Proprietários de postos de combustíveis estão “tiririca da vida” com a ANP. Devido a ótima campanha da Lei Seca no Brasil, os postos terão que adaptar-se à nova nomenclatura do álcool combustível. O motivo é que o lema da campanha contra bebida alcoólica é “Álcool e direção não combinam”, e assim, segundo a União dos Produtores de Cana-de-Açúcar do Brasil, a imagem do nosso produto álcool combustível acaba sendo misturada com o do álcool das bebidas e denigre a imagem no mercado externo (?). Assim, os donos de postos terão que arcar com as despesas, por imposição da ANP, modificando o nome para Etanol. Nas bombas, nas fachadas, nas NFs. E nem a União dos Produtores de Cana-de-Açúcar ou ANP ajudarão para que os custos não sejam repassados. Que país é esse, e que desculpa esfarrapada é essa?
Abaixo, material da Folha de São Paulo de 14/08, página B5, por Cirillo Júnior:
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) decidiu que o álcool combustível terá sua nomenclatura alterada. Nas próximas semanas, a autarquia determinará que postos e demais revendedores utilizem nas bombas o termo etanol.
O pleito é da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que alega que o novo bordão da campanha da Lei Seca “álcool e direção não combinam”, confunde a cabeça do consumidor e pode prejudicar as vendas do combustível,
“Nós evoluímos para isso mesmo. Se estamos tentando padronizar a especificação do álcool no mundo inteiro, é natural que se faça a mudança. Em 15 dias estará resolvido”, afirmou o superintendente de abastecimento da ANP, Édson Silva.
O balanço de combustíveis da agência mostra que as exportações de álcool cresceram 27,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período em 2007. Silva ressaltou que esse fato não prejudicou o abastecimento do mercado interno, e tampouco o preço do produto, que caiu 12,1% no período, nos postos de combustíveis.
“Seria um tiro no pé dos produtores vender para o exterior um produto que está em falta aqui. Quem iria querer comprar?”, disse Silva, ao destacar que o não há risco de faltar álcool no mercado interno.
OBSERVAÇÃO: SERÁ QUE AO LER “ÁLCOOL E DIREÇÃO NÃO COMBINAM”, OS MOTORISTAS (COMO A ANP JUSTIFICA) TERÃO DÚVIDA E ABASTECERÃO GASOLINA AO INVÉS DE ÁLCOOL? SE ISSO ACONTECER, TEM QUE CASSAR A HABILITAÇÃO DO MOTORISTA…
