– O Ouro Verde da Cana Paulista

Cada vez mais a cana-de-açúcar demonstra ser o Ouro Verde (fazendo uma analogia ao petróleo, chamado outrora de Ouro Negro) no mercado agrícola e energético brasileiro. Da cana se produz o álcool, o açúcar, a garapa, a cachaça; do seu bagaço a energia elétrica, também biodiesel, e… pasmem… até água potável.

A Dedini, gigante do setor, está desenvolvendo um equipamento que explora simultaneamente 6 riquezas da cana-de-açúcar. Abaixo, extraído de;

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/599/a-usina-seis-em-um-dedini-desenvolve-um-equipamento-que-129820-1.htm

A USINA 6 EM 1

A HISTÓRIA DA DEDINI Indústrias de Base é marcada por altos e baixos. Em 1987, a companhia quase fechou as portas por conta da forte retração do setor sucroalcooleiro. De uma hora para outra praticamente todas as encomendas foram canceladas e a direção da Dedini se viu sem recursos para honrar os compromissos. Para escapar da falência, foi preciso vender terrenos e até a divisão siderúrgica, repassada à Belgo Mineira. No final de 2008, o cenário pelo lado da demanda praticamente se repetiu. A crise econômica global fez com que os clientes se retraíssem, causando uma redução de R$ 600 milhões na carteira de pedidos da fabricante de equipamentos, caindo para R$ 2,1 bilhões. A diferença é que a Dedini de hoje em nada lembra a de dez anos atrás. A começar pela estratégia de produção, fortemente diversificada na qual as usinas de etanol respondem por cerca de 45% das vendas totais. Na década de 1980 esse percentual era o dobro. Além disso, em breve sairá do forno um produto que a própria empresa classifica como a usina do futuro. Batizado de Usina Sustentável Dedini, será a arma da companhia para enfrentar uma eventual retração do mercado. Hoje, uma unidade padrão é capaz de gerar produtos como açúcar, etanol, biodiesel (extraído da palha e das folhas da planta) e energia (por meio da queima do bagaço). A Usina Sustentável produzirá também fertilizante (da mistura de resíduos do processamento) e água para uso industrial e consumo humano. Hoje, este insumo é desperdiçado apesar de cada tonelada de cana ser composta de 70% de água. “A usina do futuro será praticamente autossustentável, com impacto ambiental próximo de zero”, diz Sérgio Leme dos Santos, presidente da Dedini, que assumiu o cargo em janeiro deste ano. O novo modelo de usina está em fase de testes e chegará ao mercado até o final de 2010. Para ampliar a receita, a empresa criou ainda uma divisão de automação. Ela é responsável pela montagem de equipamentos da marca e de outros fabricantes, uma tarefa que antes era entregue a terceiros e que já colabora com uma parcela expressiva do faturamento da Dedini.

Santos, porém, não acredita numa crise profunda para o setor. “A agroindústria vive um período de consolidação e deverá emergir desse processo ainda mais forte”, aposta. “A pressão global para o uso de tecnologias limpas deverá continuar favorecendo os investimentos em combustíveis renováveis, como o etanol.” Além disso, cerca de 95% dos pedidos estão em fase de produção nas cinco fábricas da Dedini e serão entregues até o final do ano. Com isso, a receita deverá se manter no patamar dos R$ 2 bilhões obtidos em 2008. Para especialistas, as perspectivas para o setor são realmente positivas. “O momento atual é delicado mas a expectativa é de que haja uma retomada no médio prazo”, opina Estefan Haddad, sócio- diretor da BDO Trevisan.

