O Prazer do Torcedor

A paixão do torcedor é algo fantástico. Apitei no simpático estádio de Louveira (E M José Silveira Nunes) uma das partidas eliminatórias da segunda fase da Copa SP, envolvendo Ponte Preta X América / MG. Exatamente meia hora antes do jogo, não havia torcida. Pois não é que, quando dei o apito inicial, as arquibancadas estavam lotadas? Detalhe: a torcida veio de comboio, terça-feira útil de serviço , 14:00h, sol escaldante. Os mais críticos diriam: quantos vagabundos… Prefiro estar do lado dos entusiastas: quantos aficcionados… afinal, é período de férias escolares.

Abaixo, foto da pequena, mas bela e organizada praça esportiva de Louveira:

A menina da Selva

 Vygotski, um psicólogo russo perseguido pelos soviéticos durante a guerra fria, estaria hoje sorrindo em sua cova. No seu tempo, ele promoveu a teoria interacionaista ou vygostskiana, a qual determinava que as pessoas eram influenciadas pelo seu ambiente e transformavam-se conforme as circunstâncias. Claro, tais idéias não eram benquistas na antiga URSS. As mesmas confrontavam-se com os behavioristas (o ambiente determina a pessoa para sempre) ou o nativismo (a pessoa já nasce com suas qualificações, basta treiná-la).

Abordo esse assunto para essa curiosa matéria, extraída do site Terra (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1355854-EI8143,00.html), a qual mostra uma menina que sofre os efeitos dessa influência.

“MENINA É ENCONTRADA NA SELVA APÓS 19 ANOS.

(…) Rochom P’nieng foi encontrada após ser perdida dezenove anos atrás, numa selva do Nordeste do Camboja, após estar cuidando de um rebanho de Búfalos.  A moça estava vivendo dormindo de dia, e alerta à noite (…), e se portando como um animal da floresta. Ela foi capturada após entrar numa fazenda e roubar comida (…). Apenas se comunica por sons, pois não sabe falar (…).”

É evidente que os instintos humanos deixaram um instinto se sobrepor: o da sobrevivência. E os usos e costumes da mata foram absorvidos pela pobre moça, crescida como, literalmente, um bicho-do-mato.

Apenas uma consideração: será que mudamos os nossos comportamentos pelas referências que temos ou pelas pessoas que convivemos?