O Gigantismo das Organizações

Na última semana, trabalhamos com alguns cases em sala de aula. E, em determinada turma, discutiu-se sobre o tamanho e poderio de determinadas empresas, suas influências e repercussões sociais. Utilizou-se um texto da Revista Exame a respeito da Cadeia Supermercadista Wal-Mart, onde se falava do poder de negociação da mesma, repassando preços baixíssimos aos americanos, causando deflação econômica, a um custo social alto (salários das mulheres inferiores aos dos homens, não-pagamento de horas extras, entre outras queixas). Tal rede tem simpatia dos pobres, pois possibilita maior poder de compra, e antipatia da sociedade, pois elimina com os pequenos comércios e explora sua mão-de-obra.

Diante da questão: você seria um consumidor do Wal-Mart nos EUA, ou boicotaria a empresa pelas ações politicamente incorretas?, obteve-se uma divisão de respostas. Uma corrente defendeu que a sociedade agisse contra a empresa, forçando condições justas de trabalho (já que ele é o maior empregador privado americano). Outra corrente declarou que tais ações independem das questões de mercado, pois preço baixo faz com que se tornem consumidores, independente das ações trabalhistas, já que economizar é preciso.

Duas citações interessantes: a do aluno Maurílio Peressuti, que disse que “a sociedade tem que rejeitar esse tipo de comportamento organizacional”, enquanto a aluna Tatiana Zapolla alegou que “o importante é o consumidor sendo beneficiado, pois uma coisa não tem a ver com outra”.

Esse é apenas um confronto de idéias e opiniões de universitários num país democrático.