Mesmo que as previsões otimistas não se confirmem, a Dedini conta com a diversificação para superar possíveis dificuldades. Sua lista de produtos inclui esteiras para mineração, laminadoras para siderúrgicas, processadoras de biodiesel, usinas para tratamento de água e esgoto, tanques para cerveja e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A diversificação é resultado de um robusto plano de investimentos que consumiu R$ 300 milhões no período 2005/2008. A tecnologia da Usina Sustentável foi desenvolvida pela equipe composta pelos 20 pesquisadores “da casa”, todos com título de mestre ou doutor, que tiveram o reforço de técnicos ligados a universidades de São Paulo e parceiros globais como a alemã Siemens, a sul-africana Bosch Projects e a americana Rohm and Haas. “Agregamos à nossa linha produtos para os segmentos nos quais poderíamos ser competitivos no cenário brasileiro e internacional”, explica o presidente da Dedini. Mas isso não significa dizer, no entanto, que a área de açúcar e álcool será abandonada. Ao contrário. Esse nicho faz parte do DNA da empresa fundada em Piracicaba (SP) em 1920.

– O Melhor de Todos os Tempos na F1, segundo “Times”

Àqueles que achavam que em uma análise mundial entre especialistas, o título de “Pelé da Fórmula 1” pudesse ficar restrito a nomes como Senna X Schumacher, e correndo por fora Prost ou Fangio, lêdo engano.

Num levantamento entre comentaristas de todo o mundo, apurou-se conquistas, títulos, competitividade e disputa com os rivais, entre outros. A Schummy sobraram títulos. A Prost e Senna, competitividade. Mas para a surpresa (veja a lista abaixo), o campeão de todos os tempos é Jim Clark!

Veja a seguir o porquê;

(extraído de: http://colunas.epoca.globo.com/pelomundo/)

Início do campeonato de Fórmula 1, e o site do jornal Times faz a lista dos 50 maiores pilotos de todos os tempos. Sete títulos, 91 vitórias, Schumacher não é o número 1. É o terceiro. Você acha estranho? Eu não. Faltou a Schumacher algo essencial para determinar o tamanho de um esportista na história: um grande rival. Schumacher correu numa era de pilotos médios. Seu maior rival em quase toda a sua longa carreira foram carros poderosos de outras escuderias. Os companheiros de equipe também não valorizaram as conquistas de Schumacher. Foram sempre muito aquém dele, e tratados como tal pela Ferrari.

Veja o boxe. Muhammad Ali é Muhammad Ali porque teve à sua frente nos ringues lutadores como Joe Frazier, George Foreman e Ken Norton. Uma geração adiante, Larry Holmes, peso pesado como Ali, acumulou uma série invicta de 48 lutas na carreira. Estatisticamente, bateu Ali. Mas jamais se ombreou a Ali e a outros grandes da história por não ter combatido gigantes. No tênis, Pete Sampras teve em Andre Agassi o adversário que lhe deu a formidável dimensão que tem. É irônico. Uma hegemonia absoluta diminui, em vez de aumentar, o campeão. É como se deixasse de haver medição.

Faltou isso, um competidor temível, a Schumacher. Sobraram, ao contrário, rivais duros para Senna. Prost, Mansell, Piquet. Na lista, Senna bate Schumacher: aparece em segundo lugar, atrás apenas de Jim Clark. Clark foi um gênio. Correu e morreu nos anos 60, mas o topo do pódio explica-se em boa parte por ser britânico, como o jornal Times. Maradona, para os argentinos, é mais que Pelé. A descrição de Senna como piloto para justificar o número dois é irretocável. “Senna foi um piloto completo: corajoso, rápido, habilidoso, excitante e ousado”, está dito. É lembrado também que Senna foi um inovador na preparação física para pilotar carros de Fórmula 1.

Senna teve em Prost, o Professor, o adversário mais duro. Prost é o quarto da lista. Os duelos entre os dois na McLaren, com os carros vermelhos e brancos, estão entre as cenas mais eletrizantes do automobilismo. O choque das duas McLarens num GP no Japão numa corrida que definiu o título, em 89, é sublimemente dramático. Eram parecidos como piloto, exceto na ousadia, atributo em que Senna vencia Prost. Em sua geração majestosa, Senna teve um único adversário em ousadia: o inglês Nigel Mansell.  Fiquei feliz ao ver Mansell, o Leão, na nona colocação. “Nunca haverá outro Mansell”, está escrito.

Definitivamente não haverá.

