– “Bom Dia” é o novo dono do “Diário de SP”

Grande negócio entre os jornais! O Bom Dia, do mesmo grupo de comunicação da TV Tem e Traffic, entre outros (do empresário J. Hawilla), comprou o Diário de São Paulo (antigo Diário Popular, e que pertencia a Rede Globo – A Globo queria transformar o jornal em 3o. maior de São Paulo e duplicar sua tiragem, o que não aconteceu).

Em: Último Segundo – IG 

J HAWILLA COMPRA DIÁRIO DE SÃO PAULO

O jornal que nasceu abolicionista e republicano em outubro de 1884, quando São Paulo era apenas uma pequena província, sob o nome de Diário Popular e que, depois de mais de um século e diferentes proprietários foi rebatizado Diário de S. Paulo, mudou de mãos.

O novo dono é o empresário e jornalista José Hawilla, que tem negócios na área de marketing esportivo, com a empresa Traffic, controla a TV Tem, afiliada da Rede Globo, e também a Rede Bom Dia, que edita jornais em cidades do interior de São Paulo.

Desde 2001, quando teve o nome trocado para Diário de S.Paulo, o jornal pertencia às Organizações Globo, companhia que controla a maior rede de empresas de comunicação do País, entre as quais a Rede Globo de televisão. O valor da operação não foi revelado. Mas, segundo estimativas, o valor pago ficou pouco acima de R$ 100 milhões – valor bem inferior ao pago pela própria Globo ao adquirir o jornal do ex-governador paulista Orestes Quércia, o penúltimo dono. Na época, os valores também não foram revelados, mas a compra foi avaliada em R$ 180 milhões.

Em comunicado divulgado no final da tarde de ontem, a Infoglobo, empresa que administra os produtos editoriais das Organizações Globo, informou que a decisão de venda foi motivada por uma proposta apresentada por J. Hawilla. A companhia da família Marinho, dona da Globo, mantém parceria há sete anos com o empresário por meio da TV Tem, que mantém quatro emissoras afiliadas da Globo que abrangem 318 cidades. Já a rede de jornais Bom Dia é composta por nove jornais diários que circulam em 100 cidades. As edições são preparadas nos municípios de Jundiaí, Bauru, Sorocaba e São José do Rio Preto e distribuídas por franquias em Osasco, região do ABC paulista, Marília, Catanduva e Fernandópolis. No total, a Rede Bom Dia atingiu tiragem de 19.171 exemplares em agosto deste ano, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC).

“A Traffic reconhece o grande valor da marca Diário de S. Paulo e pretende utilizá-la, juntamente com os demais ativos, na expansão territorial e ampliação da relevância de sua rede no mercado paulista”, diz o comunicado. No mesmo documento, o diretor-geral da Infoglobo, Paulo Novis, diz que “a oportunidade da venda dos ativos relacionados ao título Diário de S. Paulo está em linha com a estratégia da empresa de focar seus esforços nas áreas e segmentos onde é líder inconteste e ampliar investimentos em novos negócios analógicos e digitais”.

Com o Diário de S. Paulo, a rede de J. Hawilla chega à capital, onde não atuava e onde a disputa é bem mais acirrada. Executivos do meio publicitário e consultores do mercado dizem que o empresário tem intenção de alterar a atual linha editorial da publicação, hoje de cunho mais popular, para com isso ampliar seu público e concorrer com títulos tradicionais do mercado paulistano no segmento, como o Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo.

Hawilla confirma seu interesse em mexer no jornal, desde o design até o público-alvo, mas diz que não vai focar no público de maior poder aquisitivo. “Quero tornar o jornal competitivo, mas vai continuar sendo popular, embora um popular mais qualificado”, diz. Por enquanto, a equipe de 380 funcionários do jornal não deve ser alterada.

O empresário não estaria só motivado pelo bom momento vivido pelo setor jornalístico no Brasil, com novos títulos na praça, como o caso do recém-lançado Brasil Econômico. Hawilla faz questão de enfatizar: “Continuo acreditando em jornal impresso. Não acho que vai acabar. Não vai sofrer enfarte. Vai encontrar espaço em meio aos outros canais de comunicação.” 

INSUCESSO
Na época da compra do Diário Popular, a Infoglobo, que detém os jornais O Globo e Extra, ambos no Rio de Janeiro, comunicou a intenção de atingir uma tiragem média de 300 mil exemplares com o jornal que, então, detinha uma tiragem média declarada de 125 mil exemplares. Mas não chegou nem perto disso. O último dado disponível do Instituto Verificador de Circulação (IVC) informa que o Diário de S. Paulo, em agosto de 2009, teve tiragem de 54.969 exemplares.
 

 

– Gol com tabela entre… as Bolas!

O que é pior? Duas bolas em campo na hora que sai o gol ou o árbitro que não conhece regras e valida uma suposta “tabelinha” entre as redondas?

Por incrível que possa parecer, isso aconteceu duplamente na partida Sunderland X Liverpool, pela Premier League, neste final de semana! Na oportunidade, na hora em que o goleiro do Liverpool defenderia um chute a gol, uma segunda bola foi jogada em campo; esta bateu na bola que iria ser defendida, desviou-a e entrou na meta! Detalhe: o árbitro, erroneamente, não considerou a bola como um corpo estranho mas como um corpo neutro, e validou o gol. Erro grosseiro…

Veja o lance, clicando em: http://videos.sapo.pt/ZMR90G6sOSljv5FV9jFH

(Na imagem da primeira câmera, você nem percebe a segunda bola; mas nos outros dois ângulos, você se assusta com o desconhecimento da Regra do Jogo por parte do quarteto de arbitragem!

