– Brasil Terá Exclusividade na Fabricação do Tucson

Essa notícia é muito boa: a Hyundai anunciou que a produção mundial do seu veículo Tucson será integralmente no Brasil, num investimento de R$ 1,2 bi!

Extraído de: http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200908071524_RED_78287955

CAOA ANUNCIA R$ 1,2 BI PAA FÁBRICADA HYUNDAI

O presidente do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que representa a montadora Hyundai no Brasil, anunciou nesta sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva investimento de R$ 1,2 bilhão, com a geração total de 1.450 novos empregos formais, para a produção do utilitário esportivo Tucson em território nacional. Os recursos começarão a ser aplicados entre o final deste ano e 2011 e serão divididos em R$ 400 milhões em logística, R$ 400 milhões para a produção de 60 mil unidades por ano e outros R$ 400 milhões para a ampliação da capacidade de montagem para até 100 mil unidades.

“Dobramos o investimento (no País) este ano e vamos fazer um novo investimento para a gente partir para 100 mil veículos por ano”, afirmou Oliveira Andrade. A planta está localizada na cidade de Anápolis, em Goiás.

“Hoje a fábrica tem mais de 150 mil metros quadrados de área construída e está apta, totalmente robotizada, e pronta para fabricar o Tucson. Estamos contratando 950 funcionários para, em dezembro, lançarmos o novo Tucson, o Tucson nacional. Ele deixa de ser produzido na Coreia (do Sul) e vai ser produzido exclusivamente no Brasil”, afirmou Andrade.

Os outros 500 empregos serão gerados a partir da necessidade de se atualizar a logística de montagem do utilitário esportivo. “São 1450 empregos que serão criados até o fim do ano e isso está sendo implantado a todo vapor”, declarou.

“O Tucson é um carro muito bem adaptado para o Brasil. Atualmente estamos vendendo uma média de 3 mil veículos desse por mês. É um carro muito bem aceito”, avaliou o executivo, confirmando que, com a expansão da produção, a Caoa deve exportar o modelo para países da América Latina e da África.

“Ele está saindo de linha na Coreia e entrando aqui no Brasil, e as vendas estão crescendo. Todos os distribuidores da América Latina estão ansiosos por pegar esse carro. Há muita chance de a gente exportar para a América Latina e para a África, quando tivermos excedente no nosso mercado”, comentou.

“Temos condição de chegar mais ou menos a 60 mil veículos (em 2010), e a maior parte da produção será consumida no País. O excedente será exportado. Vamos já investir no aumento da produção pensando na exportação. A partir de dezembro é que vamos começar a produção do Tucson nacional e aproximadamente em meados do próximo ano estaremos fabricando nessa fábrica 60 mil veículos por ano, entre o caminhãozinho HR e o Tucson”, disse.

– Máfia do Apito: Mal Entendindo ou Impunidade?

Em 2005, houve o já conhecido e discutido escândalo no futebol brasileiro marcado pelo nome de “Máfia do Apito”.

As esferas da Justiça Desportiva puniram os responsáveis (ao menos, alguns dos citados). Entretanto, na Justiça Comum, ontem, um dos desembargadores pediu mais prazo para dar prosseguimento ou arquivar o processo. Outro desembargador chegou a declarar, em outras palavras que manipular resultados de uma partida de futebol não é crime, muito menos fomação de quadrilha.

Ora, se os acontecimentos não se configuram em crime, os resultados anulados no Campeonato Brasileiro foram indevidos. As partidas que tiveram que ser jogadas novamente, inválidas. Mais: Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon foram vítimas do escracho social e deveriam retomar suas carreiras na arbitragem! Quem sabe pedir indenização ao STJD!

É o samba do crioulo doido. Lamentavelmente. Alguém disse e é verdade: estamos a um voto da impunidade… não só da impunidade, mas da desmoralização das instituições da Justiça Brasileira.

DECISÃO DA MÁFIA DO APITO É ADIADA,

por Bruno Dieiro (OESP, Cadero Esportes, pg 04, 07/08/09.

