– Zezinhos Carrapatos e Jorginhos Dedos-Leves

Amigos, à todos nós que militamos e gostamos do futebol, um sensacional artigo do Blog “Olhar Crônico Esportivo”, por Emerson Gonçalves, que retrata perfeitamente quem podem ser os verdadeiros protagonistas do futebol e ao mesmo tempo os principais adversários dos árbitros: os EDITORES DE IMAGEM.

Deixando um pouco de lado a discussão “tecnologia ou não no futebol“, mas sutilmente a imbutindo nesta crônica, compartilho inteligentíssimo e propício texto, abaixo.

Extraído de: http://colunas.globoesporte.com/olharcronicoesportivo/2009/07/01/as-novas-feras-do-futebol/

AS NOVAS FERAS DO FUTEBOL

À guisa de explicação: Ultimamente, a chiadeira com arbitragens tem atingido um nível que começo a achar doentio. Reclamam torcedores, reclamam jornalistas e reclamam dirigentes. Estes, é bom que se diga, sempre reclamaram, sempre reclamarão. Reclamam, também, técnicos e jogadores, preparadores físicos e massagistas, gandulas e Cia. Bela.

Na base para tanto tititi, as imagens da TV. Puxadas na zoom, editadas em slow motion, dramatizadas, cortadas, separadas de seu contexto. Juízes dos tribunais diversos valem-se delas, deletando a autoridade de quem esteve em campo, ao lado da jogada.

E de volta aos dirigentes: está virando moda as imagens gravadas e editadas servirem de base para dossiês, cartas, memorandos, entrevistas, conversas ao pé de ouvidos privilegiados, etc.

O futebol começa a perder sentido. Na nova disputa que se instala, “meu time foi mais prejudicado”, vale tudo, até mesmo imagens de outras eras. Se bobearmos, logo logo veremos imagens exumadas de arquivos mortos das cinematecas.

Diante de tudo isso, claro fica que as imagens das TVs já não serão suficientes e todo time que se preza vai querer gravar e editar suas próprias imagens para acusar a arbitragem – claro que só em caso de derrota. Porque estamos chegando ao ponto de nem mesmo as imagens das emissoras serem suficientes. Cada um vai querer as próprias imagens para comprovar o quão roubado foi.

Essas, portanto, são as novas feras do futebol: o pessoal das imagens. Serão eles que definirão os resultados considerados reais por cada cartola desse Brasil varonil. Serão eles as próximas grandes estrelas do show business futebolístico no Brasil.

E haja dossiês…

Kaká?

Cristiano Ronaldo?

Ronaldo?

Ramires?

Nilmar?

 

Bobagem.

O futebol tem novas feras, novas estrelas, novos astros. Não são ainda conhecidos do grande público, embora suas jogadas encantem e desencantem e sejam decisivas. Esses caras são os novos caras. Um joga pra frente, exposto, correndo atrás de tudo e de todos, chegando junto e às vezes até antes. Outro fica na retaguarda, arruma aqui, arruma ali, remonta, reconstroi, aprimora e apresenta. Raramente vê a luz do sol ou dos refletores, mas suas ações são decisivas.

Um é o “Zezinho Carrapato”, cinegrafista de mão-cheia, que segundo a legislação deve ser chamado de repórter cinematográfico. Carrapato porque ele gruda e não desgruda das cenas do jogo. Aciona a zoom de sua lente poderosa e aproxima a imagem até nos sentirmos dentro dela. Se os jogadores não usassem chuteira e meião, muitas imagens permitir-nos-iam a visualização em detalhe das veias e calos dos jogadores. Zezinho tem noção perfeita de perspectiva e enquadramento. Enquadramento é tudo, não importa o quão fechada ou aberta esteja a zoom.

O outro é o “Jorginho Dedos Leves”, editor de dedos tão ágeis quanto sua mente. Tudo que o Zezinho captou, implacavelmente, ele transforma, dramatiza, aumenta às raias do infinito. Para ele, o tempo é apenas uma mera referência de trabalho, pois um mísero segundo pode ser transformado em 30 segundos. Ou eternizado num frame frizado – quero dizer, uma cena, uma imagem congelada, parada. Se nós contamos nosso tempo em horas e montes de minutos, ele conta seu tempo em frames – um frame é 1 trigésimo de segundo, ou um trinta avos. O slow motion valoriza e dramatiza qualquer cena. Na ilha de edição é a salvação do diretor, que diante de uma cena que ficou mais pobre que o previsto e visto na gravação, vira-se para o editor e comanda:

“Põe um “islouzinho” aí, dá uma valorizada, dramatiza um pouco.”

