Na última sexta-feira, o presidente Lula, de maneira corajosa, permitiu a quebra de patentes, ou licenciamento compulsório como alguns juristas estão dizendo, dos coquetéis Anti-Aids.
É claro que, torna-se vexatório para qualquer empresa cobrar preços abusivos sem justa causa, principalmente se os mesmos são remédios.
O laboratório Merck, por exemplo, vendia o medicamento anti-Aids Efavirenz com preços diferenciados à Tailândia em relação ao Brasil. E sem justificativa comercial ou financeira! Segundo a Folha de São Paulo (clique no link), tal medida resultará em uma economia de US$ 130 milhões, a serem aplicados no próprio combate a Aids.
A grande questão é: fere-se a Moral (quebrando-se uma regra para o fim social), ou se fere a Ética (interferindo num certo de maneira abusiva ao desrespeitar o esforço científico do laboratório)?
Particularmente, neste episódio, não acredito estar sendo quebrada nem a ética nem a moral, mesmo respeitando as muitas opiniões contrárias que surgem.