– O Produto Encolheu!

Grandes empresas têm reduzido suas embalagens, e às vezes, o preço não corresponde à proporcional redução. Chocolates Nestlè, Unilever e outras têm se utilizado desse expediente. Outras, reduzem os custos da embalagem. Até onde os clientes se importam com isso?

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0950/marketing/produto-encolheu-492827.html

O PRODUTO ENCOLHEU, por Melina Costa

Empresas reduzem as embalagens e mudam as fórmulas de produtos para cortar custos. A questão agora é convencer o consumidor de que isso também é vantajoso para ele.

Um olhar atento às gôndolas dos supermercados brasileiros revela a tendência: as embalagens dos produtos de consumo têm passado por um sucessivo processo de encolhimento. Primeiro elas diminuíram para atender à necessidade das novas famílias brasileiras, com menos filhos. Depois, encolheram para se encaixar nos orçamentos mais apertados dos consumidores emergentes da classe C. Agora, vivemos uma espécie de terceira onda de redução. Motivadas pelo apelo ecológico e pela necessidade de corte de custos, as empresas voltaram a diminuir as medidas de suas embalagens, que chegam a ocupar apenas um quarto do volume que ocupavam antes. Em alguns casos, a redução acontece com uma solução de design, sem que as quantidades sejam alteradas. Em outros, o produto é reformulado de tal maneira que, mesmo em versão compacta, tem o mesmo desempenho do original. Na vanguarda desse processo estão algumas das maiores empresas de bens de consumo do mundo, como Unilever e Procter&Gamble. Ambas já colocaram sua estrutura de inovação a serviço da redução e, recentemente, lançaram os produtos “liliputianos” no Brasil. Até o início de 2010, cinco grandes fabricantes de bens de consumo devem colocar nos supermercados brasileiros versões mais compactas de seus produtos. “Os fabricantes que já haviam reduzido suas embalagens ao limite mínimo passaram a alterar a formulação dos produtos para que ocupem menos espaço”, diz Luciana Pellegrino, diretora da Associação Brasileira de Embalagens.

Por trás dessa tendência há uma crescente preocupação com a eliminação do desperdício de matérias-primas. À frente desse movimento, estão colossos como o maior varejista do planeta, a rede Wal-Mart, que desde 2005 adotou o discurso verde como peça de resistência de sua estratégia de marketing. Há dois meses, a operação brasileira do Wal-Mart convocou alguns de seus fornecedores a diminuir em 5% o uso de material em caixas e pacotes até 2013. “Como contrapartida, damos mais visibilidade a esses produtos”, diz Daniela de Fiori, vice-presidente de sustentabilidade da rede no Brasil. A demanda de varejistas como o Wal-Mart está de certa forma casada a políticas ambientais de vários de seus fornecedores globais. É o caso da Coca-Cola. A empresa acaba de lançar no país uma versão compacta de sua garrafa de vidro com capacidade de 290 mililitros. Apenas com mudanças no desenho da embalagem, a Coca-Cola conseguiu reduzir 25% da quantidade de vidro utilizado sem alterar o volume de bebida oferecido ao consumidor.

Há o apelo ecológico. E há também, por trás da redução das embalagens, uma disputa cada vez mais acirrada por espaço no varejo. As prateleiras continuaram as mesmas, enquanto o número de produtos oferecidos pela indústria não parou de aumentar nos últimos anos. Apenas na categoria xampus, o número de marcas e variações disponíveis no mercado brasileiro passou de 3 000, em 2006, para quase 5 000 hoje, segundo dados da consultoria LatinPanel. Em um cenário assim, cada centímetro é precioso. A Procter&Gamble enfrenta um problema de espaço especialmente complicado. A empresa é uma das principais fabricantes de fraldas descartáveis, produto volumoso e cuja preferência do consumidor recai justamente por pacotões econômicos, com mais de 20 unidades. No final do ano passado, a P&G lançou uma versão 20% mais compacta de sua marca Pampers Noturna, graças ao desenvolvimento de um gel superabsorvente que eliminou parte do recheio das fraldas. “Com isso, conseguimos colocar mais produtos no mesmo espaço”, diz Paulo Koelle, diretor de marketing da multinacional.

O entusiasmo das empresas com as versões compactas dos produtos se explica pela combinação de vantagens que a redução proporciona. Garrafas, caixas e pacotes menores significam menos gastos com insumos para produzi-los e mais economia com transporte e estocagem. No ano passado, a Unilever lançou uma versão concentrada do amaciante de roupas Comfort, que permitiu a redução de sua garrafa de 2 litros para 500 mililitros. Segundo os cálculos da empresa, o novo produto permitirá uma economia anual de 1 600 toneladas de plástico e a utilização de apenas um terço dos caminhões anteriormente usados para o transporte. O grande esforço da Unilever, após o lançamento, tem sido convencer o consumidor de que o novo potinho é melhor do que o velho garrafão. A empresa já investiu 15 milhões de reais em marketing para explicar que o Comfort Concentrado rende o mesmo que o amaciante tradicional e, até o final ano, investirá outros 17 milhões de reais para explicar as economias geradas pela embalagem diminuta e mostrar que o produto custa menos que o tradicional. “Estamos introduzindo um conceito novo e sabemos que levaremos tempo para educar o consumidor”, diz Priya Patel, diretora de marketing da Unilever. No que depender das grandes empresas de consumo, o futuro será cada vez mais das embalagens pequenas.