Essas são as feras do momento.

Time nenhum pode ir a campo sem que os dois, no mínimo, estejam concentrados, de preferência escalados como titulares.

Depois, caso o esquadrão perca, basta recorrer às imagens e detonar a arbitragem. Nenhum time mais será derrotado pelo adversário, todas as derrotas terão o árbitro como responsável. Teremos um futebol só de vencedores: metade favorecida, metade garfada.

Todavia, estimadíssima leitora, estimadíssimo leitor, não ouse mudar de lado da mesa, pois você terá a mesma situação com sinal invertido.

Espantoso, não?

Todo cartola esperto – epa, isso é uma redundância; todo cartola é esperto, mesmo porque ele teve que ser mais esperto que enorme bando de pretendentes ao mesmo cargo; quem conhece um clube, qualquer clube, sabe bem a que humilhações e absurdos se submetem provectos e respeitáveis senhores, em troca do cargo de vice-diretor de pebolim e da carteirinha correspondente, que vai dar-lhe o direito de diferenciar-se dos mortais comuns e ganhar uma vaguinha pro possante lá no fundão do estacionamento – dos dias de hoje, vale dizer, todo cartola, já tem em seu planejamento de contratações imediatas uma boa dupla de cinegrafista e editor.

Sua planilha de custos prevê atrasos de salários, mas não comporta, nem por brincadeira, um atrasinho sequer no pagamento do equipamento de vídeo e edição.

Porque este é o futuro próximo, abrir mão das imagens das emissoras e gerar e editar as próprias imagens.

Finalizando, repetirei uma frase que deve ser lida e pensada com mais cuidado e vagar do que da primeira vez:

Estimadíssima leitora, estimadíssimo leitor, não ouse mudar de lado da mesa, pois você terá a mesma situação com sinal invertido.

Observação: “Zezinho Carrapato” e “Jorginho Dedos Leves” são nomes fictícios e uma pequena homenagem aos excepcionais profissionais com quem tive e tenho a honra e o prazer em trabalhar.

– Imoral, mas Legal

Oscar Maroni, o dono da boate Bahamas, acusado de incitar a prostituição e sempre polêmico em suas atitudes, conseguiu, após muito custo, um habeas-corpus para sair da cadeia. E fez um protesto inusitado: Está com meio rosto barbado, meio rosto limpo. Alegou ainda que mesmo sendo um empreendimento indecente, seu negócio está dentro da lei.

Para administradores de “negócios inusitados” como Oscar Maroni, eis a matéria:

Extraído de: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1222279-5605,00-MINHA+CONSCIENCIA+ESTA+TRANQUILA+DIZ+MARONI+AO+DEIXAR+DELEGACIA.html

‘Minha consciência está tranquila’, diz Maroni ao deixar delegacia

Com metade da barba e do cabelo raspados do lado direito do rosto e da cabeça, como forma de protesto, o empresário Oscar Maroni deixou o 40º DP, no bairro do Limão, na Zona Norte de São Paulo, por volta das 20h30 desta terça-feira (7). O dono da boate Bahamas foi preso no início da noite de terça-feira (30) após uma audiência realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.

A prisão preventiva do empresário foi decretada porque o Ministério Público apresentou gravações à Justiça que comprometeriam Maroni. Nas ligações telefônicas e conversas gravadas por uma ex-namorada, ele supostamente fala com uma garota de programa sobre um esquema de prostituição.

“Usarei meia barba até abrirem o meu hotel e minha boate. Eu me sinto injustiçado em relação à minha boate e ao meu hotel, que estão fechados há 24 meses. O meu hotel está com todas as exigências legais. A minha barba é uma forma de fazer um protesto com coisas que aconteceram comigo”, afirmou, na saída.
Apesar do protesto, Maroni garante que respeita as decisões da Justiça.
“Porque hoje novamente a Justiça prevaleceu, porque a minha consciência está tranquila. Eu posso ser imoral, posso até ser até indecente, mas todas as afirmativas feitas em relação à minha pessoa não têm fundamento. São gravações absurdas”, declarou.

