Amigos, estive na última rodada no Estádio chamado de “Arena Barueri”, palco indicado para a possível Copa-2014 no Brasil. E a surpresa foi imensa! Para os que conhecem estádios de futebol, tal construção é inimaginável no país. Há 6 vestiários para as equipes, 1 vestiário para arbitragem com 3 ambientes (feminino, masculino e, pasmem, misto), todos equipados com mini-quadra de grama sintética para aquecimento, banheiras de hidromassagem, entre outras instalações. A limpeza e a sinalização interna é um primor. Estacionamento amplo e coberto para veículos são outras boas características.
No campo de jogo, o gramado é perfeito. Não há alambrado nas cadeiras laterais, sendo que os confortáveis bancos de reserva dividem o espaço com os torcedores (que deverão se comportar bem, evidentemente). Há uma separação nas arquibancadas gerais, onde os ingressos são populares e se localizam atrás do gol. Há restaurantes de bom gosto, camarotes, sala de imprensa e reservados especiais.
Pelas fotos anexas, vê-se que tudo é muito bom. Mas, o grande detalhe, é que a Arena está situada em uma das regiões mais pobres de Barueri, rodeado de favelas e cortiços. Para quem chega ao estádio, via Castello Branco, depara-se com ruas estreitas e esburacadas; para sair do estádio, transita-se por vielas e por um ambiente miserável. Se você for bom observador, verá, ao fundo do telão de alta definição (placar eletrônico), que há barracos e “torcedores” observando a movimentação do alto de suas madeirits.
A grande questão que fica é a seguinte: Todo o estádio foi construido com dinheiro público; afinal, a Arena é municipal. Terá, tal investimento, retorno aos cofres públicos? Valeu a pena investir? Ainda: o investimento é social, a agregação e resgate pela ação do esporte terão o efeito esperado? Tal iniciativa de responsabilidade social prevalece sobre outros gastos com a população carente? Os carentes locais estão satisfeitos? Hospitais, Escolas e Moradia popular foram preteridos, ou não há ou deverá haver correlação?
Sinceramente, não sei discenir o que deva ser correto para responder tais questionamentos. Ou melhor, até sei, mas confesso que desagradaria os gestores públicos.
Obs: Confesso que presenciar tal obra é satisfatória aos amantes do futebol. Mas penso que, tantos diferenciais não sejam algo espetaculoso, mas apenas necessário ao futebol. Não que o Arena Barueri seja ruim. Ele se equipara aos estádios modernos europeus. O problema é que a nossa base comparativa, os estádios aqui existentes, são muito ruins. E ter um estádio ideal, arrumadinho, limpo, de bom funcionamento, passa a ser uma vantagem competitiva ao proprietário.
Ano: 2007
O Doping Do Dodô Não Deu Dúvida. Dádiva Dos Dados.
A brincadeira literal que nomeia este tópico deve-se à indignação de certas decisões e regulamentações da lei, principalmente na esfera esportiva.
O centroavante do CR Botafogo, Dodô, craque indiscutível, bom moço de formação e exemplar atleta, foi flagrado pelo exame anti-doping do Campeonato Brasileiro, devido ao uso de uma substância proibida. A mesma não era estimulante, não melhoraria seu rendimento, foi tomada involuntariamente, mas… estava proibida. Atletas de diversas categorias foram punidos pelo uso de substâncias proibidas, mesmo que utilizadas sem o propósito de benefício ou descuido.
O jogador foi preventivamente suspenso, mas após seu julgamento, por 5 a 3 segundos os auditores, ganhou-se a absolvição e Dodô foi liberado.
Analise o seguinte: Se o regulamento proíbe, porque a impunidade? Se foi involuntário o uso, tenha maior cuidado. Se o médico não avisou o atleta que tal substância poderia ser acusada como doping, puna o atleta e o clube puna o médico. Mas punir a moral do campeonato?
O precedente está aberto. Nos próximos dopings, poderá se alegar a involuntariedade e desconhecimento das substâncias, e como dado que cria jurisprudência, um bom advogado poderá se utilizar do mesmo fato.
Pior do que isso, é a não punição ao clube em casos em que se comprova o dopping. Se um clube ganhar por 3 X 0, e a vitória se der por 3 gols de um jogador dopado, somente o atleta é punido e o clube não perde seus pontos. Ora pois! Quem garante que se o atleta não estivesse atuado dopado teria marcado os gols?
Mauro César, da ESPN, foi mais longe num brilhante exemplo: se um torcedor joga um chinelo contra um árbitro, o clube é punido. Se um atleta marca gols e dá a vitória ao seu time, só o atleta é punido.
Vai entender…
Bom ou mau caminho da inclusão digital
A Folha de São Paulo publicou, nesta última sexta-feira, que metade dos brasileiros ainda não acessa com freqüência qualquer tipo de computador. E aí vem aquela velha história de interpretar uma manchete e saber discerni-la adequadamente. Será que as políticas públicas a fim de promoção da inclusão digital são positivas, pois em um país continental como o nosso, e com grandes dificuldades devido ao abismo de renda social, tal índice é positivo; ou, se essas mesmas políticas são ruins, pois ainda metade da população permanece analfabetizada digitalmente?
É como um copo com água pela metade: ele está meio cheio ou meio vazio? Responda de acordo com a sua sensibilidade. Particularmente, penso que o esforço da inclusão digital tem sido positivo, apesar da corrupção galopante em nosso país.
O Prêmio da Incompetência da ANAC
Sensibilidade não é o forte de muitos políticos. Veja que absurdo: segundo o Jornal Nacional, de 20/07, os diretores da Anac foram PREMIADOS pelos bons serviços prestados à aviação brasileira.
???
Não são eles os responsáveis pelo caos aéreo? Não é deles o controle e fiscalização sobre a Infraero e as empresas de aviação civil?
Deve ser extremamente perturbante a receptividade aos familiares do vôo da TAM que atravessou a pista de Congonhas nesta última semana ouvir tais manchetes. Se premia a incompetência? Se premia a arrogância, já que o presidente da ANAC ainda não se manifestou desde o dia do lamentável episódio?
Nesse clima de jogos pan-americanos, deve estar sobrando medalhas. É a única justificativa para dar medalha de “Honra ao Mérito” a esses senhores.
Abaixo, matéria sobre o assunto extraída do JT: http://www.jt.com.br/editorias/2007/07/21/ger-1.94.4.20070721.25.1.xml
Prêmio?
