O Drama do Casão

Abaixo, o drama do ex-jogador e atual comentarista da Globo, Casagrande. Há uns 4 anos, tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente na USP, e, com todas as letras, havia afirmado que “tudo poderia ter dado errado na vida dele, se não fosse o futebol para tirá-lo das drogas”. Pacrece que acabou o futebol, acabou sua força… Boa sorte na recuperação, Casão.

Casagrande está internado para se livrar das drogas, informa revista

A edição de abril da revista Placar revela que o ex-jogador e comentarista da Rede Globo foi internado em uma clínica para dependentes de drogas na Grande São Paulo, pouco depois ter sofrido um acidente automobilístico

SÃO PAULO – Onde está Casagrande, o ex-jogador de Corinthians, São Paulo e Flamengo, mais recentemente comentarista de futebol da Rede Globo de televisão? A resposta: internado em uma clínica para dependentes de drogas, na Grande São Paulo, segundo informa a próxima edição da revista Placar, que começa a chegar às bancas do País nesta sexta-feira.

No dia 22 de setembro do ano passado, Walter Casagrande Jr., 44 anos e três filhos, capotou sua Cherokee em uma rua do bairro da Lapa, em São Paulo, e foi internado na UTI do Hospital Albert Einsten. Depois disso, desapareceu da mídia. A reportagem da Placar, assinada pelo jornalista Tarso Araújo, ouviu 16 pessoas ligadas ao ex-atleta para descobrir o paradeiro de Casagrande, que hoje depende de liberação dos médicos para deixar a clínica em que está internado — não pode fazê-lo por vontade própria.

As fontes ouvidas pela Placar confirmaram que o jogador consumia cocaína e até heroína. E que sua dependência havia piorado nos últimos tempos. “Internado há pouco mais de seis meses, o comentarista ainda não recebe os poucos amigos. Nessa etapa, só a família pode ir até a clínica, mas o contato, no início, é por meio de um vidro”, informa a reportagem de sete páginas da revista.
Entre as fontes ouvidas pela Placar está o clínico geral e infectologista Artur Timerman, médico pessoal de Casagrande há mais de dez anos, que falou sobre a previsão de alta do comentarista. “Eu não consigo fazer previsões, mas deve demorar, infelizmente”, afirmou. A Globo não se manifesta sobre um de seus principais comentaristas, limitando-se a dizer que Casagrande está em “licença médica”.
Além do recente drama de Casagrande, a revista também apurou detalhes sobre o histórico dos problemas profissionais e pessoais que as drogas e bebidas causaram ao ex-jogador. Entre eles, uma internação em 2006 e o fim do casamento de 21 anos com a ex-mulher Mônica, mãe de seus três filhos.
Walter Casagrande Jr., que tem contrato de comentarista com a Rede Globo até 2010, jogou por Corinthians, Caldense, São Paulo, Porto (POR), Ascoli (ITA), Torino (ITA), Flamengo, Corinthians, Paulista e São Francisco.

LEIA MAIS
A reportagem completa da Placar estará disponível apenas na revista. Para ler outros trechos da matéria e a íntegra da entrevista com o médico pessoal do jogador, ver galerias de fotos de Casagrande dentro e fora de campo e conhecer a opinião dos editores da revista sobre o caso, acesse o site da Placar

Extraído de  “último segundo – esportes”

O Logo Chinês

 

Alguns o admiram, outros o odeiam. Mas Juca Kfouri reproduziu as charges de Vicent Chow com a verdadeira precisão do espírito olímpico chinês. Já comentei nesse espaço a hipocrisia das autoridades que passivamente comercializam com a China, às vezes endeusando-a, mesmo com a ditadura e o desrespeito social vivido.

Eu defenderia um boicote esportivo, mas seria um louco com poucos adeptos. Embora, em razão da repressão dos monges tibetanos, alguns países até ventilam boicotar os jogos olímpicos.

Abaixo, a charge (de humor negro) espirituosa:

A origem do logo das Olimpíadas de Pequim

Por VINCENT CHOW , Escrito por Juca Kfouri às 13h01, no blog:

http://blogdojuca.blog.uol.com.br/

Para quem desejar mais matérias sobre as ações desrespeitosas da China, dois links muitos interessantes:

A liberdade religiosa na China:

http://rafaelporcari.blog.terra.com.br/a_liberdade_religiosa_da_china#comments

 O desrespeito chinês da Mattel:

http://rafaelporcari.blog.terra.com.br/o_caso_mattel_e_o_desrespeito_chines

Os Heróis do Brasil

Não assisto, não gosto e nem suporto o Big Brother. Mas devo respeitar quem goste. Mas, numa sala de espera do pronto-socorro, vi o Pedro Bial fazer a chamada “é hora de espiar os nossos heróis”. Nossos heróis “quem”, cara-pálida? Como alguém pode achar que essa turma, que ficou ociosa, comendo do bom e do melhor, sem conteúdo educativo algum, e que ganhou fama televisiva, pode ser herói? Herói é o meu pai que trabalha das 5:00 às 18:00h, ou muitos colegas que labutam em várias jornadas de atividade!

Também, com a hit parade classificando no topo a porno-canção do “Creú”, vai esperar o quê?

Cá entre nós, como uma música ridícula, erótica e ofensiva pode cair na graça da mídia? O pior são as inocentes crianças fazendo gestos obscenos sem correção dos pais.

Sinceramente, qual mensagem traz o BBB? E o que pode inspirar o Créu?

O Celular em Cuba

Viva a revolução! Sabem o que está sendo vendido, a partir de primeiro de abril em Cuba? Telefone Celular! A grande novidade foi liberada pelo novo comandante, Raúl Castro.

Agora, só falta a infraestrutura, com antenas e sistema de atendimento ao cliente.

O Ministro da Educação e as Novas Medidas

 Para quem teve oportunidade de ouvir o ministro da educação, Fernando Haddad, durante entrvista à Rádio Bandeirantes no programa Jornal Gente, muitas informações importantes sobre novas medidas visando a educação. Não ouso comentá-las, pois ainda estou formando minha opinião. Mas as compartilho:

– Segundo ele, o MEC irá desincentivar professores com poucas horas-aula (citou 4 a 8 horas), pois esses docentes não tem tempo adequado para preparar boas aulas, “já que se dedicam a outras atividades profissionais”.

– Criticou o programa “Brasil Alfabetizado”, desenvolvido pelo ex-ministro Cristovam Buarque, alegando que houvera se apoiado em ONGs que não tinham capacidade de alfabetizar.

– Prometeu que até 2010 supervisionará os 30.000 cursos de graduação, mas confessou que até agora não fechou nenhum.

– Citou que hoje o número de analfabetos do país é de 11%, contra os 4% desejados pela UNESCO.

– Divulgou novas medidas de incentivo ao ensino profissionalizante, já que (citação do ministro) nos países desenvolvidos 2/3 dos jovens não chegam na faculdade e sobrevivem do bom ensino médio profissionalizante. Aqui não deverá ser diferente.

– Quanto ao caso do garoto da Unip (se você não leu, clique aqui) , esquivou-se e disse que o Mec está cada vez mais próximo da OAB para melhorar os cursos de Direito.

Para aqueles que querem a íntegra da entrevista aqui vai o link:

http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/gente2803bministro_brasilia.mp3

Que infelicidade.

O presidente Lula deveria pedir ao Aguinaldo Silva para participar da novela Duas Caras. Respeitando todas as opiniões políticas, demonstro minha democrática expressão nesse espaço. Admiro a belíssima história de vida do semi-analfabeto que venceu as dificuldades sociais e se tornou presidente; digno roteiro hollywoodiano! Mas dizer que o Severino Cavalcante (aquele do mensalinho) foi vítima de injustiça… Ora, ora… Porque não falou isso no momento da crise? Agora é fácil expressar sua opinião.

Fechando o comentário: em Recife, nesta quinta-feira, elogiou Hugo Cháves, dizendo-o que ele era um verdadeiro “pacificador”.

Que coisa…

Curtas do Meio de semana

Quanta hipocrisia dos dirigentes sobre a arbitragem. Quando o erro é a favor, como costuma dizer um treinador famoso, “O cara erra e acerta porque é humano, isso é normal, porra” (essa é a fala “literal” do treineiro). Quando o erro é contra, há complô, perseguição, xilique. Pela enésima vez eu direi: Nunca vi um treinador dizer: “escalei mal meu time, substitui errado”, ou o dirigente afirmar: “contratamos mal, vendemos quem não podia”. Sobra sempre para o apitador…

E o Brasil contra a Suécia? Que estrela tem o Alexandre Pato! O atleta é bom, e se bem orientado, pode ser um dos maiores de todos os tempos. É claro que é cedo para afirmar, pois muitos outros tiveram início de carreira como esse; mas o garoto parece realmente ser acima da média.