O empresário afirmou que foi tratado com muito respeito e dignidade pelos carcereiros. “Mas cadeia é sempre cadeia. É um inferno. É um desespero. Que prazer dizer ‘eu posso ir tomar um café na esquina’”, ressaltou. Sobre os planos mais imediatos, completou: “Vou sair daqui, vou lá na churrascaria comer um carneirinho”.
Sobre as mais recentes acusações da qual foi alvo, ele disse que “foi vítima de extorsão”. “Não devo, tanto que dou esta entrevista. Quando saem do cárcere, dizem: ‘Não tenho nada a declarar’. Eu não fujo da imprensa. Meu trabalho é honesto, é digno”, declarou.
Antes de finalizar, ele voltou a comentar sobre o protesto que promete levar adiante. “Qual dos dois vocês querem? O Oscar Maroni barbudo? O Oscar Maroni sem barba? Façam o personagem que vocês quiserem, mas respeitem o cidadão, respeitem a minha dignidade, respeite a verdade”, disse.

Por último, ele lamentou ter perdido a decisão da Copa do Brasil, na quarta-feira (1º), em Porto Alegre, na qual o Corinthians se sagrou campeão mesmo com um empate em 2 x 2 com o Internacional. “Eu já estava com o ingresso na mão para assistir ao jogo lá”, lamentou.

Liminar

O desembargador Euvaldo Chaib, da 4ª Câmara Criminal de São Paulo, foi quem determinou nesta terça-feira a expedição de alvará de soltura do empresário Oscar Maroni. O desembargador concedeu a liminar durante análise do habeas corpus impetrado na sexta-feira (4) pela defesa dele. “O paciente, solto, em princípio, não oferece risco à sociedade, tampouco conduta motivadora de que aconselhe a segregação decretada”, escreveu o desembargador em seu despacho.
Maroni  estava detido na carceragem do 40º Distrito Policial, na Vila Santa Maria, onde ficam presos com formação universitária. O advogado de Maroni afirmou que o pedido de liberdade foi baseado na falta de provas sobre a autenticidade das gravações. “Eu estou dizendo que o decreto de prisão é desnecessário, que é fundamentado em um CD do qual não se tem prova da autenticidade. Não se sabe em que data foi feito”, disse Mello.

Gravação

O promotor José Carlos Blat diz que as gravações ainda vão ser periciadas, mas que o próprio Maroni reconheceu sua voz nas conversas. “A gravação foi apresentada em audiência e o próprio Maroni reconhece a voz dele”, disse Blat ao G1.
O promotor argumenta que as conversas são recentes e mostram que Maroni negociava novos esquemas de prostituição, mesmo depois de ser posto em liberdade provisória. “Ele estava enfiando as meninas pra trabalhar em hotéis, porque a boate Bahamas está fechada”, disse o promotor.
O mandado de prisão preventiva foi expedido no processo em que Maroni é acusado de formação de quadrilha, manter casa de prostituição, tráfico de pessoas e favorecimento da prostituição. As supostas provas obtidas pela promotoria vão ser usadas também em outro inquérito que investiga corrupção policial e falsa perícia, segundo o promotor Blat.

– Persistência, por Monsenhor Jonas Abib

Para aqueles que estão desanimados com a caminhada, compartilho um ótimo texto para reflexão sobre ter coragem.

Extraído de: http://www.cancaonova.com/portal/canais/pejonas/pejonas_msg_dia.php

Como João Paulo II, vá até o fim!

“Quanto a ti, vai até o fim!” (Daniel 12, 13).

Esse grande homem de Deus morreu porque tinha consumido tudo o que tinha de gastar… Ele foi até o fim! Antes de ser eleito Papa, João Paulo II teve uma experiência profunda com o Espírito Santo. Diante de tudo que Deus tem falado nestes tempos nós não podemos negar que para nós aguentarmos firmes é somente pelo batismo no Espírito Santo. Se a semente não for sepultada ela não germina… Deus está nos preparando para sermos sementes de uma nova geração, uma geração que vai aguentar e enfrentar o império do anticristo. Em Daniel 12,1 está escrito que naquele tempo surgiria Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos de Deus… Em Apocalipse 12 é citada a prisão do demônio que será acorrentado.

O maligno sabe que será acorrentado e que lhe resta pouco tempo. Enquanto isso, ele faz de tudo para nos destruir. E quanto mais o tempo vai passando, tanto mais ele está jogando o pior do inferno no nosso mundo, sobretudo sobre a Igreja Católica, pois foi para Pedro que o Senhor disse: “Sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela” (Mateus 16,18).

Nós devemos estar preparados! O diabo não vai desistir, pois ele sabe que vai perder e por isso quer fazer o maior estrago que puder. O Senhor não interveio ainda porque estamos no tempo da misericórdia e muitos estão sendo salvos. O Senhor o trouxe de volta por causa de Sua misericórdia. Enquanto o demônio está fazendo todo esse estrago, o Senhor ao mesmo tempo está trazendo muitos de volta para junto de Si.

