A Guerra do Natal americano

Interessante o artigo publicado pela Folha de SP, na última segunda (17/12/2007), pelo jornalista Sérgio Dávila, enviado especial à Dês Moines (Iowa), EUA. O mesmo retrata o episódio recente batizado de “Guerra do Natal”, onde comerciantes, comerciários, população e Igreja se debatem na questão: é politicamente correto desejar Feliz Natal aos consumidores?
Alguns argumentam que por ser uma festa cristã, e nos EUA existirem grande número de judeus, mulçumanos e ateus, e estes não celebrarem o Nascimento de Cristo (Natal=Natalidade=Nascimento), seria um importuno muito grande para essa parcela ter que conviver com tal cumprimento e com a própria celebração. No entanto, algumas cadeias de lojas aderiram ao modismo, orientando a seus funcionários que desejassem “bom feriado” ou “boas festas de descanso”. Em contrapartida, outras redes orientaram à exaltação do Happy Christmas.
Se formos extremamente politicamente corretos, o feriado seria uma data de guarda exclusivamente aos cristãos, de qualquer profissão de fé (católica, evangélica). É uma prova da separação do Estado e da Igreja. Mas a qualquer fiel, de qualquer crença, não respeitar a sua festa religiosa é blasfêmia. E por esse prisma, se formos politicamente corretos ao extremo novamente, também temos que respeitar esse argumento.
Talvez o problema maior seja o desvirtuamento do sentido do Natal, que passa de uma festa religiosa a uma festa comercial. E isso há um bom tempo, desde que a Coca-Cola criou a imagem do bom velhinho, que se tornou Papai Noel, que substituiu a tradição cristã de São Nicolau.
Em tempo: o Natal é a segunda festa mais importante aos cristãos, sendo a primeira festa a Páscoa de Cristo.

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