A frase batida de que o “futebol é uma caixinha de surpresas” valeu ontem para o Sebastian Pito. O jogador desencantou logo em um clássico, onde o melhor em campo, segundo o Pelé, foi o zagueiro Betão, cuja torcida corinthiana pedia a cabeça o ano passado. Coisas do futebol…

E o Paulistão está emocionante! Tanto no G4 como o “G4 negativo”. Não poderíamos usar o termo “zona de classificação” e “zona de rebaixamento”? Não importa, o que vale é que o campeonato está ótimo.

Já Portugal, do gajo Felipão, parece ter como asa negra a Grécia. Novo amistoso, nova derrota. E a sina se repete.

E o Parreira desencantou. Dos técnicos que trabalhei / trabalho, tem sido um dos que mais me impressionou. (Esse comentário não é anti-ético para minha função, e mostra o respeito que temos a bons profissionais.). E fazer a África do Sul jogar bola, é realmente uma missão difícil.

 

 

E a belíssima partida entre Boca Juniors X Colo-Colo? Que jogão! Expulsão corretíssima aplicada pelo Carlos Amarilla ainda no primeiro tempo, contra o Boca; pênalti a favor do Boca, daqueles complicados (mas corretamente assinalado), e ao final, vitória dos mandantes por 4X3. Mas, a lamentar a péssima educação dos argentinos: atraso na entrada do Boca, muito papel em campo, copos plásticos a beira (e até no meio) do gramado! Que bagunça. Felizmente, até então, aqui essas coisas são punidas.

 

Ainda sobre o Boca Juniors: Seria a equipe mais rica da América do Sul? Pois o elenco com Palácio, Riquelme e Palermo (além dos outros) não deve ser muito barato…

 

Por fim, craque não reclama; apenas joga. Vendo o número de expulsões e cartões que os atletas recebem de maneira infantil, tento puxar pela memória lances de cartão que sofreram Romário, Ronaldo, Zico, Raí… Craque que é craque, não chora. Apenas desfila sua arte em campo.

Ops: Hilário o “Esporte em Discussão da Jovem Pan”. Além de entenderem tudo de futebol, os caras são figuraças. Para quem não consegue ouví-lo na hora do almoço, ouça a reprise as 02 da madrugada. Vale a pena!

A Coragem de McCain

Pode-se dizer o que quiser sobre a corrida presidencial americana, desde as farpas trocadas entre os democratas até a glamourização das prévias. Porém, não se pode criticar a ousadia sincera de John McCain. Ontem, objetivamente, disse que fará tudo para que o G8 seja uma organização verdadeiramente democrática, e para que isso aconteça, deve-se incluir Brasil e Índia e excluir a Rússia. Fazer média parece não ser a dele…

Atividades da Última semana

Pela dificuldade de tempo, todas as turmas estão agrupadas neste post, divididas por disciplina:

TÓPICOS ESPECIAIS EM ADMINISTRAÇÃO 3 – OITAVO SEMESTRE

Falamos, baseados em um estudo de caso referente ao escândalo Sexual da Volkswagen, publicado pela Revista Exame, sobre a ética nas negociações.
Na atividade, os alunos disseram acreditar que lobbys, assédios financeiros e agrados são ações corriqueiras e necessárias ao mundo competitivo. Apenas 4 alunos disseram ser possível competir eticamente, o que demonstra um descrédito do mundo corporativo. Aliás, os alunos utilizaram e inventaram vários termos: “empresas anti-éticas, não-éticas e contra-éticas”! Este último termo não é correto, mas deu para entender…
Em contrapartida, muitos alunos disseram que, na condição de administradores, não praticariam ações desse tipo. Um aluno até mesmo citou que “praticaria até existir um movimento que defendesse uma mudança cultural. Daí por diante, não praticaria mais”.
Por fim, os mesmos acreditam que ações individuais dos seus executivos não abalam a instituição como um todo, citando, por vários alunos, o caso Schincariol.
Outro aluno foi mais enfático, dizendo que “Acredito que a melhor coisa nos negócios é a honestidade e a transparência. Não utilizo desses meios para conseguir mais um cliente ou ganhar da concorrência, mostro a qualidade do meu serviço, e não ganho clientes com presentes”.
Parabéns pela sua posição! Difícil na prática, virtuosa no conceito e louvável na personalidade do administrador.

GERENCIAMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS – OITAVO SEMESTRE

Discutimos sobre a integridade das micro-empresas, e debateu-se sobre situações reflexivas e desagradáveis do tema em relação à conduta e ambiente de trabalho. Uma surpresa foi o número de respostas sobre a dificuldade dos discentes (que acredito serem alunas, já que houve o anonimato) envolvidas em assédio sexual. E isso se refere à infeliz regularidade em que a prática se tornou. Tal fato não me leva a discutir, mas a lamentar tal situação constrangedora, compadecendo-me com as corajosas alunas que sofreram tal infortúnio.
Força garotas!
Obs: A mentira para o cliente foi classificada como situação corriqueira, aceitável e praticada pela maior parte dos alunos, justificada pela necessidade de atender a uma pressão de mercado. Mas será que mentir sempre é necessário? Mentir vicia… e todo vício é nocivo às pessoas, qualquer que seja. Não deixem a mentira impregnar na vida pessoal, ok?

GESTÃO EMPREENDEDORA

Quanto ao estudo de Caso “E tudo começou com a camisinha”, extraído da Revista Isto É Dinheiro, cujo propósito era mostrar ações e qualidades empreendedoras do texto, observou-se boa redação e argumentação dos alunos (com algumas falhas ortográficas).
Quanto as qualidades empreendedoras, a maior parte dos discentes respondeu “ter dinheiro/ capital” para investir. Entretanto, algumas vozes contrárias argumentaram outras qualidades de maneira sábia, como Carolina Fuzinato, que disse ser “a competência, pois (…) ele apostou todas as suas fichas (ficha é com ch, não é com x, ok Dona Carolina?) nesse produto e teve sucesso.
Indagados sobre o fato do empreendedor colocar o lucro num segundo plano em determinadas situações, a aluna Cíntia Pittel observou que “a verdade e o desejo de ser reconhecido supera o retorno financeiro”. A aluna foi quase perfeita, mesmo tendo relatado sobre a não de preocupação dos investimentos milhonários (Dona Cíntia, escreveu bem mas derrapou nos milhões! É milionário!!!) Mayara Vicente trabalhou corretamente nessa linha, falando sobre a busca de status. Por fim, a aluna Rosana Aparecida e os alunos Eric de Morais e Arlindo José citaram um sem-número de ações empreendedoras que esgotou outras respostas. Parabéns. Mas não posso esquecer do aluno Wagner Rodrigues, que perspicazmente lembrou bem o fato de que “o empreendedor do texto se desfez de um bom Santana Quantum para investir em um projeto de camisinhas importadas” (Obs: Na época, o carro era valorizado e o negócio – importar camisinhas chinesas – de grande risco).
Sintetizando, boas argumentações surgiram, mas é necessário um maior cuidado com a ortografia e demais erros gramaticais.

GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES

Falamos sobre Responsabilidade, obrigação e sensibilidade social. As respostas não foram muito variadas. Na verdade, houve grande uniformidade nos comentários, que desta vez foram mais trabalhados que em outras oportunidades. As melhores argumentações surgiram na questão “Você muda a sua decisão de compra, se o produto / serviço está relacionado a incentivos de responsabilidade social?”
Grande parte dos alunos se diz influenciado. Os poucos que responderam negativamente, alegaram não ter refletido sobre o assunto até então. Um aluno (ou aluna) escreveu que “a partir de hoje, mudarei minha postura em relação às compras”. Outro, lembrou ainda da ação ecologicamente de incentivo aos créditos de carbono!

Boa resposta, resumindo o pensamento geral da sala, pode ser a do aluno que se expressou com o texto: “vivo em sociedade, portanto encaro dessa maneira: o benefício de ajudar a sociedade como um todo resultará em estar ajudando a mim também”.
O problema foram os erros cabeludos de ortografia. Pérolas apareceram, como: apezar, intenssões, progeto, desição, concerteza, miniminizar (deve ser bem mini mesmo!). Atenção, queridos alunos!!!

