Há tempos que venho dizendo aos meus alunos que, infelizmente e indesejavelmente, uma guerra é positiva para certas economias. Principalmente aos EUA, que devido a forte presença da Indústria Bélica e aos altos custos de pesquisa em tecnologia, precisam desovar o arsenal produzido. Gira-se a economia, afasta-se a recessão e se tira a atenção de outras causas.
A novidade é que o apelo bélico se tornou comum aos dois partidos (democratas e republicanos) nessas eleições presidenciais. George W Bush reelegeu-se com a bandeira da continuidade da “guerra contra o terror”. Agora, a pseudo-pacifista Hillary Clinton, candidata pré-democrata, disse objetivamente que se o “Irã invadir ou atacar Israel por qualquer motivo, o presidente iraniano saberá que seu país poderá ser aniquilado impetuosamente”. Um discurso que não combina nem com o estilo da candidata, nem com as convicções partidárias (e muito menos com o do outro pré-democrata Barak Osama, que insiste em discurso ao invés de guerra). Entretanto, após o discurso, durante as prévias do estado da Pensilvânia, Hillary disparou nas pesquisas pelo seu discurso pró-guerra. Agora, os republicanos anunciaram que poderão atacar a Síria e a Coréia do Norte (que juntamente com o Irã foram chamadas de nações do “eixo do mal” por Bush Filho), pois aviões espiões israelenses conseguiram provas contundentes de uma usina nuclear em construção conjunta pelos dois países, a fim de produção de armas atômicas. Segundo o Gallup, a população americana apoiou este discurso também. De duas, uma: ou os americanos são extremamente influenciáveis, ou simplesmente têm um espírito de salvaguardar o mundo inquestionável.
