– Esperteza ou Moleza dos Jogadores nas Cobranças de Faltas rápidas?

Na quarta-feira (17), um lance inusitado na partida Porto (POR) X Arsenal (ING): Após um recuo de bola do time inglês ao seu goleiro, o árbitro sueco Martin Hansson (aquele mesmo de França X Irlanda, do gol de mão de Henry – que fase, hein juizão!) assinalou tiro livre indireto a favor dos portugueses. O esperto centroavante pegou a bola, colocou no chão e cobrou rapidamente, fazendo o gol. Naquele momento, o goleiro e a defesa do Arsenal estavam desarrumados e desatentos. O gol foi confirmado.

Veja o lance: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/portugues/0,,MUL1495243-9850,0.html

E a pergunta: pode?

Claro que pode, e aí uma curiosidade: Quem é que disse que precisa esperar a barreira? Onde está a barreira na regra? E o apito do árbitro, tem que esperar?

Vamos lá: o time que cobra a falta tem o direito de exigir as 10 jardas de distâncias (9,15m). Nada impede que ele abra mão desse direito. Se o fizer, e a bola atingir o defensor, segue o jogo. Afinal, o adversário não teve tempo de se posicionar a 9,15 metros. Não teve culpa. Não precisa esperar o apito.

Entretanto, se o adversário se posicionar em frente a bola, e impedir propositalmente a cobrança, ficando a menos de 9,15m, e a bola bater nele, repete-se a cobrança e aplica-se o cartão amarelo por não manter a distância regulamentar e/ou retardar o reinício de jogo.

Perceba que são situações diferentes: no primeiro lance, ele não teve tempo de se posicionar. No segundo lance, ele fez questão de não se posicionar.

Mas e quando o time que fez a falta “pede barreira“? Aí outro mito do futebol: o infrator não tem esse direito, ele tem o dever de dar a distância. O que acontece muitas vezes é que os batedores de falta exigem a distância de 9,15m, e as defesas se agrupam como “paredões”, “muralhas” ou, como conhecemos, “barreiras”. As barreiras não existem na regra; é que a própria regra não vê nada de ilegal no fato dos atletas se agruparem a 9,15m.

Outra curiosidade que você não costuma observar: se o atleta quer bater a falta rapidamente, e o adversário fica na sua frente, ele pode tirar grande proveito disso: a regra permite que ele “tabele’ com o adversário, ou seja, posso chutar nesse atleta que está me atrapalhando, a fim de recebê-la de volta e sair eu mesmo jogando! Quantas vezes você viu esse lance em campo? Dizem que Pelé fazia isso, mas com a bola rolando, não em lance de bola parada.

E quando vemos o gesto do árbitro mandando esperar o apito para cobrar a falta?

– Normalmente ocorre pela exigência da equipe que cobrará a falta em querer a distância. O árbitro indica que irá contar a barreira, e por estar de costas e o jogo paralisado, precisa indicar aos atletas quando o jogo deve ser reiniciado (ou melhor, a falta cobrada). Alguns batedores de falta exigem a barreira, por ela ser um ponto de referência a eles. Usam e treinam com esse artifício. Vale lembrar que também o árbitro poderá desautorizar a cobrança caso tenha que tomar alguma providência (como o atendimento a um atleta que se lesiona gravemente, por exemplo). O atacante não precisa esperar nem para a aplicação de cartão amarelo a um adversário, caso deseje cobrar rapidamente a falta (o árbitro aplica o cartão na primeira paralisação seguinte).

Tal texto pertence as diretrizes da regra 5, no texto USO DO APITO: “O apito não é necessário para reiniciar o jogo mediante um tiro livre (…) O uso do apito é necessário para reiniciar o jogo mediante um tiro livre após determinar a distância correta de uma barreira“.

Mas o que a zaga deve fazer? Resposta simples: estar atenta! Ou se arrisca em tomar um cartão amarelo de árbitro que cumpra fielmente as regras do jogo, permanecendo em frente a bola e torcendo para que o adversário exija a barreira (se o adversário chutar, toma o amarelo e aí tem que esperar a barreira e o uso do apito mesmo, não pode mais cobrar rapidamente).

Parece severo, mas atende ao Espírito do Jogo, que juntamente com as Regras, norteiam o futebol: nunca beneficiar o infrator!

Assim, vale a pena os atacantes estarem espertos e estudarem a regra. Poderiam marcar mais gols.

Especificamente, no lance do Porto X Arsenal: um amigo me perguntou se vale o gol, já que o árbitro não teve tempo de levantar o braço para indicar tiro livre indireto. Vale sim! É que quando há tiro livre indireto e a bola é chutada direto ao gol, sem o braço do árbitro estar levantado, volta a cobrança (pois, teoricamente, o atleta não foi informado pelo árbitro que era em 2 lances). Se o braço estivesse levantado e a bola entrar no gol diretamente, tiro de meta. (Claro, como o lance foi dentro da área e a bola foi tocada, tudo bem).

Vale a lúcida colocação do atacante do time londrino, Fábregas: “Nós estávamos desatentos…”

– A Toyota na… Funilaria!