O Belo exemplo que vem da Bahia

Parabéns ao Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia, que aplicou a primeira punição que se tem notícia em relação ao RACISMO no Brasil. Há algum tempo, europeus têm sido acusados de tais práticas, e, logicamente, são brancos afrontando a dignidade humana dos negros.
Como costumo pregar, não é a cor da pele que define alguém. Mas no Brasil, um próprio negro praticou tal crime. Abaixo, matéria do Jornal Lance, 20/03/2008, por Hanrrisskson de Andrade:
O TJD-BA puniu, na última terça-feira, o dirigente Aldacy Palma, do Fluminense de Feira de Santana, que teria feito ofensas racistas ao árbitro Jaílson Macedo. (…) O dirigente foi suspenso por 1 ano, o clube baiano foi multado em R$ 10 mil e perdeu seis pontos no Estadual, além de um mando de campo”.
A súmula relata que “Após o término do primeiro tempo, ao sair do campo de jogo (…) o dirigente proferiu as seguintes palavras: “seu negro, preto, filho da puta, ladrão, você está roubando o Fluminense, vou lhe pegar lá fora e te arrebentar seu safado”.
Pois é. O amadorismo impera em muitos lugares, e tal decisão é exemplar. O cara acha que pode falar o que quiser para o árbitro? Parabéns ao Tribunal Baiano!

Arbitragem de Futebol: Estresse e Controle Coercitivo

Compartilho com os amigos um belíssimo artigo acadêmico, cujos autores

Norma Fernandes Pereira1; Renata Grasielle Michielini Santos2; Eduardo Neves Pedrosa de Cillo3

trabalharam com o tema: Arbitragem de Futebol: Estresse e Controle Coercitivo. Tal material foi enviado através do presidente nacional da CA, Sérgio Corrêa da Silva, e reenvio-o para os colegas da arbitragem. 

 

Arbitragem de Futebol: stress y control coercitivo

Norma Fernandes Pereira1; Renata Grasielle Michielini Santos2; Eduardo Neves Pedrosa de Cillo3

Centro Universitário Newton Paiva – MG


RESUMO

Pouco se tem publicado a respeito da Arbitragem de Futebol e deste contexto, quase não se encontram referências bibliográficas que tratem deste universo e suas adversidades. Os trabalhos existentes, geralmente, trazem descrições sobre atletas e ambiente esportivo. O presente trabalho pretende relacionar a literatura sobre coerção e seus subprodutos com a avaliação de possíveis fatores causadores de estresse na Arbitragem de Futebol de campo. Para tal, a metodologia utilizada foi a da pesquisa bibliográfica, realizada em bases de dados específicas, na busca da elaboração de uma síntese entre os temas relacionados. Um objetivo adicional é contribuir para produção de literatura específica em um campo tão escasso.

Palavras-chave: Coerção, Arbitragem, Desempenho esportivo.


ABSTRACT

A review about soccer´s referee in Sport Psychology’s literature will show few papers. The existents articles show descriptions about teams, athletics and the sport’s environment in general. This paper intends to do relationships between stress in soccer’s referee and the concept of coercion and their sub products (SKINNER, 1953).

Keywords: Coercion, Soccer’s referee, Sport’s performance.


RESUMEN

Poco se ha publicado al respecto de el arbitraje de fútbol y sobre este contexto, casi no se encuentran referencias bibliográficas que traten sobre este universo y sus adversidades. Los trabajos existentes, generalmente, traen descripciones sobre atletas y ambiente deportivo. El presente trabajo pretende relacionar la literatura sobre coerción y sus subproductos con la evaluación de posibles factores causadores de estrés en el arbitraje de fútbol de campo. Para tal, la metodología utilizada fue la de investigación bibliográfica, realizada en bases de datos específicas, en la busca de la elaboración de una síntesis entre los temas relacionados. Un objetivo adicional es contribuir para la producción de literatura específica en un campo tan escaso.

Palabras-clave: Coerción, Arbitraje, Desempeño deportivo.


 

 

Introdução

O objetivo da presente pesquisa foi o de explorar a literatura sobre estresse no esporte, especificamente na arbitragem de futebol de campo. Buscou-se definir estresse, relacionando-o ao conceito de “Coerção” (SIDMAN, 1995), desempenho na arbitragem e sua relação. Deste modo esperava-se localizar na literatura indicadores acerca do surgimento do estresse, de suas fontes, e de sua relação com o desempenho em campo dos árbitros.

 

Caracterização geral da arbitragem

De acordo com Cruz (1997), os árbitros junto com os jogadores e treinadores são imprescindíveis em competições esportivas. A atuação deles em muitos esportes é o ponto chave para o espetáculo, mas para que tenham boa atuação necessitam não só de preparo técnico, como também de boa preparação psicológica; uma realidade que muitos profissionais da Psicologia do Esporte ainda não se deram conta, o que justifica a escassez de material bibliográfico.

Considerando-se que existem pouco material sobre arbitragem, em Psicologia do Esporte, os psicólogos não devem dispensar o assessoramento dos árbitros para conhecerem o contexto desta população específica. Este motivo, por si só, já justifica a necessidade de se pesquisar para conhecer mais sobre esta área, o que corrobora com a idéia desta pesquisa.

Em muitas áreas os árbitros são cobrados excessivamente e, apesar disso, eles devem ser precisos e objetivos, pois sua atuação pode definir o espetáculo esportivo. Para que o trabalho do árbitro se dê de forma imparcial e justa, existem alguns fatores que devem ser considerados como o estado emocional, que pode estar sendo influenciado pelo público, por treinadores ou ainda pelos jogadores. A tarefa do árbitro resulta em levar a partida até o final com competência, procurando não perder nenhum lance, mesmo que sua atuação esteja submetida a uma forte pressão. Para lidar com estas situações o árbitro necessita de autocontrole e adequada autoconfiança, para conseguir a imparcialidade.

Segundo Riera, citado por Cruz (1997), as estratégias utilizadas para obter informações sobre os árbitros são: estudo das regras, questionários e entrevistas, além de observação em campo. Segundo o mesmo autor estudos da sociologia do esporte, realizados a partir de questionários e entrevista, mostram o perfil motivacional típico dos árbitros: a razão principal para atuarem como árbitros é o interesse pelo esporte, seguidas pela emoção gerada por fazer parte do espetáculo, aspectos financeiros, poder, controle e prestígio. Ainda em relação a este assunto as razões que ajudam manter o árbitro na profissão são: competência, bom condicionamento físico, compromisso, interesse e entusiasmo pelo esporte.

Sobre a correlação entre características comportamentais e desempenho o autoritarismo é comum em árbitros mal sucedidos. Aqueles identificados como bem sucedidos geralmente são: seguros, autoconfiantes, com energia, espontaneidade e ajustados socialmente.

Sobre as exigências da função de árbitro é necessário um bom preparo tanto físico, quanto psicológico para que os mesmos possam tomar decisões importantes em pouco tempo e ainda sob pressão. Diante desta realidade pode-se assumir que a arbitragem é uma função estressante e, que ainda, é uma segunda ocupação, pois além de dirigir as partidas os árbitros convivem com uma organização semi-profissional já que precisam exercer outras funções para “ganhar a vida”.

Este é um dos direcionamentos apontados por Riera (1989) para melhorar o contexto da arbitragem: a profissionalização da arbitragem, isto porque ela requer uma grande dedicação, o que não é possível se o árbitro tiver que se dividir com outras funções. Além disso, o autor sugere que ações devem estar voltadas para melhorar a formação e competência da arbitragem – a formação não se deve resumir a estudos de regras, mas também trabalhos psicológicos, e conhecimentos de mais aspectos que envolvem esta área. De maneira complementar Riera afirma, também, que é importante educar a sociedade para ter mais respeito com os árbitros.

Neste sentido os meios de comunicação exercem um importante papel já que se constituem em poderosas fontes formadoras de opinião. Segundo Borelli e Neto (2004)4, o jornalismo cria mecanismos para fazer julgamentos, avaliações de pessoas envolvidas no mundo esportivo. Ele tem regras próprias para narrar, apresentar, expor, enfim discorrer sobre o esporte, de forma singular; para tal é necessário que os jornalistas tenham conhecimentos tanto do campo jornalístico, como também das especificidades do mundo esportivo, como regras, funções, características, códigos, e outros.

Erbolato5 citado por Borelli e Neto (2004), defende que o jornalista deve conhecer as regras e regulamentos da maioria dos esportes para que, ao redigir sua matéria, possa aplicá-los convenientemente. Mas os árbitros deFutebol, ao contrário, queixam-se do despreparo da imprensa esportiva, quanto aos conhecimentos das técnicas e regras da Arbitragem de Futebol, segundo eles, os jornalistas falam sem conhecimento de causa. Criticam muito, mas sem respaldo do conhecimento.

A mídia tem uma responsabilidade muito grande neste clima de desrespeito aos árbitros e estimulação de briga entre as torcidas, porque através deste veículo é construída uma rivalidade agressiva. Fazer circular nos jornais manchetes e notícias que estimulam o clima de guerra no esporte, com tanta rivalidade, faz deixar de existir o chamado “espírito esportivo”. Acaba sobrando para o árbitro.

 

Estresse

De acordo com Samulski, Chagas e Nitsch (1996), de modo geral a investigação do estresse começou a partir da inter-relação do indivíduo e o meio ambiente. Uma concepção compartilhada sobre o que seria o estresse por diversos autores, refere-se à desestabilização psicofísica ou a perturbação do equilíbrio entre a pessoa e o meio ambiente.