Sempre tive uma admiração especial por Mansell. Não se deixava intimidar por ninguém. Era veloz, era combativo, era atrevido – e era azarado. Azarado a ponto de a gasolina de seu carro acabar faltando meia volta para o fim da corrida, como aconteceu no GP do Canadá em 91, depois de liderá-lo por 68 voltas e com 50 segundos de vantagem sobre o segundo. Mansell poderia ter ganho mais corridas e mais que um título se não tivesse tanto azar. A cena mais eletrizante que vi na Fórmula 1 foi o emparelhamento, numa reta de Barcelona em 91, entre a Williams de Mansell e a McLaren de Senna. As câmeras captaram a faísca que saía sob ambos os carros. Quem frearia primeiro? Alguém brecaria? Parecia naquele momento que ambos estavam tentando mostrar quem era mais louco. Simplesmente isso. Mansell tinha um carro melhor, e saiu na frente.

Senna na lista à frente de Schumacher, o rei das estatísticas. Como teriam sido os embates entre os dois, se Senna não tivesse encontrado aquele muro fatal em Ímola em maio de 1994? Schumacher começava a brilhar e a incomodar, e Senna era um tricampeão ainda ávido por mais glórias. Senna versus Schumacher é um duelo cuja inexistência dói. Tantas vitórias, tantos títulos teoricamente colocariam Schumacher como o maior de todos os tempos.  Faltou a ele se bater com alguém realmente grande.

Senna teria sido perfeito para esse papel.

Veja aqui a lista completa

1. Jim Clark (GBR)
2. Ayrton Senna (BRA)
3. Michael Schumacher (ALE)
4. Alain Prost (FRA)
5. Sir Jackie Stewart (GBR)
6. Juan Manuel Fangio (ARG)
7. Sir Stirling Moss (GBR)
8. Fernando Alonso (ESP)
9. Nigel Mansell (GBR)
10. Mika Hakkinen (FIN)
11. Alberto Ascari (ITA)
12. Graham Hill (GBR)
13. Kimi Raikkonen (FIN)
14. Niki Lauda (AUS)
15. Nelson Piquet (BRA)
16. James Hunt (GBR)
17. Jochen Rindt (AUS)
18. Gilles Villeneuve (CAN)
19. Sir Jack Brabham (AUS)
20. Lewis Hamilton (GBR)
21. Emerson Fittipaldi (BRA)
22. Alan Jones (AUS)
23. Keke Rosberg (FIN)
24. Jacques Villeneuve (CAN)
25. Mike Hawthorn (GBR)
26. Mario Andretti (EUA)
27. Bruce McClaren (NZL)
28. John Surtees (GBR)
29. Juan Pablo Montoya (COL)
30. Damon Hill (GBR)
31. Denny Hulme (NZL)
32. David Coulthard (GBR)
33. Didier Pironi (FRA)
34. Ronnie Peterson (SUE)
35. Felipe Massa (BRA)
36. Jody Scheckter (AFS)
37. Rubens Barrichello (BRA)
38. Jackie Ickx (BEL)
39. Carlos Reutemann (ARG)
40. Tony Brooks (GBR)
41. Jenson Button (GBR)
42. Phil Hill (EUA)
43. Giuseppe Farina (ITA)
44. Jo Siffert (SUI)
45. Lorenzo Bandini (ITA)
46. Gerhard Berger (AUS)
47. Dan Gurney (EUA)
48. Clay Regazzoni (SUI)
49. Peter Collins (GBR)
50. Michele Alboreto (ITA)

 

– Os Números da Batalha “Carro X Metrô” em SP

Que São Paulo cresce absurdamente, isso não é novidade. Que o trânsito é caótico, todos sabemos; mas o número do caos me impressiona.
Segundo Joelmir Betting, no “Jornal Gente” da “Rádio Bandeirantes”, estudos mostram que deveríamos ter 500 km de metrô na capital paulista, enquanto temos apenas 50. A cada mês, soma-se um número de carros novos na rua, já descontados os carros que deixam de circular, igual a70 km. Em contrapartida, o metrô cresce 1 km por ano.
Então:

 
70 km de carros / mês        X        1 km de metrô / ano.

Quem ganhará a batalha?