– Maurício de Sousa cria seu 1o. personagem gay

Maurício de Sousa tem uma gama de personagens sensacionais. Buscando tratar de temáticas interessantes e outras inocentes, ele já criou deficientes, negros, orientais. Agora, ele resolveu tratar de um assunto polêmico: criou Caio, um jovem gay.

Extraído de: http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI4113620-EI1377,00-Gibi+abre+discussao+sobre+como+falar+de+homossexualidade.html

GIBI ABRE DISCUSSÃO SOBRE COMO FALAR DE HOMOSSEXUALIDADE

As criações de Mauricio de Sousa acabam de ganhar seu primeiro personagem aparentemente gay. O tema é tabu em muitos lares, principalmente em relação a como se conversar a respeito com as crianças e adolescentes. Pois bem, mesmo que a interpretação sobre a opção do personagem fique por conta do leitor, o número 6 da revista Tina, que está nas bancas esta semana, é uma boa chance para os pais colocarem o assunto na mesa.

A revista apresenta aos leitores Caio, um amigo de Tina, personagem criada nos anos 1960 com apelo hippie. Quando indagado sobre um possível namoro, no meio de uma das historinhas, ele aponta para outro menino. O episódio gerou polêmica e o Twitter do autor, Maurício de Sousa, bombou de mensagens, com elogios e críticas a respeito da novidade.

O autor explicou em nota que a interpretação depende do leitor e que a revista não é dirigida para o público infanto-juvenil, como as da Turma da Mônica, mas para os jovens. “A história intitulada ‘O Triângulo das Confusões’ deve ser lida e interpretada pelo leitor. Não há qualquer afirmação sobre a sexualidade deste ou daquele personagem”, afirmou Mauricio de Sousa.

De qualquer forma, a discussão está lançada. Segundo o psicólogo Nelson Alvarenga, o gibi é apenas mais um dos meios de comunicação aos quais crianças e adolescentes têm acesso e que trazem informações sobre assuntos diversos. E, a partir dessa exposição, caso chegue à mão das crianças menores, é muito natural que comecem a questionar sobre o tema. Então, o ideal é que os pais já estejam preparados para responder eventuais perguntas.

“A homossexualidade, ou qualquer outro assunto relacionado ao sexo, deve ser tratado com naturalidade e verdade. É importante ter em mente que o filho não se ‘tornará’ um homossexual só porque conversa com os pais sobre isso. Uma criança educada corretamente se tornará um adulto saudável e pronto para a vida e para aceitar as diferenças que existem no mundo”, disse.

Para entrar no assunto, não existe idade certa. Mas os pais podem esperar que o filho manifeste interesse em entender a questão. De qualquer forma, é importante que todas as dúvidas sejam respondidas, qualquer que seja a idade da criança. Ainda segundo o psicólogo, o ideal é que o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo não seja mostrado como algo errado. “Isso é importante para que o filho se desenvolva livre de preconceitos”, afirmou.

– O Banco da Favela

Buscando lucros e inclusão social, o Bradesco toma uma nova iniciativa: quer ser o banco das favelas!

Extraído de: Ig

BRADESCO INAUGURA AGÊNCIA NA FAVELA DE HELIÓPOLIS

Os bancos acirraram a disputa pela clientela das classes D e E, que estão consumindo mais por causa do aumento da renda e do emprego. Hoje, o Bradesco inaugura a primeira agência dentro de uma favela de São Paulo.

A comunidade escolhida foi a de Heliópolis, na zona sul da capital paulista, a maior favela da cidade, com população estimada de 120 mil pessoas, das quais 40 mil com potencial de abrir conta em banco. A renda familiar é de até três salários mínimos, equivalente a R$ 1.395
A agência de Heliópolis não é a primeira investida do Bradesco na inclusão bancária em comunidades da chamada baixa renda nas grandes metrópoles brasileiras. Há cerca de dois anos, o banco abriu uma agência na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, uma das maiores do País.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados”, contou o presidente executivo do Bradesco, Luiz Trabuco Cappi.

Hoje, a agência na Rocinha tem 2,5 mil correntistas, dos quais 85% são pessoas físicas e os 15% restantes, empresas. A taxa de inadimplência está dentro dos padrões considerados normais, de 5% da carteira de crédito da agência.

“Existe uma lenda, que acabou virando verdade, segundo a qual pobre não dá prejuízo a ninguém”, disse o diretor executivo do Bradesco, Odair Afonso Rebelato. “Isso é verdade, desde que o volume de dinheiro que ele tenha no bolso seja suficiente para pagar a todos.”
Se houver qualquer intempérie, o primeiro segmento que vai deixar de receber é banco, ressaltou o executivo. “Ele vai priorizar o mercado e a farmácia, mas, como o patrimônio dele é o nome, em algum momento ele volta a pagar.”
Além agência na favela, o Bradesco também inaugura hoje o primeiro posto avançado de atendimento de Novo Santo Antônio, em Mato Grosso. Com 2.250 habitantes, a cidade está distante 220 quilômetros da agência bancária mais próxima, em São Félix do Araguaia. Com isso, o Bradesco atinge 5.564 municípios, ou seja, 100% das cidades do País.

“O Bradesco tem como estratégia central o crescimento orgânico, e o Brasil tem uma enorme população que nunca teve conta em banco. Ao mesmo tempo, a economia brasileira vivencia um extraordinário processo de mobilidade social, as pessoas estão mudando de renda, para melhor”, disse Cappi.

“Assim, ter presença em todos os municípios brasileiros é fundamental para nosso objetivo de crescer, conquistar novas contas, inclusive junto a esse público, e ampliar fatias de mercado”, concluiu.