A primeira coisa que devemos fazer ao acordamos é pedir o Espírito Santo; não é por mania, é por necessidade! Nós precisamos, assim como o carro, passar no “posto” todos os dias, pois o nosso “reservatório está secando” muito rápido… Precisamos nos reabastecer no Espírito Santo.

Nós somos a geração João Paulo II. Um jornalista perguntou para ele um dia: “Como é que o Papa reza?” E logo este respondeu com a passagem de Romanos 8, 26: “O Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis porque não sabemos como rezar, nem pedir como convém”. Esse gemido é a oração em línguas! Hoje, o Senhor nos constituiu a nós, aos nossos grupos de oração e aos muitos movimentos eclesiais como sementes e precisamos produzir muitas pessoas batizadas pelo Espírito Santo. Somente pelo Paráclito é que conseguiremos aguentar o ‘repuxo’ dos tempos que virão!

Como escrevi há um tempo atrás, a Renovação Carismática Católica, hoje, é João Batista em sua missão, preparando novamente o povo, trazendo-o de volta para Deus por causa da segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo! Repito mais uma vez: Porque o Senhor está próximo, muito próximo! Eis o que diz a profecia de Joel: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões” (Joel 3, 1-2ss).

Clamemos: Vem, Espírito Santo!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

– Profissionalizar a Administração de Empresas Familiares é Difícil

Empresa Familiar, em hipótese alguma, é sinônimo de Amadorismo. Grandes corporações se destacam. O que pode ser difícil é a saída dos familiares na condução do empreendimento, caso eles sejam apegados ao extremo no comando.

Talvez não seja esse caso que se segue em relação a Schincariol. A Revista Exame faz uma crítica (não sabida se é coerente ou não) à demissão dos executivos de fora. Abaixo:

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/negocios/mais-mudancas-schincariol-482159.html

Mais mudanças na Schincariol

Diretor de marketing é o oitavo a deixar a companhia desde dezembro – Por Marcelo Onaga
O processo de profissionalização da Schincariol, segunda maior cervejaria do país, naufragou de vez. Na sexta-feira a empresa demitiu Marcel Sacco, diretor da área de Marketing da empresa e um dos poucos remanescentes da tentativa de profissionalização iniciada em 2007. Na época, a empresa era comandada por Fernando Terni, que foi demitido em dezembro do ano passado. Sacco é o oitavo executivo dispensado depois da saída de Terni. Em seu lugar fica Adriano Schincariol, herdeiro do grupo e que já havia assumido a presidência da empresa.

Além de Sacco e Terni deixaram a Schincariol os diretores de vendas, Fernando Salazar e Rudinei Kalil; o diretor financeiro, Alexandre Romualdo; o diretor de tecnologia, Álvaro Mello; o diretor de operações, Luiz Odone Braga Neto; e o diretor de recursos humanos, Marcos Cominato. Do time formado por Terni apenas dois profissionais continuam na empresa. O diretor jurídico, Robin Castello; e o diretor estratégico, Johnny Wei.

– Natura Ganha o Prêmio de “Melhor Empresa do Ano”

Pelo segundo ano consecutivo, a Natura ganhou o grande prêmio da Revista Exame intitulado “Melhores e Maiores”.

Leia, clicando no link a seguir, porque a empresa de comésticos levou tal premiação, além do Ranking das demais organizações : http://portalexame.abril.com.br/economia/natura-empresa-ano-melhores-maiores-482408.html

– Por que Existe tanta Diferença no preço do Álcool Combustível?

O comércio irregular de álcool no Brasil é mais sério do que se pensa. De produtos roubados à sonegação fiscal, passando pela adulteração, cada vez mais tais práticas devem ser fiscalizadas e seus responsáveis presos.

Compartilho tal material que explica como funciona essa nefasta indústria, e uma pequena resposta ao questionamento: Por que tanta diferença no preço do álcool?

(enviado pelo amigo Ernesto Aguiar, via e-mail, extraído da Folha de Londrina)

COMO FUNCIONA A SONEGAÇÃO DO ÁLCOOL

Há pelo menos três formas de sonegar impostos no setor de combustível, especialmente na compra e venda de álcool, relataram à reportagem dois sócios de uma distribuidora em Londrina, cujos nomes não serão revelados a pedido deles. “Só vendemos gasolina e óleo diesel, porque o comércio de álcool é impraticável em Londrina”, disse um dos empresários. 

