Tanto lá como cá, administrar uma Comissão de Árbitros é um trabalho herculiano. Agora, a confusão está instalada em Portugal.
Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Vitor Pereira (ex-árbitro FIFA por Portugal e que houvera apitado uma Copa do Mundo) durante uma pré-temporada organizada pela FPF. Me pareceu um sujeito sério, além de competente, pois assistira a jogos dele.
Ele é instrutor da UEFA, e atualmente é o Presidente da Comissão de Árbitros em Portugal. Está passando por um momento crítico, contestado principalmente pela imprensa. Seja como for, torço pelo seu sucesso.
A seguir, um panorama do “bombardeio” da mídia portuguesa:
Extraído de:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1075887
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1035553
Vítor Pereira recusa demitir-se
O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga às exigências de Sporting e Sporting de Braga.
Vítor Pereira diz que «obviamente» não se demite. É a resposta do presidente da Comissão de Arbitragem da Liga às exigências de Sporting e Sporting de Braga.
Em declarações à Agência Lusa, o responsável pela arbitragem sublinha que até ficou surpreendido com o que foi dito pelos dois clubes. Os dirigentes das duas equipas exigiram, na quinta-feira, que Vítor Pereira apresentasse a demissão.
Em causa, as declarações do presidente da Comissão de Arbitragem na terça-feira. Vítor Pereira disse que quem não acredita no que vê não deve ir ao futebol. Esta quinta-feira, Vítor Pereira reafirmou o que disse.
Polémica não larga arbitragem
por ADRIANO ROCHA
Sucedem-se os casos, dentro e fora dos relvados. Aumentam as más decisões dos árbitros e as declarações insensatas. O Sporting e o Braga pedem já a demissão de Vítor Pereira.
Paulo Bento decidiu aquecer a arbitragem logo na primeira jornada, por causa de um penálti mal assinalado no jogo com o Trofense, que os leões venceram por 3-1. E, desde então, têm-se sucedido os casos, alguns deles fruto de arbitragens tão más que deixam no ar a suspeição de que por detrás dos erros poderá não estar apenas a incompetência de alguns dos homens do apito.
Isso mesmo deixou transparecer Mesquita Machado, após o péssimo trabalho de Paulo Baptista no Benfica-Braga (1-0) – um dos dez jogos que elegemos (ver texto em baixo) como dos mais polémicos da presente época futebolística, Liga, Taça da Liga e Taça de Portugal incluídas.
Homem com responsabilidade na estrutura do futebol nacional, pois é o presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Mesquita Machado fez acusações graves, afirmando ter recebido a informação de que Paulo Baptista não teria sido o árbitro inicialmente nomeado para a Luz. Do lado minhoto, a indignação levou o presidente do clube a anunciar a intenção de apresentar uma queixa-crime contra o árbitro. Posteriormente, o Braga avançou com a proposta de chamar árbitros estrangeiros para dirigir os jogos com os grandes, invariavelmente no centro da polémica.
No meio desta tempestade, Hermínio Loureiro, presidente da Liga, decidiu dirigir-se, em pessoa, à Procuradoria-Geral da República, onde foi recebido por Pinto Monteiro, sem ter consultado previamente os restantes membros dirigentes da Liga.
Vítor Pereira também não tem ajudado a serenar os ânimos. Sempre que fala, dá uma no cravo e outra na ferradura. As últimas declarações do presidente da Comisão de arbitragem da Liga (ver texto na página ao lado) são inadmissíveis para alguém com a sua responsabilidade no mundo do futebol. Uma fuga para a frente? Veremos!
