Em clima total de Copa do Mundo, a África do Sul lançou um vídeo-clip empolgante sobre o evento. E, de quebra, emplacou uma nova dança que tem sido febre entre os sulafricanos: a Dança da Bola, que imita coreografias e lances de dribles.
Clique aqui para assistir o clipe, e a citação da matéria abaixo:
por Tatiana Ferraz, Direto de Johannesburgo
Enquanto o mundo questiona se a África do Sul será capaz de sediar uma Copa do Mundo e fica relativamente alarmado diante das imagens de estádios que ainda são canteiros de obra, a grande preocupação dos sul-africanos é outra: fazer o melhor Mundial de todos os tempos.
Os sul-africanos de fato acreditam que a Copa da África pode ser diferente de tudo o que já se fez antes – e não no mau sentido. Querem, por exemplo, que seja possível fazer um safári pela manhã e à tarde ir ao estádio para ver a seleção de seu país jogar.
Para isso, o país investiu mais de R$ 33 bilhões na organização da Copa (O Brasil, segundo a FGV, quer investir R$ 35,9 bilhões para a de 2014) e espera começar a recuperar isso com os 450 mil turistas aguardados para as quatro semanas de jogos. O número otimista chama a atenção se considerarmos que os sul-africanos receberam nove milhões de turistas durante os 12 meses de 2008. E mais ainda quando juntamos a ele a expectativa de movimentação financeira que o governo local espera obter com o turismo durante a Copa: R$ 4 bilhões.
E, como a maior parte dos investimentos foram gastos em transportes públicos, aeroportos e em melhorias das vias de acesso, o sul-africano espera que o barulho da Copa dure por muitos anos depois dela.
Para mexer com os sentidos
E se o luxo das instalações e da organização deve ficar devendo para o exibido pela Alemanha em 2006, os sul-africanos estão apostando que tudo será compensando com o jeito acolhedor do público, com a riqueza cultural, com o ritmo, com a diversidade de etnias e com o exotismo do país.
Os slogans da Copa são: “rhythm like you never seem before”; “celebration like you never seen before”; “A welcome like you’ve never had before”; e “come and feel it”. Ou seja: “um ritmo que você nunca viu antes”; “comemoração como jamais vista”; “boas-vindas como você nunca recebeu e venha viver esta experiência”. A idéia é usar os sentidos para tentar mostrar o que será a primeira copa africana.
Brasil joga em casa
A maioria negra sul-africana vai torcer para o Brasil assim que a seleção nacional for eliminada. Andando pelas ruas de Johannesburgo ou da Cidade do Cabo todos os cidadãos sul-africanos abordados foram unânimes na escolha do Brasil como segunda pátria durante a Copa. Como nem eles acreditam que a seleção nacional chegará à etapa eliminatória, o Brasil deve, a partir dessa fase, jogar em casa.
Além da torcida local, cerca de 40 mil brasileiros são esperados por lá – contra os 37 mil que foram à África do Sul entre janeiro e dezembro de 2008.