3 dias após o desastre, diretores da Anac recebem medalha do governo
Primeiro foi o lamentável “relaxa e goza” da ministra Marta Suplicy. Depois, veio o “apagão por causa do crescimento” do ministro Guido Mantega. Anteontem, os gestos obscenos do assessor especial Marco Aurélio Garcia. Quando se esperava a retração e o comedimento nas declarações dos integrantes da administração federal depois da seqüência de deslizes, eis que três dias depois da maior tragédia da história da aviação civil e, em plena crise aérea, o governo promoveu a condecoração de dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por serviços relevantes ao setor.
A cerimônia de entrega das medalhas “mérito Santos Dummont” ocorreu ontem, na Base Aérea de Brasília. O vice-presidente José Alencar condecorou quatro pessoas: o diretor-presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e três outros diretores da agência, Denise Abreu, Leur Lomanto e Josef Barat. A medalha é entregue a personalidades civis e militares que se destacam por serviços prestados à Aeronáutica.
Desde a tragédia com o avião da Gol, há seis meses, a Anac tem sido alvo de duras críticas pela incapacidade de controlar a crise aérea. A agência não conseguiu até hoje, por exemplo, impor às companhias mudanças na malha aeroviária que descongestionem os aeroportos.
Zuanazzi foi um dos dirigentes do setor aéreo que perpetrou uma das frases mais infelizes ao tratar dos problemas da aviação. Segundo ele, o País “não vivia nenhuma crise”.
No fim do ano passado, Zuanazzi também prometeu que os brasileiros estariam livres de qualquer problema aéreo – passaram, ao contrário, por um caos sem precedentes.
Desculpas
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, pediu ontem desculpas pelo gesto obsceno feito na quinta-feira à noite. Apesar de ter ficado aborrecido com o episódio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não repreendeu Garcia. Lula encarou o episódio como “uma infelicidade, um acidente de percurso” e pediu ao chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, que tranqüilizasse Garcia.
Para Lula, o episódio está sendo superdimensionado. “Foi uma infelicidade, mas essas coisas acontecem”, comentou o presidente. Mas a Comissão de Ética Pública do governo vai analisar o comportamento de Garcia em sua próxima reunião, dia 30. Três partidos de oposição – PSDB, PPS e Democratas – pediram a demissão do assessor.
Protestos
Cerca de 130 pessoas deitaram por dez minutos no piso do saguão de embarque de passageiros do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para lembrar os mortos do vôo 3054 e protestar contra o descaso das autoridades com a crise aérea. Cada manifestante colocou no peito o nome de uma das vítimas do acidente.
O protesto foi silencioso. Os participantes foram cercados por cerca de 150 pessoas, que, ao final, aplaudiram o ato.
A iniciativa foi de três jovens, que, indignados com o acidente, fizeram a convocação pela internet. “Divulgamos para cerca de 200 pessoas e elas replicaram”, explicou o publicitário Daniel Martins, 33 anos. “Sentimos a necessidade de participar mais do que está acontecendo no País, manifestar nosso descontentamento e também mostrar para os familiares e amigos das vítimas que eles não estão sozinhos.”
Houve também manifestações em São Paulo e no Rio.
Uma Visão Americana do Pan
Me chamou a atenção, e compartilho com vocês, matéria da Folha de São Paulo sobre um blog de uma atleta americana, no qual ela relata sua visão (negativa) do Rio de Janeiro. Nele há exageros, há realidades, há má vontade. Deixo à vontade dos leitores interpretá-lo como fiel ao cotidiano carioca ou não:
Extraído de http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u313654.shtml
Uma cidade sitiada, com agentes do FBI à paisana para garantir a segurança da população. Com rios poluídos, margens repletas de animais mortos, enquanto os vivos bebericam as águas negras, infestadas pela poluição. Não há comida decente por perto, o que obriga os estrangeiros a procurarem durante horas por alimentos que atendam às suas necessidades nutricionais. Este é o Rio de Janeiro que a norte-americana Angie Akers, 31, enxerga nos Jogos Pan-Americanos.
Atleta do vôlei de praia, modelo e socióloga por formação, Akers participou pela primeira vez de uma competição no Brasil, ao lado da companheira Brooke Niles Hanson(…).
“A cidade inteira, de tantos milhões de habitantes, só tem favelas. Os rios correm negros. Porcos e outros animais bebem a água suja. É terrível”, escreve a atleta em seu diário virtual.
“As coisas aqui são muito loucas!!! Não há o que se preocupar com segurança, porque há 15 mil policiais, agentes do FBI à paisana, agentes secretos etc, em todos os lugares. Esse lugar é o mais pobre que já vi. É muito triste”, relata Akers, que faz uma ressalva. “Copacabana, onde jogo, é o lugar mais legal de tudo o que vi.”
A Vila Pan-Americana também mereceu criticas leves no texto da jogadora. “A Vila é legal. Foi construída especialmente para os Jogos e os apartamentos serão vendidos para os mais ricos do Rio depois que sairmos. Mas, para se ter idéia, é o básico do básico. Não existe luxo aqui”, afirmou, referindo-se aos alojamentos de atletas, que já receberam reclamações de outros competidores.
Outra crítica de Akers que chama a atenção é quanto ao cardápio da Vila. “É interessante. Nos disseram que teríamos uma ótima comida, aprovada por nutricionistas esportivos. Estou chocada com o que os atletas de outros países comem. Muita batata frita, cachorro-quente, pães e sobremesas que vocês [leitores] não acreditariam. A maioria dos atletas nem parece atleta”, continua a norte-americana, que disse ter encontrado dificuldades para se alimentar.
“É uma dificuldade para encontrar comida boa. Brooke [Hanson, a parceira] e eu quase ficamos em pânico no primeiro jantar e café da manhã, quando procuramos por algo que conseguíssemos comer”, escreveu a atleta, que só poupou uma grande churrascaria, que disse ter visitado na noite de quarta-feira. “Foi uma das melhores refeições que fiz na vida.”
O sistema de transporte dos atletas também rendeu críticas da norte-americana. “Quando temos dois treinos, são quatro horas no ônibus. Quando é um treino, só duas horas. Eles [organizadores] realmente nos mantêm ocupadas”, escreveu.
Diante de tantas críticas, a Folha Online procurou Akers para conversar a respeito. Mas, recém-eliminada pela dupla mexicana, a “Miss Sunshine” de Redondo Beach não quis conversa. “O Rio é um ótimo lugar para receber um Pan-Americano”, afirmou, antes de deixar a zona mista das arenas de Copacabana.
Colaborou JOSÉ RICARDO LEITE, da Folha Online, no Rio
Parada Homo X Parada Hetero
Fico pensando sobre toda essa manifestação dos grupos GLTB durante a Parada Gay. E chego a conclusão de que tal evento nada mais é do que um carnaval homossexual, sem atender aos propósitos da causa defendida.