Levando-se em conta a ligação de estresse, processos adaptativos e interação do organismo com ambiente, o estresse pode ser compreendido como conceito de relação, o qual descreve determinados problemas e processos de adaptação entre um sistema e seu meio ambiente. O estresse se apresenta em um desequilíbrio entre a condição da ação individual e a condição situacional; discrepâncias entre capacidades e exigências ou entre necessidades e possibilidades de satisfação. Nesta perspectiva o nível de estresse vai depender do grau de importância pessoal do respectivo desequilíbrio.

Há de se perceber, também, que de certa forma o estresse é necessário à vida para manutenção e aperfeiçoamento da capacidade funcional, auto-proteção e conhecimentos de seus próprios limites.

Há três pontos que devem ser considerados para se considerar o desenvolvimento do estresse: processos biológicos, psicológicos e sociais. Estes conceitos devem ser pensados numa dependência recíproca, pois existe uma inter-relação entre eles. Ainda de acordo com Samulski (2000), a concepção biológica iniciou-se com os trabalhos de Cannon em 1914, nos quais analisava o estresse sob a diferenciação da concepção do equilíbrio biológico (homeostase). Ele aceitava a hipótese de uma inespecífica reação de estresse, tanto de estímulos internos, como externos. Acreditava no estresse como, mobilização de energia para restauração da homeostase.

Convergente com este conceito está a idéia de que a relação fisiológica está ligada a dois sistemas: sistema nervoso e o sistema de glândulas endócrinas, sistemas esses ligados a reação fisiológica do estresse (Nitsch, 1981).

Já a concepção psicológica do estresse, enfatiza sintomas psíquicos do estresse, modificações do bem-estar, decursos das funções cognitivas e da execução da ação. O estresse se configura como uma forma especial de ativação, que pode aparecer como possível reação ao estresse, agindo como propulsor da ansiedade. São reconhecidas duas correntes na pesquisa sobre o estresse psicológico (Nitsch, 1981), uma na psicanálise, que destaca principalmente os trabalhos de Freud sobre ansiedade e teoria dos mecanismos de defesa. Outra corrente, a cognitivista, que se destacou principalmente pelos trabalhos de Lazarus, veio influenciar diretamente estudos sobre estresse. O ponto básico destas teorias se dá pela relação entre a pessoa e o meio ambiente, esta relação é compreendida como um mediador psíquico e um realizador ativo.

Retomando o conceito de estresse como uma perda de equilíbrio interno ou externo, ainda de acordo com Nitsch (1981), ele é característico nas seguintes situações: o estado atual diverge de um estado desejado, ou seja, há uma discrepância entre a situação que deveria ser e a realidade concreta, onde há perturbação de equilíbrio. O estado atual corresponde ao estado desejado, mas a situação mostra-se insegura e incerta e que poderá surgir o desequilíbrio. Estas circunstâncias podem aparecer tanto por exigências externas, como pelas próprias expectativas, estes acontecimentos corroboram o papel ativo da pessoa no estresse, ou seja, o estado de desequilíbrio varia com o aumento de exigência, quanto maior os níveis de exigência, maior a probabilidade de frustração.

Em uma perspectiva sócio-psicológica do estresse, de acordo com Nitsch (1981), o estresse pode ser determinado socialmente, manifestando-se no comportamento social, sendo o seu controle um acontecimento social. Para compreensão do estresse se faz necessária a seguinte afirmação: uma numerosa quantidade de estressores resulta de um determinado meio social e por conseqüência refletem as condições culturais e sócio-econômicas da vida e do trabalho; tais condições podem ser evidenciadas nos seguintes tópicos: massificação da sociedade, sociedade de rendimento, de concorrência, de consumo e industrializada, e outros. A influência dos fatores culturais, assim como mudança sócio-cultural tem indicado uma relação com os acontecimentos de estresse, o que significa que o modo de vida contemporâneo pode ser uma forte fonte de influência para o desencadeamento do fenômeno.

Em uma perspectiva cognitivo-comportamental Lipp & Novaes (1998), afirma que o estresse pode ser um dos maiores fatores de risco para a vida e para qualidade do viver de todos; a pessoa estressada não consegue produzir de acordo com seu potencial, não tem motivação necessária para atingir metas difíceis, correndo o risco de adoecimento. De acordo com a autora o primeiro cientista a estudar o estresse foi Hans Selye, um médico austríaco na década de 20, o qual chamou esse fenômeno de “síndrome de estar apenas doente” ou “síndrome de adaptação geral”, termo mais tarde simplificado por “stress”. Esta síndrome envolve uma série de sintomas que o indivíduo apresenta quando submetido a situações que exijam uma importante adaptação do organismo para enfrentá-las.

De acordo com Selye (1952) a síndrome de estresse se divide em três fases: primeira é chamada fase de alerta, na qual o indivíduo entra em contato com sua fonte de estresse. Nesta fase há algumas sensações típicas: sudorese excessiva, taquicardia, respiração ofegante, entre outras. Há neste momento uma perda do equilíbrio do organismo à medida que se prepara para enfrentar a situação à qual precisa se adapta. Na segunda fase, a de resistência, ocorre quando o organismo tenta se recuperar do desequilíbrio sofrido na primeira fase. A terceira fase é da exaustão, nela aparecem alguns sintomas da primeira só que mais agravados, havendo maior comprometimento físico em forma de doenças. Ainda de acordo com as autoras as fontes de estresse podem ser internas e externas: as pessoas com as quais convivemos no cotidiano podem se configurar agentes externos; os internos podem se características pessoais, valores, crenças e formas de interpretar situações.

Na área emocional o estresse pode produzir apatia, depressão, desânimo, sensação de desalento e hipersensibilidade emotiva, até a raiva, a ira, a irritabilidade e a ansiedade (Selye, 1976). O estresse surge quando a quantidade de exigências e de tensões é excessiva para resistência da pessoa. O estresse também apresenta relação com a resistência às pressões, com habilidade de lidar com demandas e mudanças do ambiente.

Comparando os autores citados (Samulski, Chagas e Nitsch, 1996; Nitsch, 1981; e Lipp & Novaes, 1998) percebe-se que os conceitos apresentados são complementares. Uma perspectiva meramente biológica, ou apenas psicológica, ou ainda simplesmente social não é suficiente para a compreensão do fenômeno do estresse. O estresse parece apresentar determinantes em cada uma das três perspectivas, de modo que a conjunção dos três fatores causais em níveis críticos pode gerar uma desadaptação do organismo em termos das exigências do ambiente. Em outras palavras aparentemente não é suficiente atribuir o surgimento do estresse a apenas uma das possíveis fontes para o seu desencadeamento. No nível biológico a constituição genética do indivíduo pode apresentar-se mais ou menos favorável para o surgimento do estresse. Porém somente este viés não é suficiente para explicá-lo. Torna-se necessário identificar o desenvolvimento das habilidades psicológicas, tanto no que se refere à percepção que o indivíduo tem do seu próprio organismo e de alterações neste, assim como das mudanças e exigências do ambiente no qual está inserido. O terceiro nível de compreensão do estresse refere-se ao ambiente no qual este indivíduo se encontra e o modo como ele está organizado. Parece ser inquestionável o fato de que um ambiente repleto de estímulos que mudam constantemente, e que sinalizam situações de ameaça, exigem uma rápida e constante adaptação por parte do organismo. Portanto uma análise do estresse apresentado por um organismo exige também o entendimento do ambiente à sua volta.

 

Coerção

Parte-se do ponto de que a composição e qualidade da estimulação presente em um ambiente se fazem necessária para compreender o surgimento do estresse. Para tal é útil o conceito de “coerção”, apresentado por Sidman (1995). De acordo o autor, na linguagem cotidiana, ser coagido é ser compelido sob julgo ou ameaça a fazer algo “contra vontade”. Analistas do comportamento afirmam que todo nosso comportamento é controlado e, levando-se em conta esta afirmação, tudo que fazemos é “contra nossa vontade”. “Jugo” e “ameaça”, se aproximam de uma definição de coerção, pois se referem a classes de estímulos que controlam nosso comportamento. Há três tipos de relações controladoras entre conduta e conseqüências: reforçamento positivo, reforçamento negativo e punição. O controle por reforçamento positivo é não-coercitivo, a coerção existe quando há reforçamento negativo ou punição.

Os reforçadores têm duas principais características, primeiro ele deve seguir uma ação e em segundo deve fazer com que a ação se repita que seja mais freqüente. Os reforçadores não são predefinidos, devem ser descobertos, o que significa que a princípio nenhum tipo de conseqüência pode ser considerada reforçadora. Apenas após observarmos os efeitos de uma conseqüência sobre o comportamento é que podemos tirar tal conclusão.

