Dá para acreditar que o laboratório Medley está sendo vendido devido a uma crise de liquidez?
Líder no mercado de Medicamentos Genéricos, a empresa fez grandes dívidas no curto prazo. Recentemente, cortou alguns gastos tidos como desnecessários (como os investimentos nas categorias de corrida de automóveis, através do seu proprietário Alexandre Negão), reduziu pessoal e diminui a publicidade. Nada disso adiantou…
Abaixo, sua história, extraída do Portal Exame:
Sanofi acerta a compra da Medley
O grupo farmacêutico francês Sanofi-Aventis assinou carta de intenções para comprar o laboratório brasileiro Medley. A operação é avaliada em R$ 1,5 bilhão, mas apenas R$ 500 milhões irão para o bolso dos acionistas, segundo fontes próximas às negociações. Controlada pelo empresário Alexandre Negrão, a Medley acumula uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão. Contratualmente, o negócio tem de ser fechado nos próximos 15 dias. A sua conclusão depende, porém, de uma autorização da matriz. Procuradas, Sanofi e Medley não quiseram comentar o assunto. Se for concretizada, a venda pode representar a salvação para a Medley, que até 2007 vinha apresentando crescimento constante e viu esse ritmo se interromper em 2008, segundo fontes do mercado. Um dos maiores laboratórios farmacêuticos do País, que disputa a liderança na venda de genéricos, a Medley vive uma situação financeira complicada. Boa parte da sua dívida é de curto prazo. Com a crise, que secou o crédito nos bancos médios, principais financiadores do laboratório, a situação piorou muito. “O setor enxerga que a Medley chegou ao limite. Se não conseguir vender para a Sanofi, a saída pode ser uma recuperação judicial”, diz uma fonte. Fontes do mercado dizem que a empresa tem tido dificuldades para pagar fornecedores e não produz medicamentos há alguns meses. Isso porque seu estoque nas distribuidoras corresponde a vários meses de produção. No fim do ano passado, a empresa deu férias coletivas aos funcionários da fábrica. Eles voltaram após o carnaval, mas a linha de produção ainda estaria parada, de acordo com pessoas que acompanham a empresa. O laboratório também vem perdendo profissionais de primeira linha nos últimos meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
