Um tema bastante conturbado, que traz divergências entre Fé e Ciência, é a produção de células-tronco embrionárias, que dividem religiosos e cientistas. Os primeiros defendem que tal prática sacrifica uma vida, já que um embrião é, afinal de contas, um ser humano em desenvolvimento. Os segundos, dentro dos seus conceitos, não aceitam que ali exista o dom da vida ainda.
Discussões à parte sobre em que momento se possa conceber a vida, há uma luz no final do túnel: cientistas belgas conseguiram produzir, enfim, células-tronco embrionárias sem matar o embrião! Ou seja, células para a produção de órgãos e salvar vidas, sem sacrificar outras. E de maneira cientificamente correta e religiosamente aceita.
Abaixo, o material de suma importância:
(Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u444492.shtml )
Hospital belga diz ter extraído células-tronco sem danificar embriões
da Efe, em Bruxelas
Cientistas do Hospital Universitário Ziekenhuis de Bruxelas dizem ter conseguido extrair células-tronco embrionárias sem destruir o embrião.
As células-tronco são extraídas normalmente a partir de um embrião no quinto dia de seu desenvolvimento antes da implantação, o que implica necessariamente sua destruição.
No entanto, os cientistas belgas divulgam ter conseguido extrair as células-tronco de uma célula do embrião –que tem quatro– no segundo dia de desenvolvimento.
Desta forma, o embrião não é destruído e as três células restantes podem seguir seu desenvolvimento e se implantarem, como embrião, no útero.
“Este progresso pode ter conseqüências positivas para países onde, por razões éticas, extrair células-tronco esteja proibido”, destacou o hospital no comunicado.
As células-tronco são um tipo especial de células indiferenciadas que têm a capacidade de se dividir indefinidamente sem perder suas propriedades e chega a produzir células especializadas.
Podem ser obtidas em diferentes fases do desenvolvimento humano, seja do embrião, do feto, do recém-nascido ou do adulto.
No entanto, as células-tronco embrionárias são as mais adequadas para o tratamento de doenças, já que possuem uma capacidade indefinida de multiplicação e podem se transformar em qualquer tipo de tecido.
Isto abriria o caminho para a cura de uma grande variedade de doenças vinculadas à regeneração celular, como a diabetes, ou degenerativas, como o mal de Alzheimer.
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