O reforçamento pode ser positivo e negativo. No reforçamento positivo a ação da pessoa é seguida de adição, produção de algo novo. No reforçamento negativo uma ação subtrai, algo desaparece, fazendo que uma condição presente antes do ato desapareça.

O reforçamento negativo é uma forma de controle coercitivo. Outra forma coercitiva de controle do comportamento é a punição. A punição ocorre quando uma ação seja seguida ou pela perda de reforçadores positivos ou ganhos de estímulos aversivos. Os punidores quando são contingentes às ações, fazem com que estas se tornem menos prováveis em situações futuras.

Em sua argumentação Sidman (1995), baseado em Skinner (1953), afirma que apesar de podermos ser controlados tanto por reforçamento positivo quanto pela coerção há diferenças significativas no que se refere à qualidade dos tipos de controle. O reforçamento positivo geralmente necessita de um período de tempo maior, se comparado à coerção, para estabelecer o controle do comportamento. A isto se soma o fato de que, em nossa cultura, geralmente dispomos de cada vez menos tempo para as tarefas do cotidiano. Dessa forma a opção pelo controle coercitivo se faz em função de questões práticas do dia-a-dia. Porém, como afirmam Skinner (1953), e Sidman (1995), o controle coercitivo gera subprodutos bastante nocivos aos indivíduos envolvidos. Medo, ansiedade, tensão, apatia (e depressão), contracontrole agressivo ou dissimulado são efeitos colaterais do uso contínuo de controle aversivo. Dessa forma, afirma os autores, o controle coercitivo, apesar dos resultados imediatos, vem envenenando nossas instituições e a sociedade de uma maneira geral.

Muito de nossa vida é dedicado a eliminar ou prevenir fontes de coerção atuais e futuros, impostos pela natureza e sociedade. Freqüentemente, existem poucas opções para prevenir ou evitar desprazer, de forma a fugir ou esquivar de pressões físicas e interpessoais. Ainda segundo Sidman (1995) o controle coercitivo é a forma mais comum de controle comportamental em nosso ambiente social. Deste modo podemos compreender porque a maioria de nossas ações destina-se a evitar a perda de reforçadores positivos ou o acréscimo de estímulos aversivos.

Torna-se plenamente compreensível a possibilidade do estresse como um dos subprodutos do controle coercitivo. Assim sendo, a perspectiva do estresse como fonte de três conjuntos de determinantes (biológico, psicológico e social) ganha uma nova conotação: devemos olhar para o ambiente social com um cuidado maior na medida em que boa parte da determinação do estresse parece estar relacionada a forma como desenvolvemos o nosso modo de vida. Um modo de vida repleto de controles coercitivos produz um aumento do aparecimento de casos de estresse.

 

Desempenho na arbitragem

Segundo Rech, Daronco e Paim (2002) o papel da arbitragem deve estar direcionado para quatro responsabilidades principais: assegurar que o jogo decorra de acordo com suas regras, interferir o menos possível, estabelecer e manter uma boa atmosfera para o jogo e mostrar preocupação com os jogadores. Neste sentido cabe refletir sobre o processo de desenvolvimento de habilidades coerentes com tais responsabilidades.

Segundo Cruz (1997), a maioria dos livros de árbitros consideram que para ser um bom árbitro é necessário apenas um bom entendimento das regras, boa forma física e bom posicionamento tático. Mas um grande número de árbitros ressalta a importância de boas condições psicológicas para boa atuação. De acordo com estes, o que diferencia um bom árbitro dos demais, são características como: ser consciente em suas decisões, estabelecimento de boa relação com os outros, atuar com rapidez e decisão, mostrar domínio e controle emocional, atuar com integridade, atuar com auto confiança, estar motivado durante as competições. Condições estas que poucos árbitros se dedicam à preparação necessária.

Numa observação de Anshel (1995), revelaram-se alguns fatores que contribuem para competência de árbitros. Dentre eles a habilidade de comunicação verbal parece ser muito importante: falar com o tom adequado; não depreciar jogadores, treinadores e colegas; não dizer palavrões; não utilizar sarcasmos; se relacionar com jogadores, técnicos e colegas de forma clara, concisa e positiva; e utilização de humor em momentos adequados.

Ainda de acordo com Cruz (1997) as competências necessárias para um bom árbitro são: domínio das regras; boa comunicação verbal; habilidade de comunicação não verbal; utilização adequadas das técnicas; boa forma física; profissionalismo; contribuição ativa na partida; melhora contínua de suas habilidades e atuações; autocrítica; bom relacionamento com os colegas; credibilidade; e realização adequada de preparação física e psicológica.

Sobre intervenções psicológicas, o autor afirma que poderiam auxiliar os árbitros a ter mais recursos para executar um papel educativo no esporte, evitando alguns conflitos; contribuindo também para que o árbitro enfrente de forma mais adequada a pressão que é inerente à sua função.

Weinberg e Richardson (1990), afirmam que é necessário para bom desempenho o estabelecimento de rotinas previas e preparação psicológica para competição. Os árbitros devem seguir um estilo de vida saudável, com descanso e atividade física; devem ficar concentrados nos jogos antes de começá-los, adaptando-se a possíveis imprevistos.

Um bom árbitro, segundo Rech, Daronco e Paim (2002), deve através de sua simples presença influenciar o jogo, levando os atletas a evitarem cometer violações às regras. Não existe um modelo de bom árbitro, pronto e definido; os árbitros como seres humanos que são, devem encontrar seus caminhos, recorrendo a caminhos distintos. Afirmam, ainda, que um árbitro, para ter uma boa atuação, deve manter certas características em campo: consistência, comunicação, capacidade de decisão, equilíbrio, integridade, capacidade de julgamento, confiança, prazer e motivação.

Comparando as características sugeridas por Cruz (1997) com as apresentadas por Rech, Daronco e Paim (2002), não se pode dizer que existe exatamente um consenso. Porém, o ponto mais relevante refere-se à possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento de tais habilidades. Neste sentido o desenvolvimento destas habilidades poderia ficar a cargo de profissionais da psicologia do esporte.

Para Rech, Daronco e Paim (2002) é fundamental que se desenvolva um trabalho com os árbitros, promovendo a aquisição, por parte deles, de autocontrole e outras habilidades.

Em uma perspectiva comportamental poderíamos compreender a relação entre comportamentos encobertos, como o nervosismo e comportamentos públicos, como o erro em campo, ou seja, o mau desempenho da arbitragem. O mais importante, como já afirmado, é que tais características podem ser treinadas.

De acordo com Nitsch (apud Samulski, 2000) modificações no pensamento, motivação e percepção são alcançadas com a ajuda de procedimentos psicológicos, como treinamento mental e concentração. Mesmo diante desta necessidade de uma boa condição psicologia, a ênfase dada aos treinamentos é dada muito mais, a área física do que mental. O que seria realmente necessário é uma combinação entre competências mentais e capacidades físicas, para se ser um bom árbitro.

 

Relação entre estresse e desempenho

Para Rech, Daronco e Paim (2002), existe uma forte relação entre as capacidades psicológicas dos árbitros e o desempenho dos mesmos, deste modo o sucesso do árbitro depende de suas capacidades mentais, confiança, concentração e controle emocional. Os árbitros falam com freqüência da importância da capacidade mental, na realização de tarefas difíceis, tomar uma decisão polêmica, não perder controle em jogo, permanecer calmo e não se deixar se incomodar.

Segundo Reis (2002), vice-presidente da APAF (Associação Portuguesa de árbitros deFutebol), ao analisar as razões dos erros de árbitros, a partir da observação baseada na análise de jogos, é que eles erram, porque tentam demais não errar. Ficam tão pressionados, tão tensos, ansiosos que acabam ficando nervosos e erram mesmo nas coisas mais simples. Deste modo podemos compreender que há uma alteração no foco de concentração, o qual deveria estar voltado para as situações presentes no momento do jogo, e que acaba sendo desviada para situações encobertas (ou mentais) prendendo sua atenção e utilizando sua energia de forma indevida às exigências do ambiente à sua volta.

Segundo Martin (2001), a ansiedade ou o nervosismo são causados pela apresentação de estímulos aversivos. Comentários negativos podem interferir diretamente no desempenho destes árbitros, desde que os mesmos não saibam ou não consigam manter o foco da atenção. O nervosismo interfere no desempenho, primeiro porque, a atenção fica tão concentrada, em um atleta nervoso, que ele tem menor probabilidade de perceber deixas externas importantes. O excesso de nervosismo pode consumir muita energia e diminuir a resistência. Um terceiro fator do nervosismo é que este aumenta a adrenalina, fazendo com que possam haver precipitações, durante uma rotina que domina bem e por último que o excesso de nervosismo, acrescenta estímulos adicionais ao ambiente competitivo, que interfere com a generalização de estímulos de uma habilidade. Para compreender a relação entre aspectos psicológicos e o desempenho na arbitragem basta traduzir o que foi descrito acima para um atleta.

