BB9: Socorro!

Começará novamente o reality-show Big Brother. Para quem gosta, é um prato cheio. Mas confesso achar o BBB sem conteúdo, sem graça e que a chatice predomina. Entenda por chatice: pessoas falando das suas ganâncias pessoais, exibicionismo e conspirações.

Isso não é entretenimento para mim. Para quem gosta, tudo bem.

Mas que é chato, é!!!!!!!! Recuso-me a ler ou assistir qualquer coisa que defenda esse programa. Aliás, já imaginou quanto a Rede Globo gasta e quanto ela arrecada com o BBB?

O Cego que muito enxergava

Louis Braille, criador da linguagem para deficientes visuais, se vivo faria hoje 200 anos!

Compartilho sua belíssima história, escrita em forma de poesia por Roberto Vieira, e reproduzida no Blog do Paulinho (http://blogdopaulinho.wordpress.com/2009/01/05/gol-de-cego/):

 

Gol de cego
By Paulinho

Por ROBERTO VIEIRA

http://oblogdoroberto.zip.net/

Foi um gol de cego.

Há 200 anos nascia em Coupvray, na França, Louis Braille.

Braille que ficou cego aos 3 anos de idade.

Brincando na oficina do pai.

O destino dos cegos é a lanterninha na vida.

A solidão. O mundo-cão guia.

Mas a inteligência do jovem Braille encontrou refúgio no amor dos pais.

E no carinho de um jovem professor: Antoine Bécheret.

Talentoso, conseguiu uma vaga no Instituto Real para Jovens Cegos em Paris.

Braille que brincava nas onze.

Tornou-se excelente organista e violoncelista.

Deu concertos em todo o país.

Virou professor do Instituto.

Entregava de bandeja beijada aos estudantes cegos a álgebra, a gramática e a geografia.

A música.

Porém, as bolas e os livros continuavam passando a sua frente, inatingíveis.

Os livros eram imensos, insubmissos.

As bolas, imutáveis. Invisíveis.

Até que um dia, movido pelo lançamento do capitão Charles Barbier:

Fiat Lux!

Braille aperfeiçoou um antigo sistema de escrita noturna.

Um sistema criado nas trevas da guerra.

Cada célula braille permitindo 63 combinações de pontos.

As combinações transmutando-se palavras e sons.

Verbo e som cabeceados ao gol imaginário em plena escuridão.

Ganhando as redes da história.

Se é verdade que Pelé, Kocsis, Leivinha e Escurinho cabeceavam de olhos bem abertos.

Olhos postos na vítima.

Não é menos verdade que Louis Braille cabeceava de olhos fechados.

Olhos postos na vida.

Em antológicos gols de cego!

O Massacre em Gaza

 

Todos estamos assistindo, muitas vezes impotentes, o terror na Faixa de Gaza. Crianças e outros inocentes sendo mortos por culpa de terroristas. E como os mísseis não distinguem ninguém, dá-se o massacre.

Achei muito interessante e compartilho uma entrevista do único sacerdote católico em Gaza!

A seguir, extraído de: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=272014

 

É uma guerra contra os civis, detenham-na”, diz Pároco de Gaza

Da Redação com Rádio Vaticano

Em entrevista concedida à Rádio Vaticano e a Agência Misna, Padre Manuel Musallam da Paróquia Sagrada Família em Gaza, único sacerdote católico que vive na região, disse que os soldados israelenses não distinguem mais entre civis e combatentes e um grande número de pessoas inocentes estão morrendo.

Padre Manuel denuncia a crítica situação dos palestinos que vivem fechados há décadas numa prisão a céu aberto e não são ouvidos pelo resto do mundo.

O sacerdote diz que os soldados israelenses se encontram na área de seus antigos assentamentos abandonados em 2005. Os bombardeios por céu, terra e mar são contínuos, afirma ele, acrescentando que alguns tiros atingiram alvos a menos de 20 metros da igreja.

“Os israelenses não somente atiram indiscriminadamente, mas estão usando armas novas e mais insidiosas”, afirma Pe. Musallam. Ele disse ter conversado com o diretor do maior hospital de Gaza e que este lhe teria falado de corpos com feridas estranhas jamais vistas em Gaza.

Confinados entre os limites estreitos numa faixa de terra de 40Km de cumprimento e 15 de largura, um milhão e meio de pessoas esperam os desdobramentos de um ataque cuja finalidade ainda não conseguem ver com clareza.

“Apesar do restante do mundo dizer o contrário, mesmo porque impelido por uma informação de parte e desonesta”, observa ainda o Pe. Musallam, “foram os israelenses que repetidamente violaram a trégua, não o Hamas.”

“Hamas não é um movimento extremista, goza do apoio da população e esse apoio cresceu na última semana. Multiplicar os motivos de ressentimento dos palestinos, como Israel está fazendo matando mulheres, homens e crianças que jamais pegaram numa arma de fogo, só fará distanciar ainda mais a paz”, declara o pároco de Gaza.

“Aqui, não se morre apenas em consequência dos bombardeios, mas também de medo, e as crianças são as primeiras vítimas”, denuncia o Padre.

O sacerdote conta que na manhã desta segunda-feira, 5, uma menina de apenas 12 anos, da família Abu Ras, morreu de infarto em sua casa. “Não houve tempo nem mesmo de levá-la ao hospital, porque é muito distante”, explicou. “Na sexta-feira passada, uma aluna da escola da Sagrada Família, Christine Ouadiah Turk, morreu de medo, literalmente, em seguida a um bombardeio”, disse o sacerdote.