SÃO PAULO – O escândalo de arbitragem que abalou o futebol brasileiro há quatro anos está a um voto da impunidade. Após decisões favoráveis de dois desembargadores, o arquivamento do caso que ficou conhecido como Máfia do Apito só não foi concluído nesta quinta-feira, no Tribunal de Justiça de São Paulo, porque o terceiro magistrado, Christiano Kuntz, pediu um prazo maior para análise.Até terça-feira, Christiano Kuntz decidirá se vai revelar seu voto ou se pedirá que o processo seja retirado da pauta por tempo indeterminado. Caso o desembargador opte por mais uma votação, a questão será definida na sessão da próxima quinta no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Para que processo prossiga, é necessário que Christiano Kuntz vote contra o trancamento da ação e que ao menos um dos outros dois desembargadores, Fernando Miranda e Francisco Menin, mude de ideia. Ao justificarem seus votos favoráveis ao arquivamento, Fernando Miranda e Francisco Menin alegaram que o caso não possui legislação específica e não pode ser tratado como estelionato e formação de quadrilha.

Revelada em outubro de 2005, a Máfia do Apito foi um esquema que envolveu árbitros de futebol e golpistas de sites de aposta durante o Campeonato Brasileiro daquele ano. Após confirmar a manipulação de resultados, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD, sob a presidência de Luiz Sveiter, remarcou 11 partidas da competição e puniu os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon com o afastamento definitivo do quadro da CBF.

– A ilha da Fantasia

Para muitos, Brasília é a ilha da fantasia, devido a politicagem que lá ocorre, ao invés de simplesmente política.

Mas acho que Brasília deve ser também um mundo a parte. Enquanto os principais jornais do país noticiam a discussão acirrada entre os senadores e a crise do Senado, o Correio Braziliense ignora tudo isso e diz: “Inflação cai no DF”.

Ué, o Senado não é justamente lá? Por que tal fato é ignorado?

Justamente por um motivo: Corrupção envolvendo políticos já não é mais notícia… Faz parte do dia-a-dia!

– Bullying: Problema Sério Ignorado pelas Famílias

É cada vez mais sério o problema de bullying nas escolas brasileiras. Bullying é o ato de colocar apelidos, rotular ou gozar de outrém, principalmente às crianças. Estas, constrangidas, tendem a diminuirem o rendimento escolar, se introverterem e sofrerem caladas.

Parece coisa simples ou boba, mas na cabecinha de uma criança não é assim que funciona. Vira trauma. Se para os adultos já é difícil passar por essa situação, imagine aos adolescentes?

Agora, novos estudos se direcionam ao tratamento do bullying, extraído de: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1196656-5603,00-BULLYING+PASSA+A+SER+ACOMPANHADO+POR+PEDIATRAS+NOS+ESTADOS+UNIDOS.html

Bullying passa a ser acompanhado por pediatras nos Estados Unidos

Especialistas querem acompanhar tanto vítimas quanto agressores. Ideia é tentar achar maneiras de prevenir e corrigir comportamento.

Perri Klass Do ‘New York Times’

Na década de 1990, realizei exames físicos em um garoto da quinta ou sexta série da rede pública de ensino de Boston (Costa Leste dos EUA). Perguntei a ele qual era sua matéria preferida: ciências, definitivamente. Ele tinha ganhado um prêmio na feira de ciências e iria competir em uma feira com várias outras escolas.
O problema é que havia algumas crianças na escola perturbando-o diariamente por ele ter ganhado a feira de ciências. Ele era provocado, empurrado e, ocasionalmente, até agredido. A mãe do menino balançou a cabeça e se perguntou se a vida dele seria mais fácil se ele deixasse para lá essa coisa de feira de ciências.
O “bullying” (assédios e provocações) produz reações fortes e altamente pessoais. Eu me lembro do meu próprio sentimento de ofensa e identificação. Ali estava uma criança bastante inteligente, amante da ciência, possivelmente um futuro (insira aqui seu gênio favorito), atormentado por brutos. Isso foi o que fiz pelo meu paciente: aconselhei a mãe a telefonar para o professor e reclamar. Encorajei o menino a seguir com seu amor pela ciência.
Essas são três coisas que eu sei que deveria ter feito: não contei à mãe que o bullying pode ser evitado, e que isso depende da escola. Não chamei o diretor ou sugeri que a mãe o fizesse. Não pensei um segundo sequer nos provocadores, e qual seria o prognóstico para a vida deles.