Erbolato (apud Borelli & Neto, 2004), afirma que um grande problema existente na arbitragem é a questão da profissionalização; a maioria dos árbitros possui outros tipos de atividades profissionais. Daí decorre uma série de problemas que afetam diretamente o desenvolvimento das habilidades, psicológicas ou não, necessárias ao exercício da arbitragem. Quando um árbitro passa a atuar em muitos jogos, quase não sobra tempo para dedicação familiar. Também não sobra tempo para que os árbitros se preparem convenientemente em termos físicos, aspectos teórico-práticos e treino mental. Por causa do excesso de atividades, fica pendente também, o descanso físico e mental.

O autor reflete, também sobre possíveis melhorias na arbitragem. Claro que se os árbitros se tornarem profissionais, não vão se tornar imunes aos erros, mas poderão aumentar a qualidade do exercício de suas funções em um futuro próximo. Se os árbitros desempenharem a função o tempo todo, estarão mais bem preparados para lidar como os erros e com as pressões.

Em termos sociológicos, a própria história doFutebol contribuiu para pressões sobre os árbitros. OFutebol aceita violência demais, muitas polêmicas, discussões, conflitos, grandes interesses financeiros; aumentando-se assim as situações de risco para decisão dos árbitros. Nesta situação se faz necessário segundo a APAF, com urgência, que seja efetuado um estudo sobre os árbitros para se apurar com rigor científico o comportamento de cada um.

Outro fator complicador é a falta de coesão em grupos de arbitragem, que também contribui, e muito para aumentar a probabilidade de erros, em muitas equipes de árbitros não há espírito de grupo o que dificulta muito a comunicação e um desempenho satisfatório.

Dentro deste contexto se faz necessário um apoio psicológico aos árbitros, mas segundo APAF (2002), faltam ainda estruturas de apoio efetivo aos árbitros, a existência de profissionais como: psicólogos, médicos, massagistas, fisioterapeutas, nutricionistas, que poderiam ajudá-los nestas questões.

Segundo Silva (2002), oFutebol se tornou uma atividade complexa que envolve grandes investimentos financeiros, planejamento, atualização de conhecimentos da medicina e psicologia, processo contínuo de aprimoramento. Neste ambiente que se forma, fica evidente a importância dos aspectos emocionais, por isso hoje se faz necessário a presença de psicólogos no meio esportivo. Um passo importante, e inicial, seria identificar as possíveis fontes de pressão e estresse, neste contexto.

Anshel e Weinberg (1995), analisaram 15 possíveis fontes de estresse em árbitros de basquetebol, nos Estados Unidos e na Austrália. Apontam com principais estressores: erro em apitar uma falta; ser insultado ou acusado por um treinador; sentir-se ameaçado fisicamente; estar mal posicionado ao apitar uma falta; sofrer uma lesão. Estes resultados coincidem parcialmente como os de outro estudo de Goldsmith e Williams (1992), com árbitros deFutebol americano e voleibol. Como estes resultados coincidem de forma apenas parcial, é necessária a continuidade de investigação.

Segundo Cruz (1997), as fontes de estresse dos árbitros variam de acordo com o esporte, e nível de competição, às vezes até variam de acordo com a localidade. Estudos de Anshel e Weinberg (1995), Goldsmith e Williams (1992), Rayney (1995) e Taylor, Daniel, Leith & Burke (1990), podem ser assinaladas como principais investigações sobre fontes de estresse, das quais puderam ser obtidos os seguintes dados: medo de errar; conflitos interpessoais com técnicos e jogadores; medo de agressão física; medo de insulto verbal.

Zoller (1985), apresenta uma série de estudos que levam a pensar que a profissão de arbitragem é estressante. As características que corroboram com esta informação são: os árbitros trabalham com outras profissões, muitas vezes em horário integral. O árbitro tem que apitar várias partidas em uma semana, nas quais acabam se submetendo ao público, aos treinadores, além do desgaste das viagens.

Outro estudo realizado por Samulski, Noce e Costa (1998), aponta os seguintes fatores como principais fontes de estresse para árbitros deFutebol: “Preparação física inadequada”; “Estar cansado fisicamente/psicologicamente”; “Cometer erros consecutivos”; “Errar em jogadas decisivas”; “Dormir mal na noite anterior a partida”; “Chegar atrasado”.

Dentre os estudos citados percebe-se que há certa diversidade na identificação das possíveis fontes de estresse. Resumidamente os estudos apontam para fatores relacionados a conflitos interpessoais com possibilidade de agressão (Anshel, 1989; Goldsmith & Williams, 1992; Rayney, 1995; Taylor, 1990); erros de desempenho (Anshel & Weinberg, 1995; Goldsmith & Williams, 1992; Rayney, 1995; Taylor, 1990; Samulski, Noce, Costa, 1998); dificuldades relacionadas ao preparo físico (Anshel & Weinberg, 1995; Samulski, Noce, Costa, 1998). Um fato que chama atenção, e que dá convergência aos dados encontrados pelos autores refere-se ao fato de que em todos os estudos há evidências ou indícios de fatores considerados psicológicos interferindo no desempenho.

 

Conclusão

Assim sendo, os dados apontam para o fato de que há uma diversidade de fatores estressantes incidindo sobre a arbitragem. Em uma análise geral dos estudos é possível identificar muitos dos problemas de desempenho e/ ou psicológicos como fruto da relação constante com as fortes pressões, intra e extra-campo, a que estão submetidos. Neste sentido vale o entendimento das “pressões” a partir do conceito de coerção de Sidman (1995). Seria o estresse, então, um dos subprodutos do controle coercitivo. Desse modo as variáveis (pressões) que cercam os árbitros seriam parte importante do processo de formação do estresse. Estes fatos por si só, com destaque para a multiplicidade de fatores estressores, já justificam a necessidade de um estudo mais aprofundado acerca destas variáveis e dos seus efeitos sobre a saúde e o desempenho dos árbitros. Uma rigorosa definição acerca das variáveis mais relevantes neste processo seria um passo importante no planejamento e execução de programas de preparo psicológico para o enfrentamento de situações tão exigentes. De um modo complementar, e contraditório, vale ressaltar que a falta de estudos nesta área demonstra a pouca atenção que ainda é dada à preparação psicológica, tanto por parte dos próprios árbitros quanto dos dirigentes e profissionais do esporte.

Frente a tudo que foi apresentado na revisão de literatura parece válido e promissor produzir conhecimentos para fundamentar intervenções que levem a: reduzir comportamentos inadequados e substituí-los por outros mais adequados, promover a aquisição por parte dos árbitros de autocontrole e outras habilidades e desenvolver estabilidade emocional nos árbitros, durante as partidas deFutebol e perante as críticas da imprensa.

Um objetivo adicional futuro é o da divulgação das possibilidades de investigação e fundamentação teórica relacionadas à psicologia do esporte, potencializando, assim, o envolvimento dos árbitros com este segmento da preparação esportiva, afim de melhorar o desempenho e a qualidade de vida dos mesmos.

 

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1 Aluna bolsista FUNADESP/ Centro Universitário Newton Paiva
2 Aluna voluntária
3 Professor orientador bolsista FUNADESP
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Feliz Páscoa

Domingo será Páscoa do Senhor Jesus. Será que vivemos dignamente nesta Quaresma? Será que conseguimos buscar reflexão, conversão, mudança de hábitos?
Mas a grande questão é: porque pensamos nesses valores somente em algumas épocas, se é que pensamos? Todo dia deve ser Natal, todo dia deve ser Páscoa, todos os dias são dias da mãe e dias do pai! Todo dia é dia internacional da mulher ou da consciência negra!
Enfim, todo dia é Dia de Ressuscitarmos em Cristo!
Lembro-me de uma canção do Padre Zezinho, scj, onde a letra diz (ops: com adaptações, pois não sei cantar nem decoro músicas):

Ah que bom seria,

se o Natal não fosse só 1 dia,

e se as mães fossem Maria

e se os pais fossem José.

E se os filhos se parecessem com Jesus de Nazaré.

Bom, não é Natal, mas a canção serve para essa data.
Boa e Santa Páscoa para todos!

Valei-me São José

No próximo dia 19, a Igreja Católica celebra a memória de São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. Em muitos países, neste dia se celebra o dia dos pais.
Como santo de devoção que tenho, peço a São José, patrono das famílias, que me ajude a ser um digno esposo, um bom pai de família, e, embora pecador, acolhido por Cristo em sua misericórdia e protegido pela intercessão do santo frente as tentações.

V a l e i – m e   S ã o  J o s é !