O lema pregou o fim da Homofobia e respeito aos direitos dos homossexuais. Mas como levar a sério, se os manifestantes estão sambando a um volume inaudível, com fantasias diversas e outros praticamente nús?
Ligo a TV e vejo um moreno, em cima de um trio elétrico, apenas de mini-saia. Onde está a defesa da manifestação? Onde estão as faixas reinvindicando os direitos gays?
No sábado anterior, houve uma caminhada lésbica na Av Paulista, com aproximadamente 200 pessoas, em defesa do direito das homossexuais. Sinceramente, este protesto tem muito mais respeito e dignidade do que os 3 milhões da Avenida Paulista. Elas protestaram, os outros festejaram.
Respeito o homossexual, mas não faço defesa da prática. A opção sexual de cada um deve ser discreta, respeitosa, para que não se torne vulgaridade ou promiscuidade. A Parada Gay se tornou uma festa de apologia, libertinagem e pornografia, aceita pela mídia e pelos grupos empresariais que querem negociar com este público consumidor.
Já imaginaram a repercussão de uma parada de 3 milhões de heteros, fazendo apologia a heterossexualidade? Seria condenada por muitos.
A causa que poderia ser cidadã parece se tornar libertina. Infelizmente.
Avaliação Paradidática
(Extraído de Homilia do Papa Bento 16 – Urbi et Orbi (a cidade e o mundo), anunciada durante a missa de Natal em 25/12/2006. Extraída de www.vatican.va)
“O homem superou os limites da Conquista Espacial,
decifrou o genoma humano,
construiu máquinas de alta tecnologia,
definiu novos conceitos de trabalho,
criou novas civilizações…
E ainda não conseguiu resolver os problemas da humanidade,
como a fome,
o desemprego, e
a miséria. (…)
Tomara que as pessoas não se desliguem de Deus e dos pobres,
em uma época fortemente marcada
pelos aparatos tecnológicos”.
A alta tecnologia promove a eficiência produtiva, além de permitir a busca insaciável da efetividade na produção. Os lucros obtidos por tais maquinários permitem sobras de recursos, os quais são reinvestidos em outras áreas da administração. Uma delas é a ação social. Outrora, várias organizações doavam parte de seus recursos a instituições sociais. Hoje, As próprias empresas criam departamentos ou organismos para tais ações, deixando as antigas instituições a mercê de doações de anônimos. Isso ocorre, na maioria das vezes, da necessidade de divulgação da sua marca. Teriam elas competência social para promoverem o assistencialismo? Seria um caminho para a resolução dos problemas da humanidade? É uma espécie de publicidade com a desgraça de terceiros? O que pensamos sobre isso? Como administrar em volta deste conflito ético-social?
1 – O empreendedor, como discutido em aula, não tem no lucro o seu único objetivo, mas a realização de um sonho. Como administrador, cidadão e possível empreendedor, responda: Os empreendimentos realizados nas áreas sociais:
– hoje são suficientes através de ações corporativas;
– serão suficientes futuramente;
– ou inevitavelmente se tornarão insuficientes?
Argumente sua resposta, sob a luz do empreendedorismo e a responsabilidade social.
2 – As empresas investem nas mais diversas ações sociais para a prática da responsabilidade social. Diante do texto, o que você pensa: tal prática também é válida, mesmo com fins lucrativos e promocionais? Responda refletindo sobre a sombra das questões morais, éticas e comerciais.
3 – Como cidadão e administrador ético que você é, responda: você se sente responsável também na resolução dos problemas da sociedade, seja pelas suas ações sociais ou pelas corporativas, ou a ação social deve ser exclusiva do governo?
4 – Um grande conflito de difícil negociação tem sido a questão de investimentos pesados em corrida armamentista, pesquisas tecnológicas e aeroespaciais por muitos governos, onerando suas contas. O que você pensa sobre o antagonismo da riqueza excessiva de algumas nações e a miséria absoluta de outras: países ricos são responsáveis pela pobreza dos demais, ou estes não tem nenhuma relação nem obrigação frente à possível incompetência administrativa dos pobres?
A Fundação Cobra Coral e o Secretário
Deu na Bandeirantes AM: Segundo o respeitado jornalista José Paulo de Andrade, o secretário que coordena as subprefeituras do Município de São Paulo, Ronaldo Souza Camargo, esteve em contato com a Fundação Cacique Cobra Coral, a fim de negociar a realização de um rito espiritual contra as chuvas na cidade de São Paulo, garantido tempo seco durante a visita do Papa Bento XVI.
O comentário surge devido ao espanto da incoerência: como uma cidade que recebe o Papa, líder católico, pode solicitar a uma entidade de outra profissão de fé (a propósito, contrária a fé cristã), a garantia de que não haverá chuva. Nem a NASA consegue (embora já esteja estudando tal prática) fazer ou não fazer chover com precisão.
Ora, ora… Só falta o secretário recepcionar o Papa com os dizeres: Saravá, meu Papa! É o samba do criolo doido mesmo!
O sacrifício da vida pessoal e da profissional
Em derradeira atividade realizada com alunos do 5º semestre de Administração de Empresas, procurou-se explorar através de um texto paradidático, um embate de idéias sobre o esforço necessário ao sucesso das carreiras. Na mesma aula, buscou-se uma auto-reflexão dos universitários sobre até onde abririam mão da sua vida pessoal (saúde, finanças, relacionamentos e lazer) para a realização profissional.
A questão-chave se resumiu como: Até onde você sacrificaria sua vida pessoal para a concretização do seu sonho profissional?
Na primeira indagação, os alunos oralmente reagiram com a não aceitação de sacrifícios em prol do sucesso de suas carreiras, alegando que a família e a saúde eram inegociáveis.
Posteriormente, quando responderam formalmente no papel, talvez pela racionalidade e frieza das afirmações, o índice surpreendentemente se inverteu. Os números indicaram que 60% dos alunos aceitariam sacrifícios para realizar seu sonho profissional; 35% não aceitariam, e 5% ponderaram suas respostas em relação ao que iriam sacrificar. Um aluno, ironicamente, disse que abriria mão do seu casamento “imediatamente”.
Tal questionamento é muito relativo, principalmente se levarmos em conta o quanto as pessoas se abatem, se motivam, se dedicam e até mesmo, o quanto sonham. Não se mensura, ou melhor, não se quantifica sacrifício. Só quem o exerce pode dizer se valeu a pena ou não.
A Quebra de Patentes
Na última sexta-feira, o presidente Lula, de maneira corajosa, permitiu a quebra de patentes, ou licenciamento compulsório como alguns juristas estão dizendo, dos coquetéis Anti-Aids.
