– Quando dá para anular uma partida de futebol?

Pois é, a “Regra do Jogo”, no futebol, é algo apaixonante para se discutir!

E convido aos amigos para uma análise dessa mensagem que recebi, sobre o jogo Santos X Atlético Mineiro. Não entrarei, por questões éticas e óbvias, no mérito desportivo do resultado ou da avaliação da arbitragem (nem posso assim fazê-la). Mas como buscamos crescer no conhecimento da regra do jogo, e esse espaço deve ser um fórum democrático e científico de debates, compartilho a interpretação que segue, no qual é chamada a atenção para o seguinte fato: há erro de direito no jogo derradeiro da Vila Belmiro?

Abaixo, ipsis litteris, mas com o nome em sigilo, a pedido do remetente:

Porcaria, velho de guerra! Veja só: o texto da regra diz o seguinte (Regra 5 – o árbitro, último parágrafo de Poderes e Deveres):

 

“O árbitro somente poderá modificar uma decisão se perceber que a mesma é incorreta ou, a seu critério, conforme uma indicação do quarto árbitro ou árbitro assistente, SEMPRE QUE NÃO TIVER REINICIADO O JOGO (foi o caso do pênalty do Brasil e Egito – voltou atrás acertadamente antes de reiniciar) OU TERMINADO A PÁRTIDA (foi o caso do jogo do Santos, onde erradamente o árbitro voltou atrás, já que isso não é possível.”

Sabe, esse é um detalhe importante, mas daqueles que estão escondidos, quietinhos no livro de regra. E coincidentemente, numa discussão na FPF, questionei este texto (que surgiu há uns 5 anos), porque dizia que essa era uma orientação da regra que ninguém lembrava ou cobrava (muito menos nós, árbitros!)
Isso surgiu pois um árbitro encerrou a partida numa partida internacional (não me recordo onde), e voltou atrás saindo o gol. Naquela época, surgiu muita polêmica, e a FIFA resolveu nortear isso.

IMPORTANTE: esse erro não é ERRO DE FATO (aquele no qual o árbitro dá uma falta que não foi, cuja justificativa é interpretação da regra). É ERRO DE DIREITO, onde há desconhecimento de regra por parte do árbitro. Isso dá anulação da partida.

E aí, Porcaria, falei bobagem ou não! Pode colocar publicamente essa consideração, estudei bem antes de te enviar. Agora, se for errado, não vale me sacanear. Se quiser colocar no blog, omita meu nome. Só que eu ou ler depois, ocá?

Valeu,

E então? Será que o “bem-humorado” amigo está com a razão? E pesquisei antes de postar essa posição, autorizado por ele.

Para nós, que conhecemos e militamos a área, concordamos que não poderia se reiniciar jogo encerrado, ou há um problema na interpretação da regra?

Canal aberto para seus comentários:

OBSERVAÇÃO: A RESPOSTA SOBRE ERRO OU ACERTO NO REINÍCIO  DO LANCE E A POLÊMCIA DA REGRA 5 ESTÃO NO 11º COMENTÁRIO DESTE POST, ATRAVÉS DA RESPOSTA DO PROFESSOR ROBERTO PERASSI, INSTRUTOR FIFA E PROFESSOR DA EAFI-FPF

– Fifa e comemorações religiosas. o que pode e o que não pode?

No livro das “Regras do Jogo de Futebol”, há uma observação de que estão vetadas manifestações políticas e religiosas em campo, e que o organizador deverá tomar as providências, caso isso aconteça.

 

Basicamente, elas ocorriam nas comemorações de gol, cujo momento de atenção ao marcador era maior, e sua imagem atrelada. Na própria Regra 12 (Infrações…), em “Diretrizes aos Árbitros”,  há um alerta para excessos em comemorações de gol e descaracterização do uniforme. Ora, o fato de tirar a camisa e mostrar “I Love Jesus” é fato para cartão amarelo.

É claro que o espírito da regra não é “caçar” pregadores, mas nortear a ordem. Imagine o patrocinador que paga milhões para aparecer em campo, e na hora do gol, o centroavante artilheiro arranca a camisa e ninguém vê sua publicidade?