Àqueles que são católicos, compartilho a Ladainha de São José:

Ladainha de São José
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José, rogai por nós.
Ilustre descendente de Davi, rogai por nós.
Luz dos Patriarcas, rogai por nós.
Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós.
Guarda da Virgem pura, rogai por nós.
Pai nutrício do Filho de Deus, rogai por nós.
Insigne defensor de Cristo, rogai por nós.
Chefe da Sagrada Família, rogai por nós.
José justíssimo, rogai por nós.
José castíssimo, rogai por nós.
José prudentíssimo, rogai por nós.
José fortíssimo, rogai por nós.
José obedientíssimo, rogai por nós.
José fidelíssimo, rogai por nós.
Espelho de paciência, rogai por nós.
Amador da pobreza, rogai por nós.
Modelo dos operários, rogai por nós.
Honra da vida doméstica, rogai por nós.
Guarda das virgens, rogai por nós.
Amparo das famílias, rogai por nós.
Alívio dos infelizes, rogai por nós.
Esperança dos enfermos, rogai por nós.
Padroeiro dos moribundos, rogai por nós.
Terror dos demônios, rogai por nós.
Protetor da Santa Igreja, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Deus o constituiu senhor de sua casa.
E príncipe de toda a posteridade.”

Oremos
Ó Deus, que, por uma infalível providência, vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para Esposo de Vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo, que na Terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no Céu, como intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Desafios e habilidades durante as crises

Trabalhos realizados na última segunda-feira sobre “Habilidades do Administrador em Reverter Crises”, além de questionamentos sobre os desafios em nossas carreiras profissionais, puderam mostrar a disposição de gerenciar possíveis crises por parte dos nossos futuros administradores.
Quando indagados sobre as características para gerenciar crises, a maior parte respondeu “combatividade”, mostrando que estão animados para a luta.
Outra questão era: o desafio te motiva ou te assusta? Cerca de 60% dos trabalhos entregues declararam motivados, e os demais, logicamente, acuados. Correlacionam a resposta ao fato de não estarem preparados para crises, embora muitos já passaram por alguma situação crítica.
Chamou a atenção o fato de algumas pessoas se sentirem atraídas pelo desafio e gostarem disso, como uma aluna que declarou: “o meu desafio é ser profissional, mãe, dona-de-casa, estudante, manter um filho em um colégio particular, pagar todas as despesas da casa e fazer aula de canto. Ufa (…) mas isso me faz bem”!
Na mesma proporção a aversão do desafio, citado por um aluno como: “Para mim, atualmente o desafio tem sido algo assustador e tenho buscado tratamentos alternativos para tentar reverter este sentimento de pânico que me faz agir mais emocional do que racionalmente”.
Boa sorte para vencer esta barreira. E esta luta também é um desafio!

O Governador Negro e Cego

A democracia americana realmente é diferente. Outrora falamos sobre as características dos possíveis presidenciáveis na corrida à Casa Branca (clique aqui –

 http://rafaelporcari.blog.terra.com.br/a_campanha_politicamente_correta),

 e agora temos a oportunidade de ver um deficiente assumindo o cargo de Governador do Estado de Nova Iorque: David Paterson, primeiro cego (e negro) a assumir o cargo. O problema é que ele não será empossado por escolha popular, mas para suceder o atual governador Eliot Spitzer, que renunciou devido a escândalos sexuais (gastou cerca de 84 mil dólares em despesas com prostitutas, e outro tanto com sites pornográficos).
Será que se Paterson teria se elegido se fosse candidato? Quais as limitações que um deficiente – e o preconceito sofrido por ser negro – que receberá o novo governante?

Manter Privada ou Estatizar a Varig?

Trabalhamos na última terça-feira, com os alunos do 2º Semestre da UniSant’Anna, o tema: Funções Sociais das Organizações; e, ao falarmos sobre organizações estatais, utilizamos um texto paradidático sobre a Varig, seu ápice e sua crise. Questionou-se o fato de uma fictícia intervenção federal na cia, e se a estatitazação, à guisa de salvar uma empresa que presta serviço de interesse estratégico à nação, seria viável e também função do Estado.
Particularmente, eu defenderia uma intervenção, mas não a estatização, devido o entendimento de que seria uma salvaguarda à má administração da Fundação Rubem Berta, mantenedora do Grupo Varig. Ou seja, um prêmio por incompetência administrativa. Mas como nossas atividades são pontos-de-vista, visando despertar a capacidade de argumentação e espírito crítico dos alunos, não há resposta certa ou errada para ser desconsiderada (a não ser as absurdas).
Algumas colocações interessantes dos alunos surgiram, a maior parte alegando que a corrupção do governo impediria uma boa administração; outros, citaram a estatização necessária para os interesses nacionais.
Destacaram-se bons comentários, como Gilberto Fernandes, que lembrou o fato de que o “Brasil precisa cuidar primeiro da infra-estrutura do transporte aéreo”. Sim, isso deve ser uma prioridade. Ou de Sandro A. Guiraldo, que lembrou “o cabide de empregos” que poderia ocorrer.
Em contrapartida, a ótima argumentação de Sílvia A Marques, alardeando o fato de que a estatização “garantiria os empregos”. É verdade, ao aeronautas foram, em grande parte, demitidos da Varig.
Já o aluno Magno defende a estatização, mas ironicamente, pelo entendido, não nesse mandato presidencial, pois segundo ele “não funcionaria mesmo”.
Observação: ao postar essa mensagem, observei que, coincidentemente, dois alunos foram citados novamente como bons argumentadores. É bom sinal! Tomara que novos nomes apareçam em breve!

A Nota Oficial

A Federação Paulista de Futebol colocou um link para nós, árbitros de futebol, acessarmos as notas dos avaliadores que atuaram em nossas partidas. Dentro de um espírito de transparência, colocarei PUBLICA e ESPONTANEAMENTE minhas notas, sendo elas boas ou ruins, justas ou injustas. Às vezes, ouvimos e lemos muitas bobagens sobre nossa atuação, e esse é um instrumento interessante de debate. Assim que disponível para link, estarei postando para quem queira acessar (inclusive os clubes envolvidos).

Obs: As súmulas já são públicas, em decorrência do Estatuto do Torcedor. Para acessar qualquer jogo: www.fpf.org.br

 

Quem não deve, não teme!

Frases Consagradoras

Não pude resistir: a Revista Época desta semana (12/03/2008), trouxe na sua seção “Frases da Semana” as pérolas que compartilho abaixo:

 

“Anárquico, retardatário, arrogante, mas decisivo”
Gazzetta dello Sport, jornal italiano, em referência ao atacante Adriano, que fez dois gols pelo São Paulo na partida contra o Audax Italiano, do Chile, pela Libertadores

 

“Como uma boa galinha que sou, estou aqui para dar uma canja”
Preta Gil, cantando uma música no show de seu amigo, Milton Guedes

Se os jornais vão insistir nas matérias, vou dizer com todas as letras: se querem fazer putaria, então vamos fazer putaria”
deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), ameaçando iniciar uma onda de ações contra veículos de imprensa por causa das denúncias de convênios irregulares assinados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, também do PDT.

 

“Ih! Pensei: ‘Isso vai dar uma confusão danada'”
Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, quando o presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, pediu aos colegas da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Equador, Rafael Correa, se cumprimentassem para selar o acordo entre os dois países
A crise do subprime não chegou ainda às praias de Copacabana, como os senhores puderam conferir”
Guido Mantega, ministro da Fazenda, comentando que a crise do setor imobiliário americano não afetou a economia do Brasil
“Eu não me arrependo de nada do que eu fiz. O cartão é uma conquista da sociedade, permite maior transparência nos gastos públicos”
Orlando Silva, ministro do Esporte, sobre o episódio no qual é acusado de usar cartão corporativo para despesas pessoais.
“A minha vida é que atrapalha a minha cerveja”
Zeca Pagodinho, sambista, respondendo se a bebida atrapalha sua vida.

Qualidade do Empreendedor e Sonhos de Mercado

Das qualidades fundamentais do Empreendedor trabalhadas em sala de aula (Estudar Continuamente, Poder de Comunicação, Ter Competência e Possuir Dinheiro), as quais falamos serem condições importantes para o sucesso do empreendimento, questionou-se as que seriam abundantes ou escassas para os alunos.
A grande dificuldade respondida (e esperada) foi “ter dinheiro”, e a grande facilidade, unânime, foi “estudar”. As respostas foram lógicas, e mostraram o esforço dos alunos na carreira acadêmica e a busca de seus sonhos frente as dificuldades financeiras.
Fiquei muito satisfeito com a lucidez de algumas colocações, como a de um aluno que ressaltou a “importância de diferenciar um sonho ou uma ilusão de um verdadeiro bom negócio”. Esse é um ponto importante a ser discutido pelos empreendedores, sabidamente trabalhado pelo discente.
Por fim, a sinceridade foi marcante nessa atividade, como o relato de um aluno que diz: “não tenho vontade de ter um negócio próprio, pois já trabalhei em comércio da minha família; você ganha dinheiro, mas não pode aproveitar. Afinal, não sobra tempo”.