É claro que, torna-se vexatório para qualquer empresa cobrar preços abusivos sem justa causa, principalmente se os mesmos são remédios.
O laboratório Merck, por exemplo, vendia o medicamento anti-Aids Efavirenz com preços diferenciados à Tailândia em relação ao Brasil. E sem justificativa comercial ou financeira! Segundo a Folha de São Paulo (clique no link), tal medida resultará em uma economia de US$ 130 milhões, a serem aplicados no próprio combate a Aids.
A grande questão é: fere-se a Moral (quebrando-se uma regra para o fim social), ou se fere a Ética (interferindo num certo de maneira abusiva ao desrespeitar o esforço científico do laboratório)?
Particularmente, neste episódio, não acredito estar sendo quebrada nem a ética nem a moral, mesmo respeitando as muitas opiniões contrárias que surgem.
O que é Bravata?
Novamente o Presidente Lula utilizou o vocábulo BRAVATA para comentar sobre determinada situação. Durante as eleições, tal palavra “entrou na moda”, mesmo sem a maioria das pessoas saberem o que seja. E, pasmem, dicionários mais simplórios não possuem tal termo!
E o que é Bravata, afinal?
Bom, na última edição da Revista Época, nº 465, ed 16/04/2007, Coluna Dois Pontos, Pg 33, o presidente adimitiu que já utilizou desse expediente, o qual criticou em outras oportunidades.
Bravata é… Ah, se você não sabe, tá muito mastigado colocar aqui. Então, veja esse fórum de debates sobre o termo bravata, e você entenderá o que é (coisa simples, não se assuste).
Abaixo, um fórum do Yahoo sobre o termo:
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061012161448AA3Zv3Q
A Contrainformação da maconha
É sabido que, apesar dos alardes contra o uso de drogas, existirão ainda os desavisados. Também existirá desinformados ou confusos. O problema real é a existência dos apologistas.
Em recente matéria que publiquei em meu site, intitulada “efeitos nocivos da Maconha”, extraído de matéria da Campanha “Jovem Pan pela Vida contra as drogas”, procurei mostrar o quão perverso pode se tornar o vício. Somente os parentes e amigos verdadeiros dos dependentes sabem o sacrifício dispensado para a recuperação do usuário. Neste mesmo blog já retratei recente mea culpa de matérias antes apologistas e que hoje mostram a nefasta dependência causada pela maconha (ver post) .
Porém, as críticas surgem pelo lado dos pseudo-sabedores dos efeitos não tão nocivos segundo os mesmos. Recebi uma mensagem de desafeto de um grupo pró-liberação da maconha que gostaria de compartilhar. Aliás, a página é uma louvação ao uso da erva. O link está em http://www.growroom.net/board/index.php?s=&showtopic=19275&view=findpost&p=273359
É uma pena ainda existir tanta informação desencontrada. E a busca da confusão sobre as verdades que devem ser ditas.
Vítimas da Crise Aérea
O caos que se encontra a aviação brasileira realmente tem tomado proporções impressionantes. O efeito dominó proporcionado pelo problema aéreo também.
Gostaria de compartilhar o acontecido comigo e alguns companheiros que trabalhariam no Campeonato Brasiliense de Futebol.
Nosso vôo mudou de cia por 3 vezes. Onze mudanças de horários. As 24 horas de antecedência que teríamos em Brasília, para uma preparação adequada, tornaram-se meia hora de atraso. Clubes à espera, imprensa desconfiada, torcedores curiosos, e árbitros estressando-se nos balcões e corredores de Congonhas.
(veja nossas entrevistas em reportagens do Terra e da Globo nos links)
O desrespeito é grande e não há culpados definidos. Uma hora é o governo, outra os controladores, outra ainda as empresas de aviação. Sobra, principalmente, para o aparelho Cindacta1. Claro, ele é uma máquina, não poderá reclamar ou defender a sua causa.
E, para surpresa geral, assisto o Luciano do Valle, durante o clássico São Paulo X Palmeiras, alardear sobre a Varig: “Parabéns, Varig, a única cia que não atrasou os vôos durante a crise!” É mole…. quase 21 horas de espera, Luciano! E era pela Varig…

O Turismo do seu Agnaldo
Revoltante, repugnante e lamentável. Todas as opiniões devem ser respeitadas em uma democracia, mas a colocação de Agnaldo Timóteo, sobre o que pensa sobre a Prostituição no Brasil, é algo nojento.
O nobre cantor e político, declarou abertamente que deveria ser liberado o turismo sexual no país, pois gerava emprego e renda, além das divisas em dólar que entrariam.
Ops! Mas que infelicidade é essa? Quer dizer que ao invés de buscar a dignidade do trabalho humano, o respeito a doçura e aos direitos da mulher, além da moralidade social (tudo bem que moral é algo relativo para muitos), utilizamos de subterfúgios demagogos sobre renda?
Prezado Agnaldo, você não foi bem nessa…
Casa Bahia como disciplina em Harvard
A reconhecida Universidade de Harvard, em seu curso de Mercadologia, incluiu um estudo de caso tupiniquim em sua grade curricular: The Casas Bahia: a brazilian case.
Na verdade, os mestres da renomada instituição utilizarão-se, provavelmente, dos elementos comparativos ao fenômeno americano Wal-Mart, que procura decolar no país mas não consegue (por enquanto), devido a dificuldade em fazer frente ao Carrefour e Pão de Açúcar.
Os pontos em comum dos dois mega varejistas são: redução de custos, investimento maciço em mídia, diversidade de produtos, boa localização e grande capital de giro. Sucesso certeiro a qualquer instituição se esses elementos forem utilizados com competência administrativa.
Cinestesia e Sinestesia
Deu no “Pontapé Inicial”, da ESPN: José Trajano indagava a coluna do Tostão, sobre o fato do mesmo escrever que a carreira do Romário foi fantástica, pois o mesmo era cinestésico com a bola. A discussão ficou voltada ao entendimento do que Cinestesia representava para o futebol, com algumas explicações e busca do verbete em dicionários (ao vivo, no ar mesmo).
Sucintamente e de maneira bem coloquial, CINESTESIA se refere a questões relacionadas ao transporte e física. É uma faculdade da mente, buscando teletransporte, por exemplo. SINESTESIA é o fato de fazer algo parecer com outro sentido; exemplificando: “aquela cor tem um cheiro maravilhoso” – (visão X olfato).
Como a pendenga não ficou resolvida no programa, vai um pitaco bem particular: Romário era o rei da Cinestesia dentro de campo e cansou de nos dar lances sinestésicos de magia com a bola.