 

Considerações a parte, reproduzo 2 textos que ajudam nesse debate: O primeiro, uma matéria da BBC falando sobre o fanatismo religioso dos jogadores de futebol brasileiro, onde ele mostra uma grande indignação aos créditos da vitória a Deus. O segundo, uma matéria informando que a FIFA solicita ao Brasil cautela nessas comemorações, pois a Federação Dinamarquesa não gostou do proselitismo proporcionado pelos brazucas em campo.

Claro, dentro de uma democracia, temos que respeitar a convicção religiosa de todos. Mas o amigo leitor há de concordar com algo indiscutível: se os dois times rezam pela vitória, como Deus atenderá as preces de ambos?

Já lembraria a sabedoria popular de um velho pensamento já batido: “se macumba ganhasse jogo (Macumbaria também é prática religiosa), o Ba-Vi na Bahia sempre terminaria empatado.”

Abaixo, os dois links:

1-(texto em vermelho) -BBC (campo como templo religioso): TÍTULO: DIVINO FUTEBOL: http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/2009/06/religiao.shtml

2- (texto em azul) -IG/FIFA (Dinamarca reclama e FIFA pede atenção): TÍTULO : FIFA REPREENDE COMEMORAÇÃO RELIGIOSA DO BRASIL: http://esporte.ig.com.br/futebol/2009/07/01/fifa+repreende+comemoracao+religiosa+do+brasil+na+africa+7068924.html

1- DIVINO FUTEBOL

A conquista da terceira Copa das Confederações pela seleção brasileira foi intensamente comemorada pelos jogadores e comissão técnica. Afinal, o título veio com uma vitória de virada, conquistada com muita determinação por um time que se por um lado não tem o brilhantismo de outras seleções brasileiras, por outro mostra espírito coletivo e grande união.

A vitória do Brasil sobre o esforçado time dos Estados Unidos era esperada e portanto não chegou a surpreender.  

Os comentaristas da BBC que acompanharam a final também não estavam preparados para a reza coletiva, com todos ajoelhados, de mãos dadas, num círculo feito em pleno gramado que incluiu até a comissão técnica. 

Num lugar como a Grã-Bretanha, onde o povo está acostumado a conviver respeitosamente com diferentes religiões, surpreende o fato de atletas usarem a combinação entre um veículo de grande penetração como a televisão e a enorme capacidade de marketing da seleção brasileira, para divulgar mensagens ligadas a crenças, seitas ou religiões.

Se arriscam a serem confundidos com emissários de pregadores dispostos a aumentar o número de ovelhas de seus rebanhos às custas do escrete canarinho, como emissários evangélicos em missão.

Para os críticos deste tipo de atitude, isso soa oportunismo inadequado e surpreende ver que a Fifa não se opõe a que jogadores se descubram do “manto sagrado” que os consagrou para exibir suas preferências religiosas.

Será que a tolerância da entidade teria sido a mesma se ao final do jogo algum jogador mostrasse uma camiseta dizendo “Eu não acredito em Deus” ? Ou se outro fosse um pouco além e gravasse no peito algo como “Essa vitória foi obtida graças ao esforço dos jogadores sem nenhuma interferência divina ou sobrenatural”?

É comum ver atletas fazendo sinal da cruz ao entrar em campo, beijando anéis, medalhas de santos, cruzes e patuás que trazem pendurados em cordões e apontando aos céus como a agradecer pelo gol marcado. Ninguém tem nada a ver com manifestações individuais. Mas uma manifestação coletiva, explícita e organizada como um ritual religioso pode dar margem a críticas ao ser associada a um bem público, a uma instituição tão democrática como a seleção brasileira.

A religiosidade de cada um seja ela qual for merece respeito, da mesma forma como merece ser respeitada a falta de religiosidade daqueles que assim optaram a seguir a vida.
Se a moda pega, a Fifa corre o risco de ter a Copa do Mundo do ano que vem cheia de manifestações religiosas, com missas, cultos e pregações diversas após cada partida.

O povo merece continuar torcendo pelo futebol de sua seleção, independente da reza, sessão espírita, ponto, ritual de sacrifício, sermão ou pregação.

Afinal, futebol é bola na rede, o resto é conversa.

