Grande atleta, bom treinador e extremamente polêmico. Esta é a descrição básica de Emerson Leão. Embora contestado, amado e odiado, durante o programa Bola da Vez na ESPN Brasil, exibido no último sábado, ele deu uma declaração verdadeira, mas difícil de aceitar. Indagado sobre lesões em jogadores, o treinador santista declarou que: ser atleta de elite não é saudável. Todo atleta de alta performance encerra a carreira e se torna manco ou gordo ou com diversos outros problemas. E o pior é que isso é verdade! Atualmente, as exigências físicas extrapolam e muito as exigências técnicas. As habilidades deram lugar à correria, e se não houver um cuidado rigoroso com o corpo, o stress físico em todas as suas formas estão prontos a aparecer. E nisto todos são unânimes com Leão: atletas de alto rendimento sacrificam verdadeiramente a saúde. E uma última reflexão: e o bordão “Esporte é Vida”? O problema é que o Play deu lugar ao Game, o sport simplesmente é sport business.
Mês: fevereiro 2008
– O republicano sincero e o castrismo
John McCain, candidato republicano ao Governo dos EUA, na última quinta, sobre a renúncia de Fidel Castro, deu uma declaração entendida por muitos como politicamente correta, e por outros, incorreta. Ele declarou que espera ver logo “Fidel Castro junto com Karl Marx”, ou seja, a morte do ditador cubano e uma possível conversa póstuma com o pai do comunismo.
Embora irônico, o candidato rotulado como conservador poderia ser criticado por vários motivos, e elogiado por outros tantos, mas sem dúvida, foi de extrema sinceridade. Fidel é odiado pelos americanos, e para os cubanos, que é seu povo, amado e odiado. A rebelde esquerda brasileira sempre o idolatrou, entretanto, escondendo os erros do general. Particularmente, não nutro simpatia por ninguém que se intitula ditador, nem por aqueles que censuram a liberdade de expressão (muito menos por aqueles que inversamente trocam o propósito de liberdade de expressão por libertinagem). É certo que Fidel Castro foi muito bem em saúde, esporte e educação à Cuba. Mas é certo também que ele perdeu o time (momento certo) de sua saída, e a ilha virou uma velha lembrança da prosperidade vivida. Antiquada, corrupta e pobre. Este foi o derradeiro legado deixado pelo Castrismo. Deveria ter saído antes, por cima, se eternizado como lembrança de um bom governante. Mas o poder e a vaidade não combinam…
Torcidas Nazistas no Brasil
É de se lamentar o espírito nojento da ideologia de algumas torcidas organizadas, e cito como exemplo, de acordo com o Jornal O Lance, em 23/02/2008, a facção do Grêmio Portoalegrense intitulada “Facção 88”.
Esta torcida organizada montou uma comunidade Torcida Camisa 88 Gremista, onde símbolos nazistas, imagens de Hitler e separatismo são comuns nos perfis dos integrantes da facção. A própria nomenclatura, 88, vem da maneira velada para mascarar a saudação nazista “Heil Hitler”, pois o H é a oitava letra do alfabeto. Ou seja, 88 significa HH. Ainda, segundo o Jornal, o delegado Paulo César Jardim, da 1ª delegacia de Porto Alegre, alegou que o movimento neo-nazista no RS é muito forte, e que as torcidas organizadas estão repletas desses idiotas. Segundo ele, são caracterizados por fanáticos ideologistas, racistas e brigalhões.
Cabe a nós, cidadãos de bem (se assim nos considerarmos), promover o repúdio a estes extremistas. Quer mais absurdo do que promover neonazismo no Brasil? Chega de intolerância, ao mesmo tempo que não podemos ser tolerantes ao banditismo.
