As avaliações do segundo semestre

 

Pessoal, gostaria de parabenizar a todos pelo ótimo desempenho nas avaliações do segundo semestre. Corrigi duas turmas na terça, e acabo de terminar a correção das outras duas. E os resultados, em geral, foram muito bons.

A Avaliação ocorreu através de análise crítica de artigo paradidático e, como feito anteriormente, o mesmo texto à todas as turmas, com enfoques e questionamentos diferentes, com nível de dificuldade e cobrança proporcional ao semestre. E uma novidade: aos alunos do segundo semestre, 40 minutos para a feitura; do sexto, 35 minutos, e para o oitavo, 30 minutos. Assim, como teoricamente os semestres mais adiantados são mais capazes neste processo avaliatório, menos tempo para a realização.

Gostei dos textos. Confesso que algumas avaliações são exemplares. Além de espírito crítico, muitos alunos demonstraram, felizmente, CIDADANIA. E é essa a formação desejada para o administrador: acima do desejo de se tornar um executivo de sucesso na sua corporação, se tornar cidadão!

Parabéns à todos. Àqueles que já alcançaram seu objetivo no semestre… Boas Férias!!!! 

Os presidentes educados

 Ontem, o Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a educação do país, alegando que se esquece do ensino no Brasil, e deu-se a entender que isso ocorre justamente pela falta de educação do nosso presidente Lula. O PT respondeu que isso é preconceito sobre alguém que não teve oportunidade de estudar, e que reafirmava o elitismo dos tucanos.

Discussões a parte, os dois estão certos e ao mesmo tempo errados. Faltou apenas a principal consideração: o que importa não é a educação, a oportunidade de estudo ou a classe social, mas sim a Competência Administrativa.

O prejuízo da Eurocopa para os ingleses

Os inventores do futebol (Inglaterra) estão fora da Eurocopa. O torneio, que é uma espécie de Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, mobiliza todo o continente a cada quatro anos. Entretanto, os ingleses que foram há pouco reticentes com estrangeirismos na seleção local, mostram-se extremamente desorientados por tal acontecimento. Na última Copa do Mundo, o treinador era o sueco Erickson, bombardeado por críticos por não ser inglês (imagine um uruguaio ou argentino dirigindo a nossa seleção canarinho). Devido aos resultados do Mundial, resolveram contratar um inglês legítimo, o técnico vice-campeão da Copa da Inglaterra pelo Middlesbourgh, Steve MacLaren. O fato é que fizeram um contrato com multa rescisória de, aproximadamente, 9 milhões de reais. Assim que a Inglaterra foi eliminada nas Eliminatórias do torneio, a demissão foi anunciada.
Uma inocente perguntinha: não deveria se demitir quem o contratou e aceitou uma multa nesses termos?
Como nossa praia também é administração, calcula-se que o prejuízo à economia inglesa pela não participação do English Team no torneio é de 4 bilhões de dólares, segundo estudos de uma Universidade Britânica.
Já imaginaram o prejuízo (técnico-esportivo, financeiro) da não-participação do Brasil em uma Copa do Mundo?

