O Auxílio-Paletó

 

Continua existindo, e se manifesta de maneira vergonhosa, a “ajuda de custo” aos nobres parlamentares, conhecida como “auxílio-paletó”.
Essa verba se refere ao equivalente a 2 (dois) salários a mais para os deputados federais, a fim de custear suas roupas. Afinal, é necessária boa apresentação para o árduo trabalho.
Fico pensando: ser mandatário de um cargo público é ser empregado do povo. Assim, que tipo de empregado pode ousar trabalhar apenas 9 meses por ano (descontando os recessos e férias), e cuja semana começa na terça e termina na quinta? Pior: saber que mesmo com essa carga horária, eles recebem o 13º + 2 Salários de auxílio-paletó, ou seja 15 Salários Mensais!

 

Para se ter uma idéia desta vergonha, leia esta manchete de 2 anos atrás, e diga: não nos parece atual?

 

Sem trabalho previsto

Suplentes de deputados podem ganhar R$ 40 mil em um mês

03/01/2007

 

Neste início de ano, 21 deputados federais deixaram o cargo para assumir governos estaduais, vice-governadorias e secretarias de Estado. Mesmo sem trabalho legislativo previsto, já que o Congresso está em recesso em janeiro, serão substituídos por seus suplentes, que podem faturar cerca de R$ 40 mil em um mês -em 1º de fevereiro os deputados eleitos em outubro de 2006 assumem o cargo.

Nesta terça-feira, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara, empossou quatro desses 21 novos deputados.

Eles receberão salário (R$ 12.800), auxílio-moradia (R$ 3 mil), ajuda de custo para despesas ao assumir o cargo -equivalentes a um salário (R$ 12.800)- e a verba indenizatória de R$ 15 mil. O total de R$ 43.600, entretanto, não deverá ser atingido por nenhum parlamentar, já que o salário e auxílio-moradia são pagos proporcionalmente aos dias trabalhados.

Mesmo assim, além das verbas já mencionadas, os “deputados-tampão” terão direito a recursos extras, como as passagens aéreas para seus estados (quatro ida e volta), cota de telefone e de correios.

Terão direito a receber esse dinheiro extra: cinco novos deputados de São Paulo, três do Rio de Janeiro, três do Rio Grande do Sul, três de Pernambuco, dois do Distrito Federal, um do Pará, um de Minas Gerais, um do Rio Grande do Norte, um de Mato Grosso do Sul e um da Bahia.

Esses novos parlamentares já assumiram ou vão assumir as vagas deixadas pelos governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL); de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. Pelos vice-governadores de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira (PSB) e de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith (PFL). Os outros 15 novos deputados estão assumindo vagas deixadas por parlamentares que assumiram secretarias de governo dos seus respectivos estados.

Fonte: Agência Brasil ,

http://www.cut.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6186&Itemid=170

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