Eu também pago a conta. E você?

Palmeiras X Corinthians jogarão em Presidente Prudente no próximo dia 08. Não entrarei na questão do mando de jogo, se isso é legal ou não, afinal, não seria polido de minha parte. Mas algo, até mesmo como cidadão, devo discutir: o custo público do jogo.
Não falo dos gastos da Prefeitura Municipal de Presidente Prudente ao reformar o Farahzão para o jogo. Os custos dela, de repente, poderiam ser pagos com a visibilidade do jogo, o retorno das bilheterias, impostos e movimentação do comércio e turismo da cidade. É um problema deles.
Entretanto, a PM está preparando um contingente gigantesco para escoltar as torcidas organizadas das duas equipes, a fim de evitar confrontos durante as 9 horas de viagem. Quanto custa isso aos nossos bolsos? A polícia viajará todo esse percurso, gastará combustível, mão-de-obra e deslocamento de tropas para… pajear baderneiro? Se essas pessoas precisam ser vigiadas pela PM para poderem viajar a um jogo de futebol, é claro que não são pessoas de boa índole. Outra coisa: como farão 9 horas de viagem sem parada? Quando pararem para reabastecer os veículos, almoçar ou ir ao banheiro, o policiamento estará lá, como se fossem babás desses briguentos.
Quem paga a conta disso? Ao mesmo tempo, a violência galopante ficará sem soldados para combatê-la.
Uma observação: durante o jogo envolvendo Santos X São paulo, neste último domingo, a Rádio Jovem Pan entrevistou o motorista de um dos ônibus das Torcidas Organizadas, e questionado se ele não sentia medo, o motorista chamado Fernando disse: “Que nada, sempre sou mais escoltado que o presidente Lula. Dirigir para as Organizadas não tem perigo nenhum”.
O verdadeiro perigo está fora dos ônibus, ou seja, quando eles são “soltos”… não tenhamos dúvida!

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