A jovem de Abaetetuba

Há certas situações que não só constrangem, mas nos levam a uma reflexão da vida-cão que muitos levam. E nos trazem à outra ponderação: quantos problemas nós temos frente aos problemas dos outros… Quais são eles, e a profundidade deles!
Dito isso, vamos ao episódio motivador de tal comentário. Na cidade de Abaetetuba, interior do Pará, uma jovem de 15 anos foi encarcerada juntamente com outros 20 homens, sem qualquer tipo de separação. A adolescente, acusada de roubo de comida (portanto, leva-se a crer que passava fome), foi presa conforme a lei (como se todas as leis fossem cumpridas e todos os criminosos fossem detidos – principalmente os de crimes de colarinho branco). Mas, aos olhos da justiça, independente da moral ou imoralidade, tudo ocorreu legalmente. O problema é que após a detenção, ela foi colocada numa cela comum, com superlotação de homens, com a justificativa que a cidade não possuía presídio feminino. Isso, porque a jovem é menor de idade. E, de acordo com o ECA, não pode ser presa, mas enviada à recuperação / ressocialização. Não estou aqui defendendo a impunidade, apenas relatando tal indignação.
O fato é que durante todos os dias (exceto às quintas, dia de visita), a garota foi obrigada a manter relações sexuais com os presos, que faziam rodízio de horário e de posições com a infeliz. Tudo isso permitido pelas autoridades locais.
O que mais choca é a hipocrisia social. Não há um responsável para ser punido: policiais jogam a culpa no Estado, que joga a culpa nas Instituições, que devolve para o Sistema, e assim se faz a impunidade.
O fato é que tais atitudes tiveram outro propósito. Como é sabido, mas não provado, é que muitas carceragens permitem entrada de entorpecentes para acalmar os presos mais rebeldes. Outras, abrem mão de algumas regalias. E a presença de uma mulher numa cela masculina para satisfazer alguns bandidos que se rebelam, lamentavelmente, é entendida como usual, apesar de descabida. Claro, ressalto que isso não é provado, mas é subentendido como provável.
Indícios de tudo isso ser verdade: cortaram o cabelo da moça, para se misturar com o cabelo curto e calvície dos demais. Segundo depoimentos dos presos, todas as relações aconteciam com preservativos. Ué, como os preservativos entram na cadeia se os presos estão, literalmente, presos em uma cela?
É por essa e outras situações que se questiona, até mesmo, os princípios pessoais. Em quem acreditar? Vale a pena ser honesto? Como mobilizar a sociedade para que novos casos como esse não aconteçam?
Abaixo, a primeira manchete sobre o caso ocorrido no começo da semana:
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2086855-EI5030,00.html

O Imperativo Dominador

Lembram-se da frase, que para muitos era utópica, de que “o Brasil será o país do futuro”? Pois bem, para o inglês The Economist, esta profecia já está se realizando. E nem o maior ufanista tupiniquim esperaria um texto tão otimista quanto o publicado. Em sua última edição, o magazine publicou os motivos que fazem crer que o Brasil será a grande potência das próximas décadas, principalmente pela bioenergia. Mas alguns outros fatores podem ser lembrados. Eis os argumentos:
As reservas de água doce se concentram, em sua maioria, em nosso país. Como bem escasso dos próximos anos, a água será uma riqueza inestimável. Lembremo-nos de que água é, de fato, vida.
Somos auto-suficientes de petróleo, e enquanto que o mundo está esgotando as reservas árabes, as brasileiras estão apenas no início de exploração. Sem contar o fato de que as reservas do Campo de Tupi aumentariam em 40% nossa produção, tornando-nos exportadores.
Mas quem precisa de Gasolina? Temos o álcool, ecologicamente correto, renovável, a custo baixo! A exportação da indústria sucroalcooleira trará recursos importantes.
Das nossas terra cultiváveis, menos de 1% (segundo o presidente Lula discursou na ONU) são destinadas a culturas de soja e cana. As outras 8% utilizadas, são destinadas a alimentos. O restante do solo fértil está virgem. Celeiro do mundo é um título que será justo.
A exportação de minérios nunca esteve tão alta. Podemos ser cada vez mais o principal fornecedor de ferro e aço para China, por exemplo.
Ops: Com tantas características favoráveis, porque ainda temos fome, violência, falta de infra-estrutura, corrupção…
Por fim, ao longo da história vemos grandes impérios dominando o mundo por imperativos peculiares. O Império Romano, pela força. O Grego, pela sabedoria. Os Portugueses, pelo conhecimento naval. A Espanha, pela riqueza das colônias. A Inglaterra, pela industrialização. Recentemente, os americanos e soviéticos pelo domínio armamentista. E, atualmente, os próprios EUA, China e Japão pela tecnologia. Provavelmente, o próximo imperativo será a capacidade energética de produção.
Dá-lhe Brasil. Ao menos, aos mais exaltados.