A contusão do Ronaldo
Certamente, até as pessoas que não gostam de futebol se compadeceram com a nova contusão do craque Ronaldo. Contusão que traz uma série de questionamentos e reflexões sobre a carreira e a qualidade do jogador. É claro que, ao escrever QUALIDADE, de pronto alguns pensarão: estará o professor duvidando do dom futebolístico do atleta? Não, evidentemente. Mas a discussão deve ser mais profunda.
Ronaldo Nazário, conhecido anteriormente como Ronaldinho, e após o advento do outro Ronaldo, o gaúcho, (o então técnico Vanderlei Luxemburgo mudou seu “nome artístico”), passou simplesmente a ser chamado de Ronaldo ou Fenômeno. Aliás, fenomenal é a história do atleta.
Tive a oportunidade de ver o Ronaldo ainda no Cruzeiro-MG, onde a sua forma magricela e rapidez já chamavam a atenção. Para os apaixonados por futebol, ninguém esquecerá quando o atacante roubou uma bola do magnífico goleiro uruguaio Rodolfo Rodriguez e o fez, literalmente, de bobo. Ousado, leve e inteligente, o jovem atacante de 16 anos despontava para o cenário nacional. Em pouco tempo, foi vendido ao PSV da Holanda, e ganhou projeção mundial. De lá para o Barcelona da Espanha, e posteriormente para a equipe da Internazionale da Itália. Num dos eventos patrocinados pela sua equipe e parceiros, tive novamente a oportunidade de vê-lo pessoalmente. Durante um evento bancado pela Pirelli, em Santo André, num campeonato de crianças carentes o qual tive o prazer de apitar, o Fenômeno desceu de helicóptero para entregar a taça à equipe campeã. Fiquei impressionado com o tamanho do jogador. Não tinha pescoço, pois era um tronco só. Forte excessivamente, beirando a gordura, não lembrava o franzino atacante que era. Sinceramente, ele de tão musculoso era assustador. Não tinha pinta de boleiro, mas de jogador de rúgbi. Daí por diante todos sabem do seu calvário. Sua contusão e a volta por cima na Copa de 2002. Suas novas contusões e suas novas tentativas em voltar a jogar num alto nível. Sua nova operação e sua nova preparação à volta aos gramados.
Para quem teve contato mais próximo dele, vai ter certeza que é um bom rapaz. Namorador, baladeiro, mas com um coração gigantesco. As noitadas trazem dúvidas do seu comportamento profissional, mas outros atributos compensam. O problema é que hoje Ronaldo é um jogador que vive do passado e da fama. Há muito ele não consegue render como antes. E não é culpa dele! É culpa do joelho. Todos torcem para o Ronaldo voltar, mas seria uma volta para sua despedida?
O ponto crucial da discussão é: teria sido Ronaldo drogado ao longo da sua carreira? O médico do Comitê de Dopagem da CBF Dr Bernardino Santi (demitido hoje!), declarou à Rádio Jovem Pan que quando Ronaldo jogou na Holanda, tomou doses de Esteróides Anabolizantes disfarçadamente (tomou sem saber), a fim de aumentar sua massa muscular. O médico ainda declarou que as causas do doping ocorrem muito tempo depois, ou seja, agora. Talvez ele tenha falado o que muitos gostariam ou que pensavam, mas não tinham coragem. E isso nos provoca à seguinte conclusão: como a indústria do doping está anos-luz à frente do anti-doping. Até através do exame de sangue se consegue burlar o resultado. Ronaldo deve ter, salvo engano, jogado no PSV em 1992-93-94. Os efeitos nocivos das drogas muitas vezes tardam, mas não perdoam. Eis o grande exemplo…
Quanto à qualidade, o que falar de alguém que jogou Barcelona X Real Madrid por ambas equipes e Internazionale X Milan também por ambas? Artilheiro maior da história das Copas e 3 vezes melhor do mundo!
A indagação inicial, delicadíssima em relação à sua qualidade, é de que: se não tivesse tomado drogas (involuntariamente), seu rendimento seria tão espetaculoso como foi ao longo da carreira?
?