Próxima Escala Série A1
Próximo jogo: PALMEIRAS x GUARATINGUETÁ, como 4° árbitro.
Confira a escala completa do Paulistão abaixo no link:
Confira os últimos jogos trabalhados também:
http://www.professorrafaelporcari.hpgvip.ig.com.br/jogos3.html
O Mea Culpa do The Independent sobre a Maconha
Certamente, um dos assuntos mais complicados para discussão é a questão da legalização da venda dos narcóticos. Particularmente, sou radicalmente contra a venda legal de drogas, e sei que estarei sendo contrário a algumas vozes que defendem o uso controlado da Maconha.
Há 10 anos, o jornal britânico The Independent fez, em editoral, a defesa da liberação da venda da Maconha, considerando-a “droga leve”. A justificativa é que os efeitos não eram tão nocivos, de que por possuir propriedades farmacológicas poderia ser usada para fins terapêuticos e que extinguiria-se o tráfico ilegal.
Pois bem, na última semana, o mesmo jornal criticou seu comentário da década anterior. Fez uma espécie de mea culpa pela irresponsabilidade do artigo. Assumiu a infelicidade da sua colocação frente ao assunto, convencido, segundo o The Independent, de que o sofrimento das famílias era muito mais danoso do que a liberdade de comercialização. O diário apontou ainda uma pesquisa inglesa que indicava que de 55% dos usuários de maconha precisavam de clínicas para abandonar o vício.
É claro que os ativistas pró-maconha utilizam-se de vários argumentos: o funcionamento legal das drogas na Holanda, o pagamento de impostos, a venda por parte de multinacionais controlando o consumo, etc.. Nada disso me convence. O sofrimento de um pai e de uma mãe, vendo seu filho afundado no abismo do vício, é algo muito mais difícil à sociedade. A deturpação de valores morais e sociais, o gasto financeiro, a dependência química e o descontrole emocional justificam plenamente a proibição da Maconha.
A Polêmica dos 1000 gols do Romário
Romário está próximo, segundo suas contas, do milésimo gol. Claro que muitos compararão o “gol mil” de Pelé com o do Romário. Claro que questionarão a validade da marca e a autenticidade dos gols. Pelé tinha 28 anos quando fez seu gol 1000. Romário já é um senhor de 40 anos.
Mas, se para os críticos de plantão isso é “açúcar no mel”, não me juntarei aos mesmos. Romário é um craque, um símbolo. Assim como Garrincha foi o responsável maior pelo bicampeonato mundial de 1962, Romário o foi no tetra de 1994. Ele é marrento? Sim, é verdade. É, muitas vezes, arrogante e festeiro? Sim, também é verdade. Mas ele é artilheiro, e dos bons!
Talvez tenha sido o maior goleador dentro da pequena área. Vou ser redundante com o noticiário atual, e parafrasearei os jornalistas: o maior gol de Romário aconteceu com o nascimento da sua filha caçula, portadora da Síndrome de Down e cujo acontecimento ajudou o atleta a mudar de conduta fora de campo.
Sabe-se que o milésimo gol, na verdade, é mais simbólico do que verdadeiro. Pela metodologia, outros craques já teriam alcançado a marca dos 1000. Ou será que Dadá Maravilha, Cláudio Adão, Túlio Maravilha e outros tantos que rodaram o mundo do futebol brasileiro até a 3ªidade não conquistaram tal marca?
Independente da numeração, parabéns Romário. Craque que jogou muita bola e que não reclamava da arbitragem, ok?
A propósito, usando da contagem romariana de jogos, já ultrapassei a marca dos 600 jogos apitados. Também quero festa para minha milésima arbitragem….
O Novo PIB brasileiro
Mas, enquanto se festeja tal número, uma pergunta se faz necessária: é possível maquiar, adulterar, forjar números a bel prazer, a fim de propaganda governamental?
Seria leviano e imprudente afirmar que os números foram mudados por ordem do governo. É claro que tal calúnia renderia muita discussão. Mas a questão se torna relevante quando discutimos sobre a lisura da apresentação dos números. Quem “confere” os dados? Os números apresentados pelos outros países são reais?
Fica a reflexão.
A propósito, a lista das maiores economias mundiais. (fonte: Cepal, Austin Rating e IBGE -em US$):
1- EUA: 12,486 TRI
2-JAPÃO: 4,571 TRI
3-ALEMANHA: 2,797 TRI
4- CHINA: 2,225 TRI
5- REINO UNIDO: 2,201 TRI
6- FRANÇA: 2,106 TRI
7- ITÁLIA: 1,766 TRI
8- CANADÁ: 1,13 TRI
9- ESPANHA: 1,127 TRI
10- BRASIL: 882 BI
11- CORÉIA DO SUL: 793 BI
Imagem Arranhada no Mercado de Trabalho
Nas últimas aulas, tenho trabalhado com meus alunos quanto à conduta profissional. E em uma das inúmeras atividades, determinada classe foi questionada sobre a aceitação de oferta de trabalho em empresas com imagem prejudicada por ações imorais, anti-éticas ou com corrupção explícita. E, pasmo, li todas as opiniões! Quase 80% dos mesmos responderam que, devido a falta de oferta de emprego, aceitariam sem constrangimentos uma proposta de trabalho em empresas com imagem maculada.
Tal índice leva a uma rápida reflexão: As dificuldades financeiras estão sobrepondo a integridade e a esperança dos futuros administradores. E para um país com tantos problemas como o Brasil, é muito pertinente a ação de administrados éticos e com lisura em suas funções.
É uma pena tal resultado. Procurarei, modestamente, reverter essa opinião fornecida pelos futuros bacharéis.
Cony e os Profetas
Carlos Heitor Cony, grande colunista e crítico (sou um grande admirador do mesmo), publicou um artigo na FSP de 22/03/2007, pg 02, intitulado “Uma Nova Religião”, ao qual cita a existência de novas religiões baseadas na crença em Discos Voadores. Meu comentário não visa argüir a crença pessoal ou manifestação de fé alheia, mas tem como propósito fazer uma pequena correção de um comentário infeliz do nobre autor. Aliás, Cony que é notorizado pelos comentários políticos, enveredou em uma área perigosa. O mesmo cita que terrestres são abduzidos desde a antiguidade (…) e que o profeta Elias foi arrebatado ao céu por uma carruagem de fogo (…).
Apesar de Cony afirmar que não acredita em extraterrestres, cometeu uma enorme gafe na passagem bíblica citada. A expressão carruagem de fogo não está ligada a ETs ou OVNIs, mas a um eufemismo comum no tempo dos judeus. Quando alguém morria, tal figura de linguagem era utilizada para amenizar a dor da perda. Nada além disso!
