Obama e a ex-futura prostituta de Brasília

Amigos, compartilho um excepcional texto de Gilberto Dimenstein, deste último sábado dia 15, sobre alimentar um sonho, e que isso pôde tornar um negro presidente e uma potencial prostituta em dentista formada pela USP. Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u468075.shtml

Obama e a ex-futura prostituta de Brasília

Barack Obama está sendo pressionado a matricular suas duas filhas numa escola pública de Washington –talvez seja mais fácil um negro se eleger presidente do que ele aceitar essa pressão. Afinal, as escolas públicas daquela cidade são conhecidas pelo péssimo desempenho, violência, drogas, especialmente entre os negros.
O que me intriga nesse debate é o fato de que a capital da nação mais poderosa do mundo tem dificuldade de lidar com a violência de seus alunos –e daí se vê a dificuldade que temos e vamos continuar tendo no Brasil, onde não dispomos, nem remotamente, de tantos recursos.
Por isso, recomendo a leitura de um livro chamado “A Pedagogia do Cuidado”, do educador Celso Antunes, que está sendo lançado nesta semana, sobre a experiência da Casa do Zezinho, que fica no chamado “triângulo da morte” de São Paulo. São relatos de casos de educação contra a barbárie, fazendo com os que jovens se expressem e se encantem pelo conhecimento.
Um exemplo é a de uma menina que se prostituía na favela. Num truque pedagógico, Dagmar Garroux ofereceu-lhe então um treino para ser prostituta com muito dinheiro, preparada para trabalhar em Brasília. Isso implicou estudar mais e cuidar do corpo para valorizar a “mercadoria”. A menina fez ensino médio, entrou num curso pré-vestibular passou na USP e se formou em odontologia.
O caso, que está detalhado no http://www.catracalivre.com.br, mostra que mais de que não basta dinheiro pra enfrentar a violência. É preciso oferecer espaço de sonho –por isso, a ex-futura-prostituta de Brasília virou dentista. E também um negro órfão, criado por uma avó, se tornou presidente.

Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.

A Mala Branca como Sinônimo de Incompetência

André Rigue, colunista do blog “Bate-Pronto” do Estadão, escreveu um artigo interessante sobre a Mala Branca no futebol, que, segundo ele, é o custo da incompetência dos clubes.

Nos comentários de sua seção, muita opinião diferente. O debate se resume a: “é imoral ou ilegal pagar dinheiro para outro time ganhar”? Há vários pontos-de-vista…

Veja o belo artigo em:

http://blog.estadao.com.br/blog/batepronto/?title=mala_branca_o_preco_da_incompetencia&more=1&c=1&tb=1&pb=1