diferenças entre mestrado, doutorado, mestrado profissional, especialização e MBA para descobrir qual atende melhor a sua necessidade

■Invista em uma instituição reconhecida e com credibilidade

■Tenha uma indicação. Converse com alunos e ex-alunos para ouvir opiniões sobre a dinâmica das aulas e a importância do curso na carreira deles

■Analise o corpo docente. Professores capacitados, com boa formação acadêmica e prática de mercado, quando necessário, são imprescindíveis para o sucesso da pós

■Cheque se o perfil dos alunos matriculados bate com o seu. Um trainee, por exemplo, pode se sentir um peixe fora d’água em uma turma de gestores

■Veja se a grade curricular contempla os assuntos de seu interesse

■Não faça várias especializações muito parecidas. Uma formação eclética amplia os horizontes

■No caso de MBAs, vale consultar os rankings para conhecer os melhores. Há listas baseadas na avaliação de alunos, empregadores e da comunidade acadêmica

■O preço dos cursos pagos também serve como termômetro. Se o valor for muito abaixo do da concorrência, desconfie

■Preste muita atenção às siglas e nomenclaturas. Nem todo curso vendido como MBA cumpre, de fato, o programa de um. Muitas entidades também oferecem cursos livres que não valem como especialização lato sensu

Uma pós-graduação pesa no currículo e influencia no contracheque. Pesquisa publicada em 2008 pela Fundação Getulio Vargas mostrou que cada ano de estudo adicional representa um aumento médio de 15% no salário. Mas essa não deve ser a única razão para alguém voltar aos livros. “O diploma não serve simplesmente para obter um emprego, mas para aprender a pensar”, acredita César Souza, presidente da consultoria Empreenda. Baiana radicada em São Paulo, a advogada Juana Melo Pimentel, de 33 anos, já fez uma especialização em direito empresarial e outra no novo Código Civil brasileiro. Agora, está terminando seu master of laws, espécie de MBA jurídico, em direito societário. “Esse último foi pago pela empresa”, conta a superintendente jurídica da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. “Como comando uma equipe de dez funcionários, pretendo ainda fazer uma pós em gestão de pessoas.”

Uma das faculdades que aparecem no currículo de Juana, o Insper, antigo Ibmec, ministra seus três MBAs executivos em nove salas com planta semelhante às da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. “O formato de ferradura facilita a interação entre professor e alunos”, explica Irineu Gianesi, diretor de pós-graduação lato sensu do Insper. Em março a escola começará uma reforma que ampliará sua área em 80%. Vinte novas salas no padrão Harvard devem ser erguidas. No interior desses centros observa-se a formação de uma grande rede de contatos entre estudantes, professores e palestrantes convidados. Trata-se de uma maneira de conhecer as referências e os jargões daquele nicho, de conviver com profissionais da área e dividir experiências. Dessa convivência, não raro surgem propostas de emprego. “No grupo de e-mails da minha turma trocamos informações e indicações”, diz Leticia Vasconcelos, aluna da FIA. Formada em farmácia, ela atua como chefe da área de planejamento de demanda e abastecimento de uma multinacional. Investiu na pós para consolidar sua mudança para o ramo executivo. Seu curso exige pelo menos três anos de experiência na área gerencial — condição fundamental para a maior parte dos MBAs do tipo. “Quem nunca administrou nada não consegue assimilar o conteúdo”, explica o headhunter Robert Wong.

Na área da saúde, a lógica é oposta. Assim que concluiu a graduação em fisioterapia, em dezembro de 2008, Mariana Artilheiro, de 22 anos, emendou uma especialização de nome complicado: fisioterapia motora hospitalar e ambulatorial aplicada à neurologia, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Cumpriu horas de prática no Hospital São Paulo e no Lar Escola São Francisco, que promove a reabilitação e a inclusão social de deficientes físicos de baixa renda. “É preciso se especializar para ter sucesso no mercado de trabalho”, afirma. Graduado em artes plásticas, o stylist Marcio Banfi trabalhou, nos anos 90, como assistente do estilista Alexandre Herchcovitch. Só depois partiu para a especialização. “Sentia falta de uma formação teórica em moda”, lembra. Caso raro entre seus colegas do mundinho fashion, ele é mestrando e professor da Faculdade Santa Marcelina.

Com tantas opções no mercado, vale quase tudo para se diferenciar e atrair alunos. Entre os catorze cursos lançados pelo Centro Universitário Senac neste ano, chama atenção o de administração de negócios do vinho. “Uma pesquisa mostrou que a oferta de vinhos no Brasil ainda é muito limitada por falta de conhecimento dos profissionais”, diz Juliana Trombeta Reis, criadora da especialização. “Queremos oferecer um panorama de toda a cadeia: produção, distribuição e venda.” A Faap acaba de formar sua primeira turma de especialistas em estratégia militar para a gestão de negócios. À frente do pelotão estão o general Antonio Burgos e o coronel Edson Rodrigues, ambos da reserva. “A estratégia nasceu na área militar e se aplica completamente à administração empresarial”, afirma Burgos. As relações são mesmo numerosas: liderança, geopolítica, prospectiva, logística e mobilização, inteligência e contrainteligência estão incluídas na grade curricular. Sem falar nas missões externas, como a viagem de sete dias à Amazônia para conferir a organização do Exército brasileiro. “Essa experiência agrega muito à vida executiva”, avalia o general. Seja em um auditório inspirado em Harvard, seja na selva amazônica, é tempo de volta às aulas.

CINCO MBAs BEM-CONCEITUADOS

Gestão de Luxo – FAAP
Pioneiro, traz conceitos de produção, distribuição, venda de produtos e serviços de luxo. Há doze candidatos para cada vaga. 4 semestres, 45 200 reais.

Master in information technology — Fiap
Tem disciplinas bastante específicas destinadas a profissionais com cargos de comando na área de tecnologia da informação. 3 semestres, 25 725 reais.

MBA marketing — FIA
Leva para a sala de aula discussões sobre as estratégias e a gestão de marketing nas empresas brasileiras e estrangeiras. 3 semestres, 35 840 reais.

MBA executivo em finanças — Insper
Com ênfase em finanças corporativas, foi lançado em 1987 e é certificado pela Association of MBAs (Amba). 4 semestres, 54 220 reais.

OneMBA — FGV
Totalmente em inglês, este programa executivo é oferecido em parceria com escolas de negócios dos Estados Unidos, Holanda, México e China. 3 semestres e meio, 112 000 reais.

CINCO ESPECIALIZAÇÕES CURIOSAS

Administração de negócios do vinho — Centro Universitário Senac
Oferece um panorama de toda a cadeia operacional do vinho, da produção à exposição nas gôndolas. Não é focado em degustação. 2 semestres 11 250

Design de interiores náutico esportivo — Centro Universitário Belas Artes
Específico para os interessados em design de embarcações. Há aulas sobre mobiliário, conforto e segurança do meio ambiente. 3 semestres, 22 572 reais.

MBA em gastronomia — Anhembi Morumbi
Administração, tecnologia, direito, economia e marketing, sempre relacionados aos negócios de gastronomia. 3 semestres, 16 803 reais.

Packaging 360º — Faap
Trata-se de um curso sobre embalagem destinado, principalmente, a designers gráficos e de produto. Entre as disciplinas, gestão da marca e inovação da embalagem. 3 semestres, 17 856 reais.

Personal training — Unip
Forma personal trainers, especialistas em programas de atividades físicas individuais. 2 semestres e meio, 3 133 reais.