Dá para imaginar que existem idiotas, intitulados universitários, praticando trote por aí, em pleno século 21?
Sofri trote como universitário, e na oportunidade entendi que era “cultura da época”. Não apliquei trote. Hoje, boa parte das faculdades proibe ações como essa, condenam a selvageira e incentivam o chamado “trote social”, com ações solidárias adequadas.
Abaixo, olha o que aconteceu com alunos calouros que foram queimados em Barretos. Os veteranos jogaram líquido inflamável nos “bixos”, que começaram as aulas depois do Carnaval. A foto foi reproduzida pela Agência Estado no momento em que entravam no hospital. Em seguida, a matéria:
Extraído de: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100224/not_imp515255,0.php
ALUNOS TÊM PELE QUEIMADA EM TROTE
por Brás Henrique
Sete calouros do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb), na região de Ribeirão Preto, foram vítimas de trote violento na noite de anteontem, no início das aulas na instituição. Os alunos, todos da cidade vizinha de Jaborandi, desceram de um ônibus em frente ao Unifeb e dois veteranos que estavam no mesmo veículo jogaram nos calouros um líquido, provavelmente creolina. Eles sofreram queimaduras de primeiro grau.As vítimas foram levadas ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Barretos e liberadas após o atendimento.
Dos quatro estudantes ouvidos pela reportagem, três afirmaram que preferem esquecer o trote e o outro, levar o caso à Justiça. “Quase fui atingido no olho. Se eu estivesse cego, o que adiantaria o pedido de desculpas dos veteranos?”, perguntou Ronier Jorge Ferreira Silva, de 30 anos, que trabalha como segurança de um banco em Jaborandi e está iniciando o curso de Engenharia Civil.
Um dos agressores procurou o segurança ontem, mas ele não quis conversar. “O (veterano) que levou a creolina trabalha com animais e sabe que esse produto não pode ser jogado puro nem em um cavalo”, afirmou. “Quero que eles sejam punidos e que isso sirva de exemplo.”
Murilo Daniel Fonseca, de 19 anos, calouro de Administração, aceitou o pedido de desculpas e prefere ignorar o caso. O rapaz, que sofreu queimaduras nos braços e nas costas, afirmou que esperava brincadeiras no trote, mas sem violência. “Foi uma brincadeira de mau gosto”, disse.
Rodolfo Henrique Sales de Olivera, de 18 anos, que começa o curso de Administração, foi atingido nas costas e no cotovelo. “Bastou o reconhecimento deles, o arrependimento. Para mim foi suficiente”, disse Oliveira.
Caloura de Matemática, Carla Fernanda Miguel, de 18 anos, ficou ferida no rosto, pescoço, tórax e pernas. Foi um amigo de Carla, apelidado de Toupeira, que jogou o líquido. Segundo ela, o estudante achou que se tratava de perfume. “Ele ficou apavorado, pediu desculpas e ajudou a pagar os medicamentos. Por isso acho melhor não fazer nada”, disse. As outras vítimas são João Mário Henrique da Silva, de 18 anos, Geraldo Pereira, de 23, e Patrick Adriano de Souza, de 23.
REPÚDIO
O reitor Álvaro Fernandez Gomes lamentou o episódio e afirmou que a instituição enviará um comunicado às vítimas repudiando o fato e solicitando a identificação dos agressores. O Conselho Universitário analisará o caso e os responsáveis poderão ser advertidos e até expulsos. A instituição tem 4,5 mil alunos, sendo 1,2 mil calouros.


Esses trotes violentos , que os veteranos fazem não vao acabar? vou iniciar meu curso na feb o ano que vem , você acha que tenho bastante risco de ser atingida por esses liquidos que ferem e provocam queimaduras?
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Provavelmente sem riscos, pois depois desse absurdo houve uma série de repercussões onde providências foram tomadas. Boa sorte! Porcari
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