– Feliz Dia do Amigo

Não sei quem inventou essa data, mas vamos lá: Feliz dia dos Amigos!

Amigo é pra se guardar do lado direito do peito…

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– Dia do Amigo e de Doar Sangue!

Amigos, hoje é o “Dia do Amigo”.

A data não é popular. No mundo empresarial, a Ambev vem fazendo maciça campanha na mídia para vender suas cervejas, se valendo da oportunidade e tentando divulgar o evento. Mas uma causa mais nobre tem sido bem aproveitada: o Ministério da Saúde, através de uma campanha em blogs (e me incluo aqui), está convidando os blogueiros a fazerem postagens coletivas com o seguinte propósito: se hoje é dia do amigo, que tal doar sangue a um amigo? Ou a um amigo desconhecido? Ou, simplesmente, doar sangue?

E aí, caro leitor: que tal a sugestão?

Vamos doar sangue?

Um depoimento sobre a necessidade de doar sangue, principalmente nessa época de baixa quantidade nos bancos de sangue: http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/2009/05/17/gripe-suina-x-doacao-de-sangue/

– Contentar Descontentando no Futebol

Como é difícil “ contentar” os elementos presentes na estrutura do futebol brasileiro. Harmonizar as relações entre árbitros, dirigentes, jogadores e clubes, sem dúvida é uma tarefa hercúlea. Não que se deva procurar o contentamento, pois isso é impossível, mas sim a boa relação entre todas as partes.

É como um grande quebra-cabeça: às vezes, se encaixa de um lado, desencaixa do outro. E cada vez mais este grande jogo de relacionamentos acaba influindo no propriamente dito jogo de futebol.

Quer exemplo mais claro de tudo isso? Sem dúvida, o episódio mais discutido nos últimos dias: “o caso Beltrão X Simon”!

Cá entre nós: a coerência não parece ser o forte do dirigente pernambucano. No começo do Campeonato Brasileiro, “exigiu” que árbitros experientes, ao invés de nomes emergentes, apitassem os jogos de sua equipe, o Sport. Agora, reclama dos próprios experientes “exigidos”. Clama por justiça, chia pela suposta perseguição. Segundo ele, está sendo prejudicado por solicitar a Conmebol árbitros estrangeiros para apitar seus jogos na Libertadores, em confrontos contra equipes nacionais. Ora, será que o dirigente acredita piamente que a Conmebol atendeu seu apelo e que teve força política? É praxe, nos últimos anos, a escalação de árbitros estrangeiros em confrontos domésticos. Vide as escalas da Sulamericana, em confronto envolvendo outros países. Sendo assim, parece no mínimo demagogo seu discurso.

Pior: suas atitudes extrapolam o senso esportivo e passaram por lamentável discurso preconceituoso. De onde pode vir a acusação de “discriminação nordestina?”. O Campeonato Brasileiro é nacional, e bem sabe o dirigente que os clubes nordestinos e nortistas lotam os estádios. Se houvesse interesse, não seria o do prejuízo financeiro ao próprio campeonato!

Por fim, inadmissíveis foram suas declarações pesadas contra a pessoa do árbitro Carlos Eugênio Simon. Chamá-lo de bandido e safado publicamente, questionar a honestidade dele e a lisura do próprio campeonato, são coisas sérias. Tal gravidade nas suas palavras precisam ser comprovadas: se correto, anula-se todo o campeonato e entregue-se a ele um busto em louvor à sua coragem e espírito denunciativo pela defesa do campeonato e coragem em desmascarar um esquema muito bem montado. Como essa alternativa não parece ser comprobatória, puna-se a irresponsabilidade em acusar pessoas honestas e pais de famílias, além da “molecagem” em criar tanta confusão em prol da incompetência de sua direção esportiva.

Se a moda pega, mudar-se-á toda a metodologia de sorteio: para a próxima rodada, convida-se dirigentes de cada equipe e ambos escolhem 2 nomes em comum para apitar seu jogos. O que for sorteado, contentará a todos.

Alguém acredita nisso como solução? O perdedor sempre encontrará uma desculpa, um subterfúgio, um bode expiatório. É assim no Campeonato Brasileiro; foi assim no Campeonato Paulista; será assim na Libertadores, na Copa do  Mundo ou até em torneios amistosos. O espírito desportivo está em baixa… O futebol-business deixou de lado o futebol-esporte. O jogar perdeu espaço para o disputar. É um novo momento do futebol, onde as altas cifras que envolvem o esporte bretão tornam-o um negócio que extrapola a racionalidade. Mas algo passou batido em meio a tudo isso: uma declaração, no último sábado, do treinador Emerson Leão à Rádio Jovem Pan, ao jornalista Flávio Prado: em outras palavras, disse “ter medo do que pode acontecer aos árbitros que forem à Ilha do Retiro”… Tal discurso parece ser tão infeliz como o do treinador Paulo Autuori, dito logo após a derrota da sua equipe para o Cruzeiro e o imbróglio do suposto “racismo”: “Temo pelo que pode acontecer no Olímpico…Não seria incitação à violência?

Assim, convido aos amigos a um questionamento: O que você pensa das excessivas discussões e acusações pós-jogo? As justificativas para uma seqüência de derrotas a fatores extra-campo são válidas, ou é apenas “chororô”?

 

Obs: nesse espaço, abstenho-me de analisar os lances das partidas referidas, justamente pelo impedimento ético da minha atividade como árbitro. Não coloco em questão boa ou má atuação deste ou daquele árbitro, a fim de evitar o corporativismo tão alardeado por muitos. Apenas uma sadia, democrática e necessária exposição de opiniões que podem contribuir para o entendimento do funcionamento do futebol e suas relações.