2- FIFA REPREENDE COMEMORAÇÃO RELIGIOSA DO BRASIL NA ÁFRICA

Queixa é de que a seleção brasileira estaria usando o futebol como palco para a religião; entidade pede moderação aos jogadores

RIO DE JANEIRO – A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião.

A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.

A religião não tem lugar no futebol“, afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi “exagerada”. “Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora“, disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome “providências” e que busca apoio de outras associações.

As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está “monitorando” a situação. E confirma que “alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto”. A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo. 

 

 

Após tantas considerações, gostaria da sua argumentação sobre o difícil tema: O que você pensa da mistura “Religião X Futebol”?

 

– Mabe compra Bosch no Brasil

O mercado de linha branca pegará fogo! Agora, a Mabe anuncia a compra da marca Bosch. Assim, as marcas GE, Dako, Continental e Bosch serão do mesmo grupo, contra a Brastemp e Consul.

Extraído de Portal Exame: http://portalexame.abril.com.br/negocios/dona-continental-bosch-vende-negocios-brasil-481026.html

A BSH, proprietária das marcas de eletrodomésticos Continental e Bosch, oficializou nesta quarta-feira (1/7) a venda de suas operações no Brasil para a mexicana Mabe, dona das marcas GE e Dako, por 70 milhões de reais. Como antecipou EXAME, desde o ano passado os executivos da companhia trabalhavam no negócio. Entre os potenciais compradores estavam Whirlpool, Electrolux, Esmaltec e a própria Mabe.

A BSH detém 9% do mercado brasileiro de linha branca, que no ano passado movimentou quase 9 bilhões de reais. Seu faturamento está na casa de 25 bilhões de reais. Com a venda, a Mabe assume todos os negócios da BSH no Brasil, que deixa o país após 15 anos de operações.

De todas as competidoras, a mexicana era a que mais tinha a ganhar com a compra da BSH. O negócio representa uma mudança de status para a companhia, que passa da terceira para a segunda posição na lista das maiores fabricantes de fogões, geladeiras e lavadoras de roupa no Brasil. A companhia agora detém 25% do mercado brasileiro de linha branca, ficando atrás somente da Whirlpool, que comercializa as marcas Brastemp e Consul

– A FIFA e a Manifestação Religiosa no Futebol Brasileiro

No livro das “Regras do Jogo de Futebol”, há uma observação de que estão vetadas manifestações políticas e religiosas em campo, e que o organizador deverá tomar as providências, caso isso aconteça.

 

Basicamente, elas ocorriam nas comemorações de gol, cujo momento de atenção ao marcador era maior, e sua imagem atrelada. Na própria Regra 12 (Infrações…), em “Diretrizes aos Árbitros”,  há um alerta para excessos em comemorações de gol e descaracterização do uniforme. Ora, o fato de tirar a camisa e mostrar “I Love Jesus” é fato para cartão amarelo.

É claro que o espírito da regra não é “caçar” pregadores, mas nortear a ordem. Imagine o patrocinador que paga milhões para aparecer em campo, e na hora do gol, o centroavante artilheiro arranca a camisa e ninguém vê sua publicidade?

 

Considerações a parte, reproduzo 2 textos que ajudam nesse debate: O primeiro, uma matéria da BBC falando sobre o fanatismo religioso dos jogadores de futebol brasileiro, onde ele mostra uma grande indignação aos créditos da vitória a Deus. O segundo, uma matéria informando que a FIFA solicita ao Brasil cautela nessas comemorações, pois a Federação Dinamarquesa não gostou do proselitismo proporcionado pelos brazucas em campo.

Claro, dentro de uma democracia, temos que respeitar a convicção religiosa de todos. Mas o amigo leitor há de concordar com algo indiscutível: se os dois times rezam pela vitória, como Deus atenderá as preces de ambos?

Já lembraria a sabedoria popular de um velho pensamento já batido: “se macumba ganhasse jogo (Macumbaria também é prática religiosa), o Ba-Vi na Bahia sempre terminaria empatado.”

