Comportamento do Torcedor

Neste final de semana esportivo, pudemos observar  que as reclamações contra a arbitragem frami diminutas, ou quase inexistentes. Interessante é que, na última rodada, houve muita queixa, e os árbitros eram quase os mesmos.

Lembro-me de uma pesquisa realizada no meu Mestrado, quando ocorreu a final entre Corinthians e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro (salvo engano, 1998). Na oportunidade, a pesquisa sobre o Comportamento do Torcedor de Futebol ocorreu frente a questões como atração, conforto, segurança e outras nuances. O Campeonato Brasileiro seria decidido em 3 jogos, o primeiro e o terceiro no Morumbi, o segundo no Mineirão. Um dos tópicos a serem tratados, naquele período de pesquisa, seria a impressão sobre os árbitros.

Na segunda-feira posterior ao primeiro jogo, apitado por Carlos Eugênio Simon, a pesquisa permitiu apurar que era negativa a avaliação geral dos torcedores de futebol frente a arbitragem brasileira, e em particular, muito negativa ao Simon. Quinze dias após, no terceiro jogo, o mesmo árbitro apitou o jogo final, e a pesquisa no dia posterior mostrou que a avaliação era satisfatória, e em particular, muito positiva para o Simon. Detalhe: no primeiro jogo houve contestação de muitos lances, todos marcados corretamente, embora polêmicos. No terceiro jogo, nenhuma polêmica e Corinthians campeão.

Rápida conclusão: a atuação do árbitro do jogo de maior apelo televisivo acaba refletindo na avaliação geral do nível de arbutragem, bem como o fato de a úiltima recordação de um jogo ser preponderante para a avaliação, ocorrendo inevitavelmente a generalização.

Não é isso que acontece freqüentemente?