Os erros da Phillips

Há uns 2 anos, a Phillips anunciou que seu ambicioso projeto de se tornar líder na venda de notebooks no Brasil estava pronto para ser executado. Foi um fracasso… Veja este case de fracasso na administração de empresas:

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/blogs/cristianecorrea/listar1.shtml

 

O fiasco dos notebooks da Philips

Em dezembro de 2007, o então presidente da Philips, Paulo Zotollo, anunciou que depois de driblar a resistência da matriz holandesa, estava lançando no Brasil uma linha de notebooks — um produto que até então não era vendido pela empresa em nenhum lugar do mundo (leia aqui matéria feita à época). Os planos eram ambiciosos. Zottolo pretendia atingir uma participação de 10% a 15% do mercado de notebooks no país em dois anos e falava em produzir os computadores por aqui já no segundo semestre de 2008 (inicialmente eles seriam importados).

Esta semana decidi conferir a quantas andava essa história. Entrei em alguns dos sites dos principais varejistas do país — Extra, Ponto Frio, Saraiva, Wal-Mart, Casas Bahia, Fnac — e ninguém vendia a linha de notebooks da Philips. Só encontrei os produtos nos sites da Fast Shop e das Pernambucanas. Entrei em contato então com a assessoria de imprensa da Philips e perguntei o volume de vendas dos notebooks no ano passado. Fui informada de que o dado não poderia ser divulgado. Perguntei também onde os computadores eram vendidos já que na maioria dos sites que busquei não encontrei nada. A resposta foi que além da Fast Shop e das Pernambucanas, os notebooks eram comercializados nas lojas físicas das Americanas e da Saraiva — falei com os dois varejistas e ambos me disseram que não vendem nada.

Zotollo deixou a Philips em outubro do ano passado — e seu projeto mais ambicioso à frente da subsidiária parece ter naufragado. Agora, ele se prepara para assumir o comando da Maior, empresa do grupo ABC (leia-se Nizan Guanaes) que vai atuar no ramo do entretenimento e será lançada na próxima semana. Mais uma vez o discurso é grandiloquente: um faturamento anual de 300 milhões de reais no primeiro ano de atividade. Será que dessa vez ele terá mais sorte?

Por Cristiane Correa

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