Qualquer afirmação seria maldade, já que nesses meandros a falsidade impera. Falo sobre a Fórmula 1, esporte que cada vez mais deixou o espírito desportivo de lado e que mais uma vez se vê cercado de escândalos.
Nelsinho Piquet acusou sua ex-equipe de mandá-lo bater seu carro, propositalmente, em Cingapura, para prejudicar alguns pilotos e ajudar seu companheiro. O seu então manager, Flávio Briatore, é conhecido pelas mazelas e golpes que costuma dar na categoria, além da fama de voraz conquistador, beirando a tara. Se é ou não, difícil provar e é problema dele!
Briatore, por sua vez, acusa Nelsinho de falar isso por mágoa, já que ele, agora seu ex-manager, acabara com um suposto relacionamento homossexual do jovem piloto com um homem mais velho. Se é gay ou não, repito o que escrevi acima: difícil provar e é problema dele.
Para quem gosta de esporte de velocidade, tais acusações enojam.
Briatore insinua que Nelsinho teve caso com homem mais velho
A polêmica envolvendo a Renault e o piloto Nelsinho Piquet está tomando proporções ainda maiores. Depois de a equipe ir à justiça francesa acusando Nelsinho e seu pai de difamação, o mandatário da equipe, Flavio Briatore, fez insinuações sobre a vida pessoal do piloto, demitido da Renault no início de agosto.
Segundo Briatore, Nelsinho teria um caso com um homem mais velho e ficou chateado com a interferência do chefe. “Ele me acusou de ter rompido uma relação com um amigo, mas não quero ser acusado injustamente. O pai de Nelsinho que me pediu para interferir. Ele vivia com esse senhor e não se sabia o tipo de relação que tinham. O pai estava muito preocupado com a proximidade dele com esse senhor e pediu para que eu tomasse uma atitude”, afirmou Briatore ao repórter Felipe Motta da Rádio Jovem Pan.
“Fiz até com que ele mudasse de Oxford, onde morava, para um apartamento no meu prédio. Assim, ele ficava sob controle”, completou o chefe da Renault.
Depois do escândalo do GP de Cingapura de 2008, no qual Nelsinho admitiu ter provocado um acidente para beneficiar o companheiro Fernando Alonso, várias insinuações foram disparadas dos dois lados e a briga deve seguir na justiça. A assessoria do piloto ainda não se pronunciou sobre as declarações de Briatore.
A polêmica
Tudo começou no GP de Cingapura de 2008, quando Nelsinho sofreu um acidente que beneficiou diretamente o espanhol Fernando Alonso, que venceu a corrida. O clima de “marmelada” teria ficado no ar, mas só passou a ser encarado como provável perto da demissão do brasileiro na Renault, no dia 3 de agosto de 2009.
A FIA recebeu informações e começou a investigação sobre o caso no dia 26 de julho. Dois dias depois, Briatore teria enviado a carta a Piquet insinuando que o ex-piloto seria o responsável pela denúncia. No dia 30 de julho, Nelsinho enviou um depoimento à entidade admitindo culpa e fornecendo detalhes comprometedores à equipe.
Na carta divulgada na quinta-feira pelo site F1SA, Nelsinho diz que Briatore e o engenheiro Pat Symonds lhe sugeriram uma estratégia em que bateria no muro para beneficiar Alonso, o que posteriormente ocorreu. O brasileiro afirma que aceitou a proposta por se sentir pressionado na equipe e por temer que seu contrato não fosse renovado para 2009.
Posteriormente confirmado para a atual temporada, Nelsinho continuou com resultados abaixo do esperado e com constantes boatos de que seria substituído. A demissão finalmente ocorreu no dia 3 de agosto, poucos dias depois de a polêmica do GP de Cingapura ser reativada.
Nesta sexta, diante da divulgação da carta de Nelsinho, a Renault foi à justiça francesa e fez uma denúncia à família Piquet por “chantagem com agravante”. Segundo a escuderia, a história foi usada para forçar a manutenção do piloto no cockpit da equipe.
Ainda nesta sexta, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, garantiu a Nelsinho imunidade em caso de cooperação total do piloto na investigação.
