Sei que a atividade de árbitro de futebol é difícil. Não adianta “estar” árbitro, mas importa “ser árbitro”. Muitas vezes somos obrigados a duelar covardemente contra os acidentes e incidentes da atividade. Mas, às vezes, o adversário é um inimigo íntimo. Nada de jogadores ou imprensa, mas sim os observadores de arbitragem. Quem pensa que não somos analisados se engana! Tenho tido infortúnios com algumas análises, as quais tenho contestado (com razão) e debatido com entendidos da área.
Ser um observador de árbitros é muito dífícil, concordo. Mas a qualidade e preparo dos mesmos está na mesma natureza da dos árbitros: imensurável, ou seja, de subjetiva quantificação. Entretanto, assim como os clubes reclamam sobre a incontestabilidade da veracidade da súmula do árbitro, o mesmo ocorre do árbitro para o observador. Em um jogo que não importa onde nem quem jogou ou quem avaliou, teve (atenção, é um modo de expressão) rabo-de-arraia, dedo-no-olho, luta livre e policial agindo após a partida. E nada relatado. Cáspita, mas que observador foi esse?
Há dias, prometi que, independente do relato, positivo ou negativo, divulgaria uma análise de jogo meu.
TRANSPARÊNCIA, essa é a motivação.
HONESTIDADE, essa é a virtude.
MELHORIA CONTÍNUA, esse é o desejo.
Pois bem, abaixo, um link com meu jogo, os elogios e críticas. Leia o que ele escreveu, e, abaixo, a minha autocrítica:
CLIQUE AQUI:
http://200.162.6.201/Arbitragens/sistema/blocos/escala/pg_Observadores.php?ID=1925-199obsA.jpg
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Após ter lido a avaliação do observador no link acima, continue a leitura abaixo:
Apesar de ser elogiado em muitos aspectos (e a nota final foi boa), concordo que um belo trabalho, para nós, árbitros, de nada vale se acontecer algum lance polêmico no final do jogo e você errar. Entretanto, fui criticado por marcar dois pênaltis ao final da partida. Marquei sim, convictamente, e marcaria novamente. O primeiro estava próximo ao lance, e o zagueiro deu um “totózinho” certeiro no pé do jogador que bateria para o gol. Não haveria nem chance de simulação, e a bola continuou parada no lance, pois o “becão” nem a tocou. Pênalti claro e, permita-me, infantil. De fácil marcação. No segundo pênalti, após um drible, o outro zagueiro ficou para trás e se recuperando, foi fintado novamente e fez o pênalti, sendo vaiado pela torcida por praticar uma infração depois de dois dribles que levou. As vaias não foram a mim, mas para ele. A propósito, fui cumprimentado, após o jogo, pelos dois times, inclusive pelos jogadores que cometeram os pênaltis!
Mas faço coro aos meus assistentes que devem ter ficado tristes ao ver que, após inúmeros impedimentos marcados e 4 (QUATRO) gols anulados do time da casa, não houve nenhuma citação, mas a simplória anotação de que “ambos não tiveram trabalho”.
Paciência, bola pra frente, e vamos continuar trabalhando com a mesma disposição, ânimo e alegria. Adoro o que faço!
Obs> que tal a sugestão de se dar ao árbitro a possibilidade de enviar um relatório de justificativa da análise feita? Seria mais um instrumental democrático e elucidador.
