Marcelo Tas, jornalista que se tornou ainda mais popular devido ao humorístico CQC, tem uma seção chamada “pai laboratório” na Revista Crescer, da editora Globo. Na edição 193, pg 96 (dezembro/09), ele se superou em inteligência e simpatia: escreveu sobre como faz bem à saúde pagar mico pelos filhos.
Apenas um trecho, extraído da citação acima:
PAGAR MICO FAZ BEM À SAÚDE
Todo mundo conhece as virtudes de um bom pai: participar, apoiar, dar bom exemplo, etc, etc… Mas poucos notaram a importância de uma habilidade que, na minha “visão científica” do assunto, deveria ser mais valorizada: pagar mico!
Não parece, mas trata-se de virtude das mais raras e necessárias. Um pai zeloso, interessado na educação dos filhos, deve sempre estar pronto para cometer gafes, se atirar no abismo do ridículo, passar vergonha na frente de estranhos… Ou seja, pagar um king-kong de vez em quando!
Desde pequenos somos treinados a evitar o mico. O Criador, esse eterno brincalhão, fez as coisas de tal forma que acreditamos que o período da infância, adolescência e juventude é uma mera preparação para a vida adulta. Quando finalmente nos tornamos adultos, ou seja, viramos pessoas “sérias”, vem a providência divina e nos manda os filhos. Olha a ironia: justamente as criaturas que descem à Terra com a tarefa de nos obrigar a retornar à crinaça que fomos um dia! (…) [Daqui em diante, uma histórinha envolvendo os amigos alienígenas invisíveis que Marcelo e sua esposa tiveram que conviver algumas vezes e se relacionar].
O Ministério (ou seria o mistério?) da Paternidade adverte: pagar mico faz bem à saúde.