Caro Cony, apesar do desconhecimento no artigo, continuo seu fã!
A Admiração aos Gerentes Brasileiros
Em mais uma atividade realizada com alunos (agora do 6º semestre de Administração de Empresas), pode-se observar uma grande veneração pelos gerentes que adotam um estilo legitimamente brasileiro de administrar. Mas qual é esse estilo? Em pesquisa divulgada pela revista EXAME há alguns anos, intitulada “Gestão à Brasileira” , Ed. 801 – 17/09/03 (clique no link), algumas características dos administradores brasileiros foram colocadas em destaque, como criatividade, entusiasmo, disposição para resolver problemas, entre outras.
O trabalho acadêmico consistiu na realização de um paper, onde as críticas, positivas e negativas, puderam ser exacerbadas. E o resultado foi curioso: a maior parte da sala louvou o fato dos gerentes brasileiros serem verdadeiros “apagadores de incêndio”, ou seja, se desdobrarem para resolver os problemas, utilizando de artifícios como improviso e até mesmo convencimento. Tal característica surge de defeitos no planejamento, mas acaba sendo algo corriqueiro nas organizações. E a figura do super-gerente, aquele que tudo resolve, acaba sendo o atrativo e diferencial dos executivos brasileiros.
O Cassino Brasil
No país da jogatina, muitas coisas estão sendo levantadas após o surpreendente (ou nem tanto) escândalo dos bingos. Relembrando que, há pouco tempo, quando o governo tentou proibir tais casas de entretenimento, surgiu uma espécie de comoção pela causa dos bingos, como se fossem quase que imprescindíveis para o Brasil.
Agora, se percebe a existência de uma máfia muito bem montada envolvendo policiais, políticos, juízes e bandidos. E se entende porque tanto lobby atuando por essa categoria chamdaa de “bingueiros”.
Tentemos imaginar quanto dinheiro foi empregado em campanhas políticas, lavagens diversas e até mesmo na venda de sentenças.
O vício de jogos parece estar se aculturando cada vez mais no brasileiro. O inocente bingo de quermesses, com fins de filantropia, acabou se desvirtuando. Aliás, um detalhe que não pode passar desapercebido: o grande dono do “Cassino Brasil” é o próprio país, com suas diversas jogatinas sendo administradas pela CEF.
Faz-se necessário um último pitaco: e o jogo-do-bicho, ninguém vai coibir? E a TeleSena, não é um bingo particular televisivo regulamentado?
Por fim, lamentável o comentário da Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, querendo a legalização de tais casas e jogos. É como aquela velha piada em que o marido traído resolve o problema simplesmente tirando o sofá…
Tribunal: mãe dos treinadores
A Internet permite situações impressionantes. Navegando pela rede eletrônica, encontrei uma matéria de 2007, que muito me surpreendeu, envolvendo um jogo que apitei! Na mesma, aborda-se um tema interessante e atual, apesar da matéria vencida: a coerência em julgamentos pelos Tribunais Esportivos. Nela, há uma interessante e curiosa comparação de julgamentos de treinadores de futebol. Veja que bacana:
TRIBUNAL É “MÃE” PARA TÉCNICOS
28 de fevereiro de 2007 , Folha de São Paulo
Todos os treinadores julgados no futebol profissional de São Paulo em 2007 acabaram absolvidos !
Auditores ignoram súmulas feitas pelos juízes e deixam sem punição figurões e até quem foi acusado de jogar pedras na própria torcida .
por PAULO COBOS , DA REPORTAGEM LOCAL
No futebol paulista, os árbitros mordem os treinadores para depois o tribunal assoprar.
Segundo as atas do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) do Estado, oito técnicos das duas principais divisões paulistas foram julgados em 2007 -isso em apenas cinco sessões.
Todos, mesmo com pesadas citações nas súmulas ou até claras imagens da televisão, foram absolvidos pelos auditores.
Os últimos a saírem ilesos do TJD foram o palmeirense Caio Jr. e o corintiano Emerson Leão, que, assim, poderão estar no banco no clássico entre os arqui-rivais no domingo.
O primeiro invadiu o gramado durante jogo contra o Bragantino para protestar. Na época, Caio Jr. reconheceu que se excedeu e se disse preparado para ser punido. Leão, apesar do currículo recheado de atos de indisciplina, ficou sem punição pela expulsão no confronto diante do Paulista de Jundiaí.
Para justificar a absolvição dos dois, assim como ocorre na maioria dos casos envolvendo treinadores, os auditores apontaram a fragilidade das súmulas elaboradas pelos árbitros.
No caso de Caio Jr., o tribunal ignorou a súmula do juiz Rodrigo Ferreira do Amaral, que foi sucinto. Escreveu o árbitro que o palmeirense foi expulso “por adentrar em campo com a bola em jogo, para reclamar de uma suposta falta”.
Treinadores com acusações muito mais pesadas também ficaram sem punição alguma.
Segundo o juiz Fabiano Pereira, que apitou o duelo entre Taquaritinga e Bandeirante, pela Série A-2, o técnico Márcio José Ribeiro, da equipe de Birigüi, cometeu um ato grave. Ele teria jogado pedras na torcida da sua própria equipe. O tribunal, no entanto, o absolveu.
Os treinadores dos clubes paulistas ficam livres de suspensões mesmo quase sempre citados em um artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva com pena dura: 30 a 180 dias. O artigo 188 prevê punição em caso de ofensa contra autoridades, entre elas os árbitros e os auxiliares. Se a afronta for feita pela mídia, a pena pode dobrar.
O pouco rigor do tribunal com os treinadores acontece no mesmo momento em que os árbitros e seus chefes reclamam do excesso de indisciplina.
Marcos Marinho, o chefe da arbitragem paulista, já disse que as constantes reclamações dos treinadores podem ser perigosas por inflarem também as queixas dos torcedores.
DUAS MEDIDAS: POR ATOS PARECIDOS, OUTROS PROFISSIONAIS SÃO PUNIDOS
As mesmas súmulas que não são suficientes para punir treinadores servem para suspender pessoas que exercem outros cargos no futebol paulista. Prova disso aconteceu no jogo Sorocaba x Inter de Limeira, pela segunda divisão. Na ocasião, o juiz Rafael Porcari escreveu que foi ofendido pelo técnico e pelo médico do clube visitante. Os dois foram julgados juntos. O treinador acabou o absolvido, e o médico recebeu um gancho de 30 dias. Gandulas e maqueiros são outros alvos fáceis da Justiça Desportiva.