Contra os bullies
Nos últimos anos, pediatras e pesquisadores dos Estados Unidos têm dado aos bullies (provocadores) e suas vítimas a atenção que, há tempos, eles merecem – e recebem na Europa. Ultrapassamos a ideia de que “crianças são assim mesmo”, de que o bullying é uma parte normal da infância ou o prelúdio de uma estratégia de vida de sucesso. Pesquisas descrevem riscos no longo prazo – não só para as vítimas, que podem ter mais tendência a sofrer de depressão e pensamentos suicidas, mas aos próprios provocadores, que têm menos probabilidade de concluir os estudos ou se manter no trabalho.
No mês que vem, a Academia Americana de Pediatria irá publicar a nova versão de uma diretriz oficial sobre o papel do pediatra na prevenção da violência entre os jovens. Pela primeira vez, haverá uma seção sobre o bullying – incluindo uma recomendação para que escolas adotem um modelo de prevenção, desenvolvido por Dan Olweus, professor e pesquisador de psicologia da Universidade de Bergen, Noruega. Ele foi o primeiro a estudar o fenômeno do bullying escolar na Escandinávia, na década de 1970. Os programas, disse ele, “funcionam na esfera escolar, de classe e individual; eles combinam programas preventivos e lidam diretamente com as crianças identificadas como provocadoras, vítimas, ou ambos”.
Robert Sege, chefe do ambulatório de pediatria do Boston Medical Center e principal autor da nova diretriz, afirma que a abordagem de Olweus concentra a atenção no maior grupo de crianças, aquelas que observam a tudo. “A genialidade de Olweus”, disse ele, “é que ele consegue reverter a situação da escola. Assim, as outras crianças percebem que o provocador é alguém com problemas em controlar seu próprio comportamento, e a vítima é alguém a quem eles podem proteger”.
O outro autor, Joseph Wright, vice-presidente sênior do Children’s National Medical Center, em Washington, e presidente do comitê da academia pediátrica de prevenção à violência, observa que um quarto de todas as crianças relata ter se envolvido em bullying, seja como provocador, seja como vítima. Proteger as crianças de lesões intencionais é uma tarefa central para pediatras, disse ele, e a “prevenção do bullying é um subconjunto dessa atividade”.

Repetição
Por definição, o bullying envolve repetição. Uma criança é repetidamente alvo de provocações ou ataques físicos – ou, no caso do chamado bullying indireto (mais comum entre garotas), rumores e exclusão social. Para um programa antibullying de sucesso, a escola precisa entrevistar as crianças e descobrir os detalhes – onde e quando isso ocorre. Mudanças estruturais podem ajudar a lidar com lugares vulneráveis – o cantinho do playground fora da vista, o portão de entrada da escola na hora da saída.
Então, disse Sege, “ativar os observadores” significa mudar a cultura da escola; através de discussões em sala, encontro de pais e respostas consistentes a cada incidente, a escola deve transmitir a mensagem de que o bullying não será tolerado.
O que eu devo perguntar na hora do check-up? Como vai a escola, quem são seus amigos, o que você faz no recreio? É importante abrir a porta, especialmente para as crianças na faixa etária mais provável para o bullying, para que vítimas e observadores não tenham medo de falar. Os pais dessas crianças precisam ser motivados a exigir que as escolas ajam, e os pediatras provavelmente precisam estar prontos para falar com o diretor. Nós devemos acompanhar a criança, a fim de garantir que a situação melhore, além de verificar a saúde emocional dela e buscar ajuda, se necessário.
E ajudar os provocadores, que também são, afinal, pacientes pediátricos? Alguns especialistas temem que as escolas simplesmente suspendam ou expulsem os agressores, sem prestar atenção a uma forma de ajudá-los e às suas famílias a aprender a viver de outra forma. “As políticas de tolerância zero das escolas distritais estão, basicamente, empurrando o problema para frente”, disse Sege. “Temos de ser mais sofisticados.”
A forma como entendemos o bullying mudou, e provavelmente mudará ainda mais. Por exemplo, nem mencionei o cyberbullying. No entanto, todos que trabalham com crianças precisam começar com a ideia de que o bullying tem consequências a longo prazo e é evitável. Eu ainda sentiria a mesma raiva, em nome do meu paciente vencedor da feira de ciências, mas agora eu vejo seu problema como uma questão pediátrica – e espero ser capaz de oferecer um pouco mais de ajuda, um pouco mais de acompanhamento, com base apropriada em pesquisas científicas.