Em derradeira atividade realizada com alunos do 5º semestre de Administração de Empresas, procurou-se explorar através de um texto paradidático, um embate de idéias sobre o esforço necessário ao sucesso das carreiras. Na mesma aula, buscou-se uma auto-reflexão dos universitários sobre até onde abririam mão da sua vida pessoal (saúde, finanças, relacionamentos e lazer) para a realização profissional.
A questão-chave se resumiu como: Até onde você sacrificaria sua vida pessoal para a concretização do seu sonho profissional?
Na primeira indagação, os alunos oralmente reagiram com a não aceitação de sacrifícios em prol do sucesso de suas carreiras, alegando que a família e a saúde eram inegociáveis.
Posteriormente, quando responderam formalmente no papel, talvez pela racionalidade e frieza das afirmações, o índice surpreendentemente se inverteu. Os números indicaram que 60% dos alunos aceitariam sacrifícios para realizar seu sonho profissional; 35% não aceitariam, e 5% ponderaram suas respostas em relação ao que iriam sacrificar. Um aluno, ironicamente, disse que abriria mão do seu casamento “imediatamente”.
Tal questionamento é muito relativo, principalmente se levarmos em conta o quanto as pessoas se abatem, se motivam, se dedicam e até mesmo, o quanto sonham. Não se mensura, ou melhor, não se quantifica sacrifício. Só quem o exerce pode dizer se valeu a pena ou não.
