Escala Série A1

É sempre prazeroso estar escalado para arbitrar futebol. Não importa onde, quem ou quando! O importante é estar na rodada.

Nossa próxima rodada:

 

Rodada:7
Campeonato: Paulista Categoria: A1 – Profissional

——————————————————————————–

Jogo:61 – Portuguesa Desp X Paulista
Data: 10/02/2009 Horário: 19:30
Estádio: Dr. Osvaldo Teixeira Duarte Cidade: SAO PAULO
Arbitro : Wilson Luiz Seneme
Arbitro Assist 1 : Vicente Romano Neto
Arbitro Assist 2 : Everson Luiz Luquesi Soares
Quarto Arbitro : Rafael Porcari

As dificuldades da Sadia

 Talvez o melhor caso de empresa brasileira vivendo situação instável verdadeiramente determinada pela crise mundial seja o da Sadia. Há dois anos, ela tentou comprar a Perdigão por duas vezes, com ofertas financeiras espetaculares. Seu lucro e solidez eram exemplares. No ano passado, surgiu o boato de que a Nestlé poderia adquirir o seu controle acionário. Agora, a empresa está numa crise muito grande. Entenda o que aconteceu:

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0936/negocios/sadia-virou-geni-419398.html

“A Sadia virou Geni”


Apesar da crise financeira que atinge a empresa, Luiz Fernando Furlan mantém o tom confiante e dispara: “Estão querendo comprar a Sadia a preço de banana, mas não vão conseguir”


Quando assumiu o comando da Sadia, em outubro, Luiz Fernando Furlan se desdobrou para tranquilizar os funcionários, os fornecedores e, principalmente, os investidores. Poucas semanas antes, a empresa, uma das maiores fabricantes de alimentos do país, havia anunciado um prejuízo de 760 milhões de reais causado por uma desastrada operação com derivativos cambiais. O mercado respondeu de forma rápida e drástica. Em três dias, as ações da companhia perderam metade de seu valor. “O pior já passou”, disse Furlan, ao tomar posse como presidente do conselho de administração da Sadia, cargo que já havia exercido entre 1993 e 2002. O que se seguiu, porém, mostrou que o pior estava por vir. Nos últimos meses, Furlan e seus executivos corriam para obter um aporte de aproximadamente 1 bilhão de reais para a empresa. O mais provável candidato é o BNDES, que vem assumindo com ímpeto renovado as funções de hospital de negócios em crise. Até o fechamento desta edição, um acordo ainda não havia sido concluído.
Os problemas financeiros levaram os analistas a traçar cenários sombrios para o futuro da Sadia. O Bank of America Merrill Lynch foi categórico: caso não receba uma injeção de 2 bilhões de reais, a empresa pode parar até junho de 2009 por falta de caixa. “Estamos sendo apedrejados”, disse Furlan a EXAME, num dos intervalos do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, e em meio a um frio de 2 graus abaixo de zero. “A Sadia virou a Geni da vez.”
Ao afirmar isso, o ex-ministro Furlan volta-se para uma Sadia que continua a ser dona de uma das marcas mais reconhecidas do país, opera 18 fábricas e cresceu a uma média de 16% ao ano no período de 2003 a 2007. A Sadia é uma operação que, para onde quer que se olhe, vai bem. O que Furlan não nega é que essa situação não passa pelo front financeiro. O dinheiro que a empresa tomou emprestado para pagar o rombo de 760 milhões de reais provocado pela crise dos derivativos vem custando caro. Segundo a corretora Ativa, a Sadia tem uma dívida de 1 bilhão de reais com vencimento no prazo de até um ano. Essa dívida, captada às pressas no fim do ano passado, custa o equivalente a 125% do CDI, pelo menos 10 pontos percentuais a mais do que as empresas do porte da Sadia costumam pagar em períodos sem crise – da í a necessidade de obter o mais rápido possível um aporte de capital. Ainda não se sabe, com precisão, o tamanho final do prejuízo que será causado pelos contratos de derivativos não liquidados em setembro do ano passado. O banco Brascan estima que o prejuízo financeiro da Sadia em 2008 tenha somado 2,5 bilhões de reais (ou seja, 1,75 bilhão de reais a mais do que o buraco anunciado antes da posse de Furlan). Caso esses números sejam reais, a dívida total da companhia chegaria a 4,7 bilhões de reais, o equivalente a quase quatro vezes sua geração de caixa – nível muito acima da média histórica da empresa, de uma a duas vezes a geração de caixa.