Roberto Cabrini, Drogas e Apologia

 

Lamentavelmente, foi a tona o fato do jornalista Roberto Cabrini estar envolvido com drogas. Até agora, são 3 versões oficiosas:
– Ele traficava para um bandido, a fim de conseguir uma matéria jornalística, o que parece improvável;
– O entorpecente foi “plantado” por algum inimigo dele, o que parece fantasioso demais para um jornalista com a experiência dele.
– O uso particular de cocaína, pois seria viciado em drogas, o que parece provável, mesmo sendo inaceitável.
Roberto Cabrini é um dos maiores jornalistas da atualidade, tendo se transferido a peso de ouro para a TV Record nos últimos dias. E mais uma vez temos que ver a ruína moral de uma personalidade pública devido ao mal maior dos nossos tempos: o vício.
Lembro-me de outras pessoas de reconhecimento público que só tiveram complicações (e trouxeram desgostos para seus amigos e decepção aos seus admiradores) devido as drogas: os atores Marcelo Antony, Vera Fisher e Fábio Assunção (nos mesmos moldes da prisão de Cabrini); no esporte, os atletas Casagrande e Diego A. Maradona, entre outros inúmeros casos de anônimos. E ainda temos que conviver com pessoas que fazem apologia ao uso de narcóticos, como a também competentíssima jornalista Soninha e sua infeliz posição em favor da liberação da Maconha. Aliás, muitos têm feito menção à liberação, como se isso fosse algo controlável. Vide os recentes discursos do pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado federal Fernando Gabeira.
Já falei sobre este assunto neste espaço outras vezes, mas é que os inconseqüentes usuários e demais viciados acabam influenciando tanto as inocentes vítimas (sim, inocentes, pois são ignorantes dos males causados pelas drogas), que insistir no tema é importante. E o motivo dessa revolta foi ouvir um depoimento colhido pela meritória Campanha da Jovem Pan – Pela Vida contra as Drogas, encabeçada pela jornalista Izilda Alves (que já nos deu oportunidade de levar a campanha para a UniSant’Anna – Salto em 2005), de uma mãe de classe média que “perdeu” para os traficantes sua filha de 10 anos.
O depoimento é impressionante, e trata de maneira bem clara esse problema, desde o momento que a mãe descobriu o uso de drogas por parte da filha até a internação. Está em vídeo, e é muito didático. Repasse-o, se puderem, pois nós devemos fazer nossa parte.

Abaixo o link:
http://jovempan.uol.com.br/jp/media/online/index.php?view=10201

Ainda, se desejar, um esclarecedor vídeo da mesma campanha intitulado: “Desfazendo Mitos: Maconha é uma Droga Perigosa”
http://jovempan.uol.com.br/jp/media/online/index.php?view=9830

 

Abaixo, matéria do Terra, sobre o desenrolar do caso:

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2757567-EI5030,00.html

O advogado de Roberto Cabrini, Renato Martins, afirmou hoje que o jornalista foi obrigado a ser filmado consumindo cocaína não apenas para manter sua integridade física e conservar boas relações com integrantes do mundo do crime, mas também para defender sua carreira profissional. “Meu cliente precisava de uma prova da veracidade de sua entrevista com o líder do PCC, era também sua reputação jornalística o que estava em jogo”, disse. 

Cabrini, repórter da Rede Record, foi detido com cocaína por volta das 18h da última terça-feira na saída de uma favela na zona sul de São Paulo após uma abordagem policial. O flagrante foi relaxado pela Justiça e Cabrini foi libertado na noite da última quinta.

A prisão por tráfico de drogas, segundo a polícia, foi baseada na quantidade da droga, mais de 10 gramas, e no fato de estar dividida em papelotes. Presa com ele, Nadir Dias, conhecida como Nádia, tinha na bolsa um pendrive que mostra o jornalista fazendo uso de cocaína.

Segundo o advogado, o vídeo foi obtido por Nádia com uma arma de fogo. Além da coação, o motivo para Cabrini ter aceitado consumir a cocaína foi mostrar boa vontade com Nádia. O motivo para manter a relação seria conseguir uma prova material de uma entrevista feita com Marcos Camacho, o Marcola. O advogado do jornalista nega que ele seja usuário.

Cabrini alega que Nádia foi sua intermediária na relação com o líder do PCC. Na época, o jornalista realizou uma entrevista com o criminoso. A mulher confirma que o começo de sua relação com Cabrini foi como fonte, mas que, pouco depois disso, teriam se tornado amantes. De acordo com o jornalista, ele teria encontrado com ela na tarde em que foi preso porque ela teria prometido entregar uma fita que comprovasse a veracidade de sua entrevista com o líder do PCC.

O advogado afirma que todas as circunstâncias da prisão e “tudo o que Nádia (mulher presa com Cabrini) fez”, principalmente as imagens, comprovam a má fé da antiga informante do jornalista. “A simples existência do vídeo com meu cliente mostra que a intenção desta mulher era extorqui-lo”, disse Martins.

Minutos antes de serem presos, ela teria dito que iria buscar um DVD com o depoimento de Marcola e, logo que ela voltou, chegaram os carros da Polícia Civil para o flagrante.

Nádia diz que sua intenção ao produzir o vídeo, há seis meses, era trocá-lo por uma carta que o jornalista teria e que a vinculava ao PCC.

A Polícia Civil pretende seguir investigando a ligação entre Roberto Cabrini e a mulher presa com ele. Segundo o delegado titular do 100° Distrito Policial (Jardim Herculano), Ulisses Pascolati, há fortes indícios de que os dois mantivessem uma relação que “ultrapassa a de jornalista com sua fonte”.

Pascolati disse que pretende pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos dois nos próximos dias. Nádia disse que não tem nada a esconder. O advogado Renato Martins disse que não comenta a medida

 

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