Cotas Públicas

Já debatemos bastante sobre o tema “cotas universitárias”, com o já desgastado assunto: para negros ou para pobres?

Segundo a Agência G1, foi para a Câmara um projeto de cotas para alunos do ensino médio público serem encaminhados para o ensino superior federal. Talvez seja um  novo caminho, mas com a ressalva que se priorize POBRE, independente de raça (já que o nosso princípio é de existir apenas uma raça: a humana). Abaixo: (extraído de: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL632635-5604,00-UNIVERSIDADES+PODEM+RESERVAR+DE+VAGAS+PARA+ALUNOS+DO+ENSINO+PUBLICO.html)

Alunos de escolas públicas, com preferência para os que se declararem índios e negros, podem ter a metade das vagas em universidades federais e escolas técnicas, de acordo com projeto de lei que será votado na Câmara dos Deputados.

O projeto pretende abrir espaço no ensino superior para alunos que freqüentaram escolas do governo. Na maioria das vezes, por causa da má qualidade do ensino público, eles fracassam no vestibular, e as vagas são preenchidas por estudantes da rede particular.
50%
Segundo o projeto, 50% das vagas em universidades federais e instituições públicas de educação profissional e tecnológica serão reservadas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.

Além disso, dentro da cota, devem ser incluídas vagas específicas para
negros, pardos e índios de forma proporcional à população do estado onde fica a instituição, além de pessoas com deficiência, independentemente de virem do ensino público.

Autora da proposta, a senadora Ideli Salvati (PT-SC), defendeu o projeto. “Nós temos um entendimento que a população brasileira tem uma diversidade étnica, de classe, de renda, que precisa atender a que a escola possa ser uma política de mobilidade social, uma política que faça com que as pessoas tenham capacidade de superar as suas dificuldades econômicas e de discriminação”, diz.

“Defendo reservas de vagas para alunos oriundos das escolas públicas, sem esse viés discriminatório, de que uns são inferiores aos outros e dependem da concessão do Estado para alcançar os seus objetivos”, afirma o senador Álvaro Dias.

O projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Educação no Senado, e deve seguir agora para a Câmara – a não ser que pelo menos nove senadores apresentem um recurso para que ele seja votado no plenário do Senado.

A adoção de cotas na educação é uma medida polêmica, e, por isso, é possível que o projeto acabe sendo modificado pelos deputados.
Trocar critério
Na câmara, um dos parlamentares que pretendem alterar o projeto é o ex-ministro da educação Paulo Renato Souza (PSDB-SP). Ele quer trocar o critério racial pelo de renda, privilegiando alunos de famílias que ganham até três salários mínimos.

“Dentro desse 50%, metade para alunos que vem de famílias com salário até três salários mínimos, para os mais pobres. Nós estaríamos privilegiando os negros pobres, os pardos pobres, os brancos pobres e estaríamos protegendo inclusive dentro da cota”, afirma.

Entre os educadores, não há consenso sobre os termos do projeto aprovado. “Você tem uma vantagem que é a possibilidade de ingresso de pessoas que tinham até então baixa expectativa de possibilidade de ingresso no ensino superior”, diz Erasto Fortes, especialista em educação da UnB.

Assédio Moral na Ambev

 

Já tivemos, por diversas oportunidades, debates em sala de aula sobre o Assédio Moral. Questionamentos como: “até onde pressão é assédio moral? Cumprir metas elevadas se torna assédio? Broncas ou desrespeito no ambiente organizacional se enquadram na questão?” se tornaram comuns nessas aulas.
Pois bem, o sítio de notícias de Economia e Administração “Invertia” (link abaixo) traz matéria sobre o Assédio Moral da Inbev, através de sua divisão brasileira Ambev, ilustrando muito bem os exageros das organizações na cobrança de resultados e exemplificando com propriedade o Assédio Moral.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) anunciou nesta sexta-feira, por meio de comunicado, que vai investigar a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) por assédio moral aos funcionários. Segundo as ações movidas contra a cervejaria, os trabalhadores que não atingissem suas metas eram obrigados a, entre outras coisas, assistir a reuniões em pé e a dançar “na boquinha da garrafa”.
De acordo com a Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), a empresa faltou à audiência de conciliação marcada para ontem. A reunião fixaria acordo nacional relativo às repetidas condenações por assédio moral contra trabalhadores da empresa.
Segundo a assessoria da PGT, foi comprovado em ações dos próprios empregados que eles eram submetidos a uma pressão muito grande dos gerentes em relação às metas. Se o trabalhador tirasse licença por acidente, por exemplo, era perseguido quando voltava.
Quatro procuradorias regionais do trabalho (PRT) estavam com procedimentos de investigação suspensos em razão do acordo que se buscava com a empresa. Com a ausência de representantes da Ambev na reunião, o MPT definiu estar finalizada a solução do conflito sem procedimentos judiciais. No Pará, a PRT já determinou a instauração de inquérito civil para que as apurações de ilegalidades sejam retomadas.
A empresa terá 15 quinze dias para prestar ao MPT local informações sobre empregados da Ambev no Pará. Entre os dados requisitados estão o número de filiais e empregados no Estado, relação de empregados que tiveram contrato de trabalho extinto nos últimos sete anos e de ações movidas por ex-empregados por assédio moral e acidente de trabalho, além de responsáveis por cobranças relativas a metas de desempenho de cada uma das unidades paraenses da empresa. Procurada, a AmBev afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Extraído de:

 http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200807041447_RED_77182321