O melhor dos R’s

Independente se calçamos chuterias ou sopramos um apito, todos nós gostamos de futebol-arte. Até mesmo àqueles que defendem o futebol pragmático, de resultado (jogar feio e ganhar) ou ainda os que praticam o anti-jogo com constância (e dão trabalho aos árbitros), é inegável que dá prazer assistir jogos com verdadeiras exibições. É só lembrar das Seleções Canarinhos de 70 e 82, a Holanda de 74, o São Paulo da era Telê, o Palmeiras do início da era Parmalat, o Flamengo de Zico, entre outros esquadrões. O futebol-arte é a essência do brasileiro, faça o que ele fizer no mundo futebolístico, seja ele árbitro, torcedor, jogador, jornalista…

Poucos são os boleiros que conseguem encantar com jogadas de efeito. Um desses expoentes, num passado recente, foi o Ronaldinho Gaúcho no Barcelona de 2004/2005, época que foi eleito por duas vezes seguidas o Melhor do Mundo pela FIFA. Craque, sem dúvida. Aliás, penso que é difícil apitar jogos de craques, mas é justamente nisso que reside a graça do jogo. Uma definição batida mas verdadeira de craque é aquela de que ele “antevê a jogada“. Para o adversário, às vezes, só se pára o craque com pancada ou intimidação. E novamente entra a história da importância do árbitro, que deve coibir isso. Aliás, o árbitro também deve ser craque para apitar jogos de fora-de-séries. Assim como o bom jogador engana seu adversário, pode também o fazê-lo com o árbitro. Olhar para um lado e tocar para o outro, fintar, simular, acabam fazendo com que o apitador mais desatento perca um lance, se posicione mal, ou, claramente, “seja driblado” pelo jogador. Nesse momento, entra a atenção extrema, a boa malícia, a experiência, enfim, a rodagem do árbitro, a fim de que tudo transcorra bem. Portanto, nós, árbitros, precisamos também ser craques, ou pelo menos ter lampejos de tal!

Voltando ao craque, ontem muito se falou da transferência do Ronaldinho Gaúcho ao Milan. Ele, que estava fora dos planos do novo treineiro Pepe Guardiola, acertou sua transferência. E, elegantemente, o Barcelona, através de seu sítio, o homenageou com vários links, desde sua história à imagens de lances brilhantes.

Mas o que chamou a atenção, foi o fato da equipe catalã divulgar que o Ronaldinho Gaúcho foi o melhor de todos os “R” que passaram por sua equipe.

E aí fiquei a pensar. Ali passaram Rivaldo, Ronaldo Fenômeno, Romário. Ronaldinho Gaúcho foi melhor que eles?

Tô em cima do muro. Para a equipe do Barcelona, talvez Ronaldinho Gaúcho foi mais midiático, Rivaldo mais vitorioso, Ronaldo mais jogador e Romário mais apagado. Ou falei bobagem? Não sei. Só sei que se pudesse, dividiria o título com os 4 R’s. E já que falamos de craques, é unânime que sem dúvida os 4 se encaixam no quesito.

 

Assim, peço aos amigos que aproveitem e deixe no comentário do post (abaixo da matéria) qual sua opinião sobre:

 

 – quem é o melhor dos R?

 

– o que é mais difícil de se fazer quando apitamos uma partida com craques?

 

Abaixo, o texto em inglês do site do Barcelona:

 

 http://www.fcbarcelona.com/web/english/noticies/futbol/temporada08-09/07/n080716104939.html

 

The Brazilian magician, por Marc Guillén

Ronaldinho has been the best example of Brazilian magic ever seen at FC Barcelona. With his eternal smile, creative ability and his idol status among the fans allied with his skill will ensure that his five years at the club will never be forgotten.

Anyone that saw him play at his best for the Blaugrana cannot help but mirror the player’s smile when recalling the memory. Leaving aside any down sides, Ronaldinho has been a complete, magical, spell-binding, high-scoring, fantastical player for the club.

The recent history of Barça has seen various Brazilian players appear, with the many of their names beginning with the letter R, but it is Ronaldinho that had the best characteristics from them all. Starting with a little magic of Romario, he had the power of Ronaldo, the effectiveness of Rivaldo and, on top of that, he was a player that brought out the best in his team-mates.

Technique and elasticity

Ronaldinho’s technique was one of his most precious assets. The superstar was able to use any part of his body to play the game, with the best example being his trick of knocking the ball on with his back.

But the main thing that will be remembered about him at Barça will be his elasticity. If Michael Laudrup had his step over and Romario had his in-step turn, Ronaldinho delighted everybody with his hip swivel that left opponents in his wake.

Power and speed

During his time at FC Barcelona, Ronaldinho became one of the most complete players the club has ever had as he combined his vision with individual technique and power that made him rise above other players.

The power in his shots from distance and his speed and power when running made him unstoppable. Even the strongest defenders could not stop him when he was in full flow and could only watch him pass or foul him.

In the 2005-05 campaign, Chelsea’s John Terry tried to stop him by kicking him down, but it was the Brazilian that won the day with a marvellous goal that helped Barça towards the Champions League final.

Enjoying the game

One key to Ronaldinho’s connection with the Barça fans was his ability to smile at all times and appear to be thoroughly enjoying life. In a world of globalisation where players are less and less individual, the Brazilian ensured that everyone knew exactly how he was feeling and when he was happy with the game then so was everybody else.

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