John McCain, candidato republicano ao Governo dos EUA, na última quinta, sobre a renúncia de Fidel Castro, deu uma declaração entendida por muitos como politicamente correta, e por outros, incorreta. Ele declarou que espera ver logo “Fidel Castro junto com Karl Marx”, ou seja, a morte do ditador cubano e uma possível conversa póstuma com o pai do comunismo.
Embora irônico, o candidato rotulado como conservador poderia ser criticado por vários motivos, e elogiado por outros tantos, mas sem dúvida, foi de extrema sinceridade. Fidel é odiado pelos americanos, e para os cubanos, que é seu povo, amado e odiado. A rebelde esquerda brasileira sempre o idolatrou, entretanto, escondendo os erros do general. Particularmente, não nutro simpatia por ninguém que se intitula ditador, nem por aqueles que censuram a liberdade de expressão (muito menos por aqueles que inversamente trocam o propósito de liberdade de expressão por libertinagem). É certo que Fidel Castro foi muito bem em saúde, esporte e educação à Cuba. Mas é certo também que ele perdeu o time (momento certo) de sua saída, e a ilha virou uma velha lembrança da prosperidade vivida. Antiquada, corrupta e pobre. Este foi o derradeiro legado deixado pelo Castrismo. Deveria ter saído antes, por cima, se eternizado como lembrança de um bom governante. Mas o poder e a vaidade não combinam…