ESTÁ NAS SÚMULAS
“Partiu em direção aos torcedores de sua equipe, atirou pedras e tentou pular o
alambrado”
FABIANO PEREIRA
juiz, sobre o que fez o técnico Márcio José Ribeiro, do Bandeirante, em partida contra o Taquaritinga
“Você é ladrão, sem-vergonha, ladrão mesmo, o maior ladrão que eu já vi”
RAFAEL PORCARI
juiz, sobre o comportamento do técnico Michael Robin, da Inter de Limeira
“Expulsei o técnico do Palmeiras por adentrar em campo com a bola em jogo”
RODRIGO FERREIRA DO AMARAL
juiz, sobre o que fez Caio Júnior no jogo contra o Bragantino
“Expulsei Leão por reclamar e gesticular”
MARCELO APARECIDO DE SOUZA
juiz, sobre o motivo da expulsão de Leão contra o Paulista
Ops: Todas estas “figuraças” foram absolvidas…
Espírito Esportivo e Benesses do Panamericano
Fico observando as classificações dos países em relação às suas conquistas de medalhas. E me deparo com 2 tabelas: uma pela Ordem de Medalhas de Ouro conquistadas, e outra por Soma Geral das Medalhas. Confesso que a maioria dos órgãos valida a Classificação por Ouro, o que discordo particularmente. Nesse congraçamento esportivo que deve nortear os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, deveria prevalecer a participação, a disputa, sem a preocupação quanto ao resultado.
Sei que tal pensamento pode soar demagogicamente, ou que poderia ser entendido como hipócrito. Mas se o que vale é competir, por que não se utiliza o critério de soma das medalhas?
Também vejo algumas imagens que não condizem com o esporte. Os atletas que não conseguem o ouro (em alguns casos), fazem pouco caso da premiação. E culpa disso é a cobrança desenfreada de vitórias e o entendimento de que o esporte é um negócio. E, assim, o esporte deixa de ser esporte. É a velha comparação inglesa do play versus game.
Falta espírito esportivo. Saber perder é importante para os conceitos sociais. Não é aceitar o derrotismo, mas valorizar o envolvimento e a possibilidade de ter disputado uma prova.
Me recordo da atleta da Ginástica brasileira Daiane dos Santos. Após perder a medalha da prova que disputava nos Jogos Olímpicos, a repórter da TV Globo perguntou: “Daiane, você foi prejudicada pelas notas dos árbitros? Você acha que eles te prejudicaram”. E a garota-prodígio respondeu: “Não, eu não consegui um bom salto”. A repórter insistiu: “Mas e o seu joelho? Foi ele que atrapalhou seu desempenho?” Resposta: “Não, meu joelho não afetou em nada”. Por fim, ainda interpelou a jornalista: “Mas você não acha injusto a sua não premiação?”. E, mais uma vez, com um tremendo espírito esportivo, respondeu a atleta: “Não. No esporte se ganha e se perde, e eu não fui bem, além de que elas foram ótimas.”
Precisa-se discutir algo, depois de tal resposta?
Lamentavelmente, muitos atletas culpam os outros por prejuízos às suas performances. Os árbitros de futebol sabem bem disso…
A Valorização da Libra e Implicações no Futebol
Hoje é data-Fifa para a realização de amistosos internacionais. Então, responda rápido: qual é, hoje, a Capital do Futebol?
Londres.
E a explicação é a seguinte: como as seleções têm suas principais estrelas atuando na Europa, é mais viável realizar as partidas em solo europeu, por questões de logística, tempo e custo.
Mas por que na Inglaterra?
Desde que surgiu o Euro, a Libra tornou-se a moeda com maior valorização do continente, superando o próprio dólar americano. Então, os lucros em solo bretão são maiores. Prova disso é que há cinco amistosos internacionais na mesma data em Londres: no Old Trafford, Inglaterra X Espanha; no Emirates Arena: Brasil X Portugal; também jogam Coréia do Sul X Grécia, Gana X Nigéria, e o jogo da Austrália, que confesso não saber o adversário.
Agora, faça um simples exercício comparativo: Londres receberá 5 amistosos internacionais em uma mesma noite. E São Paulo, mais populosa e, teoricamente, mais fanática por futebol, teria condições de receber 5 jogos simultaneamente? (Ops: há 5 estádios deste porte?)
Apenas fazendo uma última consideração: De fato, a Inglaterra é o país do futebol, principalmente no momento de Sport-business. Talvez poderíamos afirmar que, se eles inventaram o esporte, aprimoraram, e aprenderam a ganhar dinheiro, ao menos somos nós, brasileiros, que melhor soubemos levar alegria ao esporte-bretão, e talvez sejamos o povo quem mais dá importância ao futebol na sociedade.
Investimentos do Pac
O Governo anunciou, semana passada, o Programa de Aceleração Econômica, que visa ajudar o crescimento do país.
Muito se tem comentado sobre os meios em que foi concebido o PAC. Os Estados criticam a União, pois os impostos esatduais foram reduzidos e não houve consulta aos governadores. O controle dos índices de crescimento se juntam aos investimentos da iniciativa privada de valores aplicados antes do PAC. Por exemplo: a Brastemp, dentro de poucos dias, inaugurará uma nova e moderna unidade, que levou 7 anos a ser construída e que ficou pronta a 1 mês. O presidente estará presente no evento festivo da inauguração, e o investimento já conta como realização do PAC.
Será que os índices serão verdadeiros, ao final do programa? Como disse Joelmir Betting, no programa “Jornal Gente” da Rádio Bandeirantes AM 840, os índices do PAC brasileiro serão de fazer inveja à China ou Índia.
A esperteza de Max Gehringer
O respeitado colunista e consultor em Administração, Max Gehringer, definiu sabiamente as diferenças culturais do termo esperteza. Esperteza vem de expert, experiência. No mundo inteiro, o termo esperteza é definido como um ramo da inteligência provocada pelo tempo de atividade.
No Brasil, o termo tomou muitas vezes o rumo pejorativo: esperteza como malandragem, como malícia negativa.
Não há porque não usar e desejar a esperteza em nossas vidas. Entretanto, defendê-la publicamente pode ser uma desvantagem, dependendo do ramo de atuação. Sendo assim, sejamos espertos!
O Barril de Petróleo
Muito se tem falado sobre a total nacionalização da produção de petróleo na Venezuela. E os alardes não são exclusivamente pelo fato de ser mais uma atitude autoritária do governo Chavista, mas também pelo custo do petróleo venezuelano.
O Barril de Petróleo, nesta data, custa US$ 47.00. A Venezuela o vende por volta de US$ 50.00. Porém, a produção no país de Hugo Chavez é muito barata, cerca de US$ 4.00.
