Guia Infeliz de turismo carioca

Guia Infeliz de Turismo no Rio

Essa vem de Felipe Seligman, da página C4, Caderno Cotidiano, Folha de São Paulo, edição Campinas:

 

 

Revista diz que brasileira é Máquina de Sexo

A Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) está fula com o Guia de Turismo da Solcat Publishing (7ª. Edição) – uma internacional mídia de divulgação do setor – , que se referiu em sua publicação “Rio for Parties”, algo como “Rio para Festeiros”, de maneira ofensiva às mulheres cariocas.
Nela, as mulheres brasileiras são classificadas, para os turistas, em 4 grupos:
1- As “Britney Spears” – mulheres maravilhosas, mas não deixam ninguém cantá-las. Só insista se ela for apresentada por alguém.
2- As “Popozudas’ – mulheres cuja ida ao motel é uma possibilidade, são malhadas, usam calças apertadas enfiadas na ‘bunda’, pintam o cabelo de loiro e se esforçam para aparecer. São máquinas de fazer sexo.
3- As “Hippies” ou “Ravers” – mulheres divertidas, fáceis de se aproximar, fáceis de se divertir, fáceis de se conversar e difíceis de se beijar. Não queira algo a mais.
4- As “Balzac” – mulheres que querem apenas sair, beber, rir e beijar. Descompromissadamente.

Fico pensando se é essa imagem de turismo-sexual, ventilada há tempos no exterior, é que realçaria na mente dos estrangeiros o desejo de conhecer nosso país, em detrimento das manifestações culturais e belezas da nossa terra.
Além da embaraçosa descrição, imagino ainda o desgosto das mulheres em serem limitadas a tal elenco classificatório. Certamente, minha mãe, minha mulher e minha irmã não se classificariam nesse esdrúxulo ranking. Imagino que a maior parte das brasileiras também não.