Uma das formas de sonegação é a adição de água ao álcool anidro – produto não tributado, pois é destinado exclusivamente para ser adicionado à gasolina – e sua posterior venda como álcool hidratado, aquele para ser usado nos carros a álcool. Neste caso, há sonegação e adulteração. Também há distribuidores que conseguem colocar o álcool da usina diretamente nos postos, deixando de recolher pelo menos 6% do ICMS. A terceira forma é quando as usinas entram no conluio e vendem o álcool sem nota fiscal

A sonegação é responsável pelo mercado “extremamente complicado” em Londrina, segundo admite o próprio presidente do Sindicato dos Revendedores do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese. Há quase uma década, órgãos de defesa do consumidor se debatem para tentar regularizar o setor; empresários respondem ações criminais por crimes contra a ordem econômica, como a prática de cartel; alguns já foram presos. 

Na semana passada, revendedores disseram à reportagem que existe dumping no mercado, uma forma criminosa de nivelar os preços abaixo do custo e aniquilar a concorrência. Os próprios empresários admitiram ter baixado o álcool para R$ 0,99 porque foram subsidiados por distribuidoras. O preço voltou a subir na última quarta-feira, em média, 40%. A gasolina subiu cerca de 10%. 

Os empresários disseram que o problema dos preços do combustível começa nas próprias distribuidoras. Algumas não têm base, ou seja, operam a partir de pequenos escritórios “apenas vendendo nota fiscal”, como é o caso da segunda modalidade de sonegação.

“A ANP (Agência Nacional do Petróleo) exige que toda distribuidora tenha um local onde o combustível que vem da usina, no caso do álcool, seja depositado, contabilizado e vistoriado. Essas distribuidoras sem base não têm nada disso”, afirmou um distribuidor. 

De acordo com o empresário, a “distribuidora” vai à usina, carrega o caminhão e faz a distribuição diretamente nos postos. “Às vezes, uma nota fiscal é usada para várias vendas: pagam o imposto apenas uma vez.”

Problemas operacionais

Recentemente, a Receita Estadual deixou de exigir o lacre nas bombas de combustível, o que permitiria que o dono do posto adultere a quantidade vendida, pagando menos impostos. O mesmo órgão também acabou com os postos fiscais, que deveriam abordar caminhões carregados de álcool para verificar se o imposto foi pago na usina. “Isso permite que as usinas vendam o combustível sonegando os impostos”.

Este, aliás, é outro problema apontado pelos empresários: a forma de cobrança do imposto. No caso da gasolina e do óleo diesel, a Petrobras recolhe todos os tributos incidentes. Na venda de álcool é diferente e o recolhimento passa por duas fases. A usina deve recolher 12% e a distribuidora, 6%, além da substituição tributária. ”Mas as distribuidoras ‘clandestinas’ conseguem sonegar os 6% e vender o combustível mais barato para o posto; óbvio que o dono do posto sabe disso, porque quando consegue preço mais baixo é porque comprou o produto sem nota”, relatou um dos empresários.

Para eles, o ideal seria que a usina fosse responsável por recolher todos os impostos. “Então, quando as distribuidoras fossem comprar, o preço seria o mesmo para todos. E seria muito mais fácil fiscalizar as pouco mais de 20 usinas do Paraná do que todas as distribuidoras e postos”, explicou o empresário. “O que queremos é competir em igualdade de condições e poder vender álcool; não queremos virar bandidos sonegadores de impostos”, acrescentou o outro.

– O Cordeiro do Presidente Lula

Causou polêmica a decisão do articulista Diogo Mainardi em encerrar seu blog. Alega que é incompatível ter tal coluna on-line, em Veja.com, devido ao novo propósito do Presidente Lula: criar seu próprio blog, através do jornalista Jorge Cordeiro. As brigas de Mainardi e Lula já renderam inúmeros processos judiciais; mas a cada coluna, ele mostra ainda mais seu talento. Leia abaixo, extraído de Veja, ed 08/07/2009:

