– Jovialidade Versus Experiência na Arbitragem de Futebol

Poderia até soar demagogo o título deste post. Ao contrário, ele vem dar o tom para um debate que certamente ocorrerá ao longo do ano: a Renovação do Quadro de Árbitros do Futebol Brasileiro.

A Comissão de Árbitros da CBF anunciou que os árbitros a ingressarem no Quadro Nacional em 2010 deverão ter até 30 anos de idade. Tal medida servirá de subsídio para aplausos e vaias, de acordo com o enfoque desejado.

(Importante: Por motivos de pertencer ao quadro de árbitros da FPF, ser árbitro atuante, ter 14 anos de arbitragem profissional e 15 de arbitragem amadora (com 34 anos de idade, estaria fora de uma indicação), tomarei o máximo de cuidado para não expressar minha opinião pessoal nem ferir princípios éticos, ou ainda tecer comentários em causa própria.)

Àqueles que defendem a renovação com nomes jovens e desconhecidos, a fim de realizar um trabalho de base, com treinamento técnico e teórico, tal medida é sensacional. Porém, dificultosa por alguns motivos: terião os clubes paciência para o amadurecimento desses árbitros? O trabalho de preparação dos nomes em treinamentos seria feito como? A estrutura financeira do futebol permitiria tal trabalho? Os jovens teriam a garantia de escalas? Um grande ponto a favor seria o condicionamento físico, num momento em que o futebol é muito mais corrido do que jogado. O ponto negativo, claro, a inexperiência.

Àqueles que defendem a renovação com nomes alternativos (não necessariamente tão jovens), a fim de oxigenar a atual relação, dando oportunidades a talentos das federações estaduais que até então, por número de vagas escassas, não apareceram no cenário nacional, tal medida adotada para 2010 será contestada: de onde viriam esses nomes jovens a serem indicados? Quem os garantiriam ou os respaldariam em caso de pressão de dirigentes? Como não queimar jovens talentos e lançá-los em jogos adequados? Um grande ponto a favor de nomes “alternativos” seria a experiência adquirida em campo em contrapartida dos novatos. O ponto negativo, claro, é o vício que poderão carregar pelos anos de apito (e entenda-se na linguagem do árbitro de futebol como “vício” os costumes e hábitos adquiridos na maneira de apitar e no estilo de arbitragem, difíceis de se eliminarem ao longo do tempo.

E aí virá a discussão – o que é mais necessário hoje: JOVIALIDADE OU EXPERIÊNCIA ? 

Para responder tal questão, leve em conta os fatores:

– Condicionamento físico;

– Capacidade de fazer a leitura do jogo durante a partida;

– Conhecimento de artimanhas e características de atletas já trabalhados em outras partidas;

– Histórico de arbitragem;

– Rodagem em campeonatos e clubes diversos;

– Respeitabilidade adquirida ao longo dos anos;

– Idade madura do árbitro (qual é a maturidade do jogador e a do árbitro?)

Tal tema é de dificílimo trato. E a implantação de tal projeto carece de força e apoio.

Desejo boa sorte ao Sérgio Correa nesta ousada empreitada. E que os clubes tenham paciência em entender o processo de renovação proposto.

(Vale lembrar que tal assunto não se restringe apenas ao mundo do futebol; no dia-a-dia, em qualquer seara, se discute sobre a renovação profissional, o momento dela, e o costumeiro debate: jovens ou seniors?  No mundo da administração, cotidianamente isso é questionado).