Pergunta básica e necessária: com esses preços, pode-se ou não afirmar que o Petróleo é o grande trunfo da Republica Bolivariana da Venezuela? Importante: é de conhecimento público os ataque venezuelanos às ações comerciais americanas; porém, o maior parceiro da Venezuela são os… EUA!
Declarações do Dr Francis Collins
Gostaria de comentar sobre o autor do livro “A Linguagem de Deus”, Francis Collins. Mas quem é ele? Dr Collins é o biólogo que desvendeu o genoma humano, e, de ateu, converteu-se ao catolicismo e se tornou grande defensor da relação Religião & Ciência.
Em 2006, inúmeros livros defendendo o ateísmo foram lançados nos EUA e chegam agora ao Brasil. Essa corrente, formada por cientistas renomados, defende que, se as pessoas provarem do ateísmo, conseguiriam que elas saiam da ignorância provocada pela religião e, dentro de uma realidade sem ilusões provocadas por uma fé a algo ou alguém que não exista, possam melhorar suas atividades e não se tornem culpados por certas decisões ou posicionamentos.
Evidente que o respeito às religiões devem ser mantido; até mesmo àqueles que não acreditam em algo. Apesar que, não crer em alguém é, filosóficamente, acreditar em algo, ou seja, na não-existência. Porém, há uma grande apologia, em certo ponto desrespeitosa, às religiões.
Dr Collins busca, em seu trabalho, provar que não há antagonismo em se aprofundar na ciência e crer piamente. Lembra-me, tal posicionamento, da encíclica escrita pelo falecido Papa João Paulo II, intitulada Fé e Razão, a qual cita que são duas asas que nos elevam para o Céu. Parafraseada em uma canção de Celina Borges, a(…) fé não precisa ter medo da razão, pois quem criou a razão foi Deus (…).
Porém, a motivação deste tópico foi a recente reportagem do citado biólogo na Revista Veja, na seção Páginas Amarelas, edição 1992, 24/01/207, pg 14. Na mesma, há uma frase interessante: “A vida não é um simples episódio da natureza, explicado cientificamente”.
Tal afirmação é profunda. Seria a vida um grande acaso de fatores químicos / físicos? Existe um grande autor por trás de tudo? Concilia-se o Darwinismo com a Bíblia?
Enfim, particularmente, corroboro com a bela mensagem papal: A Fé e a Razão são duas asas que nos elevam para o Céu.
Forum econômico x forum social
Nesta semana, realizam-se os trabalhos dos dois fóruns de debates mundiais. O mais badalado é o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suiça, com a presença dos líderes de países ricos e alguns países em desenvolvimento como convidados (da América Latina encontram-se Chile, Brasil e México). O outro é o Fórum Social, realizado em Nairóbi, Quênia, com a presença de organismos e líderes que atuam em países pobres.
Até pelas localidades onde se realizam os Fóruns, percebe-se a discrepância das condições econômicas. O fato é que o Fórum Social surgiu como protesto ao dos países ricos, e foi realizado primeiramente no Rio de Janeiro. Lamentavelmente, o esvaziamento do mesmo foi ocorrendo na medida em que suas sedes se deslocavam dos lugares aprazíveis. No Quênia, houve um desprezo grande pelos líderes políticos que enviaram apenas representantes. A falta de infra-estrutura e a pobreza do país-sede foram determinantes também, além da presença de inúmeros líderes demagogos que se usurpavam de tal encontro.
É uma pena. De repente, a junção dos ideais dos dois fóruns pudesse ser um caminho para encontros pontuais que discutissem os problemas da economia mundial, além da fome e pobreza. Mas parece não haver definitivamente disposição em resolver tais questões!
Missão e Coragem
Tive o prazer de conversar com um grande amigo, Padre José Luís Nasciben, que tirou alguns poucos dias de férias de seu trabalho missionário em Nova Ipixúna, interior do Pará, cidade de 10 mil habitantes.
Admiro verdadeiramente o trabalho de pessoas dispostas a enfrentar tais desafios. Abdicar do conforto de sua cidade, dos familiares e da rotina diária, para enfrentar uma terra desconhecida, distante dos principais recursos, trabalhando por desconhecidos, e muitas vezes sem reconhecimento.
Em nossa conversa, contou-me das dificuldades locais. Não existe 1 metro de asfalto, não há esgoto nem água encanada. Um único hospital e uma única escola atendem a população, que se divide com os indígenas do local. E esse é outro ponto a discutir: a vida dos indígenas!
Naquela localidade, se dividem índios pobres e índios ricos. Alguns passando fome, vivendo do extrativismo e da roça de mandioca. Outros, desfilando seus jeeps Cherooks do dinheiro advindo de arrendamento de terras ao governo para instalação de torres de eletricidade.
Realidades distintas da vida da cidade, mas problemas comuns ao povo brasileiro: fome, desigualdade social, falta de sustentabilidade econômica…
Não posso esquecer: Boa sorte Padre Zé Luís, e também ao Padre Venilton Calheiros, que realiza o mesmo trabalho em outra comunidade próxima de Marabá-PA! Que Deus os abençoe nesta árdua tarefa.
A Andragogia auxiliando o professor
Há muitas dificuldades observadas no Ensino Superior. Durante uma das semanas de planejamento da Universidade em que leciono, tivemos a grata apresentação da Andragogia. Que nome feio é este? É o nome dado à ciência que se preocupa na aprendizagem de adultos.
De fato, as universidades se preocupam demais com pedagogos, tratando muitas vezes os jovens e adultos (em meio a uma minoria de adolescentes) como verdadeiras crianças.
Ainda, diante da realidade brasileira, se faz necessário repensar os instrumentos de ensino e as metodologias utilizadas. É aí que entra a Andragogia. (para conhecer mais do assunto, clique em http://www.professorrafaelporcari.hpgvip.ig.com.br/802andragogia.html ).
Talvez com a busca da popularização do termo, ou do surgimento de um novo limiar da Educação de Nível Superior no Brasil, as instituições passem a ser mais eficientes para a Aprendizagem de Adultos, e menos recorrentes a um discurso menos comercial de venda de diplomas manifestado por pseudos universos de conhecimento.
Encarando as dificuldades diárias
Apenas uma pequena mensagem de um desconhecido autor:
“Mesmo se amanhecer com inúmeros aborrecimentos, a cada manhã você tem uma escolha: viver aquele dia bem ou mal humorado. Já que os problemas terão que ser enfrentados de um jeito ou de outro, que tal escolher o humor para começar a batalha?”
Com tantos contratempos e compromissos diários, vale a pena tentar resolvê-los da maneira menos desgastante possível. Amargurar-se e estressar-se por bobagens é muito maléfico para os relacionamentos profissionais e pessoais.