Há situações interessantes no mundo dos negócios. No ano passado, a Toyota celebrava o primeiro lugar no mercado mundial de veículos. Hoje, percebe-se que talvez esse topo alcançado tenha levado a empresa a uma crise. Um possível recall mundial de veículos pode mostrar uma despesa extra de altíssimo valor indesejado, contra uma pequena sensibilidade do consumidor pela atenção da ação realizada (o de aperfeiçoar o produto):

Extraído de: http://veja.abril.com.br/030210/toyota-funilaria-p-070.shtml

A TOYOTA NA FUNILARIA

A empresa revolucionou a maneira de fazer carros e tornou-se líder mundial. Agora enfrenta um recall constrangedor – que poderá arranhar a sua imagem

por Luís Guilherme Barrucho

Foram necessários setenta anos para que a japonesa Toyota realizasse o sonho de seu criador, Kiichiro Toyoda. Em 2007, a empresa tornou-se a maior fabricante de carros do mundo, superando a americana General Motors. O sucesso só foi possível graças à tecnologia que se tornou sinônimo de conforto e segurança, a preços competitivos. Na semana passada, essa reputação sofreu um golpe. A Toyota convocou 2,3 milhões de proprietários nos Estados Unidos para solucionar um defeito no acelerador, produzido por um fornecedor canadense. Houve incidentes em que o carro continuava acelerando, mesmo depois de o motorista parar de pressionar o pedal. O defeito envolve oito modelos da Toyota, entre eles seus dois sedãs mais vendidos nos Estados Unidos, o Camry e o Corolla. O mais constrangedor: incapaz de solucionar a falha, a empresa suspendeu a produção e a venda desses veículos. O recall, que não afeta o Brasil, também foi estendido à Europa e à China. Ao todo, estima-se que mais de 4 milhões de automóveis terão de passar pelo conserto.

Foi a segunda grande falha registrada em menos de quatro meses no mercado americano. Em setembro, a Toyota já havia chamado 4,2 milhões de veículos de volta às concessionárias, por causa de um problema com o tapete do motorista, que se enroscava nos pedais. Como se não bastasse, a companhia tem perdido mercado para novatas, como a coreana Hyundai. Para completar, padece de um equívoco estratégico: fez apostas tímidas nos mercados que mais crescem atualmente, como a China e o Brasil, ao contrário da alemã Volkswagen, que já dá sinais de superá-la. O resultado é que desde que a montadora japonesa alcançou a liderança mundial, há dois anos, suas vendas caíram quase 20%. Estaria sob ameaça o reinado da marca? “Acredito que não”, afirmou a VEJA Jeffrey Liker, da Universidade de Michigan. “Os princípios da Toyota são suficientemente fortes para evitar que dois problemas isolados contaminem toda a empresa.”

A companhia cresceu seguindo catorze princípios criados por Kiichiro Toyoda e pelo engenheiro Taiichi Ohno, entre eles a busca pelo aprimoramento contínuo. A Toyota estabeleceu um novo modelo de administração, o just in time, em que a montagem e os embarques de carros são imediatos e correspondentes à demanda, o que reduz o custo para manter estoques. As concorrentes a copiaram e se reergueram, enquanto a japonesa parece ter baixado a guarda. Diz Alan Middleton, da Universidade York, no Canadá: “Quando as empresas se tornam grandes demais, existe o risco de se acomodarem e deixarem a criatividade de lado”. Para permanecer no topo, a Toyota precisará ter humildade oriental e reler os seus próprios princípios.

– Palavrão resultará em Cartão Vermelho!

Cada vez mais, observamos jogadores soltando palavrões por um gol perdido. Muitas vezes, o lamento se torna um ato teatral. Mãos abertas, socos no ar, e até mesmo uma espécie de “satisfação à torcida”. Mas não só a perda de um lance provoca essas reações: também nos acertos! Está na moda goleiro comemorar como se fosse um gol feito a cada defesa realizada, o lateral vibrar com um carrinho certeiro na bola e até sinal-da-Cruz para bola na trave vale!

Dito isso, vejo que a FIGC (Federazione Italiana di Gioco di Calcio) proibiu jogadores de xingar em campo. Qualquer palavrão dito, mesmo como ato reflexo, valerá cartão vermelho.

Particularmente, acho uma medida exagerada. Os bocas-sujas que se cuidem, pois a suspensão poderá ser imposta mesmo se o árbitro não expulsar o atleta mas se o vídeo permitir leitura labial.

Obs: quero ver para os estrangeiros que jogam na Liga, como serão punidos? O repertório de palavrões em português, sérvio, russo, togolês, hutu e outras línguas é de conhecimento dos árbitros? Assim, só valerá expulsão para quem xingar em italiano. Valerá dizer “Mama mia“, ao invés de “Porca miseria“!

Extraído de: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/italiano/0,,MUL1483722-9848,00.html

PALAVRÃO EM CAMPO SERÁ PUNIDO COM CARTÃO VERMELHO EM CAMPO

Federação anuncia ainda que vai usar vídeos dos jogos para punir aqueles que xingarem e não forem flagrados pela arbitragem

Nada de praguejar quando perder um gol, xingar quando um companheiro errar um passe, muito menos se referir a adversários ou à arbitragem com palavrões. A Federação Italiana anunciou nesta terça-feira que tornará oficial a decisão de que os jogdores “boca-suja” serão punidos com cartão vermelho nos jogos do Campeonato Italiano.A nova recomendação deverá ser cumprida pelos árbitros e, quando não forem, poderão ser avaliadas por uma comissão no dia seguinte. Os xingadores que não forem expulsos poderão também ser punidos com base nos vídeos dos jogos.

– A ideia é melhorar o comportamento dentro de campo – explicou o presidente da federação, Giancarlo Abete.

A Federação Italiana vai apertar o cerco também aos jogadores que exibem camisas com mensagens por baixo do uniforme do clube. Além do habitual cartão amarelo, eles serão também multados.