Sonho de uns, trauma de outros. E cada um vai descobrindo o que é melhor para si na carreira profissional.

O Nanico bom de Bola

Mais uma vez o argentino Lionel Messi está lesionado. Tornou-se costumeira a saída do atleta por contusões, e lendo em alguns sítios eletrônicos argentinos, observei alguns comentários de médicos que muito me remeteram ao artigo postado aqui sobre Ronaldo Fenômeno (clique aqui para o link do comentário de Ronaldo – http://rafaelporcari.blog.terra.com.br/a_contusao_do_fenomeno ).
Messi, quando criança, atuava na equipe argentina do River Plate, quando foi abandonado pelo clube por sofrer de nanismo (doença que impede o crescimento). Apesar de ser o maior talento das equipes de base, nem o River Plate (nem qualquer equipe argentina) aceitou bancar uma operação de 20.000 dólares que poderia ajudar no tratamento da doença. Entretanto, o Barcelona o contratou e cuidou do jovem, que hoje divide com Riquelme as atenções da Seleção Argentina. Para muitos, Messi seria mais talentoso do que Ronaldinho Gaúcho (não entrarei no mérito dessa discussão), e suas lesões o impediriam de ser eleito o melhor do mundo.
O que me chamou a atenção foi o fato dos médicos portenhos afirmarem que Messi provavelmente tomou esteróides anabolizantes para ajudar no tratamento, vitimando-o agora, pois sua estrutura muscular não comporta com a óssea. Mais uma vez foi levantada a hipótese de se drogar um atleta para a busca da alta performance. E agora, como provar o fato de que Messi cresceu utilizando-se de drogas lícitas ao invés das ilícitas? Para um jogador de futebol profissional, isso pode determinar seu sucesso, seu futuro, e a própria sobrevivência.

Primeiras Atividades do Semestre

Corrigindo as primeiras atividades do Segundo Semestre – turma 2008, pude observar que alguns alunos deram respostas extremamente curtas, monossilábicas, sem conteúdo nem vontade, feitas simplesmente para preencher protocolo. Na mesma turma, observei boas respostas, trabalhadas, curtas e cumpridas, mas com qualidade e raciocínio lógico.
Quanto às questões sobre “coisas administráveis” e nossas prioridades no que administramos, há boas respostas, como a da aluna Michele da Silva Jacopini, que trabalhou muito bem sua argumentação. Outro aluno, Gilberto Fernandes, relatou suas dificuldades pessoais e, segundo ele, o “malabarismo para uma carreira de sucesso”. Por fim, Sandro Alonso usou um termo interessante para falar do relacionamento entre os administradores: “a falta da fagulha da espontaneidade”. De fato, ser espontâneo não é prática corriqueira em alguns casos.
A maior parte dos alunos relatou que a grande dificuldade é em relação ao trato pessoal e à vida financeira. E, disparadamente, citaram a administração ineficiente do tempo.
Um aluno, em particular, me chamou a atenção por citar que “a vida espiritual está mal administrada, refletindo em todas as outras áreas da sua vida”. A esse aluno, o desejo de boa sorte na busca da paz!

O Universitário de 8 anos

 O menino João Victor, de 8 anos, foi aprovado pela UNIP de Goiânia para freqüentar o curso de Direito. Entretanto, pelo fato do garoto não possuir o Ensino Médio, sua matrícula não foi aceita, embora sua mensalidade foi cobrada e paga.
O menino é um prodígio ou a entrada nos cursos superiores está relaxadamente aberta a qualquer um?

Abaixo, reportagem da Folha de São Paulo sobre o assunto:

São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

“MEC vai investigar curso que aprovou garoto
Ministro da Educação diz que intensificará fiscalização nos cursos de direito e que pretende fechar cerca de 14 mil vagas

João Victor, 8, aprovado em direito na Unip, foi barrado na porta da universidade; apesar de ter pago R$ 500, direção diz que ele não está matriculado”

Mais conteúdo em :

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0703200813.htm

 

 

A seguir, um comentário interessante de um blog recente (giralua) de Shirley Sueli, que tive oportunidade de acessar:

Óbvio que o Estado tomará providências para que isso não aconteça mais e que as Universidades vão prestar mais atenção nos seus candidatos ao vestibulares daqui para a frente, pois ninguém quer admitir que é só pagar a mensalidade para se entrar numa faculdade particular (como disse antes não me refiro a todas, há algumas boas ainda)… O pai do garoto afirma que ele tem capacidade para fazer o curso, mesmo estando na quinta série do ensino fundamental, e a faculdade não diz o contrário, pois ele foi aprovado no vestibular com uma redação muito boa, segundo a Universidade.
Confesso que estou muito curiosa para ver o desenrolar dessa situação, pois o pai entrará na justiça para garantir o direito do garoto de cursar a Unip, o garoto vai conseguir? que argumentos a Universidade vai usar para não permitir isso?
Que argumentos o Estado usa para justificar essa notícia? esse fato?
Depois desta notícias estive pensando em Matricular a Mariana também, acho que ela já está na idade de entrar na universidade, começando agora aos 10 já vai poder começar a fazer residência em algum hospital e aos 12 já estará atendendo e operando…
Brincadeiras a parte…
Seria cômico, se não fosse trágico, eu poderia rir se não fosse no meu país e se não fosse na minha área, que alías, estou repensando seriamente…

Extraído de:

http://giralua.blogspot.com/2008/03/seria-cmico-se-no-fosse-trgico-o-brasil.html

Destruindo Criativamente no 5o. Semestre

Nos trabalhos que envolveram o 5º semestre, ao falarmos sobre o ambiente de trabalho no estudo de caso “Pixar”, empreendedorismo e destruição criativa, pôde-se obter respostas interessantes:
Quanto ao ambiente de trabalho, muitos alunos teceram críticas sobre a condução de suas atividades: ambientes desmotivadores, carregados de preconceitos e sem perspectivas de crescimento. Isso é mau, pois talentosos alunos podem estar desperdiçando seus esforços em locais inadequados.
Em contrapartida, fiquei feliz ao ler que os alunos praticam consciente ou inconscientemente a destruição criativa em suas vidas. Seja com o nome de “reciclagem”, como a aluna Aline relata, como “inovador” segundo o aluno Ivan, ou ainda sobre o termo “correção” da aluna Janaína, o abandono de práticas antigas em busca das novas atitudes, sejam profissionais ou particulares, está verdadeiramente acontecendo. E isso é muito bom!

A Dança dos deuses

 

Não costumo paparicar ninguém, mas há certas obras que devemos divulgar pela beleza e pelo ótimo conteúdo. Apesar de ter adquirido há 3 meses, só hoje pude começar a ler o excepcional livro “A Dança dos Deuses – Futebol, Sociedade, Cultura”, do Professor Dr Hilário Franco Júnior, o qual tive a honra de ser seu aluno. É um livro que fala sobre a história do futebol correlacionada aos acontecimentos da sociedade, cujo laboratório de pesquisas se desenvolveu na minha turma de doutorado em História Social, na USP, durante a disciplina História Sócio-Cultural do Futebol e Impulsos Lúdicos.

Abaixo, a orelha do livro só para àqueles que gostam do tema sentirem um gostinho de “quero-mais”:
(…) O autor dedica-se a descrever a história do futebol como uma micro-história do mundo contemporâneo. E demonstra como esse esporte não pode ser dissociado da história geral das civilizações. Exemplo eloqüente encontra-se na lógica da sua propagação e rejeição(…) A própria evolução das regras e táticas do esporte responderam, é fato, a necessidades específicas do jogo, mas só podem ser entendidas em contexto de adaptação do futebol às mudanças do mundo. A argumentação do autor não se limita à análise histórica, (…) pois o futebol é metáfora de cada um dos planos essenciais do viver humano nas condições históricas e existenciais das últimas décadas. Nesse sentido, procura examinar aquele esporte como metáfora sociológica, antropológica, religiosa, psicológica e lingüística. Somos levados a pensar, por exemplo, sobre os diversos usos políticos do futebol, seja por regimes autoritários ou democráticos, tanto uns quanto outros abraçados ao nacionalismo.
O autor nos convida, ainda, a pensar sobre os sentidos ocultos em toda a ritualização do futebol, nos nomes dos clubes, nas cores das camisas, nos escudos. Mostra como tal esporte incorpora não apenas uma terminologia bélica como também um vocabulário de sentidos e gestos religiosos.
(…) No Brasil o futebol é bastante jogado, mas insuficientemente estudado…

Os dados da catalogação:
Franco Júnior, Hilário
A Dança dos Deuses: futebol, cultura e sociedade
Companhia das Letras, 2007