Arquivos Migrados do Blog 1: 30-29/12/2008

As Novas Regras Ortográficas em 2009

Já comentei que o polêmico acordo ortográfico (necessário para alguns, irrelevante para outros), faz com que muitos (inclusive eu) tenham a sensação de se tornarem neo-analfabetos da escrita. Apesar de tudo, o quanto antes nos acostumarmos com as novas regras, melhor.

Apesar do prazo de 3 anos para definitiva adoação das mesmas, durante este período, as formas antigas de acentuação concomitantemente valerão. Alguns órgãos (jornais e revistas) já começarão a utilizá-las em 1º de janeiro, o que é bom para treinarmos.

Abaixo, extraído de:   http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MRP936903-5604,00.html

 

a) Trema – desaparece em todas as palavras
Antes – Freqüente, lingüiça, agüentar

Depois – Frequente, linguiça, aguentar

* Fica o acento em nomes como Müller

b) Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes – Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia

Depois-  Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia

* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte)

C) Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas
Antes –
Baiúca, bocaiúva, feiúra

Depois-  Baiuca, bocaiuva, feiura

* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí

d) Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)
Antes – Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos

Depois- Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos

e) Acentuação 4 – some o acento diferencial
Antes – Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa

Depois- Para, pela, pelo, polo, pera, coa

* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo

f) Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
Antes – Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você

Depois- Averigue, apazigue, ele argui, enxague você

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas

g) Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:
Usa hífen – Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra… Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel.

Não usa hífen – Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom
Hiper, inter, super

Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional. Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico
Sub Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano. Não usa-se em casos como: subsecretário, subeditor.

Vice Sempre – vice-rei, vice-presidente

Pan, circum – Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão


As novas regras ortográficas passam a valer no dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. No Ano Novo começa o chamado “período de transição”. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.

O guia acima traz as mudanças que já estão definidas. Ainda há exceções – por exemplo, no uso do hífen – que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.

Vale lembrar que o que muda é a grafia. Ou seja, nada de pronunciar “lin-gui-ça”. A fala continua a mesma, mesmo sem os dois pontinhos em cima do “u”. 

O FIB como substituto do PIB e o IDH

Um novo índice de medição da qualidade de vida dos países está ganhando força: é o FIB – Felicidade Interna Bruta.

A idéia é ser um indicador econômico como o PIB (Produto Interno Bruto), avaliar o desenvolvimento social (como o IDH – Indicador de Desenvolvimento Humano), mas agregar índices de bem-estar social e felicidade.

Uma pergunta intrigante: dá para avaliar ou quantificar “felicidade”?

Países como o Butão já adotaram este índice como importante referencial para aquela nação. Nas empresas, o Banco Real, por exemplo, elaborou a I Conferência Nacional do FIB, aqui em São Paulo. A ONU quer padronizar os indicadores para utilizá-lo até 2015.

Alguns dos indicadores que compõe o FIB:

1- Padrão de Vida;

2- Boa Governança;

3- Vitalidade da Comunidade;

4- Educação;

5- Uso e Equilíbrio do Tempo;

6- Vitalidade e Diversidade do Ecossistema;

7- Saúde da População;

8- Bem-Estar Emocional.

 

Tal índice é interessante, mas pense bem: será que a felicidade não é algo muito próprio de cada cidadão? O que me deixa feliz pode ser algo muito simples ou bobo; para outros, pode ser algo mais complexo. Ou seja, felicidade é algo relativo e imensurável.

 

Abaixo, link com o original, extraído de: http://felicidadeinternabruta.blogspot.com/2008/11/dasho-karma-ura-explica-o-fib.html

Explicado por Karma Ura, Mestre em Pólítica, Filosofia e Economia pela Universidade de Oxford, Inglaterra, e vice-presidente do Conselho Nacional do Butão. Presidente do Centro para os Estudos do Butão fundado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) para formular as análises estatísticas do FIB.

ORIGEM do FIB

O atual rei do Butão, 5º na história do país, proclamou que a materialização da visão do FIB será uma das quatro principais responsabilidades do seu reinado. A meta última que norteará as mudanças sociais, econômicas e políticas no Butão será o FIB –Felicidade Interna Bruta. Sua Majestade o Rei disse que uma sociedade baseada no FIB significa a criação de uma sociedade iluminada, na qual a felicidade e o bem estar de todas as pessoas e de todos os seres sencientes é o propósito último da governança. Em abril de 1986, a frase, com estas exatas palavras: “Felicidade Interna Bruta é mais importante do que Produto Interno Bruto” foi cunhada por Sua Majestade o 4º Rei do Butão, que é o autor do conceito do FIB. O que ele disse, nos anos 1970 e 1980, quanto ao PIB ser canalizado na direção da felicidade, foi algo bastante inédito, senão revolucionário. Agora, 20 a 30 anos depois, as opiniões ao redor do mundo estão começando a convergir no sentido de tornar a felicidade uma meta sócio-econômica coletiva.

POR QUÊ O PIB É INADEQUADO PARA MEDIR O BEM-ESTAR?
Em primeiro lugar, vamos assinalar que o PIB é parte integrante do FIB, uma vez que o crescimento econômico de fato promove o bem-estar e a felicidade dos mais pobres. Todavia, diversas deficiências do PIB também precisam ser reconhecidas.

Falta de distinções de natureza qualitativa
Existem muitos modos de se atingir o mesmo nível de PIB, que por si só não se importa, ou registra, se a riqueza foi gerada através de prostituição ou de meditação, ou mesmo se foi obtida se maneira estressante ou prazerosa.