Abaixo, extraído da Agência Estado e reproduzido pela Gazeta do Sul (clique acima para a citação)

CBF VETA INGRESSO DE ÁRBITROS MAIORES DE 30

Os veteranos são bem-vindos nos times do País, mas na arbitragem as portas se fecharam. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) instituiu que somente profissionais com até 30 anos – antes era até 35 – podem ingressar ou reingressar no quadro nacional de árbitros para apitar jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. As federações têm até hoje para enviar a relação de juízes.
A medida gerou polêmica e revolta. “Ela só vai prejudicar a carreira dos árbitros. Não faz sentido. Vários auxiliares e juízes já querem abandonar a carreira, já que quem tiver mais de 30 anos e não fizer parte do quadro nacional só pode apitar jogos dos estaduais, que duram apenas três meses”, declarou o presidente da Federação Pernambucana, Carlos Alberto de Oliveira.
A CBF distribuiu, em dezembro, circular com as novas diretrizes para entrar no quadro nacional. Segundo o documento, obtido pela Agência Estado, os árbitros devem ter, no mínimo, 21 anos completos e, para ingresso ou reingresso, 30 anos, no máximo. Precisa ter sido aprovado nos testes físicos e na avaliação teórica elaborada pela comissão de arbitragem da CBF, e atuado em partidas da primeira divisão nos últimos dois anos.

A resolução não afeta o árbitro com mais de 30 anos que já faça parte do grupo. “Mas, se ele não passar no teste físico, será cortado do quadro nacional e pode ter de encerrar a carreira”, argumentou o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação do Rio, Jorge Rabello. “A ruptura de cinco anos (de 35 para 30 anos) é um desastre. Em países da Europa, os árbitros começam até com 16 anos”, afirmou.

Na visão do ex-árbitro Antônio Pereira da Silva, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Goiana, a faixa entre 28 e 33 anos é o momento da afirmação profissional. “Isso vai matar muitos valores”, avisa. Já o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista, coronel Marcos Marinho, afirmou que a medida vai afetar pouco os árbitros de São Paulo. Dos 16 que serão indicados, apenas dois estão ingressando. E até concorda com a determinação. “No futebol moderno, o grau de exigência é muito grande. O árbitro precisa acompanhar todos os lances em cima. Então, a idade pesa”, explicou Marinho.

 

– Recall: Vantagens e Desvantagens postas de lado para a Honda

Já falamos em algumas oportunidades sobre a impressão que um recall de veículos pode transmitir: ou é um ponto positivo, pois a empresa se preocupa com seus consumidores no pós-venda; ou é um ponto negativo, pois a empresa não consegue produzir com qualidade num primeiro momento.

Assim, a Honda anunciou há pouco um recall mundial para os seus veículos, dos modelos Fit e City. Motivo: a morte de uma criança, vítima de um curto-circuito no vidro elétrico! 

Extraído de: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201001291242_RTR_1264768940nN29118702

Honda anuncia recall do Fit e City após morte de criança

A Honda Motor está fazendo recall de 646 mil veículos dos modelos Fit/Jazz e City no mundo por causa de um interruptor acionador de vidro elétrico defeituoso. O recall acontece depois que uma criança morreu quando o carro em que estava pegou fogo no ano passado, devido ao problema de curto no acionador do vidro.

Vanilla Nurse foi morta aos dois anos em Cape Town, na África do Sul, em setembro passado, quando o carro em que dormia pegou fogo. Além deste caso, houve dois relatos de incêndio causado pelo problema nos Estados Unidos, informou um porta-voz.

O recall inclui 140 mil carros nos Estados Unidos e cobre modelos vendidos na América do Norte, América do Sul, Europa, África do Sul e Ásia, com exceção do Japão, informou uma porta-voz da montadora.

Representantes da Honda no Brasil não puderam informar imediatamente se o recall envolve o País, nem o ano dos modelos envolvidos no processo.

A Honda informou que o recall foi convocado para substituição de um componente que pode fazer com que água entre no interruptor acionador do vidro, causando, em alguns casos, fogo.

A montadora divulgou que vai “inspecionar e modificar os interruptores de vidro elétrico da porta do motorista que podem, em alguns casos, entrar em curto como resultado de infiltração de água”.

No início desta semana, a Toyota anunciou a ampliação para Europa e China de um recall de milhões de veículos por causa de pedais aceleradores e tapetes de assoalho defeituosos.

– Que bom que as Aulas Voltam!

Estou com saudades do ambiente acadêmico e dos alunos. Segunda-feira, aula magna para duas novas turmas. Que bom!