Opinião particular: acho que teria os mesmos números, porém, com uma carreira menos dolorida e com maior número de jogos.
Boa sorte, Ronaldo!
O dia de São Valentino
Hoje é dia de São Valentino, o verdadeiro Dia dos Namorados mundo afora. Conhecido como Valentino’s Day, a data representa tudo o que o nosso 12 de junho pretende representar. Entretanto, nosso Dia dos Namorados foi criado para ser uma data comercial, contrariando o 14 de fevereiro. Seu idealizador foi João Dória (pai do apresentador João Dória Jr,), que trabalhava na agência de publicidade Standard, e teve como missão bolar um evento comercial para a rede de lojas Cliper, grande varejista da época, que sempre se queixava das poucas vendas do mês de junho. Aproveitando a véspera do dia de Santo Antonio em 13 de junho, (que tem a fama de ser casamenteiro no Brasil, muito embora não exista essa fama no exterior), criou o slogan: “não é só de beijos que os namorados vivem”. Tal bordão se popularizou, e outras empresas passaram a comercializar com base no dia dos namorados.
A propósito de São Valentino, ele foi um bispo que viveu em Roma e morreu como mártir, pois durante o império de Claudius II, o governante impôs uma lei proibindo o casamento, já que acreditava que soldados solteiros eram mais despojados em combate, pois os casados acabavam pensando em seus familiares e não “renderiam” como desejado. E Valentino, ocultamente, ajudava os casais a celebrarem o Matrimônio. Foi preso e morto cruelmente.
Nesta data, na Inglaterra, é costume os casais trocarem doces. Na Itália, ocorrem jantares românticos. Na Dinamarca, os homens empastam rosas e pétalas e dão um buquê de flores conhecido como “flocos de pétalas”. No Japão, são as mulheres que presenteiam seus parceiros com chocolate. Opa, quero comemorar a data no melhor estilo japônes!!!!!
EQUIVOCO DA IMPRENSA, OU MELHOR, DO FUTEBOL INTERIOR
ops: se não é equívoco, é mentira!!!
Lamentavelmente, fui surpreendido com uma matéria da Agência Futebol Interior, com teor sensacionalista, de uma “suposta declaração” realizada por mim antes do início da partida entre Olímpia X Comercial, pela série A2 do Campeonato Paulista de Futebol. Utilizo esse espaço para algumas considerações:
Quando há jogadores sem condições de jogo para uma partida de futebol, os árbitros entregam uma listagem com os nomes dos atletas com restrições. A partir da utilização das Súmulas Eletrônicas com o Notebook, a listagem deixou de existir e a mensagem de restrição aparece na tela do equipamento ao realizar a escalação. É dever da equipe de arbitragem informar à agremiação, através dos seus dirigentes, a restrição alertada pelo sistema. E assim foi feito. Em tempo, a informação é somente divulgada a quem possa interessar, no caso, à equipe do Olímpia.
Quando do registro dos dois jogadores, acusou-se a restrição pelo sistema, a qual nós árbitros não temos condição alguma e nem é de nosso ofício atestá-la ou não, apenas comunicá-la. E assim foi feito para com o presidente do Olímpia, Sr Reginaldo Breda e o treinador da equipe, Sr Cândido Farias. Se ocorresse tal impedimento de qualquer jogador do Comercial, a agremiação também seria informada. Assim, após o aviso (e não há nenhuma recomendação dos árbitros para barrar ou não um atleta, reforço o caráter INFORMATIVO), a agremiação confirmou a escalação dos jogadores, pois, segundo a mesma através dos seus representantes, tinham convicção que os atletas estavam regulares (e isto também não importa para os árbitros, pois não é função nossa dar condição de jogo quanto a registro no departamento técnico).
Portanto, lamento a informação errônea de que o quarto-árbitro Rafael Porcari disse que os atletas estão com documentação irregular. Não dei entrevista a nenhum jornalista, a nenhuma outra pessoa envolvida ou não no confronto, e somente informei a mensagem de restrição aos dirigentes, como é de minha obrigação.