“O Cordeiro do presidente” por Diogo Mainardi

Jorge Cordeiro? Isso mesmo: Jorge Cordeiro. Ninguém sabe quem ele é. Ninguém sabe o que ele faz. Mas Franklin Martins acabou de contratá-lo para comandar o blog do Lula. O blog do Planalto.
Lula declarou recentemente que, com a internet, a imprensa perdeu “o poder que tinha alguns anos atrás”. E, de acordo com ele, quanto menos poder a imprensa tiver, melhor. Porque isso impede que os jornais tentem “dar um golpe de estado”, manipulando os fatos. Lula, a Arianna Huffington de Caetés, acredita que só agora, com o Blogger, o Facebook e o Twitter, “este país está tendo o gosto da liberdade de informação”. Segundo ele, “estamos vivendo um momento revolucionário da humanidade”.
Jorge Cordeiro, o blogueiro de Lula, tem o perfil do revolucionário da internet. Depois de trabalhar por seis anos como assessor de imprensa da Odebrecht, no período em que a empreiteira se enroscou com Fernando Collor de Mello, ele se distinguiu por sua passagem em jornais como O Fluminense. Quando Marta Suplicy foi eleita, ele ganhou um cargo na área de internet da prefeitura paulistana. Em 2005, arrumou um emprego no Globo Online, sendo demitido menos de um ano depois. Ultimamente, até ser contratado por Franklin Martins, ele mantinha um blog que era lido e comentado sobretudo por ele mesmo. A internet tem esse aspecto revolucionário: o autor de um blog pode ser também o seu único leitor.
Assim como Lula, Jorge Cordeiro dispara contra a imprensa. Seu blog solitário é sua Sierra Maestra. Ele considera que a “grande mídia” – da qual ele e Franklin Martins foram demitidos – “é apenas uma ferramenta para perpetuar o status quo de uma elite, veículo de pré-conceitos, defesa de interesses escusos e muito, mas muito cinismo mesmo”. VEJA, Folha, Estado, Globo: o blogueiro de Lula condena todo o “(tu)baronato” da imprensa, acusando-o de irresponsabilidade, de tendenciosidade, de forjar a roubalheira dos mensaleiros e de montar uma farsa golpista no episódio dos aloprados, a fim de evitar o triunfo histórico de “Lulaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!”.
O blogueiro de Lula, como o próprio Lula, argumenta que há mais liberdade e mais pluralidade nos blogs do que na imprensa. Os elogios aos blogs cessam no momento em que eles abusam dessa liberdade e dessa pluralidade para – epa! – falar mal de Lula. Ricardo Noblat se torna automaticamente “dissimulado, prepotente, mentiroso”. E Reinaldo Azevedo é ironizado por seus tumores, que o blogueiro de Lula apelida de “bolotinhas”.
Eu? Eu sou um “dândi”. Tenho de levar “uma bela cusparada” e, como Paulo Francis, “sucumbir a inúmeros processos”. Na semana passada, renunciei espontaneamente ao meu trabalho na internet. O blogueiro de Lula comemorou minha despedida com o seguinte comentário: “U-huuuuu!!”. Agora que Lula tem um blog, e que pretende trocar a imprensa por spams, sou eu que comemoro minha saída da internet: “U-huuuuu!!”.

– A Intolerância no Futebol: Brasileiros no Exterior

Muito interessante uma série apresentada pela Rádio CBN na semana passada. Nela, se abordou o racismo frente a jogadores de futebol brasileiros.

Os temas foram divididos em:

– A DISCRIMINAÇÃO NO DIA-A-DIA FORA DE CAMPO;

– TORCEDORES NACIONALISTAS;

– RACISMO CONTRA BRASILEIROS;

– PROBLEMAS CAUSADOS POR COSTUMES BRASILEIROS;

– POR DINHEIRO, CALA-SE MESMO SENDO VÍTIMA DE RACISMO.

Em destaque, um atleta que foi atingido por um cacho de bananas na Polônia; outro que foi preso por sambar no seu apartamento. Um depoimento do Zé Elias (ex-Corinthians), alegando que nosso país é visto como terra de “Futebol, Samba e Prostitutas“. Outro atleta aceita a discriminação, pois no exterior ganha dinheiro. Ainda, jogadores brancos discriminados por negros. Por fim, sociólogos debatem: o que o jogador de futebol brasileiro tem feito para ser aceito no exterior?

O acesso para a série está disponível em áudio, no link: http://cbn.globoradio.globo.com/series/PRECONCEITO-A-INTOLERANCIA-NO-FUTEBOL.htm

– Comércio Aberto, Feriado Descartado

Amanhã é dia da Revolução Paulista. Nobre propósito, data histórica e heróica. Mas o feriado oficializado por Mário Covas, aos poucos, acaba caindo em descrédito. Aqui em Jundiaí, o comércio local trabalhará normalmente. Da data comemorativa, apenas o dia de descanso para alguns; para outros, trabalho duro e à espera dos clientes.