É o fim da picada: estamos acolhendo, e com muito gosto, o assassino italiano Cesare Battisti.
Lembro-me de assistir, certa vez, o britânico que ficou conhecido como “o bandido do trem pagador”, que assaltou uma locomotiva cheia de dinheiro na Inglaterra e que fugiu para o Brasil pedindo asilo político. Aqui, teve uma vida endinheirada num belo recreio carioca, sem inportunações ou contestações.
O péssimo exemplo dado rendeu frutos: Battisti, militante político que matou 4 pessoas na Itália, alegou que foi condenado injustamente pela Justiça Italiana e acabou foragido no Brasil. Vivendo há um bom tempo aqui, foi descoberto e a Itália pediu sua extradição.
O próprio carcomano havia dito que confiava na justiça brasileira, pois os atuais governantes do Brasil (e citou nominalmente o presidente Lula e ministros de esquerda), assim como ele, lutaram pelo comunismo e cometeram erros na juventude.
Ora, assassinar 4 pessoas é um simples erro da juventude??
Pior: a pedido do próprio presidente Lula, NEGOU-SE A EXTRADIÇÃO!
Acredite, aceitamos um assassino de bom grado em nosso território.
Que país é este? Ou melhor, que governantes são estes!
A Itália simplesmente parou, indignada, com tal atitude diplomática, e convocou o embaixador brasileiro para dar tais explicações!
Veja esse absurdo, extraído de: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3448019-EI306,00-Apos+asilo+a+Battisti+Italia+convoca+embaixador+do+Brasil.html
Após asilo a Battisti, Itália convoca embaixador do Brasil
A Chancelaria da Itália disse que convocou o embaixador do Brasil, Adhemar Gabriel Bahadian, para protestar contra a decisão da Justiça brasileira de conceder asilo político ao ex-ativista italiano de extrema esquerda Cesare Battisti.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou no início da semana ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que aprovasse refúgio a Battisti, um dos chefes da organização de extrema-esquerda “Proletários Armados pelo Comunismo” (PAC).
Condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos no final da década de 1970, o italiano foi preso e fugiu, refugiando-se na França e na América Latina. Após a conversa entre Lula e Genro, o chefe da pasta da Justiça confirmou a decisão de conceder asilo ao italiano. A iniciativa, confirmada nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça, teve por base o argumento de “fundado temor de perseguição”.
O embaixador foi convocado pelo secretário-geral do Ministério italiano, Giampiero Massolo, por instrução do chanceler Franco Frattini. Em nota, o governo da Itália afirmou ter ressaltado, junto ao diplomata brasileiro, a “unânime indignação” de todas as forças políticas parlamentares do país ante a decisão, assim como da opinião pública e dos familiares das vítimas dos crimes atribuídos a Battisti.
Em nome das autoridades de seu país, Massolo manifestou “surpresa e amargura” e reiterou um “firme chamado às autoridades brasileiras para que, em respeito aos procedimentos internos” italianos, a decisão possa ser reconsiderada.
No texto, a Chancelaria define Battisti como um “terrorista responsável por gravíssimos crimes que nada têm a ver com o status de refugiado político“.
“A Itália faz um apelo ao presidente Lula para que reveja todas as iniciativas que podem promover, no quadro da cooperação judiciária internacional na luta contra o terrorismo, uma revisão da decisão judiciária adotada”, diz a nota.
Com a confirmação do despacho de Tarso Genro, o Supremo Tribunal Federal (STF), que analisava pedido de extradição formulado pelo governo da Itália, deve determinar a liberdade do suposto terrorista nos próximos dias.
Em novembro do ano passado, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça, havia negado pedido de refúgio ao militante de esquerda.
Com informações da AFP e da Ansa