Lamento ainda que tenha sido citado o meu colega árbitro (Raphael Alves dos Santos), como alguém que recomendou a não escalação dos atletas. Não temos este poder, não fizemos isso e sou testemunha que também o árbitro Raphael Alves dos Santos não deu nenhuma declaração.
Finalmente, lamento tal inverdade, e utilizo tal termo por ser mais polido do que outros que deveria, pelo fato de insinuarem declarações públicas extraídas sabe-lá-Deus de onde!
Gostaria sinceramente que se provasse que o quarto-árbitro tivera dito que os jogadores estavam irregulares (fato explicado acima) e que o árbitro recomendara a não escalação.
Infelizmente, há péssimas formas de se noticiar algo, e me parece ser esta uma delas. Como em todo setor de atividade, há bons e maus profissionais. No futebol, isso é uma verdade redundante.
Transparentemente, abaixo coloco o link da súmula do jogo:
http://www.futebolpaulista.com.br/sumulas_2008/a2/4474-48a.jpg
Abaixo, a matéria errônea:
Bomba na Série A2! Clube pode perder pontos no TJD
Olímpia, SP, 07 (AFI) – O Olímpia está uma quinta-feira feira negra. Além de ser derrotado, por 1 a 0, para o Comercial, dentro de casa, pela quinta rodada do Campeonato Paulista da Série A2, o clube corre o risco de perder pontos no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).
O Galo AZUL pode ser punido pelas utilizações dos atacantes Bispo e Alan. Segundo o quarto árbitro do confronto contra o Bafo, Rafael Porcari, os jogadores estão com suas documentações irregulares junto a Federação Paulista de Futebol (FPF).
Mas a diretoria do Olímpia ignorou as recomendações do árbitro de não escalar os jogadores e mandou eles a campo. Alan começou a partida como titular. Já Bispo entrou no segundo tempo, no lugar de Baiano.
Disputados cinco jogos da A2, o Galo Azul faz uma campanha mediana, ocupando a 13ª colocação, com seis pontos. O time volta a campo na próxima quarta-feira, dia 13, frente à Portuguesa Santista, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos, às 19h30.
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O tempo de viver
Hoje tive uma aula de como encarar a vida. Conversando com um senhor muito simpático, que houvera me dito ter 92 anos, aprendi uma lição: viver intensamente, e viver “o hoje”.
Jogando conversa fora com ele, perguntei: Com toda sua experiência, o senhor deve ter vivido muita coisa. Qual a melhor fase da nossa vida? E ele simplesmente respondeu: Esta sua e esta minha! Todas as fases da vida têm a sua beleza. Não tenho saudade alguma da minha juventude, e olha que foi boa! Não podemos viver do passado, temos que aproveitar a vida agora, com a idade que tivermos!
Sábias palavras de um homem quase centenário… Não me senti a altura para discutir. Aliás, discutir o quê? É ouvir e praticar!
A propósito, essas palavras me lembraram um poema, que na verdade é uma escritura bíblica do livro dos Provérbios, que mais ou menos retrata a idéia do meu amigo jovem-idoso. Segue abaixo:
Tudo tem seu tempo determinado, e
há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
há tempo de nascer e tempo de morrer,
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou,
tempo de matar e tempo de curar,
tempo de derribar e tempo de edificar,
tempo de chorar e tempo de rir,
tempo de prantear e tempo de saltar de alegria,
tempo de espalhar pedras e tempo de juntar pedras,
tempo de abraçar e tempo de afastar-
se de abraçar, tempo de buscar e tempo de perder,
tempo de guardar e tempo de deitar fora,
tempo de rasgar e tempo de coser,
tempo de estar calado e tempo de falar,
tempo de amar e tempo de aborrecer,
tempo de guerra e tempo de paz .
(Ecle 3, 1-5.)
