É impressionante o poderio de chantagem da Coréia do Norte frente a Comunidade Internacional. Analistas são unânimes em dizer que os mísseis lançados no Mar do Japão nos últimos dias, e a demonstração de que a nação norte-coreana possui arsenal atômico, são apenas manifestações de pressão para que se diminua o boicote econômico em futuras negociações.
O certo é que seus vizinhos, Coréia do Sul e Japão, estão bastante apreensivos quanto a possíveis ataques, mesmo sabedores que que estes não ocorrerão.
Muito triste ver que o diálogo surge apenas pelo uso das armas e dentes à mostra…
Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u574117.shtml
Pyongyang prepara lançamento de míssil intercontinental, diz Yonhap
Movimentos detectados em instalações militares levam a crer que a Coreia do Norte está preparando o lançamento de um míssil intercontinental, dizem fontes anônimas citadas hoje pela agência sul-coreana Yonhap.
A notícia também foi repercutida nesta sexta por um jornal sul-coreano e por alguns funcionários do Pentágono norte-americano, que, sob condição de anonimato, informaram que os satélites do país captaram movimentação em um dos locais usados pela Coreia do Norte para lançar mísseis de longo alcance, o que pode indicar a iminência de um novo lançamento.
As fontes da Yonhap asseguram que a Coreia do Sul dispõe de imagens de satélite de um trem de carga que transporta algo que poderia ser um míssil de longo alcance nas cercanias de Pyongyang.
Segundo a Yonhap, a preparação para o lançamento levaria uns dois meses, mas o especialista assinalou que o processo poderia ser finalizado em duas semanas, e o lançamento poderia ocorrer em meados de junho.
Também outras fontes de defesa consultadas pela agência de notícias revelaram que foram detectados movimentos em uma fábrica de armamentos norte-coreana utilizada para a fabricação de mísseis.
Tanto a Coreia do Sul quanto os Estados Unidos acreditam que o regime comunista de Pyongyang estaria preparando o lançamento de um míssil intercontinental do tipo Taepodong, teoricamente capaz de alcançar o Alasca ou o Havaí.
O lançamento de um míssil de longo alcance se somaria aos outros mais recentes de projéteis de curto alcance, lançados da costa leste norte-coreana e criticados por toda a comunidade internacional.
Nesta sexta-feira, em um discurso em Cingapura, na conferência anual sobre a segurança regional, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, declarou que os Estados Unidos “não aceitarão uma Coreia do Norte equipada com armas nucleares”.
“A política dos Estados Unidos não mudou. Nosso objetivo é a desnuclearização completa e inquestionável da península coreana, e nós não vamos aceitar que a Coreia do Norte seja um Estado nuclearizado”, afirmou.
Ele disse que a transferência de armas ou materiais nucleares da Coreia do Norte para outros Estados ou grupos não estatais “seria considerada uma grave ameaça para os Estados Unidos e seus aliados”.
Conselho de Segurança
É por infringir os termos das sanções impostas em 2006 que a Coreia do Norte será alvo de uma nova resolução, por parte do Conselho de Segurança da ONU. Os membros da entidade discutem atualmente quais sanções adotar contra a Coreia do Norte de modo a não agravar o isolamento daquele país e congelar as negociações pela desnuclearização.
Pyongyang afirma que os cinco representantes permanentes do Conselho de Segurança –Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido– são “hipócritas”, pois realizaram “99,99% de todos os testes nucleares”. “O teste conduzido por nossa nação desta vez é o número 2.054 da Terra”, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte.
Embaixadores dos cinco membros permanentes e dos dois países mais afetados, Japão e Coreia do Sul, reuniram sugestões a serem debatidas em reuniões. Um diplomata afirmou nesta quinta-feira (28) que a lista inclui um embargo ainda maior sobre armas e restrições para as operações financeiras e bancárias do regime comunista.