Abaixo, os dois links:

1-(texto em vermelho) -BBC (campo como templo religioso): TÍTULO: DIVINO FUTEBOL: http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/2009/06/religiao.shtml

2- (texto em azul) -IG/FIFA (Dinamarca reclama e FIFA pede atenção): TÍTULO : FIFA REPREENDE COMEMORAÇÃO RELIGIOSA DO BRASIL: http://esporte.ig.com.br/futebol/2009/07/01/fifa+repreende+comemoracao+religiosa+do+brasil+na+africa+7068924.html

1- DIVINO FUTEBOL

A conquista da terceira Copa das Confederações pela seleção brasileira foi intensamente comemorada pelos jogadores e comissão técnica. Afinal, o título veio com uma vitória de virada, conquistada com muita determinação por um time que se por um lado não tem o brilhantismo de outras seleções brasileiras, por outro mostra espírito coletivo e grande união.

A vitória do Brasil sobre o esforçado time dos Estados Unidos era esperada e portanto não chegou a surpreender.  

Os comentaristas da BBC que acompanharam a final também não estavam preparados para a reza coletiva, com todos ajoelhados, de mãos dadas, num círculo feito em pleno gramado que incluiu até a comissão técnica. 

Num lugar como a Grã-Bretanha, onde o povo está acostumado a conviver respeitosamente com diferentes religiões, surpreende o fato de atletas usarem a combinação entre um veículo de grande penetração como a televisão e a enorme capacidade de marketing da seleção brasileira, para divulgar mensagens ligadas a crenças, seitas ou religiões.

Se arriscam a serem confundidos com emissários de pregadores dispostos a aumentar o número de ovelhas de seus rebanhos às custas do escrete canarinho, como emissários evangélicos em missão.

Para os críticos deste tipo de atitude, isso soa oportunismo inadequado e surpreende ver que a Fifa não se opõe a que jogadores se descubram do “manto sagrado” que os consagrou para exibir suas preferências religiosas.

Será que a tolerância da entidade teria sido a mesma se ao final do jogo algum jogador mostrasse uma camiseta dizendo “Eu não acredito em Deus” ? Ou se outro fosse um pouco além e gravasse no peito algo como “Essa vitória foi obtida graças ao esforço dos jogadores sem nenhuma interferência divina ou sobrenatural”?

É comum ver atletas fazendo sinal da cruz ao entrar em campo, beijando anéis, medalhas de santos, cruzes e patuás que trazem pendurados em cordões e apontando aos céus como a agradecer pelo gol marcado. Ninguém tem nada a ver com manifestações individuais. Mas uma manifestação coletiva, explícita e organizada como um ritual religioso pode dar margem a críticas ao ser associada a um bem público, a uma instituição tão democrática como a seleção brasileira.

A religiosidade de cada um seja ela qual for merece respeito, da mesma forma como merece ser respeitada a falta de religiosidade daqueles que assim optaram a seguir a vida.
Se a moda pega, a Fifa corre o risco de ter a Copa do Mundo do ano que vem cheia de manifestações religiosas, com missas, cultos e pregações diversas após cada partida.

O povo merece continuar torcendo pelo futebol de sua seleção, independente da reza, sessão espírita, ponto, ritual de sacrifício, sermão ou pregação.

Afinal, futebol é bola na rede, o resto é conversa.

2- FIFA REPREENDE COMEMORAÇÃO RELIGIOSA DO BRASIL NA ÁFRICA

Queixa é de que a seleção brasileira estaria usando o futebol como palco para a religião; entidade pede moderação aos jogadores

RIO DE JANEIRO – A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião.

A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.

A religião não tem lugar no futebol“, afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi “exagerada”. “Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora“, disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome “providências” e que busca apoio de outras associações.

As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está “monitorando” a situação. E confirma que “alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto”. A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo. 

 

 

Após tantas considerações, gostaria da sua argumentação sobre o difícil tema: O que você pensa da mistura “Religião X Futebol”?

 

– Cinema com Direção Apelativa

Pedro Almodóvar é um dos grandes cineastas de nosso tempo. Mas o espanhol, cuja obra aplaudida e muitas vezes polêmica, acaba “pisando na bola” ao declarar como é perfeccionista na construção de sua direção. Declarou recentemente que: “Em um filme que fiz há muito tempo, fiz sexo oral em uma atriz para mostrar ao ator como fazê-lo”.

Para um cineasta da sua categoria, isso é dispensável. Ou tal declaração não seria de cunho promocional?