“As crianças estão enlouquecendo, em razão dos bombardeios”, explicou Pe. Musallam. “Choram e gritam continuamente, pois estão sob constante estresse”, explicou o pároco palestino, denunciando que, “em Gaza, está em andamento uma crise humanitária sem precedentes. As pessoas estão usando farelo destinado aos animais, para cozinhar”.

Pe. Musallam argumentou que embora haja milicianos de Hamas no território, a maior parte da população é de pessoas pobres e inocentes. “Eu também faço parte do povo e estou sob o governo do Hamas, o que não me transforma num terrorista”, arrematou.

O Golpe do Português

 

No futebol, como um microambiente da sociedade, vê-se de tudo. E a falta de escrúpulos também. Até ação humanitária para ajudar criança doente é praticada para explorar o próximo.

Em Portugal, neste domingo, estorou um golpe envolvendo um ex-árbitro de futebol e o clube FC Porto. Veja que golpe extremamente inteligente e nefasto, aplicado contra os dirigentes.

Me questiono: será que os dirigentes não ficaram com o “rabo-preso” durante a doação, a realizaram com segundos propósitos ou o fizeram realmente com boa intenção?

Segue o curioso caso em:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1070368

 

Ex-árbitro acusado de burlar F.C. Porto em 10 mil euros


Apelo no sítio do clube na Net para falso transplante de coração também enganou empresas

por NUNO MIGUEL MAIA

Um ex-árbitro de futebol foi acusado pelo Ministério Público do Porto por crime de burla. Como vítima no caso surge o F. C. Porto, clube que concedeu donativos para pagar um falso transplante ao coração de um filho em Barcelona.

O embuste iniciou-se com a recepção, no Estádio do Dragão, de uma carta dirigida aos vice-presidentes do F. C. Porto, Reinaldo Teles e Fernando Gomes. Na missiva, datada de Outubro de 2007, assinada por Pedro Pinheiro, 35 anos, era relatada uma situação dramática que estaria a ocorrer com um menino de 10 anos. A criança, que jogava futebol, necessitaria de um transplante de coração e o pai estaria em graves dificuldades para pagar a cirurgia no Hospital Bellvitge, em Barcelona, Espanha.

O valor indicado na carta como custo da operação era de 3890 euros e era sublinhado que as despesas de internamento e estadia ficariam por conta da família. A carta foi parar às mãos do director-geral do clube portista. E Antero Henrique sentiu-se tocado no coração. Apesar de, a meio do pedido de ajuda, o ex-árbitro ter aludido a um jogo do clube azul-e-branco em que tinha sido fiscal-de-linha – contra a Naval 1.º de Maio, em que o F. C. Porto venceu, por 2-1, com uma grande penalidade assinalada nos últimos instantes.

O homem forte do futebol portista chegou ao ponto de, após um contacto telefónico inicial, se encontrar pessoalmente com o ex-árbitro, residente no Seixal. Na conversa ficou a saber que, afinal, o coração transplantado no filho era de uma criança de 13 anos que nunca tinha praticado desporto e que, por isso, era necessário prolongar o internamento e a estadia da mãe em Barcelona por alguns meses. De outra forma, o seu filho nunca mais poderia jogar futebol e perder-se-ia uma promessa de craque. Eram necessários, no total, entre 25 mil a 50 mil euros.

Perante este cenário, os dirigentes do F. C. Porto decidiram transferir de imediato 10 mil euros para uma conta da Caixa Geral de Depósitos indicada por Pedro Pinheiro. Além disso, contactaram patrocinadores e colocaram no sítio do clube Net um pedido de ajuda. A “Fogões Meireles” aceitou dar 12 mil euros e a “Graphicsleader” dois mil (nenhuma das verbas foi transferida), enquanto anónimos concederam outros dois mil, num total de 26 mil euros.

Mas foi este anúncio que acabou por precipitar a descoberta da burla. O “Atlético Arrentela”, clube onde joga o filho, e a ex-mulher denunciaram a falsidade da situação. O que levou o F. C. Porto a participar o caso ao Ministério Público.

Só que, mesmo depois da queixa, a “novela” prosseguiu. De acordo com o processo, consultado pelo JN, durante dias a fio Pedro Pinheiro enviou mensagens para o telemóvel de Antero Henrique, pedindo a desistência da participação-crime e dizendo-se pressionado por televisões e jornais para dar entrevistas.

Mostrando desespero, o ex-árbitro exigiu que o F. C. Porto lhe pagasse pelo menos mais cinco mil euros, indicando inclusive uma conta do Banif. Alegou que precisava de dinheiro para pagar a casa e um advogado para poder disputar a guarda do filho em tribunal e de um emprego. Ao mesmo tempo, foi sugerindo que o melhor era fugir para o Canadá “durante dois ou três anos” para ser esquecido em Portugal e não provocar um escândalo.

O ex-árbitro elevou o tom da ameaça e chegou a dizer que se o F. C. Porto não satisfizesse as exigências “há muita coisa que se vai saber de jogos passados”, afirmando, até, que foi contactado por alguém do Benfica: “Recebi um telefonema daquele senhor Daki do vermelho”. As mensagens foram guardadas pelo dirigente portista, que entregou o telemóvel no Departamento de Investigação e Acção penal (DIAP) do Ministério Público do Porto. O ex-árbitro foi agora acusado por crime de burla, punível com até três anos de cadeia.