A Paciência Versus o Limite da Vontade

É… saiu o novo ranking dos árbitros. Acreditava piamente que neste ano subiria para a categoria ouro. Entretanto, permaneci como Prata A. Não seria ético falar sobre os nomes que subiram ou desceram, pois pode parecer choro. Entretanto, posso falar do meu esforço.Foram treinos diários, pouco sono, muito trabalho, inúmeras vezes troquei passeios e momentos de lazer para me dedicar aos jogos de futebol. Mas não só para atuar, mas também para treinar. Não é o árbitro que sofre sozinho, mas a família do árbitro compadece com tanta decepção.

Quantos jantares que faltei para poder dormir cedo e me concentrar… quantas vezes devorei o livro de regras. As dificuldades de conciliar as atividades profissionais e fazer curso de especialização na Granja Comari.

E, por fim, realizei ótimos testes físicos, excelentes notas nas provas, e partidas muito bem apitadas.

O que faltou???

 

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…

 

respirei fundo…

 

É, brigarei dentro das normas para subir, mas ainda acredito que meu posicionamento está equivocado.

Recordo-me deste ano, Olímpia X Taquaritinga, um lutando pela primeira divisão, outro para não cair para tercerona. Chuva, muita chuva. Pancada, muita pancada. Cuspe, alambrado balançando, campo ruim. Final de jogo: uma partida extremamente bem apitada, elogiada pelas duas agremiações.

Será que ninguém assistiu?

 

Palmeiras B X Rio Claro: jogo difícil, corrido. Ninguém viu?

 

Reservas no Paulistão série A1: Estar atento e resolver problemas… De nada adiantou?

 

Só resta lutar. Decepcionado, mas lutar. Cambaleado, mas ainda de pé. Inconformado, mas com gana.

Obrigado a todos que torceram por mim. Continuem torcendo. Obrigado por aqueles que não torceram por mim. Também tenho fair-play.

O consolo é que, se chegar, será com a plena convicção da honestidade, sem favorecimento, de maneira íntegra e com a graça de Deus.