Propensão ao Consumo
O PIB é uma acurada métrica para se determinar tudo aquilo que é produzido e consumido através de transações monetárias. Entretanto, se algum bem for deliberadamente conservado e não consumido, então esse bem deixa de ser registrado como um valor. Como resultado disso, existe uma tremenda inclinação voltada ao consumo na adoção do PIB. Um trator que está simplesmente largado numa fazenda é contabilizado como uma riqueza, e certamente que um tigre numa floresta deve ter mais valor do que um trator, porém, sob a ótica do PIB, não é isso que ocorre. Este mede muito bem o capital produzido, mas não mede outras formas de capital e serviços, tais como aqueles providos pelo meio ambiente, humanos e sociais.

Sub-valoriza tempo livre e trabalho não remunerado
O PIB não mede o tempo livre e nem tampouco o trabalho voluntário, não remunerado, revelando um sério preconceito contra trabalho voluntário e lazer. Todavia, o trabalho não remunerado e voluntário contribui para a felicidade e o bem-estar. Cuidar de crianças e idosos, bem como o trabalho doméstico, são serviços não remunerados que se dão à margem das transações do mercado. Essas atividades não estão precificadas, e são executadas por aqueles cuja motivação está acima do ganho financeiro.

Justiça Econômica
Embora a desigualdade possa ser medida separadamente por um índice específico para esse fim, o PIB em si é cego para a injustiça econômica. Durante o nosso consumo de bens e serviços, a métrica daquilo que nos proporciona felicidade é relativa, em comparação àquilo que os outros estão consumindo. Se a comparação afeta o nosso bem-estar subjetivo, a desigualdade continuará a ter um poderoso efeito negativo na felicidade enquanto uma desigual distribuição da riqueza persistir. Sempre haverá alguém acima na escada, e um modo de se neutralizar esse efeito negativo é de se atingir um alto grau de igualdade.

Importância dos serviços pós-materiais.
Uma vez que um certo nível de riqueza foi alçanda, como por exemplo, na Europa e no Japão, o objetivo das pessoas não são bens, mas em vez disso aquilo que está se chamando de “serviços pós-materiais que transcendem os bens”. Um aumento desses serviços está mais provavelmente influenciado pelo imaterial, que vem de fatores como família, amigos, segurança, redes sociais, liberdade, criatividade, significado para a vida e assim por diante. Esses benefícios das sociedades pós-industriais não necessariamente aumentam com a renda.

O QUE É FELICIDADE?

Bem público, porém subjetivamente sentido
A felicidade é, e deve ser, um bem público, já que todos os seres humanos almejam-na. Ela não pode ser deixada exclusivamente a cargo de dispositivos e esforços privados. Se o planejamento governamental, e portanto as condições macro-econômicas da nação, forem adversos à felicidade, esse planejamento fracassará enquanto uma meta coletiva. Os governos precisam criar condições conducentes à felicidade, na qual os esforços individuais possam ser bem sucedidos.

A política pública é necessária para educar os cidadãos sobre a felicidade coletiva. As pessoas podem fazer escolhas erradas, que por sua vez podem desviá-las da felicidade. Planejamentos de política pública corretos podem lidar com tais problemas, e reduzi-los, impedindo assim que ocorram em larga escala.

Felicidade baseada em estímulos externos
Nossa compreensão de como a mente obtém felicidade afeta a nossa experiência com a mesma, ao influir nos meios que escolhemos para a sua busca. Em alguns ramos das ciências comportamentais, a mente é concebida como um aparato de entrada-saída, que responde apenas aos estímulos externos. Uma conseqüência deste modelo é que as sensações prazerosas e de felicidade são vistas como dependentes somente em estímulos externos. Felicidade é percebida como uma conseqüência direta dos prazeres sensoriais. Com tal excessiva ênfase nos estímulos externos como a fonte de felicidade, não é de se surpreender que os indivíduos sejam levados a acreditar que, ao serem materialistas, serão mais felizes.

29.12.08

Globalização do Esporte em Tempos de Guerra

Mesmo em épocas festivas, a intolerância e o terror ainda assustam. Nestes últimos dias, o Hamas praticou um ataque na Faixa de Gaza contra Israel, matando inocentes judeus. Em retaliação, os judeus contra-atacaram via aérea, matando outros inocentes árabes.

Por que os líderes dessas guerrilhas não dão a própria cara para bater? São os soldados rasos e a população que sofrem tais males. E nesta, países mulçumanos culpam o Estado de Israel pela violência, enquanto que os americanos culpam o Grupo Terrorista Hamas. E como todos têm culpa, acaba por ninguém ser culpado.

Mas como cada vez mais o mundo é globalizado, uma foto tirada pela Associated Express, reproduzida pelo GloboEsporte.com, sem qualquer intuíto esportivo, acabou trazendo uma curiosidade: abrigando-se de ataques e lançando pedras, um palestino guerreando na Faixa de Gaza apareceu com a camisa do São Paulo Futebol Clube. E aí vale a pergunta:

 

– o São Paulo já alcançou todo esse prestígio internacional?

– Aquela foto é de um aficcionado colecionador de camisas que coincidentemente a vestia naquele dia?

– Nada disso. O palestino é refugiado e usava uma roupa doada por entidades brasileiras?

– Qualquer outra hipótese?

 

A seguir, a foto e a matéria, extraída de: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Sao_Paulo/0,,MUL937503-9875,00-PALESTINO+COM+A+CAMISA+DO+SAO+PAULO+ESCAPA+DE+PRISAO+NA+FAIXA+DE+GAZA.html

 

 

 

Palestino com a camisa do São Paulo escapa de prisão na Faixa de Gaza
Forças israelenses atacam base do Hamas usada como presídio
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Leia mais sobre o ataque no G1

 

 

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