O Mea Culpa do The Independent sobre a Maconha

 

Certamente, um dos assuntos mais complicados para discussão é a questão da legalização da venda dos narcóticos. Particularmente, sou radicalmente contra a venda legal de drogas, e sei que estarei sendo contrário a algumas vozes que defendem o uso controlado da Maconha.

Há 10 anos, o jornal britânico The Independent fez, em editoral, a defesa da liberação da venda da Maconha, considerando-a “droga leve”. A justificativa é que os efeitos não eram tão nocivos, de que por possuir propriedades farmacológicas poderia ser usada para fins terapêuticos e que extinguiria-se o tráfico ilegal.

Pois bem, na última semana, o mesmo jornal criticou seu comentário da década anterior. Fez uma espécie de mea culpa pela irresponsabilidade do artigo. Assumiu a infelicidade da sua colocação frente ao assunto, convencido, segundo o The Independent, de que o sofrimento das famílias era muito mais danoso do que a liberdade de comercialização. O diário apontou ainda uma pesquisa inglesa que indicava que de 55% dos usuários de maconha precisavam de clínicas para abandonar o vício.

É claro que os ativistas pró-maconha utilizam-se de vários argumentos: o funcionamento legal das drogas na Holanda, o pagamento de impostos, a venda por parte de multinacionais controlando o consumo, etc.. Nada disso me convence. O sofrimento de um pai e de uma mãe, vendo seu filho afundado no abismo do vício, é algo muito mais difícil à sociedade. A deturpação de valores morais e sociais, o gasto financeiro, a dependência química e o descontrole emocional justificam plenamente a proibição da Maconha.

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