Trabalhos de 10 a 11 de setembro

Novamente os alunos de Administração estiveram envoltos à temas pertinentes à sua formação. Vamos lá:

OITAVO SEMESTRE: Após diversas discussões sobre o protecionismo econômico e modelos viáveis de administração, questionou-se, dentre algumas reflexões, a defesa ou não de práticas protecionistas em relação ao mercado global. Na maioria absoluta, os alunos defendem práticas protecionistas por parte do governo brasileiro em defesa, principalmente, da invasão de produtos chineses. E condenam as ações protecionistas de países estrangeiros. Ora, há uma clara contradição nessas respostas, ou pode-se afirmar que esses alunos são Policarpos Quaresmas extremados; nacionalistas ufanos que não querem sofrer conseqüências concorrenciais da globalização.

SEXTO SEMESTRE: Discutiu-se a discriminação nos ambientes organizacionais, seja racial, sexual ou qualquer outra. Questionou-se: Você se sente discriminado no ambiente de trabalho; e tem praticado a discriminação?
As respostas foram impressionantes. Realizadas anonimamente, de aproximadamente 120 alunos de 2 salas, apenas 3 alunos responderam nunca discriminar, nem sentir-se discriminado. As causas discriminadas são variadas: discriminam por opção sexual, por cor, por odor (sim: pessoas mal-cheirosas, segundo 1 aluno, trazem repulsa), por origem oriental (chinês e japonês, segundo um estudante), por estética (excesso de peso) e pelo sotaque. Um aluno citou que se constrange com jargões como “tem que ser preto” ou “tem que ser loira”.
Uma resposta que destaco, foi de um aluno que, mesmo com a opção de anonimato, se identificou na atividade (Sérgio Malinski), e com extrema sinceridade relatou:
“Acho que todos nós, no nosso íntimo, somos preconceituosos. Mas entendo essa visão, Procuro me policiar e agir com justiça e sensatez, e ver a pessoa que está dentro do corpo, porque o externo não interessa”.
Finalizando, de uma resposta anônima: “Deus fez todos à sua imagem e semelhança; então não há pessoa diferente. Todos são iguais dentro dos seus modos diversos de viver”.
Boas respostas. É isso que a gente quer!

SEGUNDO SEMESTRE: Após discutir as ações das ONG’s, questionou-se o verdadeiro papel que as mesmas deveriam ter na sociedade. Números aproximados: 75% dos universitários disseram que as ONG’s deveriam substituir a ação do governo, já que ele é ineficiente. Outros 20% disseram que deveriam fiscalizar o governo, e 5% alegaram que deveriam apenas complementar a ação governamental.
Tais respostas mostram uma clara evidência de que há um certo conformismo na ineficiência dos órgãos públicos, e que as ONG’s precisam fazer algo, pois a sociedade deve ser agente de mudança.
Particularmente, acredito que as ONG’s devam fiscalizar o Governo, e, no máximo, auxiliar em missões difíceis. É cômodo para as autoridades transferir a resolução de problemas para o 3º setor. Haja voluntário neste país!

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